Imagem de Cientistas descobrem novo tipo de vírus da AIDS no megacurioso

O achado pode ajudar na produção de novos medicamentos e vacinas para tratar o HIV

Um novo tipo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111844-hiv-descoberta-segunda-mutacao-em-gene-que-torna-celulas-imunes-ao-virus.htm">v&iacute;rus HIV</a> foi identificado por um grupo de cientistas da empresa de equipamentos m&eacute;dicos Abbott em parceria com pesquisadores da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. A novidade pode ajudar a evitar futuros surtos da doen&ccedil;a e a planejar novos tipos de tratamentos. Descobertas deste tipo n&atilde;o aconteciam h&aacute; quase 20 anos.

Chamado de cepa L e pertencente a um dos quatro grupos do v&iacute;rus da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110198-a-foto-que-mudou-a-forma-como-as-pessoas-viam-a-aids-nos-anos-de-1990.htm">AIDS</a>&nbsp;&mdash; o M &mdash; este organismo foi coletado, na verdade, em 2001, na Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo, como parte de um estudo de preven&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a na transmiss&atilde;o de m&atilde;e para filho, de acordo com o artigo publicado no Journal of Acquired Immune Deficiency Syndrome (JAIDS) na &uacute;ltima quarta-feira (6).

Ainda segundo a publica&ccedil;&atilde;o, a primeira amostra deste subtipo do v&iacute;rus foi identificada entre os anos de 1983 e 1990, mas naquela &eacute;poca n&atilde;o havia tecnologia suficiente para a realiza&ccedil;&atilde;o do sequenciamento de genomas, levando os cientistas a n&atilde;o ter a certeza de que todas as cepas faziam parte do mesmo grupo.

<figure class="image"><img alt="" height="466" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/09/09173053241007.jpg" width="700" />
<figcaption>A nova cepa descoberta faz parte do Grupo M do v&iacute;rus HIV. (Fonte: Freepik)</figcaption>
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Com a evolu&ccedil;&atilde;o da tecnologia e o surgimento da engenharia gen&eacute;tica, o subtipo L p&ocirc;de finalmente ser estudado a fundo, comprovando que as tr&ecirc;s cepas encontradas ao longo dos anos faziam parte do mesmo grupo &mdash; era necess&aacute;ria a identifica&ccedil;&atilde;o deste organismo em pelo menos tr&ecirc;s pessoas para que ele fosse classificado como um novo tipo, o que acabou acontecendo.

<h2>A import&acirc;ncia da descoberta</h2>

A identifica&ccedil;&atilde;o do novo subtipo do v&iacute;rus HIV &eacute; essencial para a cria&ccedil;&atilde;o de novos medicamentos e vacinas para tratar a Aids e erradicar o v&iacute;rus, a partir do acompanhamento do seu funcionamento dentro do organismo humano.

Para alguns cientistas, como a professora da Universidade do Missouri Carole McArthur, uma das autoras do estudo, a descoberta tamb&eacute;m mostra como o HIV tem o poder de mudar e evoluir, e por isso precisa ser acompanhado bem de perto para evitar novas pandemias.

Segundo os dados mais recentes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111643-o-ebola-nao-e-mais-incuravel-oms-anuncia-tratamento-eficaz-contra-doenca.htm">Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de</a> (OMS), cerca de 37 milh&otilde;es de pessoas em todo o mundo vivem com o HIV, das quais 870 mil s&atilde;o brasileiras.

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Cientistas descobrem novo tipo de vírus da AIDS

Imagem de Pólio tipo 3 é erradicada oficialmente em todo o mundo no megacurioso

Mais uma grande vitória para a medicina: com a erradicação de mais uma cepa do vírus da poliomielite, resta apenas um tipo para ser combatido

No &uacute;ltimo dia 24 de outubro, especialistas da &aacute;rea da sa&uacute;de de todo o mundo tiveram um &oacute;timo motivo para comemora&ccedil;&otilde;es: a erradica&ccedil;&atilde;o de mais uma cepa do v&iacute;rus da p&oacute;lio em escala global.

O an&uacute;ncio n&atilde;o poderia ser feito em uma data diferente, afinal, essa foi a escolhida para chamar a aten&ccedil;&atilde;o de especialistas e da popula&ccedil;&atilde;o, assim como realizar campanhas em geral sobre essa doen&ccedil;a grave.

Outro fator positivo a ser lembrado &eacute; que a erradica&ccedil;&atilde;o do tipo 3 foi alcan&ccedil;ada apenas quatro&nbsp;anos ap&oacute;s a do o tipo 2.

O &uacute;ltimo caso da p&oacute;lio tipo 3 foi registrado h&aacute; alguns anos, em 2012, na Nig&eacute;ria.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="517" src="https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/04/7448462004_1ea8bebb5a_k-e1430425481165.jpg" width="810" />
<figcaption>A poliomielite foi erradicada no Brasil em 1994. (Fonte:Na&ccedil;&otilde;es Unidas/SES MG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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O Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de e&nbsp;presidente do Conselho de Supervis&atilde;o da P&oacute;lio da Iniciativa Global de Erradica&ccedil;&atilde;o da Poliomielite (GPEI), comentou sobre a boa not&iacute;cia envolvendo a poliomielite afirmando que essa vit&oacute;ria representa um marco para sa&uacute;de de todo o planeta.

Em coment&aacute;rios para a imprensa, ele tamb&eacute;m disse que &ldquo;&#39;continuamos totalmente comprometidos em garantir que todos os recursos necess&aacute;rios sejam disponibilizados para erradicar todas as cepas de poliov&iacute;rus. Instamos todas as outras partes interessadas e parceiros a tamb&eacute;m manter o curso at&eacute; que o sucesso final seja alcan&ccedil;ado&rdquo;.

