Imagem de Microrrobôs podem revolucionar a medicina regenerativa antes do que imaginamos no megacurioso

Criados a partir de células humanas, os chamados antrobôs podem assumir várias formas diferentes enquanto se movem

<head></head><body>A medicina regenerativa pode ter adicionado uma nova ferramenta ao seu arsenal. A partir de células humanas vivas, cientistas desenvolveram pequenos robôs biológicos chamados "antrobôs". Embora sejam minúsculos, esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127850-6-robos-supertecnologicos-e-superassustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs</a> possuem um grande potencial para curar e tratar doenças.Todo o trabalho começou ainda em 2020, com a criação dos xenobots — uma robótica biológica a partir de células embrionários de sapos. Agora, no entanto, a tecnologia conseguiu ser repassada para ser criada a partir de células de outros organismos, principalmente a de seres humanos.&nbsp;<h2>Mudanças relevantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04180815644351.jpg" alt="(Fonte: Gizem Gumuskaya/Divulgação)">(Fonte: Gizem Gumuskaya/Divulgação)Quando os xenobots foram desenvolvidos pela primeira vez, os pesquisadores não tinham certeza se a capacidade regenerativa desses robôs se dava por conta de suas origens anfíbias. Então, eles queriam descobrir se os chamados "biobots" também poderiam ser criados a partir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122789-atlas-de-celulas-humanas-o-projeto-que-vai-mapear-37-trilhoes-de-celulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> de outros organismos. Os humanos, obviamente, foram os escolhidos para começar com os estudos.O ponto de partida para os mais novos antrobôs é uma única célula humana adulta retirada da traqueia. Esses tipos de células são cobertos por minúsculas estruturas semelhantes a cílios, que ajudam a manter pequenas partículas fora de nossos pulmões. Ao manipular as condições de crescimento em laboratório, a equipe conseguiu encorajar as células a se replicarem em organoides multicelulares com os cílios voltados para fora.Com a camada de cílios em forma de remo se batendo, as células tornaram-se capazes de se mover. Algumas variantes de antrobôs foram surgindo aos poucos, com formas ligeiramente diferentes e variando em tamanho entre 30 e 500 micrômetros. Dependendo da disposição dos cílios, eles se moviam de maneira diferente, podendo sobreviver no laboratório por até 60 dias antes de se degradarem naturalmente.<h2>Funcionalidade da tecnologia</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jgQZ8KzWKaA?si=bUSBAzSuKg_D4d-0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A capacidade que os antrobôs têm de mudar de forma é uma de suas várias vantagens. “Ao contrário dos Xenobots, eles não necessitam de pinças ou bisturis para lhes dar forma, e podemos usar células adultas – mesmo células de pacientes idosos – em vez de células embrionárias”, explicou o criador da tecnologia, Gizem Gumuskaya, em comunicado oficial.Segundo Gumuskaya, esses robôs devem ser usados como uma ferramenta terapêutica no futuro. Uma dessas potenciais aplicações é na cura de feridas. A equipe de estudos observou que quando um grupo de antrobôs foi adicionado aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> cultivados em laboratório, os quais haviam sido danificados ao arranhar a camada de células, esses minúsculos robozinhos estimularam o crescimento de novas células para preencher uma lacuna.&nbsp;Isso abre brecha para uma série de aplicações potenciais em doenças neurológicas, danos nos tecidos e administração de medicamentos. O fato de células crescerem naturalmente em uma variedade de estruturas mostra que, teoricamente, essa tecnologia pode ser colhida das células do próprio paciente — minimizando qualquer chance de reações imunológicas adversas.Conforme descrito pelos pesquisadores, é fascinante e inesperado que células traqueais de pacientes, sem ter seu DNA modificado, possam se mover por conta própria e estimular o crescimento de neurônios de uma região danificada. Agora, no entanto, os pesquisadores devem continuar avaliando esse mecanismo de cura para definir os próximos estágios científicos.&nbsp;</body>

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Microrrobôs podem revolucionar a medicina regenerativa antes do que imaginamos

Imagem de Estimulador injetável pode restaurar mobilidade de paralíticos no megacurioso

Pesquisadores têm trabalhado no desenvolvimento de uma injeção na região espinhal para contornar áreas lesionadas e causadoras de paralisia nos membros inferiores

