Imagem de 10 coisas nojentas que podem se esconder na sua escova de dente no site Mega Curioso

Saiba quais os tipos de bactérias, fungos e muitos outros fatores que podem fazer você querer trocar esse objeto de limpeza bucal por um novinho nesse momento

Voc&ecirc; &eacute; daqueles que fica meses e meses usando a mesma escova de dente? E o seu banheiro, tem a pia grudadinha com o vaso sanit&aacute;rio? Pois &eacute; melhor voc&ecirc; prestar aten&ccedil;&atilde;o nos itens abaixo para come&ccedil;ar a mudar alguns h&aacute;bitos e manter a sua sa&uacute;de bucal (e geral) em dia. Confira 10 coisas nojentas que podem se esconder na sua escova de dentes.
<h2>1 &ndash; E. coli</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="Shutterstock" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20183841319728.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20183841319728.jpg" /></div>
Voc&ecirc; talvez n&atilde;o saiba que a tampa do vaso sanit&aacute;rio tenha um papel important&iacute;ssimo para a higiene geral do seu banheiro, al&eacute;m de servir de apoio para voc&ecirc; secar seus p&eacute;s depois do banho. Mesmo sem voc&ecirc; ver, milhares de bact&eacute;rias se espalham pelo ar e pela sua escova de dente que est&aacute; na pia, quando voc&ecirc; puxa a descarga do vaso com a tampa aberta. &Eacute; a festa do E.Coli.
A descarga &ldquo;vaporiza&rdquo; o seu coc&ocirc; por todo o ambiente, depositando bact&eacute;rias como a Escherichia coli (ou E. coli), diretamente em sua escova de dente e escovar com um instrumento carregado desses micro-organismos pode deixar voc&ecirc; doente. "Esta bact&eacute;ria est&aacute; associada com doen&ccedil;as gastrointestinais&rdquo;, explica a Dra. Maria Geisinger, professora e periodontista na Universidade de Alabama, ao <a href="http://mentalfloss.com/article/56671/11-gross-things-could-be-your-toothbrush">Mental Floss</a>.
Gastroenterite e diarreia infecciosa s&atilde;o algumas dessas doen&ccedil;as. &ldquo;Pesquisadores observaram que as escovas de dente ficam em condi&ccedil;&otilde;es aceit&aacute;veis de uso entre um e tr&ecirc;s meses. Depois disso, foram encontradas col&ocirc;nias de E. coli&rdquo;, disse a profissional. Isso &eacute; um &oacute;timo motivo para voc&ecirc; trocar de escova a cada tr&ecirc;s meses.
E n&atilde;o ache que usando algum produto bucal do tipo superpower voc&ecirc; ir&aacute; se livrar das bact&eacute;rias passadas para sua boca. Uma vez que a E. coli se une com outras bact&eacute;rias da escova, elas ficam muito dif&iacute;ceis de exterminar porque criam uma esp&eacute;cie de matriz extracelular, que as protege de agentes antimicrobianos que voc&ecirc; pode usar no creme dental, enxaguante bucal e at&eacute; mesmo antibi&oacute;ticos.
Por essas raz&otilde;es, certifique-se de dar a descarga com a tampa abaixada e troque a sua escova a cada tr&ecirc;s meses, no m&aacute;ximo.
<h2>2 &ndash; Staphylococcus aureus</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="Mental Floss" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184020067729.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184020067729.jpg" /></div>
Esta bact&eacute;ria normalmente vive no trato respirat&oacute;rio e na pele de algumas pessoas, e, sob certas condi&ccedil;&otilde;es, pode se tornar virulenta, produzindo toxinas e causando efeitos muito desagrad&aacute;veis que se estendem por todo o corpo.
Entre os males que essa bact&eacute;ria pode causar est&atilde;o a gastroenterite, a s&iacute;ndrome de pele escaldada estafiloc&oacute;cica, impetigo, endocardite (infec&ccedil;&atilde;o no m&uacute;sculo card&iacute;aco), osteomielite (infec&ccedil;&atilde;o &oacute;ssea) e pneumonia bacteriana.
<h2>3 &ndash; Streptococcus mutans</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="Shutterstock" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184112546732.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184112546732.jpg" /></div>
Essa bact&eacute;ria provavelmente estar&aacute; sempre em todas as escovas, at&eacute; as mais limpas, pois ela est&aacute; presente nas bocas de todas as pessoas, sendo a principal respons&aacute;vel pelo aparecimento das c&aacute;ries. Ou seja, &eacute; claro que as c&aacute;ries dependem tamb&eacute;m de outros fatores, mas algumas pessoas podem ter essa bact&eacute;ria em um n&uacute;mero maior e outras em um n&uacute;mero menor. Mas elas est&atilde;o l&aacute;.
E voc&ecirc; sabia que at&eacute; as cores das cerdas da escova influenciam no n&uacute;mero de bact&eacute;rias? De acordo com um estudo, escovas com cerdas mais claras ret&ecirc;m at&eacute; 50% menos bact&eacute;rias do que cerdas coloridas, potencialmente porque cerdas claras t&ecirc;m menos porosidade do que as coloridas.
<h2>4 &ndash; Restos de comida</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="Mental Floss" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184135213733.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184135213733.jpg" /></div>
Isso provavelmente voc&ecirc; j&aacute; tinha percebido ao se deparar certo dia com aquela casquinha de feij&atilde;o na sua escova. Pois, saiba que, o que foi comida para voc&ecirc; antes, depois pode servir de alimento para as bact&eacute;rias famintas que moram na sua escova. Por isso, ap&oacute;s escovar os dentes, certifique-se de lavar bem o objeto com bastante e &aacute;gua corrente. Para dar uma melhorada, voc&ecirc; pode usar tamb&eacute;m um pouco de enxaguante bucal.
<h2>5 &ndash; Lactobacillus e Pseudomonas</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184155836734.png" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184155836734.png" /></div>