J&aacute; a p&oacute;lio do tipo 1 ainda afeta alguins pa&iacute;ses,&nbsp;como o Paquist&atilde;o e Afeganist&atilde;o. Outro ponto importante de ser considerado &eacute; que essa doen&ccedil;a n&atilde;o tem cura, mas a vacina garante total prote&ccedil;&atilde;o.

<h2>O que &eacute; a poliomielite?</h2>

A p&oacute;lio, tamb&eacute;m conhecida como paralisia infantil, &eacute; uma doen&ccedil;a contagiosa provocada pelo chamado poliov&iacute;rus. Ela &eacute; muito mais comum em crian&ccedil;as e, por isso, todo o cuidado especial com elas.

Ela pode ser transmitida pelo contato com uma pessoa que esteja infectada, alimentos contaminados e por &aacute;gua. &Eacute; muito comum que pessoas doentes com a p&oacute;lio n&atilde;o tenham nenhum tipo de sintoma, mas em parte dos casos a pessoa come&ccedil;a a desenvolver paralisia. &Eacute; preciso ter muita aten&ccedil;&atilde;o a condi&ccedil;&atilde;o, pois&nbsp;ela pode ser fatal.

Vale destacar que ao vacinar a crian&ccedil;a contra a p&oacute;lio ela estar&aacute; protegida por toda a sua vida.

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Pólio tipo 3 é erradicada oficialmente em todo o mundo

Imagem de Startup americana encontra a “cura para a ressaca” no megacurioso

Microbiologista desenvolve probiótico que alivia os terríveis sintomas da ressaca

S&oacute; quem j&aacute; enfrentou uma ressaca sabe o qu&atilde;o valioso seria encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o para esse inc&ocirc;modo problema. A boa not&iacute;cia &eacute; que uma startup do Vale do Sil&iacute;cio alega finalmente ter achado uma maneira de aliviar os efeitos colaterais &mdash;&nbsp;desconfort&aacute;veis, diga-se de passagem &mdash;&nbsp;da bebedeira.&nbsp;

O ZBiotics, lan&ccedil;ado no &uacute;ltimo dia 17, &eacute; o primeiro probi&oacute;tico geneticamente modificado do mundo. Beber um pequeno frasco de ZBiotics antes da primeira bebida alco&oacute;lica da noite ajuda o corpo a quebrar o acetalde&iacute;do, um subproduto da&nbsp;metaboliza&ccedil;&atilde;o&nbsp;do etanol. Esse composto t&oacute;xico &eacute; respons&aacute;vel pelos sintomas conhecidos da ressaca, como dor de cabe&ccedil;a, n&aacute;usea e palpita&ccedil;&otilde;es card&iacute;acas. Embora o acetalde&iacute;do se dissipe naturalmente ao longo do tempo, quanto mais bebida alc&oacute;olica &eacute; ingerida, mais a subst&acirc;ncia se acumula no corpo, acentuando as m&aacute;s sensa&ccedil;&otilde;es.&nbsp;

<figure class="image"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/23/23183245752359.jpg" width="990" />
<figcaption>Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Pixabay</figcaption>
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A bact&eacute;ria escolhida foi a Bacillus subtilis, tradicionalmente usada no processo de fermenta&ccedil;&atilde;o da soja no Jap&atilde;o, alterada geneticamente para produzir uma enzima capaz quebrar o acetalde&iacute;do. Essa enzima &eacute; semelhante &agrave; produzida pelo f&iacute;gado, com a diferen&ccedil;a que o&nbsp;ZBiotics a&nbsp;direciona&nbsp;ao intestino, onde ela trabalha para evitar a ressaca.

&quot;Tivemos que criar algo novo para resolver o problema porque a natureza n&atilde;o tinha uma solu&ccedil;&atilde;o&quot;, explicou o fundador da ZBiotics e microbiologista&nbsp;Zack Abbott. &quot;Se a natureza tivesse uma solu&ccedil;&atilde;o, a humanidade a encontraria antes de 2019. A base para a cria&ccedil;&atilde;o do&nbsp;ZBiotics foi a ideia de que podemos potencialmente direcionar ou aproveitar o poder das bact&eacute;rias, domando-as para criar recursos que s&atilde;o &uacute;teis para n&oacute;s&quot;, finalizou.&nbsp;

<figure class="image"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/23/23183308596360.jpg" width="990" />
<figcaption>Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Pixabay</figcaption>
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A bebida probi&oacute;tica &eacute; comercializada em pequenas garrafas transl&uacute;cidas de 15 mililitros que custam entre US$ 9 e US$ 12 &mdash;&nbsp;o equivalente a R$ 36 a R$ 48. Vale a pena ressaltar que o ZBiotics age aliviando alguns efeitos negativos da bebida, mas n&atilde;o impede que quem o consumiu fique b&ecirc;bado ou ajude a ficar s&oacute;brio mais r&aacute;pido.&nbsp;

Voc&ecirc; pode estar pensando que a ideia de &quot;curar&quot; a ressaca pode parecer um pouco f&uacute;til quando comparada &agrave; cura de doen&ccedil;as,&nbsp;mas, come&ccedil;ando com este produto, a ZBiotics criou uma plataforma tecnol&oacute;gica que lhes permite trabalhar em&nbsp;&quot;probi&oacute;ticos 2.0&rdquo; &mdash;&nbsp;os pr&oacute;ximos passos para os probi&oacute;ticos projetados. &quot;Para come&ccedil;ar, estamos focados em produzir bact&eacute;rias que possam&nbsp;ajudar a proteg&ecirc;-lo de compostos t&oacute;xicos nos alimentos e na &aacute;gua que voc&ecirc; ingere, ou ajud&aacute;-lo a absorver nutrientes com mais efici&ecirc;ncia, ou a resistir a doen&ccedil;as infecciosas&quot;, diz Zack.