<head></head><body>Um pequeno dispositivo promete ser uma opção para restaurar a mobilidade de pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104716-esta-mulher-tem-um-sonho-incomum-ficar-paraplegica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paralisia dos membros inferiores</a>, diz um novo estudo. Atualmente, a condição afeta aproximadamente 1,4 milhão de pessoas somente nos Estados Unidos.O tratamento envolve um estimulador espinhal, que pode ser colocado abaixo do local da lesão por meio de uma simples injeção. Essa é uma grande diferença em relação aos estimuladores convencionais, que são volumosos e devem ser implantados mais longe dos nervos que controlam os movimentos das pernas.&nbsp;<h2>Esperança para o futuro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30141536046185.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em comunicado oficial, o autor do estudo e pesquisador do Instituto Johns Hopkins de NanoBioTecnologia, Dinchang Lin, destacou a importância desse tipo de estudo. “O conceito por trás dos estimuladores espinhais é sua capacidade de contornar regiões lesionadas, enviando comandos motores essenciais do cérebro para a região espinhal responsável pelos movimentos das pernas”, disse.De acordo com Lin, a abordagem inovadora adotada por sua equipe de pesquisa aborda um desafio importante enfrentado por muitas tecnologias existentes de estimuladores espinhais: alcançar a estimulação precisa da maneira menos invasiva possível. Os estimuladores espinhais convencionais são implantados na superfície dorsal da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109259-paraplegico-consegue-andar-com-estimulos-eletricos-na-medula-espinhal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medula espinhal</a> ou diretamente no tecido espinhal.Contudo, os cientistas julgam que nenhuma dessas estratégias é ideal. Enquanto a primeira delas compromete a capacidade do implante de atingir com precisão nervos importantes, a última não só causa danos ao tecido durante a cirurgia de implantação, mas também levanta questões importantes de biocompatibilidade.&nbsp;Então, Lin e sua equipe identificaram pela primeira vez um novo local para estimulação: a superfície epidural ventrolateral. Localizada muito próxima dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> motores cruciais da medula espinhal e acessível sem cirurgia, essa área do corpo seria a mais compatível para que esse tipo de procedimento funcionasse sem maiores problemas.<h2>Próximos testes clínicos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30141556812187.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Após identificarem a região do corpo para receber o implante, os cientistas projetaram um dispositivo em nanoescala, ultraflexível e extensível que pode ser inserido por meio de um pequeno injetor e uma simples bomba de seringa. "Aplicando essa nova tecnologia em um modelo de camundongo, evocamos movimentos das pernas usando uma corrente elétrica quase duas ordens de grandeza menor que a usada na estimulação dorsal tradicional", disse Lin.O pesquisador ainda comentou que o estimulador criado por eles não apenas permitiu uma gama mais ampla de movimentos, mas também tornou possível programar o padrão de estimulação do conjunto de eletrodos, o que resultou em movimentos mais complexos e naturais das pernas — que lembram passos, chutes e acenos.Os investigadores esperam que essa tecnologia, caso seja comprovada como segura e eficaz para a utilização em humanos, possa algum dia ajudar a restaurar a função das pernas em pessoas com lesões na medula espinhal ou doenças neuromotoras. Os investigadores também acreditam que seu método de implantação pouco invasivo poderia torná-lo acessível a mais pessoas.De todo modo, Lin e os membros de sua equipe planejam continuar trabalhando no dispositivo visando eventuais testes clínicos em humanos em um futuro próximo.&nbsp;</body>

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Estimulador injetável pode restaurar mobilidade de paralíticos

Imagem de 5 alimentos que podem te dar 10 anos a mais de vida no megacurioso

Novo estudo indica quais alimentos dentro de uma dieta saudável podem acrescentar quase uma década à vida de uma pessoa

<head></head><body>Mudar de uma dieta pouco saudável para uma dieta mais completa e rica em nutrientes pode ter uma influência considerável na sua vida. De acordo com um novo estudo publicado na Nature Food, existem determinados alimentos que podem acrescentar quase uma década à vida de uma pessoa se forem consumidos corretamente.&nbsp;A pesquisa foi baseada em um modelo usado para estimar como as mudanças no estilo de vida poderiam afetar a expectativa de vida de uma pessoa e utilizou dados de 467 mil participantes do UK Biobank, um banco de dados biomédico de grande escala e recursos de pesquisa contendo dados genéticos e informações de saúde sobre habitantes do Reino Unido. Veja só quais alimentos foram citados!<h2>1. Grãos integrais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25173520422013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo o modelo de estudo, pessoas na faixa dos 40 anos que mudaram sua dieta pouco saudável para uma dieta associada à longevidade poderiam acrescentar cerca de 10 anos à sua expectativa de vida. A mudança foi associada a 10,8 anos extras para as mulheres e 10,4 anos para os homens.O estudo, conduzido pelos pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, e da Universidade de Glasglow, na Escócia, descobriu que grãos integrais têm uma participação importante nessa dieta saudável. Isso tem paralelo direto com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127141-5-beneficios-de-se-seguir-uma-dieta-mediterranea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dieta mediterrânea</a>, que é amplamente considerada uma das formas mais saudáveis de alimentação e enfatiza grãos integrais em suas receitas.&nbsp;<h2>2. Frutas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25173454718010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em geral, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103913-20-informacoes-curiosas-sobre-frutas.htm#:~:text=1%20%E2%80%93%20Uvas%20explodem%20se%20esquentadas,mundo%20todo%20%C3%A9%20o%20tomate." rel="noopener noreferrer" target="_blank">frutas</a> sempre foram consideradas parte de uma alimentação adequada e saudável. Além de colaborarem para aumentar a diversidade do consumo alimentar, o seu consumo in natura contribui para a manutenção de um peso adequado e para a prevenção da obesidade.Frutas frescas também são ótimas opções para substituir alimentos ultraprocessados e são ricas em nutrientes, vitaminas e minerais. Logo, esse tipo de comida não pode faltar no seu cardápio diário.<h2>3. Nozes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25173414178008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As nozes são outro tipo de alimento com diversos benefícios para a saúde humana. Seus aminoácidos têm a capacidade de prevenir a incidência de enfartes e evitar a obstrução das artérias. Além disso, o elevado teor de antioxidantes faz com que elas sejam um excelente aliado no combate a doenças cardiovasculares.Esses alimentos também são ricos em ômega-3 na sua composição, o que contribui para a redução do colesterol LDL — também chamado de "mau colesterol". Sem contar que as nozes funcionam como um anti-inflamatório natural, promovendo o fortalecimento das defesas do nosso corpo.<h2>4. Vegetais e legumes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25173355692006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como já é sabido pela maioria das pessoas, legumes e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127567-voce-sabe-qual-e-o-vegetal-mais-saudavel-que-existe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vegetais</a> devem estar presentes diariamente nas nossas refeições. O motivo por trás disso é que esses alimentos também são ricos em nutrientes, vitaminas e minerais, o que auxilia o nosso organismo em diversas formas.A Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, recomenda que a alimentação deva ter cerca de 400 gramas desses alimentos diariamente, em cinco ou mais dias da semana. Além disso, estudos apontam que pessoas que seguem essa recomendação têm até 25% menos chances de morrer por qualquer doença.<h2>5. Carne branca</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25173323027001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo o estudo, a ingestão em níveis moderados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111437-carne-branca-causa-colesterol-igual-a-carne-vermelha-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne branca</a> também pode ser benéfica para as pessoas. Isso acontece porque as carnes brancas são digeridas com mais facilidade que as carnes vermelhas, diminuindo a sensação de peso que muitas vezes se tem após a alimentação.Além disso, elas também apresentam quantidades menores de lipídios, gorduras saturadas e colesterol, trazendo grandes benefícios para a saúde. Por fim, a carne branca apresenta bons níveis de ferro, potássio, fósforo, vitamina B, potássio e vitamina B5.</body>