Enquanto o Lactobacillus &eacute; normalmente considerado uma bact&eacute;ria &ldquo;amiga&rdquo; da flora intestinal, ele tamb&eacute;m est&aacute; ligado &agrave; forma&ccedil;&atilde;o da c&aacute;rie dental. J&aacute; a Pseudonomas pode causar infec&ccedil;&otilde;es oculares. As bact&eacute;rias se proliferam em escovas que t&ecirc;m cerdas desgastadas. Por isso, se voc&ecirc; observou que a sua escova j&aacute; est&aacute; com aquele aspecto &ldquo;espanado&rdquo;&mdash; mesmo que voc&ecirc; n&atilde;o tenha atingido os tr&ecirc;s meses de uso &mdash;, trate de troc&aacute;-la rapidinho.
<h2>6 &ndash; Herpes tipo 1</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184211031735.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184211031735.jpg" /></div>
O v&iacute;rus Herpes simplex tipo 1 (HSV) costumava ser chamado de herpes oral, mas agora quase 50% das les&otilde;es genitais tamb&eacute;m s&atilde;o causadas por ele. &nbsp;
"Os v&iacute;rus s&atilde;o diferentes de bact&eacute;rias, porque eles v&ecirc;m em pequenas c&aacute;psulas e n&atilde;o est&atilde;o tecnicamente vivos, pois precisam de suas c&eacute;lulas para replicar. Em um paciente que tem um surto de herpes ativo na boca, o v&iacute;rus pode ficar retido na escova de dente por at&eacute; uma semana", esclarece a profissional Maria Geisinger.
Segundo ela, o HSV pode ser transmitido pela saliva, assim como pelo compartilhamento de escova de dente durante um surto de herpes bucal, o que pode levar a uma transfer&ecirc;ncia de risco mais elevado de part&iacute;culas virais e, portanto, da doen&ccedil;a.
<h2>7 &ndash; HPV</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184223589736.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184223589736.jpg" /></div>
Outro v&iacute;rus que pode fazer uma casa em sua escova de dente &eacute; o papilomav&iacute;rus humano, ou HPV. "Ele est&aacute; ligado ao c&acirc;ncer do colo do &uacute;tero, do es&ocirc;fago e bucal", diz Geisinger. A &uacute;nica boa not&iacute;cia nessa hist&oacute;ria &eacute; que a presen&ccedil;a de HPV na boca parece diminuir se a pessoa fizer um bom trabalho com a escova&ccedil;&atilde;o, segundo explicou a periodontista. Por&eacute;m, se voc&ecirc; compartilhar a escova de dente com algu&eacute;m que tem HPV, voc&ecirc; tem risco de contrair o v&iacute;rus.
<h2>8 &ndash; C&acirc;ndida</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184236381737.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184236381737.jpg" /></div>
Este fungo &eacute; respons&aacute;vel por infec&ccedil;&otilde;es e assaduras. A esp&eacute;cie mais comum na boca &eacute; chamada Candida albicans, que causa a candid&iacute;ase bucal, basicamente, uma infec&ccedil;&atilde;o por fungos tamb&eacute;m conhecida popularmente no Brasil como &ldquo;sapinho&rdquo; &mdash; muito comum em crian&ccedil;as.
Em crian&ccedil;as que t&ecirc;m infec&ccedil;&otilde;es por C&acirc;ndida, cerca de 15% t&ecirc;m reservat&oacute;rios desse fungo em suas escovas de dentes e, certamente, pode ser passado entre irm&atilde;os ou para outras escovas de dentes armazenadas na mesma &aacute;rea. Segundo a especialista, a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; manter a higiene, consultar um m&eacute;dico ou dentista, e deixar as escovas guardadas na vertical bem longe uma da outra.
<h2>9 &ndash; Umidade</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184247972738.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184247972738.jpg" /></div>
De acordo com Geisinger, uma das piores coisas que voc&ecirc; pode ter em sua escova de dente &eacute; a umidade, pois ela favorece o crescimento das bact&eacute;rias. "H&aacute; uma queda vertiginosa de bact&eacute;rias ap&oacute;s cerca de 24 horas, e isso acontece porque a escova resseca", diz ela .
Mas como n&atilde;o d&aacute; para ficarmos 24 horas sem usar a escova, a especialista recomenda que as pessoas tenham duas para ir alternando. Assim, elas n&atilde;o ficam &uacute;midas por muito tempo. Ela afirma tamb&eacute;m que voc&ecirc; n&atilde;o deve cobrir a escova com algum tipo de tampa, pois elas precisam respirar, mesmo tendo a quest&atilde;o do item 1 desse artigo.
<h2>10 &ndash; Sangue</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184330046740.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/20/20184330046740.jpg" /></div>
De acordo com o Mental Floss, at&eacute; 70% dos adultos nos Estados Unidos t&ecirc;m gengivite e cerca de 47% das pessoas com idade acima de 30 anos t&ecirc;m a doen&ccedil;a. "Isso significa que elas t&ecirc;m ulcera&ccedil;&otilde;es ou feridas microsc&oacute;picas no tecido da gengiva, onde elas n&atilde;o podem ver, o que permite que o sangue fique na escova de dente sem que elas percebam", diz Geisinger.
Segundo a profissional, isso tamb&eacute;m permite um caminho para que as bact&eacute;rias entrem na corrente sangu&iacute;nea. Em pacientes com a gengivite ativa, as bact&eacute;rias podem entrar na corrente sangu&iacute;nea ap&oacute;s a&ccedil;&otilde;es que irritam as inflama&ccedil;&otilde;es, incluindo a mastiga&ccedil;&atilde;o, escova&ccedil;&atilde;o e at&eacute; mesmo em uma visita ao dentista para fazer uma limpeza.
&ldquo;&Eacute; assim que as bact&eacute;rias dentais e orais acabam em placas que est&atilde;o associadas com a doen&ccedil;a card&iacute;aca&rdquo;, afirma Geisinger. Por isso, em algum sinal de irrita&ccedil;&atilde;o na gengiva e sangue na escova, procure o seu dentista.