Probi&oacute;ticos projetados e outros micr&oacute;bios oferecem oportunidades incr&iacute;veis para a humanidade. &quot;Sa&uacute;de humana, agricultura, mudan&ccedil;a clim&aacute;tica, ci&ecirc;ncia dos materiais e bens de consumo ter&atilde;o enormes inova&ccedil;&otilde;es e benef&iacute;cios nos pr&oacute;ximos 50 anos, gra&ccedil;as aos micr&oacute;bios projetados&quot;, finalizou.

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Startup americana encontra a “cura para a ressaca”

Imagem de Organismo tem 720 sexos e aprende mesmo sem ter cérebro no megacurioso

Conheça a criatura que intriga cientistas pelo mundo todo

Imagine uma criatura que se assemelha a uma gosma, n&atilde;o possui boca nem olhos, mas consegue detectar comida e se alimentar. N&atilde;o possui membros, por&eacute;m pode se locomover. Estranho, n&atilde;o? Pois esse ser existe e se chama Physarum polycephalum, carinhosamente apelidado de &ldquo;Blob&rdquo;.&nbsp;Ele n&atilde;o &eacute; planta, nem fungo e muito menos um animal, mesmo se assemelhando com os dois &uacute;ltimos.

Esse ser unicelular se locomove cerca de quatro&nbsp;cent&iacute;metros por hora, dobra de tamanho do dia para a noite, cura-se quando cortado&nbsp;e, talvez, o mais curioso: pode resolver problemas mesmo com sua falta de c&eacute;rebro. Tamb&eacute;m n&atilde;o precisa se preocupar com reprodu&ccedil;&atilde;o, pois possui 720 sexos diferentes. Esse organismo&nbsp;foi descoberto em 1973 por um texano que avistou a criatura crescendo em seu quintal, mas estudos prop&otilde;em que ela perambula pela Terra h&aacute; mais de um bilh&atilde;o de anos.

<figure class="image"><a href="https://www.facebook.com/ParcZoologiqueDeParis/" target="_blank"><img alt="blob" height="1230" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/28/28002256858088.jpg" width="1848" /></a>

<figcaption>Fonte:&nbsp;<a href="https://www.facebook.com/ParcZoologiqueDeParis/" target="_blank">Parc Zoologique de Paris</a></figcaption>
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Anteriormente, tal organismo&nbsp;foi classificado&nbsp;no Reino Fungi junto com cogumelos, leveduras e bolores, mas ap&oacute;s alguns estudos da d&eacute;cada de 1990, ele foi reclassificado&nbsp;e agora pertence ao grupo dos myxomicetos, um agrupamento dentro do filo das amebas (Amoebozoa).

A criatura foi exposta recentemente em um zool&oacute;gico em Paris. O diretor do local, Bruno David, afirma que ela &eacute; um dos maiores mist&eacute;rios que vivem na natureza, &ldquo;Ela nos surpreende pois n&atilde;o possui c&eacute;rebro, mas &eacute; capaz de aprender... e se voc&ecirc; colocar dois &#39;Blobs&#39; juntos, eles ir&atilde;o transmitir conhecimento entre si&rdquo;, falou.

Aparentemente, esse organimsmo&nbsp;possui apenas dois inimigos: luz e seca. &ldquo;Ele&nbsp;prospera em temperaturas que oscilam entre 19&ordm;C e 25&ordm;C e tamb&eacute;m quando os n&iacute;veis de umidade atingem de 80% a 100%&rdquo;, diz Marlene Itan, do Zool&oacute;gico de Paris.&nbsp;

Para estudar mais a fundo, cientistas cultivam o P. polycephalum em placas de petri com alimenta&ccedil;&atilde;o &agrave; base de aveia. Muitos resultados fascinantes permitiram descobrir um pouco mais sobre como funciona esse organismo. Ele vive a maior parte do tempo sozinho, entretanto, quando se une a outros &quot;Blobs&quot;, pode cobrir uma &aacute;rea mais extensa para procurar por alimento. No entanto, esse processo de uni&atilde;o n&atilde;o &eacute; t&atilde;o f&aacute;cil quanto parece, pois o material gen&eacute;tico dos &quot;Blobs&quot; precisa ser compat&iacute;vel entre si.

<figure class="image"><img alt="organismo misterioso" height="1848" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/28/28002604687089.jpg" width="1230" />
<figcaption>Fonte:&nbsp;<a href="https://www.facebook.com/ParcZoologiqueDeParis/" target="_blank">Parc Zoologique de Paris</a></figcaption>
</figure>

Al&eacute;m disso, a movimenta&ccedil;&atilde;o deles em conjunto tamb&eacute;m n&atilde;o tem nada de aleat&oacute;ria:&nbsp;estudos indicam que o deslocamento &eacute; pr&eacute;-determinado por rea&ccedil;&otilde;es bioqu&iacute;micas. Apesar de ser ainda misterioso, esse&nbsp;organismo&nbsp;est&aacute; ajudando os cientistas a questionarem o significado de intelig&ecirc;ncia em todos os seres vivos.

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Organismo tem 720 sexos e aprende mesmo sem ter cérebro

Imagem de Peste Negra pode ter se originado na Rússia, afirmam cientistas no megacurioso

Pesquisadores testam DNA antigo da Peste Negra e indicam local de possível origem da doença