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5 alimentos que podem te dar 10 anos a mais de vida

Imagem de Quanto precisamos reforçar o nosso sistema imunológico? no megacurioso

A ciência revela se o seu sistema imunológico precisa de um reforço — ou basta que você o mantenha equilibrado

<head></head><body>Nos dias de hoje, parece que todo mundo está correndo atrás do "fortalecimento do sistema imunológico". Esta parece ser a chave para lidar com uma vida corrida e cheia de estresse, e muita gente crê que esta é a forma de estar sempre livre de doenças.Mas uma pergunta legítima diz respeito à medida que esse sistema imunológico deve ter. O quanto é preciso reforçá-lo? Sempre que possível, ou será que há um ponto em que não há mais a necessidade de tantas vitaminas e suplementos?<h2>Como funciona o sistema imunológico?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27223458698467.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118774-o-que-e-o-sistema-imunologico-e-como-ele-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imunológico</a> é o sistema de defesa do nosso corpo. Ele envolve uma rede de órgãos e células que atuam em conjunto para proteger nosso organismo de doenças e potenciais infecções. As células dessa parte do corpo funcionam como "patrulheiras" que andam de um lado para o outro procurando os invasores e atacando-os.Essas células são geradas dentro da medula óssea. Algumas delas – como as células B e T – trazem um reforço especial ao sistema imunológico, desempenhando um papel importante no combate às infecções. Quando as células B ou T reagem contra si mesmas, elas acabam sendo mortas nesse processo de "treinamento". É isso que se costuma chamar de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118341-nariz-de-mulher-afunda-apos-doenca-autoimune-rara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença autoimune.</a><h2>Será mesmo que você precisa reforçar seu sistema imunológico?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27220852489450.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo o consenso científico consolidado atualmente, os sistemas imunológicos saudáveis não precisam ser “reforçados”. Na verdade, eles funcionam melhor quando estão perfeitamente equilibrados.Os imunologistas entendem que uma reação em excesso é potencialmente prejudicial: ela pode significar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122465-os-5-alimentos-que-mais-causam-alergias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergias</a>, doenças autoimunes e inflamações crônicas. Por outro lado, quando a reação imunológica é muito pequena, isso pode levar ao desenvolvimento de doenças.Os anúncios de produtos que prometem fortalecer a função imunológica costumam levar ao engano, já que não é exatamente seguro mexer nesse sistema por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120909-uso-abusivo-de-suplementos-vitaminicos-pode-prejudicar-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suplementos</a> e dietas, a menos que você tenha alguma deficiência específica.É como se esse sistema fosse uma espécie de termostato: aumentar muito a temperatura vai ocasionar uma superativação e inflamação descontrolada. Por outro lado, diminuí-lo demais abrirá uma lacuna para falhas na resposta às <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127290-como-identificar-a-sepse-que-pode-ser-tao-comum-e-mortal-quanto-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infecções</a> e doenças.Pessoas com níveis saudáveis de nutrientes podem ter uma falsa sensação de segurança ao ingerir suplementos.&nbsp;O mais recomendado é apostar numa dieta balanceada, na prática regular de exercícios, na redução de estresse e nas boas noites de sono. Essa é a fórmula ideal para manter seu sistema imunológico saudável e funcionando adequadamente.Já o outro fator crucial para apoiar o sistema imunológico são as vacinas. Elas contêm formas inofensivas de patógenos que treinam as células para reconhecer as invasoras e combatê-las. Assim, ao entrar em contato com a versão real do patógeno, a célula com memória imunológica começará a lutar e destruir o "inimigo" antes mesmo que seu organismo note que algo está acontecendo.</body>

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Quanto precisamos reforçar o nosso sistema imunológico?