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10 coisas nojentas que podem se esconder na sua escova de dente

Imagem de Cientistas conseguem criar organismo alienígena a partir de DNA artificial no site Mega Curioso

A novidade vem dos Estados Unidos e sugere novas possibilidades para a ciência e a nanotecnologia

Os cientistas do Instituto de Pesquisas The Scripps (TSIR, na sigla em ingl&ecirc;s), localizado em San Diego, na Calif&oacute;rnia, nos Estados Unidos, acabam de criar um novo organismo vivo cujo c&oacute;digo gen&eacute;tico inclui seis letras &ndash; em vez de quatro. Os especialistas ainda ressaltam que o par adicionado ao DNA n&atilde;o pode ser encontrado na natureza.
No estudo completo, que foi publicado no per&iacute;odo <a href="http://www.nature.com/nature/journal/v509/n7500/full/nature13314.html" target="_blank">Nature</a> no come&ccedil;o do m&ecirc;s, os especialistas descrevem a bact&eacute;ria in&eacute;dita como a primeira forma de vida a conter blocos gen&eacute;ticos artificiais. De acordo com eles, a descoberta pode ajudar os cientistas no desenvolvimento de medicamentos e produtos que hoje n&atilde;o podem ser fabricados por causa da presen&ccedil;a de c&eacute;lulas com c&oacute;digo gen&eacute;tico natural.
&ldquo;A vida na Terra em toda sua diversidade &eacute; codificada somente por dois pares de bases de DNA: A-T e C-G. O que fizemos foi criar um organismo que estavelmente cont&eacute;m um terceiro par de bases artificiais. Isso mostra que outras solu&ccedil;&otilde;es para o armazenamento de informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o poss&iacute;veis e, claro, nos aproxima de um DNA expandido que ter&aacute; muitas aplica&ccedil;&otilde;es interessantes &ndash; de novos medicamentos a novos tipos de nanotecnologia&rdquo;, explica Floyd E. Romesberg, professor do TSRI e coordenador da pesquisa.
<h2>Um novo ser</h2>
<div class="imgcenter"><img alt="Shutterstock" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/17/17130740104220.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/05/17/17130740104220.jpg" /></div>
O procedimento executado durante a pesquisa foi a adi&ccedil;&atilde;o de um par artificial de nucleot&iacute;deos do tipo X e Y ao c&oacute;digo gen&eacute;tico de uma bact&eacute;ria E. coli. Ao que tudo indica, o organismo est&aacute; se reproduzindo normalmente e a melhor parte &eacute; que ele continua replicando o par X-Y juntamente com os nucleot&iacute;deos naturais.
De acordo com os cientistas, o pr&oacute;ximo passo da pesquisa &eacute; demonstrar que o novo DNA de seis letras &eacute; capaz de dar origem a cadeias de RNA, que s&atilde;o as respons&aacute;veis pela s&iacute;ntese de prote&iacute;na nas c&eacute;lulas. &ldquo;A princ&iacute;pio, n&oacute;s conseguir&iacute;amos codificar novas prote&iacute;nas a partir dos novos amino&aacute;cidos artificiais &ndash; isso nos daria uma grande oportunidade at&eacute; de criar prote&iacute;nas terap&ecirc;uticas e diagn&oacute;sticas e reagentes de laborat&oacute;rio para determinadas fun&ccedil;&otilde;es&rdquo;, complementa Romesberg.
Apesar da boa not&iacute;cia e do evidente avan&ccedil;o cient&iacute;fico, n&atilde;o podemos nos esquecer de que o desenvolvimento de novas formas de vida e prote&iacute;nas envolvem quest&otilde;es de seguran&ccedil;a. &ldquo;A chegada dessa forma de vida alien&iacute;gena sem precedentes pode ao longo do tempo ter implica&ccedil;&otilde;es &eacute;ticas, legais e regulamentares&rdquo;, comenta Jim Thomas, porta-voz do grupo canadense ETC Group.

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Cientistas conseguem criar organismo alienígena a partir de DNA artificial

Imagem de Cientistas descobrem tempo de evolução da bactéria 'comedora de carne' no site Mega Curioso

Pesquisa mostrou também quantas mutações aconteceram para a cepa ir de um organismo inofensivo a um perigoso agente infeccioso