Pesquisadores do Instituto Max Planck de Ci&ecirc;ncia da Hist&oacute;ria Humana em Jena, Alemanha, descobriram que a evid&ecirc;ncia mais antiga conhecida da Peste Negra vem de Laishevo, na regi&atilde;o do Volga, na R&uacute;ssia.&nbsp;
No s&eacute;culo XIV, a Peste Negra exterminou at&eacute; 60% da popula&ccedil;&atilde;o da Europa, espalhando-se rapidamente das margens do Mar Negro para a Europa central. Embora os registros hist&oacute;ricos documentem seu surgimento por volta de 1343, na regi&atilde;o do baixo Volga da R&uacute;ssia, os pesquisadores n&atilde;o sabiam se a cepa altamente virulenta da bact&eacute;ria Yersinia pestis, que causou a pandemia mortal, veio de uma &uacute;nica fonte ou foi introduzida na Europa mais de uma vez por viajantes carregando diversas variedades de peste de diferentes partes do mundo antigo.
<img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/11133133490136.jpg" width="990" />
Fonte: Archeodunum Sas/Gourvennec Michael - Reprodu&ccedil;&atilde;o Science Mag
<h2>A origem da Peste Negra</h2>
O estudo analisou 34 genomas antigos de Y. pestis dos dentes de pessoas enterradas em 10 locais da Europa dos s&eacute;culos XIV&nbsp;a XVII&nbsp;(incluindo uma vala comum em Toulouse, Fran&ccedil;a &mdash; na foto acima). L&aacute;, os pesquisadores descobriram uma cepa de Y. pestis que era ancestral de todos os outros genomas que estudaram, diferindo em apenas uma muta&ccedil;&atilde;o daqueles que causaram a Peste Negra na Europa. Isso n&atilde;o significa que a regi&atilde;o do Volga foi o ponto zero para a Peste Negra &mdash;&nbsp;poderia ter vindo de outros lugares do oeste da &Aacute;sia, onde os cientistas ainda n&atilde;o testaram o DNA antigo de Y. pestis.&nbsp;
"Mostramos que uma an&aacute;lise extensiva dos antigos genomas de Y. pestis pode fornecer informa&ccedil;&otilde;es &uacute;nicas sobre a microevolu&ccedil;&atilde;o de um pat&oacute;geno por um per&iacute;odo de v&aacute;rias centenas de anos", disse um dos autores do estudo e diretor do Departamento de Arqueogen&eacute;tica do Instituto Max Planck, Johannes Krause.&nbsp;
Os pesquisadores descobriram que, uma vez que a praga chegou &agrave; Europa, uma &uacute;nica cepa foi respons&aacute;vel pela Peste Negra, da It&aacute;lia ao Reino Unido. Essa cepa tamb&eacute;m deu origem a outras variantes de Y. pestis que causaram surtos de pragas mortais do final do s&eacute;culo XIV ao s&eacute;culo XVIII. Isso sugere que a bact&eacute;ria persistiu localmente na Europa, talvez em hospedeiros de roedores, onde evoluiu para diversas cepas que causaram epidemias posteriores. A pesquisa foi publicada na revista Nature Communications.

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Peste Negra pode ter se originado na Rússia, afirmam cientistas

Imagem de Exposição da mãe a toxinas prejudica imunidade dos filhos  no megacurioso

Estudo da Universiade de Rochester sugere que grande exposição de mulheres a toxinas pode prejudicar o sistema de defesa fisiológico dos filhos e das gerações futuras

Que a exposi&ccedil;&atilde;o a polui&ccedil;&atilde;o prejudica a sa&uacute;de n&atilde;o &eacute; novidade para ningu&eacute;m, mas um estudo desenvolvido na Universidade de Rochester e publicado na iScience sugere que a exposi&ccedil;&atilde;o onipresente a polui&ccedil;&atilde;o industrial pode prejudicar a imunidade por gera&ccedil;&otilde;es, enfraquecendo as defesas do corpo contra infec&ccedil;&otilde;es, como o v&iacute;rus influenza, de m&atilde;es, filhos, netos, bisnetos, e por a&iacute; vai.

Paige Lawrence, do departamento de medicina ambiental do Centro M&eacute;dico da Universidade de Rochester, explica que o estudo sugere que os impactos no sistema imunol&oacute;gico podem ser sentidos por gera&ccedil;&otilde;es. Ela diz ainda que, apesar de outros estudos j&aacute; mostrarem que a exposi&ccedil;&atilde;o a poluentes pode impactar nas fun&ccedil;&otilde;es do sistema reprodutivo, respirat&oacute;rio e nervoso por v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es, a atual pesquisa mostra de forma in&eacute;dita que a exposi&ccedil;&atilde;o afeta tamb&eacute;m a imunidade.

Os pesquisadores explicam que o enfraquecimento multigeracional da imunidade&nbsp;pode ajudar a explicar varia&ccedil;&otilde;es durante epis&oacute;dios sazonais e de pandemia de gripe, uma vez que as vacinas anuais fornecem mais prote&ccedil;&atilde;o a algumas pessoas do que a outras. Al&eacute;m disso, durante os surtos de gripe pand&ecirc;mica, algumas pessoas ficam gravemente doentes, enquanto outras combatem a infec&ccedil;&atilde;o.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09215600307308.jpg" width="960" />
<figcaption>Fonte: Pixabay 
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Alguns fatores, como idade e muta&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, podem explicar essa varia&ccedil;&atilde;o, mas a diversidade de respostas tem outros aspectos envolvidos. &ldquo;Quando voc&ecirc; &eacute; infectado ou recebe uma vacina contra a gripe, o sistema imunol&oacute;gico aumenta a produ&ccedil;&atilde;o de tipos espec&iacute;ficos de gl&oacute;bulos brancos em resposta. Quanto maior a resposta, maior o ex&eacute;rcito de gl&oacute;bulos brancos, aumentando a capacidade do corpo de combater com &ecirc;xito uma infec&ccedil;&atilde;o. Ter um ex&eacute;rcito de tamanho menor &mdash;&nbsp;o que vemos em v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es de ratos neste estudo &mdash;&nbsp;significa que voc&ecirc; corre o risco de n&atilde;o combater a infec&ccedil;&atilde;o com a mesma efic&aacute;cia&rdquo;, explica Lawrence.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Teste com ratos comprovou imunidade baixa em m&atilde;es, filhos, &ldquo;netos&rdquo; e &ldquo;bisnetos&rdquo;</h2>

Para realizar o estudo, pesquisadores expuseram camundongos prenhes &agrave; dioxina em n&iacute;veis ambientalmente relevantes. Subproduto comum da produ&ccedil;&atilde;o industrial e da incinera&ccedil;&atilde;o de res&iacute;duos, al&eacute;m de encontrada em alguns produtos de consumo, esses produtos qu&iacute;micos entram no sistema alimentar, sendo consumidos eventualmente por seres humanos. As dioxinas se acumulam &agrave; medida que avan&ccedil;am na cadeia alimentar e produtos alimentares de origem animal possuem maior concentra&ccedil;&atilde;o.