Imagem de Uma breve história da sinestesia no megacurioso

A sinestesia é uma mutação genética que faz com que as pessoas tenham vários estímulos sensoriais ao mesmo tempo.

A sinestesia &eacute; um dist&uacute;rbio neurol&oacute;gico que faz com que o est&iacute;mulo de um sentido cause rea&ccedil;&otilde;es em outro, gerando uma mistura de sensa&ccedil;&otilde;es e percep&ccedil;&otilde;es. Uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120929-ondas-sonoras-viram-desenhos-de-agua-e-sal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frequ&ecirc;ncia sonora</a>, por exemplo, pode se sintonizar com uma frequ&ecirc;ncia de comprimento de onda de luz, virando um cor.
Pessoas com sinestesia costumam ver palavras coloridas ou sentir cheiros nas m&uacute;sicas, por exemplo. Por mais estranho que possa parecer, estima-se que 3,7% da popula&ccedil;&atilde;o ao redor do mundo seja <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/102508-o-gosto-da-musica-o-som-da-cor-o-que-e-sinestesia-e-como-se-manifesta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinest&eacute;sica</a>.
<h2>A hist&oacute;ria da sinestesia</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/26/26161630715001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Acredita-se que o primeiro registro de uma pessoa sinest&eacute;sica ocorreu em 1872. Era Ellen Emerson, filha do fil&oacute;sofo e poeta <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/39655-amantes-da-literatura-9-destinos-turisticos-para-quem-adora-livros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ralph Waldo Emerson</a>. Aos 8 anos, ela come&ccedil;ou a falar das cores das palavras. A menina supunha que outras pessoas percebiam as palavras da mesma forma.
Por&eacute;m, antes disso, em 1812, houve o registro cl&iacute;nico feito por um m&eacute;dico de uma pessoa sinest&eacute;sica polimodal &mdash; ou seja, algu&eacute;m que experimenta sinestesia envolvendo mais de um sentido. Georg Tobias Ludwig Sachs teria uma &ldquo;sinestesia de cores para letras do alfabeto, para tons da escala musical, para n&uacute;meros e para dias da semana&rdquo;.&nbsp;
Os sinest&eacute;sicos costumam se sentir assim desde a inf&acirc;ncia, e por isso chama a aten&ccedil;&atilde;o o relato de Ellen Emerson, pois foi a primeira crian&ccedil;a a relatar essas percep&ccedil;&otilde;es (ou, ao menos, a ter isso documentado). A partir de 1980, os cientistas passaram a estudar as crian&ccedil;as sinest&eacute;sicas, incluindo rec&eacute;m-nascidos.
<h2>A lacuna nos estudos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/26/26164145382001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Por muito tempo, a percep&ccedil;&atilde;o sobre esse dist&uacute;rbio nem existia. Apenas a partir de 1848 o termo come&ccedil;ou a ser usado, o que fez que os dados acumulados at&eacute; ent&atilde;o n&atilde;o fossem registrados.&nbsp;
Em 1880, Sir Francis Galton, primo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42150-6-coisas-que-talvez-voce-nao-saiba-sobre-charles-darwin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a>, escreveu sobre "n&uacute;mero visualizados" em uma revista cient&iacute;fica, o que fez com que o n&uacute;mero de artigo sobre o tema aumentasse. No mesmo ano, o oftalmologista F. Suarez de Mendoza publicou um livro em franc&ecirc;s chamado &ldquo;L'audition color&eacute;e&rdquo;. J&aacute; na poesia, Charles Baudelaire e Arthur Rimbaud abordaram o tema.
Com a ascens&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124414-7-abordagens-da-psicologia-e-suas-diferencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">behavorismo</a> como uma abordagem da psicologia, a introspec&ccedil;&atilde;o da experi&ecirc;ncia come&ccedil;ou a ser menos considerada, dando menos margem para que a sinestesia fosse identificada. Sintomas subjetivos, como dor, tontura e zumbidos, foram vistos apenas pela &oacute;tica m&eacute;dica, ao inv&eacute;s de serem compreendidos como diferentes dimens&otilde;es sensoriais.
Segundo Richard Cytowic, em artigo na MIT Press, por muito anos a sinestesia foi invisibilizada. "A ci&ecirc;ncia da &eacute;poca simplesmente n&atilde;o estava &agrave; altura da tarefa que lhe era apresentada. Para qualquer fen&ocirc;meno ser chamado de cient&iacute;fico, deveria ser real e repet&iacute;vel, ter um mecanismo plaus&iacute;vel explic&aacute;vel em termos de leis conhecidas e ter implica&ccedil;&otilde;es de longo alcance que por vezes provocam o que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/120679-6-livros-ciencia-obrigatorios-mark-zuckerberg.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thomas Kuhn</a> chamou de mudan&ccedil;a de paradigma".&nbsp;
Ele explica que levou muito tempo para a ci&ecirc;ncia &ndash; e, em especial, a psicologia &ndash; come&ccedil;ar a ter ferramentas para poder analisar este dist&uacute;rbio. "A natureza idiossincr&aacute;tica do fen&ocirc;meno era um grande obst&aacute;culo que a ci&ecirc;ncia anterior n&atilde;o conseguia explicar, ao passo que hoje podemos explicar as diferen&ccedil;as entre os indiv&iacute;duos em termos de plasticidade neural, polimorfismo gen&eacute;tico e factores ambientais presentes tanto no &uacute;tero como durante os anos de forma&ccedil;&atilde;o do feto".
Hoje j&aacute; se sabe muito mais sobre o funcionamento do c&eacute;rebro, o que faz com que a compreens&atilde;o da sinestesia esteja muito mais avan&ccedil;ada. Ainda assim, um fato que talvez impacte que o fen&ocirc;meno seja mais estudado &eacute; que esta &eacute; uma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica que gera uma caracter&iacute;stica at&eacute; agrad&aacute;vel, mas aparentemente in&uacute;til. "Custa muito em desperd&iacute;cio de energia e dinheiro estudar a biologia sup&eacute;rflua, ent&atilde;o a evolu&ccedil;&atilde;o deveria ter descartado a sinestesia h&aacute; muito tempo", explica Cytowic.