Um novo estudo, publicado esta semana no peri&oacute;dico cient&iacute;fico <a href="http://www.pnas.org/content/early/2014/04/09/1403138111">Proceedings of the National Academy of Sciences</a>, revelou que o tempo que a chamada "bact&eacute;ria carn&iacute;vora" levou para ir de um organismo inofensivo para um horr&iacute;vel agente infeccioso foi de cerca de 35 anos. Nesse per&iacute;odo de evolu&ccedil;&atilde;o, ainda ocorreram quatro muta&ccedil;&otilde;es, segundo as pesquisas realizadas. &nbsp;
Essas descobertas j&aacute; est&atilde;o sendo consideradas como parte da maior pesquisa j&aacute; publicada sobre o genoma bacteriano, tendo o foco maior nessa cepa que aterroriza e pode causar a morte de muitas pessoas.
Apesar do nome, as bact&eacute;rias &ldquo;comedoras de carne&rdquo; &mdash; do tipo estreptococo &mdash; n&atilde;o consomem de fato a carne humana. O que elas fazem &eacute; produzir prote&iacute;nas que quebram as mol&eacute;culas da pele, da gordura, dos vasos sangu&iacute;neos e dos m&uacute;sculos em um processo que faz com que a carne necrose rapidamente, dando origem a grave infec&ccedil;&atilde;o chamada fasce&iacute;te necrotizante.
Essa doen&ccedil;a &eacute; extremamente dif&iacute;cil de tratar e, embora alguns antibi&oacute;ticos fortes possam resolver alguns casos, enxertos de pele e amputa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o bastante frequentes nas pessoas infectadas. E, o que &eacute; pior ainda, a fasce&iacute;te causa a morte de 70% dos casos se n&atilde;o tratada.
<h2>Processo de estudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/4/materias/30502802515152132.jpg" alt=" />Fonte da imagem:&nbsp;<a href="http://www.shutterstock.com/" target="_blank">Shutterstock</a>
Para descobrir como a bact&eacute;ria evoluiu, os pesquisadores analisaram os genomas de mais de 3.615 cepas de base populacional de estreptococos. Na maioria, estes organismos n&atilde;o tornam os seres humanos doentes, mas alguns podem resultar em conjuntivite infecciosa, meningite e pneumonia.
No entanto, a cepa mais not&oacute;ria na pesquisa foi provavelmente a do estreptococo do grupo A, aquela que tende para a contamina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a necrotizante. "Precis&aacute;vamos dessa magnitude dos dados para esclarecer sobre o que ocorreu para surgir este pat&oacute;geno assassino&rdquo;, disse James Musser, especialista em doen&ccedil;as infecciosas no Instituto de Pesquisa Metodista de Houston e coautor do estudo, ao <a href="http://www.theverge.com/2014/4/14/5613642/only-thirty-five-years-flesh-eating-bacteria-infectious-terror">The Verge</a>.
Assim que os pesquisadores reuniram todos os dados hist&oacute;ricos gen&ocirc;micos, eles os colocaram na constru&ccedil;&atilde;o de um rel&oacute;gio molecular. Com isso, cada mudan&ccedil;a no genoma bacteriano aproximava os cientistas de descobrir exatamente quais muta&ccedil;&otilde;es permitiram que o pat&oacute;geno se tornasse perigoso.
"Trabalhando com os dados evolutivos, n&oacute;s fomos capazes de determinar que aconteceram quatro mudan&ccedil;as gen&eacute;ticas fundamentais&rdquo;, disse Musser.
<h2>Muta&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/4/materias/30502802515152154.jpg" alt=" />Fonte da imagem:&nbsp;<a href="http://www.shutterstock.com/" target="_blank">Shutterstock</a>