A produ&ccedil;&atilde;o e fun&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas T citot&oacute;xicas &mdash;&nbsp;gl&oacute;bulos brancos que defendem o organismo de pat&oacute;genos estranhos, al&eacute;m de procurar e destruir c&eacute;lulas com muta&ccedil;&otilde;es que podem levar ao c&acirc;ncer &mdash;&nbsp;foram prejudicadas quando os ratos foram infectados com o v&iacute;rus influenza A.&nbsp;E a resposta imune enfraquecida foi al&eacute;m. N&atilde;o apenas a prole das m&atilde;es expostas &agrave; dioxina apresentou imunidade deficiente, mas as gera&ccedil;&otilde;es subsequentes, incluindo at&eacute; os &ldquo;bisnetos&rdquo;, com efeito mais intenso nas f&ecirc;meas.

A hip&oacute;tese dos pesquisadores &eacute; de que a exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; dioxina altera a transcri&ccedil;&atilde;o de instru&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas, ou seja, n&atilde;o &eacute; a exposi&ccedil;&atilde;o que desencadeia uma muta&ccedil;&atilde;o, mas o mecanismo pelo qual os genes s&atilde;o expressos que se altera, sendo inclusive repassado para gera&ccedil;&otilde;es seguintes.

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Exposição da mãe a toxinas prejudica imunidade dos filhos 

Imagem de Bactérias mutantes desafiam antibióticos no megacurioso

As chamadas superbactérias vêm utilizando vários mecanismos para resistir aos antibióticos

O uso indiscriminado de antibi&oacute;ticos &eacute; tido como o respons&aacute;vel pelo surgimento das chamadas &ldquo;superbact&eacute;rias&rdquo;. &nbsp;Esses perigosos organismos unicelulares possuem resist&ecirc;ncia a diversos antibi&oacute;ticos que teoricamente deveriam ser respons&aacute;veis por sua elimina&ccedil;&atilde;o nas infec&ccedil;&otilde;es. Tal&nbsp;fen&ocirc;meno, al&eacute;m de ser respons&aacute;vel por um total estimado de 700 mil mortes anuais, complica o tratamento de doen&ccedil;as at&eacute; ent&atilde;o facilmente control&aacute;veis, como pneumonia, tuberculose e gonorreia.
<h2>Tipos de resist&ecirc;ncia das bact&eacute;rias</h2>
S&atilde;o tr&ecirc;s os mecanismos de resist&ecirc;ncia bacteriana&nbsp;conhecidos. Em um deles, o chamado mecanismo enzim&aacute;tico de resist&ecirc;ncia, a bact&eacute;ria produz enzimas que deterioram o antibi&oacute;tico. Outra forma de resist&ecirc;ncia &eacute; a altera&ccedil;&atilde;o do local-alvo de atua&ccedil;&atilde;o do agente microbiano, obtida atrav&eacute;s da adi&ccedil;&atilde;o de um gene que &ldquo;mascara&rdquo; o alvo original. E, finalmente, na altera&ccedil;&atilde;o da permeabilidade da membrana celular, a bact&eacute;ria altera o n&uacute;mero, a seletividade ou o tamanho das porinas, prote&iacute;nas que controlam os canais pelos quais as subst&acirc;ncias conseguem passar para o espa&ccedil;o periplasm&aacute;tico e, em seguida, para o interior da c&eacute;lula.
Uma nova forma de resist&ecirc;ncia foi revelada na semana passada, quando uma equipe de pesquisadores da Newcastle University, liderada pela Dra. Katarzyna Mickiewicz, demonstrou que as bact&eacute;rias podem &ldquo;mudar de forma&rdquo; dentro do corpo humano, para &ldquo;driblar&rdquo;&nbsp; a a&ccedil;&atilde;o dos antibi&oacute;ticos, numa a&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o requer mudan&ccedil;as gen&eacute;ticas, ou seja, o microorganismo continua crescendo.
&nbsp;O estudo, publicado pela Nature Communications, explica que praticamente todas as bact&eacute;rias s&atilde;o envolvidas por uma estrutura chamada parede celular. Essa camada se assemelha a uma grossa jaqueta que funciona como prote&ccedil;&atilde;o aos estresses ambientais e evita o rompimento da c&eacute;lula. Al&eacute;m disso, &eacute; esse envolt&oacute;rio que determina a forma celular, como esferas ou bastonetes.
<h2>Muta&ccedil;&atilde;o de defesa</h2>
O que os pesquisadores agora descobriram &eacute; que diferentes esp&eacute;cies bacterianas, como a Escherichia coli e os Enterococcus tornaram-se capazes de sobreviver no corpo humano como c&eacute;lulas &ldquo;formato L&rdquo;, tipos de bact&eacute;rias descobertas em 1935 pela microbiologista alem&atilde; Emmy Klieneberger, cuja caracter&iacute;stica principal &eacute; n&atilde;o possuir parede celular. Se, por um lado, a aus&ecirc;ncia dessa r&iacute;gida camada torna as bact&eacute;rias mais fr&aacute;geis e deformadas, por outro elas se tornam invis&iacute;veis ao sistema imunol&oacute;gico, al&eacute;m de completamente resistentes a todos os tipos de antibi&oacute;ticos que t&ecirc;m como alvo espec&iacute;fico a parede celular. &nbsp;
A descoberta &eacute; mais um cap&iacute;tulo na constante batalha entre o homem e as bact&eacute;rias. Cada avan&ccedil;o cient&iacute;fico, no entanto, implica na conhecida adaptabilidade evolutiva.