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Uma breve história da sinestesia

Imagem de Cientistas imprimem mão robótica com ossos, tendões e ligamentos no megacurioso

A nova técnica pode ser a base para o desenvolvimento de robôs mais humanos

<head></head><body>Pesquisadores do Instituto Federal de Zurique, na Suíça, criaram uma mão robótica completa e parecida com a humana, trazendo ossos, ligamentos e tendões construídos em uma impressora 3D. A tecnologia pode ser a base para uma nova geração de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127209-conheca-os-robos-mais-estranhos-e-divertidos-da-world-robot-conference.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs</a>, conforme o estudo publicado na revista&nbsp;Nature, no dia 15 de novembro.Denominada Jato Controlado por Visão (VCJ), a técnica permite a combinação de materiais macios e duros, por meio de camadas cruzadas com até quatro tipos de plásticos. O resultado é o desenvolvimento de robôs mais complexos e duráveis, apresentando grande flexibilidade.O novo método se diferencia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124711-cientistas-criam-fatia-de-bolo-comestivel-usando-impressora-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impressão 3D</a> tradicional que utiliza plásticos de cura rápida. No modelo convencional, a impressora produz os objetos camada por camada, com os bicos depositando o material viscoso em cada ponto e uma lâmpada UV fazendo a cura de forma imediata.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Instituto Federal de Zurique/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://ethz.ch/en/news-and-events/eth-news/news/2023/11/printed-robots-with-bones-ligaments-and-tendons.html"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29103006326081.jpg" alt="(Fonte: Instituto Federal de Zurique/Divulgação)">(Fonte: Instituto Federal de Zurique/Divulgação)Ainda na tecnologia anterior, um dispositivo realiza a raspagem das irregularidades da superfície impressa após cada fase, técnica que levaria à obstrução do raspador se utilizada com os polímeros de cura lenta para a produção da mão robótica “macia”. Para resolver o problema, os cientistas optaram por digitalizar as camadas impressas.<h2>Vantagens</h2>Em vez da lâmpada UV, a impressora 3D usada no projeto ganhou um scanner a laser que verifica a superfície de cada camada produzida. Agora, ela considera cada irregularidade encontrada para imprimir a próxima camada, permitindo a construção com a espessura correta.Isso não só acelera o processo de produção como também oferece a chance de imprimir estruturas robóticas completas de uma só vez, graças ao mecanismo de feedback em tempo real. O VCJ também pode baratear todo o processo, eliminando o uso de ferramentas e processos de montagens caros.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/54jg4uduIt0?si=vaAqyRq0G8aggtXo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A equipe usou polímeros de tioleno na produção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110956-mao-robotica-macia-usa-inteligencia-artificial-para-manipular-objetos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mão robótica</a> com aparência humana. Trata-se de materiais com propriedades elásticas interessantes e capazes de retornar ao seu estado original rapidamente após a impressão, tornando-os ideais para este tipo de trabalho, conforme a pesquisa.De acordo com o professor de robótica, Robert Katzchmann, o tioleno pode ser ajustado para a construção de robôs cada vez mais leves, flexíveis e amigáveis. “Por serem macios, há menos risco de ferimentos quando trabalham com seres humanos e são mais adequados para manusear mercadorias&nbsp;frágeis”, afirmou o pesquisador, em comunicado.<h2>Robôs mais humanos</h2>A mão robótica impressa com a técnica VCJ tem 19 estruturas semelhantes aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127619-qual-e-o-maior-e-o-menor-musculo-do-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tendões</a>, tecidos responsáveis por conectar ossos e músculos. Equipada com sensores de pressão e toque, ela foi modelada a partir de dados de ressonância magnética de uma mão humana e é capaz de sentir o toque, agarrar objetos e mover os dedos, parando ao tocar algo.Um robô de seis pernas e um coração robótico, entre outras peças, também foram construídos usando a tecnologia, todos funcionais e com as mesmas características da mão, segundo a pesquisa.</body>

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Cientistas imprimem mão robótica com ossos, tendões e ligamentos

Imagem de Tratamento bizarro da covid-19 pode reverter perda de olfato no megacurioso

Sem saber exatamente como funciona o bloqueio do gânglio estrelado, pesquisadores têm batalhado para reverter a perda de olfato em pacientes com covid-19