As duas primeiras muta&ccedil;&otilde;es surgiram depois de uma &uacute;nica linha de c&eacute;lulas progenitoras ser infectada com dois tipos diferentes de v&iacute;rus. "As bact&eacute;rias tamb&eacute;m podem ter infec&ccedil;&otilde;es virais e esses v&iacute;rus infectaram os genes, codificando novas toxinas, que as bact&eacute;rias foram ent&atilde;o capazes de integrar em seu pr&oacute;prio DNA", explicou o pesquisador James Musser. &nbsp;
A terceira muta&ccedil;&atilde;o envolveu uma mudan&ccedil;a de um &uacute;nico nucle&oacute;tido &mdash; nucle&oacute;tidos s&atilde;o subunidades de DNA e RNA &mdash; que permitiu que as bact&eacute;rias produzissem uma toxina melhor do que a que existia anteriormente. "Foi apenas uma mudan&ccedil;a de um amino&aacute;cido na toxina que aconteceu por volta de 1960 ou 1970", disse Musser.
Finalmente, o &uacute;ltimo evento de muta&ccedil;&atilde;o foi a transfer&ecirc;ncia de genes com outra bact&eacute;ria que ocorreu por volta de 1983. De acordo com o pesquisador, ela forneceu &agrave;s bact&eacute;rias a capacidade de codificar duas toxinas que matam c&eacute;lulas em quantidades muito maiores do que elas possu&iacute;am antes.
"Todo o processo que o organismo desempenha &eacute; para descobrir como produzir mais toxinas ou como faz&ecirc;-las em quantidades crescentes. Bact&eacute;rias &lsquo;comedoras de carne&rsquo; realmente produzem mais de 90 diferentes tipos de toxinas, mas esta combina&ccedil;&atilde;o de quatro muta&ccedil;&otilde;es &eacute; o que as tornam particularmente devastadoras&rdquo;, afirmou Musser.
<h2>Novidades perigosas no futuro?</h2>
Segundo os pesquisadores, o que &eacute; mais surpreendente sobre os resultados do estudo &eacute; que todas as quatro muta&ccedil;&otilde;es ocorreram em uma linha &uacute;nica de c&eacute;lulas progenitoras e que nenhuma outra mudou desta forma. "Ao longo do tempo, houve uma c&eacute;lula que adquiriu sequencialmente estas v&aacute;rias pe&ccedil;as complementares de modo que, no final, quando houve a quarta muta&ccedil;&atilde;o, ela criou os estreptococos envenenados&rdquo;, disse o l&iacute;der do estudo.
Agora, a equipe quer aprofundar ainda mais o estudo sobre as origens da bact&eacute;ria carn&iacute;vora e investigar por que este organismo se espalhou t&atilde;o rapidamente pelo mundo. No entanto, tudo o que foi descoberto agora j&aacute; &eacute; bastante esclarecedor.
&ldquo;O que estes cientistas foram capazes de construir com o cronograma detalhado de muta&ccedil;&atilde;o &eacute; bastante not&aacute;vel. Este &eacute; um organismo patog&ecirc;nico que evoluiu a partir de algo que n&atilde;o era patog&ecirc;nico, e, em seguida, se transformou em algo extremamente infeccioso. E agora sabemos como isso aconteceu&rdquo;, afirmou David Morens, epidemiologista do Instituto Nacional de Sa&uacute;de, que n&atilde;o participou no estudo.
Patrick Schlievert, um microbiologista da Universidade de Iowa, que realizou o primeiro artigo para descrever a bact&eacute;ria carn&iacute;vora em 1987, concorda com Morens. Ele disse ao The Verge que provavelmente uma nova cepa da bact&eacute;ria carn&iacute;vora vai surgir contando 35 anos a partir de 1987, ou seja, em 2022.
"Mas eu n&atilde;o posso dizer como ela ser&aacute; ou onde ela vai come&ccedil;ar, s&oacute; que isso vai acontecer&rdquo;, disse &nbsp;Patrick Schlievert. Ele afirmou que os cientistas ter&atilde;o que criar uma forma de impedir que essas bact&eacute;rias se espalhem.&nbsp;