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Bactérias mutantes desafiam antibióticos

Imagem de Parasitas ajudaram a moldar sistemas nervoso e endócrino de animais no megacurioso

Batalha contra parasitas já dura milhões de anos e exerceu pressão seletiva para a evolução de animais

Pesquisadores est&atilde;o come&ccedil;ando a reunir pistas sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre parasitas e hospedeiros a fim de descobrir como isso moldou algumas fun&ccedil;&otilde;es do c&eacute;rebro animal.&nbsp;O psic&oacute;logo Marco Del Giudice, da Universidade do Novo M&eacute;xico, publicou recentemente uma revis&atilde;o abrangente da pesquisa sobre esse assunto.
Chamada de "Designers Invis&iacute;veis: Evolu&ccedil;&atilde;o do C&eacute;rebro Atrav&eacute;s das Lentes da Manipula&ccedil;&atilde;o de Parasitas", a an&aacute;lise explica que o ataque parasit&aacute;rio implac&aacute;vel provavelmente moldou os sistemas nervoso e end&oacute;crino de seus hospedeiros. "Milh&otilde;es de anos de ataques pela manipula&ccedil;&atilde;o de organismos devem ter exercido uma forte press&atilde;o seletiva na evolu&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro em animais", explica o pesquisador na publica&ccedil;&atilde;o especializada Quarterly Review of Biology.
<img alt=" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/05/05133316411005.jpg" width="990" />
(Fonte: Pixabay)
<h2>Manipulando sistemas</h2>
Pode parecer imposs&iacute;vel que algo t&atilde;o pequeno e simples quanto um organismo unicelular assuma o controle de uma forma de vida muito maior, mas voc&ecirc; pode identificar o fen&ocirc;meno com frequ&ecirc;ncia na natureza. Ratos t&ecirc;m uma rea&ccedil;&atilde;o instintiva e inata ao cheiro de um felino e que diz "fique longe". Isso &eacute; um sentido evolutivo b&aacute;sico, mas um rato infectado com Toxoplasma gondii n&atilde;o age dessa maneira.
O parasita tem um objetivo: obter acesso ao chamado "hospedeiro definitivo". Nesse caso, ele quer construir uma casa dentro de um gato. Os ratos infectados com Toxoplasma gondii perdem a avers&atilde;o ao cheiro dos felinos, aumentando bastante as chances de serem mortos e de o parasita migrar. Alguns pesquisadores constataram que os ratos at&eacute; se sentem atra&iacute;dos pelo aroma dos "inimigos" e apressam sua destrui&ccedil;&atilde;o.
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(Fonte: Pixabay)
Como eles fazem isso? A qu&iacute;mica explica. Os neur&ocirc;nios se comunicam atrav&eacute;s de sinais qu&iacute;micos, por isso &eacute; essencial que os parasitas se insiram nesse processo. "Os parasitas podem penetrar o c&eacute;rebro e atac&aacute;-lo por dentro ou secretar compostos neuroativos que o atingir&atilde;o atrav&eacute;s da circula&ccedil;&atilde;o", diz Del Giudice. "Nos dois casos, eles precisam superar a interface sangue-c&eacute;rebro e suas defesas".
O corpo e o c&eacute;rebro tamb&eacute;m trocam informa&ccedil;&otilde;es por meio de subst&acirc;ncias qu&iacute;micas liberadas por &oacute;rg&atilde;os end&oacute;crinos, como tireoide e g&ocirc;nadas, al&eacute;m de partes do sistema imunol&oacute;gico. Um parasita pode se alojar em um &oacute;rg&atilde;o ou manipul&aacute;-lo do lado de fora. "Os horm&ocirc;nios produzidos por esses &oacute;rg&atilde;os modulam a fun&ccedil;&atilde;o cerebral e podem afetar poderosamente o comportamento", ressalta o pesquisador.
Existem muitos outros exemplos de animais sendo manipulados por parasitas. As formigas infectadas por uma lombriga chamada Myrmeconema neotropicumturns mudam de preto para vermelho, atraindo p&aacute;ssaros famintos, o hospedeiro definitivo do verme. Alguns peixes doentes perdem a coordena&ccedil;&atilde;o motora e se tornam presas mais f&aacute;ceis, espalhando esses seres.
Os parasitas tentam sequestrar animais h&aacute; muito tempo. Felizmente, longos s&eacute;culos de exposi&ccedil;&atilde;o a parasitas hostis levaram a defesas que dificultam a perman&ecirc;ncia deles no c&eacute;rebro. Del Giudice diz que poderia haver muito mais desses confrontos polim&oacute;rficos bloqueados em nosso DNA h&aacute; milh&otilde;es de anos.
<h2>Li&ccedil;&otilde;es e avan&ccedil;os</h2>
Outra li&ccedil;&atilde;o que os parasitas podem nos ensinar vem de um terr&iacute;vel exemplo, em que as vespas preparam quimicamente as baratas para serem suas v&iacute;timas. A vespa simplesmente injeta um coquetel qu&iacute;mico na cabe&ccedil;a da barata, bombeando os g&acirc;nglios do inseto com uma mistura de dopamina, octopamina e receptores opioides. Sob a influ&ecirc;ncia qu&iacute;mica, a barata se limpa compulsivamente por meia hora enquanto a vespa prepara um ninho; quando volta e encontra a barata exausta, mutila sua antena e a leva de volta ao ninho, onde a v&iacute;tima fica parada enquanto a vespa coloca a larva dentro de seu corpo.
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Esse exemplo aponta para a efic&aacute;cia de parasitas que n&atilde;o dependem de apenas um produto qu&iacute;mico para obter acesso ao c&eacute;rebro animal. Os parasitas de sucesso tendem a obter acesso usando v&aacute;rias vias qu&iacute;micas em vez de se especializar em apenas uma.
H&aacute; tamb&eacute;m uma tend&ecirc;ncia de escalonar os ataques, preparando-se para a grande intrus&atilde;o com uma barragem de produtos qu&iacute;micos que coloca o campo em vantagem. Como as defesas de artilharia em um campo de batalha militar, alguns parasitas estimulam a produ&ccedil;&atilde;o de dopamina do hospedeiro, o que interfere nas rea&ccedil;&otilde;es defensivas, antes de liberar os produtos qu&iacute;micos invasivos destinados a se infiltrar no c&eacute;rebro ou &oacute;rg&atilde;o do sistema nervoso.
A influ&ecirc;ncia dos parasitas na evolu&ccedil;&atilde;o pode ter implica&ccedil;&otilde;es modernas. Saber como ajudar o corpo a se defender contra parasitas &eacute; apenas uma parte da equa&ccedil;&atilde;o. Assim como eles, os seres humanos tamb&eacute;m est&atilde;o tentando entender o funcionamento do pr&oacute;prio c&eacute;rebro.
Saber como transportar produtos qu&iacute;micos atrav&eacute;s da barreira hematoencef&aacute;lica &eacute; fundamental no desenvolvimento de tratamentos com medicamentos para transtornos do humor. "Se o c&eacute;rebro humano contiver contramedidas evolu&iacute;das &agrave; manipula&ccedil;&atilde;o", escreve Del Giudice, "as implica&ccedil;&otilde;es para a psicofarmacologia podem ser profundas. Os tratamentos farmacol&oacute;gicos padr&atilde;o podem imitar involuntariamente um ataque parasita e desencadear respostas defensivas especializadas".