<head></head><body>Por conta da covid-19, muitas pessoas passaram a lidar com alguns efeitos secundários da doença, inclusive a perda do olfato. Inclusive, estudos estimam que mais de 20 milhões de pessoas perderam o olfato ou o paladar em 2021 somente nos Estados Unidos. Entre esses indivíduos, 5 milhões recuperam apenas parcialmente ou não recuperaram de todo seus sentidos.Embora algumas intervenções médicas, como medicamentos antivirais ou treinamentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119466-qual-a-importancia-do-olfato-para-nosso-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olfato</a>, possam ajudar na recuperação, nem todas as pessoas reagem direito a esses estímulos. Por conta disso, pesquisadores têm batalhado para desenvolver um novo tratamento para esse tipo de sequela.&nbsp;<h2>Retomando o olfato</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25182426922027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para lidar com a perda de olfato em pacientes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126937-efeitos-da-covid-longa-sao-equivalentes-a-envelhecer-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, cientistas desenvolveram um novo procedimento médico não invasivo que envolve uma injeção no pescoço. Chamado de bloqueio no gânglio estrelado, um coquetel anestésico é injetado em um aglomerado de nervos que faz parte do sistema nervoso autônomo, que controla funções corporais involuntárias — como a frequência cardíaca e suor.Pesquisadores da Jefferson Health, dos Estados Unidos, testaram o procedimento em 37 pessoas com parosmia (perda de olfato pela covid-19), das quais 22 relataram ter notado o retorno do olfato normal após uma semana de injeção. 18 desses 22 indivíduos relataram uma melhora ainda mais significativa dentro do período de um mês. Após três meses, houve uma melhora média de 49% em todos os pacientes.As descobertas foram apresentadas na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte. Em comunicado à imprensa, o autor do estudo e professor de radiologia musculoesquelética da Jefferson Health, Adam Zoga, destacou os dados positivos da sua pesquisa. "Ficamos surpreendidos com alguns resultados, incluindo uma resolução de quase 100% da fantosmia (presença de cheiro inexistente) em alguns pacientes, ao longo do ensaio", disse.<h2>Perda de olfato na covid-19</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25182446480029.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A perda ou alteração do olfato também pode ocorrer em outras infecções virais, como em um resfriado comum, mas geralmente se resolve rapidamente. No caso da covid-19, os cientistas ainda não encontraram respostas para o motivo da situação permanecer crítica mesmo após a infecção desaparecer, porém, existem algumas teorias.Em primeiro lugar, é possível que essas sequelas aconteçam devido à inflamação contínua no nariz, que diminui o número de neurônios sensoriais olfativos ou pode reconectá-los geneticamente para que os sinais olfativos não cheguem ao cérebro. A injeção de um coquetel anestésico em pacientes com covid-19 já foi usada anteriormente para aliviar problemas de olfato associados à covid prolongada, demonstrando um sucesso significativo em testes de pequena escala.O novo estudo é o maior ensaio já feito até o momento, fazendo o uso de tomografia computadorizada ou ultrassom para guiar a injeção no gânglio estrelado na base do pescoço. Esse tipo de procedimento precisa ser feito com muita precisão e cuidado, uma vez que existem grandes vasos sanguíneos que transportam sangue vital para o cérebro.O bloqueio do gânglio estrelado também tem sido usado para tratar outras condições, como dores de cabeça crônicas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122210-pessoas-nao-amputadas-tambem-podem-ter-a-dor-do-membro-fantasma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dor do membro fantasma</a> e até mesmo arritmia cardíaca. O coquetel anestésico inclui uma pequena dose de corticosteroide como pomada para qualquer inflamação nos nervos causada por qualquer coronavírus remanescente.&nbsp;</body>

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Tratamento bizarro da covid-19 pode reverter perda de olfato

Imagem de Anemia falciforme: terapia genética pode combater doença 'invisível' no megacurioso

Afetando dezenas de milhares de brasileiros, a anemia falciforme é uma doença hereditária que altera os glóbulos vermelhos do sangue