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Cientistas descobrem tempo de evolução da bactéria 'comedora de carne'

Imagem de Novo vírus descoberto na China pode ter matado três pessoas no site Mega Curioso

Pesquisadores acreditam que ratos que vivem na região sejam os hospedeiros do novo agente letal

Em junho de 2012, tr&ecirc;s homens que trabalhavam em uma mina de cobre no sudoeste da China apresentaram sintomas de uma pneumonia severa e morreram. Seis meses depois, os pesquisadores resolveram investigar a regi&atilde;o na tentativa de encontrar poss&iacute;veis agentes causadores de doen&ccedil;as. Depois de recolher amostras de morcegos, ratos e outros animais do interior da caverna, os especialistas acreditam ter encontrado um novo v&iacute;rus, que pode ser o respons&aacute;vel pela morte dos trabalhadores.
Os genes do novo v&iacute;rus lembram a estrutura de outros agentes &ndash; conhecidos como <a title="Clique aqui para abrir" href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40455-os-3-virus-capazes-de-causar-terriveis-pandemias-em-2014.htm" target="_blank">henipav&iacute;rus</a> (da fam&iacute;lia Paramyxoviridae) &ndash; que tamb&eacute;m s&atilde;o letais. O que eles t&ecirc;m em comum &eacute; o fato de serem transmitidos por animais selvagens que t&ecirc;m sua alimenta&ccedil;&atilde;o baseada em frutas, principalmente por uma esp&eacute;cie de morcego conhecida como &ldquo;raposas voadoras&rdquo;.
Um deles &eacute; o Hendra v&iacute;rus, descoberto h&aacute; 20 anos na Austr&aacute;lia quando come&ccedil;ou a matar cavalos. Desde ent&atilde;o, quatro pessoas que entraram em contato com os cavalos infectados tamb&eacute;m morreram. O outro agente &eacute; o Nipah v&iacute;rus, que se manifesta periodicamente no sudeste da &Aacute;frica desde 1998. J&aacute; o &uacute;ltimo tipo, conhecido &eacute; o Cedar v&iacute;rus, teve seu primeiro registro em 2012 na Austr&aacute;lia e aparentemente n&atilde;o atinge humanos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/4/materias/7650650251417925.jpg" alt=" />Pesquisadores trabalham na caverna em Mojiang.&nbsp;Fonte da imagem: <a href="http://news.sciencemag.org/asiapacific/2014/03/new-killer-virus-china" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Science Mag</a>
<h2>Um novo v&iacute;rus letal</h2>
O novo v&iacute;rus encontrado pelos chineses ganhou o nome de Mojiang paramyxovirus (MojV), em refer&ecirc;ncia &agrave; cidade chinesa em que foi descoberto. Por suas semelhan&ccedil;as gen&eacute;ticas, o agente pode ser inclu&iacute;do no crescente grupo dos henipav&iacute;rus.
Testes revelaram que os morcegos e musaranhos (pequenos mam&iacute;feros que se alimentam de insetos) que vivem na caverna n&atilde;o apresentavam v&iacute;rus do tipo henipa em seu organismo. Por outro lado, tr&ecirc;s ratos estavam infectados. &ldquo;N&atilde;o &eacute; surpresa que tenhamos encontrado sequ&ecirc;ncias dos henipav&iacute;rus nos roedores&rdquo;, afirma Lin-Fa Wang, que lembra que os ratos s&atilde;o hospedeiros naturais de alguns paramyxov&iacute;rus.
As tr&ecirc;s v&iacute;timas da cidade de Mojiang morreram logo antes dos cientistas chegarem ao local, o que impediu que eles pudessem estabelecer uma rela&ccedil;&atilde;o direta entre a infec&ccedil;&atilde;o e o MojV. Para dar sequ&ecirc;ncia a este estudo &ndash; que foi publicado no peri&oacute;dico <a title="Clique aqui para abrir" href="http://news.sciencemag.org/asiapacific/2014/03/new-killer-virus-china" target="_blank">Emerging Infectious Diseases</a> &ndash;, os pesquisadores investigaram outras 38 esp&eacute;cies de morcegos em toda a China e n&atilde;o encontraram o v&iacute;rus letal. Por esse motivo, o pr&oacute;ximo passo dos pesquisadores e estudar os roedores com mais aten&ccedil;&atilde;o na tentativa de descobrir maiores detalhes sobre o micro-organismo.