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Parasitas ajudaram a moldar sistemas nervoso e endócrino de animais

Imagem de Máquinas de lavar podem espalhar bactérias entre lavagens no megacurioso

Artigo mostra que máquina de lavar é ambiente ideal para proliferação de bactéria resistente

O sonho de muitos adultos &eacute; uma m&aacute;quina de lavar moderna, eficiente e que, de prefer&ecirc;ncia, &ldquo;fa&ccedil;a tudo sozinha&rdquo;, afinal, na correria dos dias atuais&nbsp;n&atilde;o h&aacute; muito tempo a perder. Apesar de facilitar&nbsp;e muito a vida das pessoas, a m&aacute;quina de lavar pode tamb&eacute;m ser uma vil&atilde; e tanto. Pelo menos &eacute; o que descobriu um hospital alem&atilde;o ao indicar que elas podem ser um local ideal para prolifera&ccedil;&atilde;o de bact&eacute;rias, incluindo algumas resistentes capazes de infectar seres humanos.

A primeira autora do artigo que conta a descoberta, Ricarda M. Schmithausen, chama a aten&ccedil;&atilde;o para o cen&aacute;rio pouco comum para uma m&aacute;quina de lavar. O eletrodom&eacute;stico estava instalado em uma unidade de terapia intensiva neonatal e era utilizado para lavar itens para pais e beb&ecirc;s. 

Entre 2012 e 2013, testes realizados mostraram que alguns dos beb&ecirc;s rec&eacute;m-nascidos &ldquo;atendidos&rdquo; pela m&aacute;quina de lavar estavam carregando uma bact&eacute;ria resistente a medicamentos, a Klebsiella oxytoca. Apesar de n&atilde;o sofrerem com&nbsp;infec&ccedil;&otilde;es, os beb&ecirc;s tinham a bact&eacute;ria que &ldquo;pegou carona&rdquo; nas roupinhas de malha usadas para mant&ecirc;-los aquecidos e confort&aacute;veis.

A professora da Northwestern University&nbsp;que estuda a microbiologia de ambientes internos&nbsp;Erica Hartmann&nbsp;explica que em ambientes hospitalares &eacute; sabido que qualquer recipiente ou local que tenha &aacute;gua&nbsp;s&atilde;o ambientes propensos ao crescimento de bact&eacute;rias. Hartmann, que n&atilde;o participou do artigo, diz ainda que todos pensam em pias e esgotos e jamais imaginam que uma m&aacute;quina de lavar possa ser um ambiente favor&aacute;vel para as bact&eacute;rias. Mas&nbsp;elas s&atilde;o.

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Foto: Pixabay

&ldquo;Regra&rdquo; b&aacute;sica de uma m&aacute;quina de lavar, a utiliza&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua morna e fria &eacute; fundamental para a economia de energia e reaproveitamento. Acontece que para matar a bact&eacute;ria Klebsiella oxytoca, a temperatura da &aacute;gua precisa estar acima de 60 graus celsius, descobriram os pesquisadores. A equipe ainda n&atilde;o conseguiu determinar como os micr&oacute;bios chegaram at&eacute; a m&aacute;quina de lavar, mas eles tamb&eacute;m foram encontrados em uma pia pr&oacute;xima. &ldquo;Como regra, isso normalmente n&atilde;o acontece atrav&eacute;s da rede de &aacute;gua conectada &agrave; m&aacute;quina de lavar, mas atrav&eacute;s da lavanderia que j&aacute; foi colonizada por esses pat&oacute;genos&rdquo;, explicaram os autores Daniel Exner e Schmithausen ao PopSci.

Os autores ressaltam que n&atilde;o &eacute; motivo para alarme, mas explicam que a m&aacute;quina de lavar pode espalhar bact&eacute;rias por meio das lavagens das roupas. &ldquo;&Eacute; importante saber que lavar a roupa em temperaturas normais de lavagem n&atilde;o elimina completamente as bact&eacute;rias. Mas&nbsp;as bact&eacute;rias est&atilde;o por toda parte, portanto, &eacute; improv&aacute;vel que a roupa represente um perigo espec&iacute;fico&rdquo;, disse.