<head></head><body>A anemia falciforme é uma doença causada por uma mutação genética que provoca a deformação dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">glóbulos vermelhos</a>. O que muitos não sabem é que, para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmito pelo pai e pela mãe. Mesmo assim, esse é um problema que afeta dezenas de milhares de brasileiros que muitas vezes não sabem que estão doentes, tendo em vista que essa é uma doença praticamente "invisível".Para tentar solucionar esses casos, a agência regulatória do Reino Unido se tornou a primeira no mundo a aprovar uma terapia genética para potencialmente curar as duas doenças que afetam as células sanguíneas: a anemia falciforme e a beta talassemia. O tratamento é pioneiro no uso de uma ferramenta de edição genética chamado de CRISPR.&nbsp;<h2>Uso de terapia genética</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23011848588384.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O DNA é feito pelo conjunto de informações que definem a vida humana. Dentro dele, os genes que carregamos trazem todas as informações sobre como cada uma de nossas células deve funcionar. Tendo isso em mente, ferramentas de edição genética atuam para manipular precisamente os dados que carregamos.O tratamento criado no Reino Unido, por exemplo, envolve a retirada de células-tronco da medula óssea do paciente portador de uma das doenças que afetam nossas células sanguíneas. Testes em laboratório usando a ferramenta de edição genética CRISPR funcionam por meio de uma espécie de "tesoura molecular", as quais realizam cortes precisos no DNA dessas células.Com isso, é possível desativas genes defeituosos que estão por trás das doenças. Essas células modificadas posteriormente são infundidas de volta no organismo, garantindo um melhor funcionamento. Esse tipo de técnica permite aos pacientes começar a produzir hemoglobina dentro dos padrões esperados e recuperar um estado de saúde pleno.<h2>Resultados positivos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23011907878386.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nos ensaios clínicos apresentados pelos pesquisadores, 28 dos 29 pacientes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118499-o-que-e-a-anemia-megaloblastica-e-como-trata-la.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anemia</a> falciforme que passaram por esse tratamento deixaram de apresentar dores intensas. Além disso, 39 dos 42 pacientes com beta talassemia não precisaram mais de transfusões de sangue há pelo menos um ano.Os cientistas esperam que o uso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118380-jesse-gelsinger-e-o-polemico-caso-de-terapia-genica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terapia genética</a> possa ser uma solução permanente para essas pessoas. A próxima etapa pretende continuar realizando testes em pacientes no Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha e Itália. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, estima-se que 60 a 100 mil indivíduos sofrem de anemia falciforme. Contudo, ainda não existe qualquer tipo de previsão para que a terapia genética chegue aqui.Enquanto isso, o transplante de medula óssea segue sendo o único tipo de tratamento para esses brasileiros. Porém, ao contrário da terapia genética, esse procedimento precisa de um doador que seja estreitamente compatível com o paciente enfermo, podendo ainda apresentar um risco de rejeição. A chegada de novos métodos para lidar com um problema tão comum no mundo facilitaria o caminho para inúmeras pessoas.A Vertex, empresa farmacêutica americana responsável pela terapia genética, deseja que o seu produto seja utilizado de forma ampla. Para que isso ocorra, o procedimento deverá passar por regulação em diversas outras partes do mundo e ainda será necessário que os serviços públicos de saúde estejam preparados para pagar um preço a ser estabelecido.</body>

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Anemia falciforme: terapia genética pode combater doença 'invisível'

Imagem de O ano em que centenas de pessoas foram envenenadas no Halloween no megacurioso

Doces ou travessuras é uma das tradições mais esperadas no Halloween, porém, no século XIX, a prática levou a consequências bem mais assustadoras

<head></head><body>Em 1858, Bradford era uma cidade que vivia um rápido crescimento. Com a Revolução Industrial, milhares de trabalhadores chegavam à cidade em busca de empregos, que na maioria das vezes consistiam em trabalhar em uma das 46 minas de carvão ativas na região. O Halloween daquele ano poderia ter sido normal, mas eventos fizeram com que o episódio ficasse marcado na memória inglesa e fosse responsável por mudanças nas leis relativas à farmácia e alimentos.William Hardaker tinha uma barraca de venda de doces no Mercado Central da cidade e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123282-por-que-usamos-fantasias-no-halloween.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Halloween</a> era o dia ideal para faturar. Um dos doces mais populares na época era a bala de menta, que até rendeu ao comerciante o apelido de "Humbug Billy" (pois o nome do doce em inglês é humbug peppermint).<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/03/03123027360192.jpg" alt="A tradicional bala de menta inglesa. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">A tradicional bala de menta inglesa. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Só havia um problema: um dos principais ingredientes das balas era o açúcar, cujo preço era extremamente alto. A cana-de-açúcar não sobrevivia no clima inglês, era preciso importá-la da Índia e havia poucas refinarias no país, o que fazia do açúcar um luxo para poucos.Naquele dia, Humbug Billy foi, como de costume, abastecer seu estoque com Joseph Neal, que preparava os doces. Ele notou a coloração estranha do açúcar e conseguiu um desconto por isso. No fim da noite, Billy acreditou que tinha feito um ótimo negócio, tendo vendido uma boa quantidade dos doces que conseguiu fazer gastando um valor menor do que o habitual.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/03/03122026593183.jpg" alt="Ilustração de John Leech sobre o episódio, publicada em 1958. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Ilustração de John Leech sobre o episódio, publicada em 1958. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)<h2>Desencontros fatais</h2>Uma série de desencontros naquele <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127819-halloween-quando-a-festa-era-feita-para-unir-casais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Halloween</a> fez com que um envenenamento em massa ocorresse a partir da venda desses doces. O doceiro, Joseph Neal, utilizava uma prática — que não era incomum na época — de misturar ingredientes para economizar no preço. O açúcar era trocado, em partes, por pó de gesso, que não apresentava nenhuma toxicidade conhecida.&nbsp;Na ocasião, Neal mandou um ajudante ir comprar o pó de gesso em uma farmácia, porém, o farmacêutico, Charles Hodgson, estava doente e pediu para que seu jovem assistente William Goddard fizesse a venda. O produto deveria estar em barril perto do balcão, porém, o barril estava ao lado de outro que continha arsênico e, sem experiência, nenhum dos jovens notou a diferença.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/03/03122218750184.jpg" alt="Trióxido de arsênico confundido com pó de gesso que deveria se passar por açúcar. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Trióxido de arsênico confundido com pó de gesso que deveria se passar por açúcar. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Os problemas começaram a aparecer no dia seguinte, quando médicos começaram a atender crianças que estavam doentes. Nos primeiros casos, os sintomas foram atribuídos à cólera, doença comum na época.O tamanho do problema só foi revelado graças ao médico John Henry Bell, que atendeu uma família inteira que passava mal. Como todos tinham comido os doces, ele suspeitou de contaminação e levou amostras para uma análise química, que revelou a contaminação. Algumas balas continham uma dose quatro vezes maior do que o necessário para ser letal.A partir daí o caso foi levado para a polícia, que agiu rapidamente batendo sinos na rua e avisando a população para que não consumisse os doces. Avisos foram impressos e espalhados em lugares públicos.Infelizmente, o episódio levou 20 crianças à morte e mais de 200 pessoas ficaram doentes. Os números podem ser bem maiores, já que os doces podem ter sido levados para outras localidades e algumas das mortes atribuídas a outras causas.O episódio do envenenamento de Bradford levou a alterações na então "Lei de Venda de Alimentos e Drogas", que impediu farmácias de venderem produtos letais de forma indiscriminada, além de impedir e aumentar a fiscalização na alteração de ingredientes de alimentos.</body>