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Novo vírus descoberto na China pode ter matado três pessoas

Imagem de A maior extinção da História pode ter sido causada por um micro-organismo no site Mega Curioso

Equipe do MIT encontra novas evidências para sustentar essa hipótese sobre o evento que teria sido responsável pelo fim de 90% da vida na Terra

O que teria causado a grande extin&ccedil;&atilde;o na Terra h&aacute; cerca de 252 milh&otilde;es anos atr&aacute;s? Erup&ccedil;&otilde;es de vulc&otilde;es? Impacto de meteoros? Aparentemente, de acordo com um <a href="http://www.pnas.org/content/early/2014/03/26/1318106111.full.pdf+html">novo estudo</a>, n&atilde;o foi nada disso. Segundo alguns cientistas, o que teria causado a aniquila&ccedil;&atilde;o de milhares de esp&eacute;cies do mundo foi apenas a a&ccedil;&atilde;o de certo tipo de micro-organismo.
Essa teoria, que j&aacute; est&aacute; sendo investigada h&aacute; algum tempo, ganhou refor&ccedil;o com uma nova pesquisa feita por cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) &mdash; liderada pelo geof&iacute;sico Daniel Rothman. Eles encontraram novas evid&ecirc;ncias sobre a extin&ccedil;&atilde;o em massa mais devastadora da hist&oacute;ria do nosso planeta.
<h2>Metano</h2>
A pesquisa da equipe indica que o evento catastr&oacute;fico foi, de fato, desencadeado pelos mais min&uacute;sculos dos organismos, uma bact&eacute;ria que liberava um g&aacute;s metano chamada Metanosarcina. Segundo os estudos, esses micro-organismos apareceram em grande n&uacute;mero em todos os oceanos do mundo, espalhando vastas nuvens de g&aacute;s metano e carbono para a atmosfera.
Esse fen&ocirc;meno resultou em um efeito de altera&ccedil;&atilde;o do clima do planeta, sendo de uma maneira t&atilde;o intensa que o tornou in&oacute;spito para a maioria das outras formas de vida que habitavam a Terra naquela &eacute;poca, no fim do per&iacute;odo Permiano.
As outras teorias sobre a extin&ccedil;&atilde;o em massa (forte atividade vulc&acirc;nica e meteoros) tamb&eacute;m poderiam ser plaus&iacute;veis, mas, de acordo com os cientistas, existem inconsist&ecirc;ncias que n&atilde;o condizem com os novos resultados encontrados nessa pesquisa.
<h2>Teorias e evid&ecirc;ncias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/4/materias/2700431211413119.jpg" alt=" />Rocha do per&iacute;odo Permiano Tri&aacute;ssico que foi estudada na China Fonte da imagem:&nbsp;<a href="http://www.gizmag.com/mit-mass-extinction-microbe-methanosarcina/31465/?utm_source=Gizmag+Subscribers&amp;utm_campaign=023df37e05-UA-2235360-4&amp;utm_medium=email&amp;utm_term=0_65b67362bd-023df37e05-90720313" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Gizmag</a>
Segundo o que os especialistas encontraram (utilizando as avalia&ccedil;&otilde;es do ciclo do carbono), um evento de extin&ccedil;&atilde;o devido &agrave; atividade vulc&acirc;nica extrema n&atilde;o seria poss&iacute;vel, pois, de acordo com as novas evid&ecirc;ncias investigadas pelo MIT, essas erup&ccedil;&otilde;es n&atilde;o representariam os n&iacute;veis carbon&iacute;feros presentes nos sedimentos das rochas (estudadas na China).
Gregory Fournier, um dos pesquisadores do projeto, afirmou que "a r&aacute;pida inje&ccedil;&atilde;o inicial de di&oacute;xido de carbono de um vulc&atilde;o seria seguida por uma diminui&ccedil;&atilde;o gradual" e este decr&eacute;scimo gradual n&atilde;o estava presente no sedimento avaliado. Em vez disso, os n&iacute;veis de carbono continuaram a aumentar exponencialmente, gerando, assim, ainda mais d&uacute;vida sobre a teoria vulc&acirc;nica e apoiando mais evidentemente a hip&oacute;tese microbiana.
Por&eacute;m, existe sim uma liga&ccedil;&atilde;o da atividade vulc&acirc;nica com a a&ccedil;&atilde;o dos micro-organismos. Embora a equipe n&atilde;o acredite que os elevados n&iacute;veis de vulcanismo foram respons&aacute;veis &#8203;&#8203;pela pr&oacute;pria extin&ccedil;&atilde;o, eles acreditam que poderia ter sido o catalisador.
<h2>Oceanos contaminados</h2>
O aumento repentino e devastador de gases contendo carbono durante a extin&ccedil;&atilde;o do fim da era Permiana &eacute; ligado a uma enorme dissemina&ccedil;&atilde;o da Metanosarcina. No entanto, para isso acontecer, os micr&oacute;bios exigiriam uma fonte abundante de carbono e n&iacute;quel, sendo que ambos foram descobertos nesta nova an&aacute;lise de sedimentos na China e poderiam ter sido amplamente espalhados atrav&eacute;s de uma erup&ccedil;&atilde;o vulc&acirc;nica.
A teoria da Metanosarcina &eacute; ainda refor&ccedil;ada por resultados da pesquisa que mostram que, no momento da extin&ccedil;&atilde;o do fim do per&iacute;odo Permiano, as bact&eacute;rias tinham sido submetidas a uma transfer&ecirc;ncia gen&eacute;tica de outro micr&oacute;bio. Com isso, a Metanosarcina aumentou a sua capacidade de produzir metano a uma taxa abundante.
Tendo a atividade vulc&acirc;nica como catalisador, essas bact&eacute;rias foram capazes de se espalhar atrav&eacute;s dos oceanos do nosso planeta de forma descontrolada. A libera&ccedil;&atilde;o de metano teria o efeito de aumentar os n&iacute;veis de di&oacute;xido de carbono nas &aacute;guas, fazendo com que a acidifica&ccedil;&atilde;o dos oceanos alterasse todo o ecossistema, tanto mar&iacute;timo quanto terrestre.
Enquanto a equipe faz quest&atilde;o de salientar que nenhuma evid&ecirc;ncia pode provar definitivamente o que causou a extin&ccedil;&atilde;o do fim do per&iacute;odo Permiano, a combina&ccedil;&atilde;o de vulcanismo e a libera&ccedil;&atilde;o de metano parece ser a teoria mais convincente.