Mas Hartmann faz, sim, uma recomenda&ccedil;&atilde;o importante: manter tudo seco. Locais com &aacute;gua parada s&atilde;o potenciais abrigos para bact&eacute;rias, portanto &eacute; fundamental estar atento &agrave; umidade e vazamentos.

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Máquinas de lavar podem espalhar bactérias entre lavagens

Imagem de Doença similar à leishmaniose — e mais grave — aparece no Brasil no megacurioso

A nova doença, ainda sem tratamento, já infeccionou 150 pessoas no país e matou pelo menos uma

Ao menos 150 pessoas est&atilde;o infectadas com uma doen&ccedil;a emergente no Brasil com sintomas muito semelhantes aos da leishmaniose visceral. A doen&ccedil;a foi descrita pela primeira vez por pesquisadores brasileiros em um artigo publicado no peri&oacute;dico &nbsp;Emerging Infectious Disease. O parasita respons&aacute;vel pela sua transmiss&atilde;o ainda &eacute; desconhecido, mas sabe-se que a enfermidade &eacute; mais grave e tamb&eacute;m mais resistente a tratamentos.

O primeiro caso apareceu em 2011, em Aracaju, Sergipe. O paciente era um homem de 60 anos que, ao dar entrada no hospital, apresentava sintomas da leishmaniose visceral j&aacute; em estado grave &mdash; situa&ccedil;&atilde;o incomum, visto que tal enfermidade costuma evoluir lentamente.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="nova doença leishmaniose sergipe" src="https://abrilsaude.files.wordpress.com/2019/09/leishmania.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Ag&ecirc;ncia Fapesp/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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</div>

&ldquo;Ele n&atilde;o respondeu aos tratamentos convencionais, com quatro recidivas que resultaram em novas interna&ccedil;&otilde;es&rdquo;, explicou Roque Pacheco Almeida, imunologista da <a href="http://www.ufs.br/" target="_blank">Universidade Federal do Sergipe (UFS)</a>, que atendeu o caso. &ldquo;Em mais de 30 anos trabalhando com leishmaniose, com mais de 11 mil indiv&iacute;duos diagnosticados, nunca tinha visto nada parecido&rdquo;, afirmou o m&eacute;dico em um comunicado &agrave; imprensa.

O paciente ainda apresentou feridas na pele, algo caracter&iacute;stico da leishmaniose tegumentar, que costuma ser menos grave. Sem o tratamento adequado, uma vez que n&atilde;o se conhecia a doen&ccedil;a de fato, o homem acabou morrendo em 2012.

Esse caso fez com que pesquisadores da <a href="https://www2.ufscar.br/" target="_blank">Universidade Federal de S&atilde;o Carlos</a>, da <a href="https://www5.usp.br/" target="_blank">Universidade de S&atilde;o Paulo</a> e da UFS se interessassem pelo assunto e come&ccedil;assem a estudar sobre. A pesquisa&nbsp;demonstrou resultados&nbsp;que n&atilde;o deixam d&uacute;vidas sobre um fato: trata-se realmente de uma nova esp&eacute;cie de doen&ccedil;a que afeta os mam&iacute;feros e pode amea&ccedil;ar a sa&uacute;de, levando at&eacute; a morte.

<h2 dir="ltr">Afinal, o que se sabe sobre essa doen&ccedil;a?</h2>

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="Resultado de imagem para pessoa doente" src="https://www.altoastral.com.br/wp-content/uploads/2016/09/leucemia-tratamento.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Alto Astral/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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At&eacute; agora, nem a enfermidade propriamente dita, nem seu agente causador possuem nome. Os pesquisadores somente sabem que o parasita guarda semelhan&ccedil;as com o Crithidia fasciculata, uma esp&eacute;cie de protozo&aacute;rio que, em regra, infecta insetos, mas que n&atilde;o pode atingir mam&iacute;feros. A leishmaniose, por outro lado, &eacute; causada por agentes do g&ecirc;nero Leishmania.

Ambos s&atilde;o da mesma fam&iacute;lia do Trypanosoma cruzi, causador da doen&ccedil;a de Chagas. Apesar de ainda desconhecido, os cientistas fizeram an&aacute;lises gen&ocirc;micas que indicam que tal parasita provavelmente tamb&eacute;m seja dessa fam&iacute;lia.

Ap&oacute;s essa conclus&atilde;o, os pesquisadores cultivaram em laborat&oacute;rio o mesmo parasita que estava no corpo do senhor de 60 anos que faleceu. A partir disso, descobriu-se que al&eacute;m de humanos, camundongos podem ser igualmente infectados.

<h2 dir="ltr">Como ocorre sua transmiss&atilde;o?</h2>

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="Resultado de imagem para mosquito culex" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/660/cpsprodpb/F800/production/_90488436_thinkstockphotos-532570518.jpg" />
<figcaption>(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>
</div>

Os pesquisadores desconfiam que dois g&ecirc;neros de mosquito sejam os respons&aacute;veis por carregar e transmitir o parasita: o Culex, aquele pernilongo que costuma aparecer em noites de ver&atilde;o zumbindo nos&nbsp;ouvidos de brasileiros, e os anofelinos, relacionados &agrave; mal&aacute;ria.&nbsp;

Mais pesquisas ser&atilde;o necess&aacute;rias para que novas informa&ccedil;&otilde;es sejam descobertas e tratamentos possam ser desenvolvidos, mas uma coisa &eacute; ineg&aacute;vel: essa nova doen&ccedil;a possui potencial para se tornar um problema de sa&uacute;de p&uacute;blica, sobretudo se n&atilde;o receber a devida aten&ccedil;&atilde;o das autoridades.&nbsp;

Vírus, Bactérias e Protozoários

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