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O ano em que centenas de pessoas foram envenenadas no Halloween

Imagem de 6 síndromes inacreditáveis que são frutos da imaginação no megacurioso

Prepare-se para explorar o extraordinário, onde a mente tece narrativas surpreendentes e cria realidades que desafiam a lógica

<head></head><body>Em um universo tão vasto quanto o da mente humana, onde a linha entre realidade e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111634-linguagem-e-imaginacao-do-ser-humano-foram-desenvolvidas-so-ha-70-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imaginação</a> é tênue, emergem síndromes fascinantes que desafiam nossas noções convencionais. Seja pela influência de lesões cerebrais, seja por contextos culturais intrigantes ou fenômenos psicológicos complexos, estas 6 síndromes são reais apenas no universo da sua cabeça.<h2>1. Síndrome de Stendhal</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16221900342492.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A síndrome de Stendhal é uma condição em que a exposição intensa a obras de arte históricas e excepcionais desencadeia reações físicas e emocionais extremas. Visitantes de locais famosos, como Paris, podem experimentar tonturas, palpitações cardíacas, alucinações e ataques de pânico diante de uma sobrecarga sensorial. Conhecida como "ataque de arte", foi reconhecida como uma condição psiquiátrica em 1989.<h2>2. Síndrome de Capgras</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16222004222493.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A síndrome de Capgras é caracterizada pela crença de que pessoas próximas foram substituídas por réplicas idênticas. Essa ilusão não se limita a relações humanas, podendo estender-se a animais de estimação e objetos.Aqueles que vivenciam essa condição acreditam que seus entes queridos foram alvo de uma substituição, e costumam buscar pistas físicas mínimas para identificar o impostor. Associada a doenças neurodegenerativas e traumas cerebrais, a síndrome de Capgras revela a complexidade das percepções distorcidas sobre a identidade.<h2>3. Síndrome de Clerambault</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16222804111494.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Também conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113006-tatiana-tarasoff-e-a-mente-de-seu-stalker.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erotomania</a>, a síndrome de Clerambault é definida como a convicção alucinatória de que você é objeto da admiração romântica ou profissional de outra pessoa. Embora seja mais frequentemente diagnosticada em mulheres, especialistas suspeitam de que os homens podem não estar recebendo diagnósticos suficientes. O estado pode ser de curta duração ou ter efeitos duradouros, com a pessoa acreditando que está sendo procurada e que o outro está apaixonado mesmo sem reciprocidade.<h2>4. Síndrome de Salieri</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16223018932495.jpg" alt="Antonio Salieri. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Antonio Salieri. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Inspirada pela suposta rivalidade entre Antonio Salieri e Mozart, a síndrome de Salieri ocorre quando pessoas altamente qualificadas sentem-se ofuscadas por outras mais talentosas. Presente em ambientes profissionais, a síndrome revela como o ciúme pode levar indivíduos a desacreditarem deliberadamente seus colegas, resultando não apenas em impactos pessoais, mas também enfraquecendo o desempenho geral de um grupo.<h2>5. Síndrome do Restaurante Chinês</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16223157044496.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A síndrome do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125213-conheca-o-restaurante-chines-com-capacidade-para-ate-6-mil-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restaurante chinês</a> refere-se à crença de que o glutamato monossódico (MSG), frequentemente presente em alimentos chineses, pode causar uma série de sintomas adversos. Apesar da ausência de evidências científicas sólidas para apoiar essa ideia, mitos e preconceitos levaram à demonização do MSG, criando uma condição fictícia baseada em desconhecimento e cultura popular.<h2>6. Síndrome da gravidez do filhote de cachorro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16225322252499.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A síndrome da gravidez do filhote de cachorro é uma condição culturalmente específica relatada em uma região da Índia, especialmente em áreas rurais próximas a Calcutá. Após terem sido mordidos ou terem contato com cães, indivíduos (homens e mulheres) acreditaram ter sido engravidados por eles. A crença envolve a ideia de que a saliva do cachorro pode causar a gravidez, principalmente se a mordida ocorrer enquanto o animal estiver muito excitado.Essas síndromes revelam a incrível capacidade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120984-entenda-o-que-e-e-como-funciona-exatamente-o-pensamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mente humana</a> de criar realidades únicas. Ao compreender esses fenômenos, podemos ter visões valiosas sobre a complexidade da percepção, o impacto das crenças culturais e a incrível adaptabilidade da mente diante de desafios e traumas. A mente, afinal, é um universo vasto e inexplorado, capaz de nos surpreender com suas próprias criações.</body>

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