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A maior extinção da História pode ter sido causada por um micro-organismo

Imagem de O que acontece quando levamos bactérias da Terra para o espaço? no site Mega Curioso

A NASA e Estação Espacial Internacional deram início a novos estudos para desvendar o comportamento de micro-organismos fora da Terra

As bact&eacute;rias est&atilde;o presentes em lugares que nem sequer imaginamos &ndash; e isso inclui o espa&ccedil;o. Ent&atilde;o, pensando na sa&uacute;de dos astronautas, anteriormente a NASA enviou bact&eacute;rias causadoras de doen&ccedil;as (devidamente isoladas, &eacute; claro) em miss&otilde;es espaciais. Como a vida no espa&ccedil;o enfraquece o sistema imunol&oacute;gico e aumenta o risco do surgimento de doen&ccedil;as era importante entender os riscos.
Para nosso azar, esses estudos revelaram que tais bact&eacute;rias se desenvolvem especialmente bem mesmo fora de seu ambiente de origem. Em 2007, descobriu-se que a Salmonella &ndash; que costuma ser associada &agrave; intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar &ndash; se torna ainda mais virulenta quando cultivada na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (EEI). Quando as amostras do micro-organismo retornaram para a Terra e foram injetadas em ratos, eles rapidamente ficaram muito doentes e sucumbiram em menos tempo.
No ano passado, os pesquisadores descobriram que a Pseudomonas aeruginosa &ndash; bact&eacute;ria comum que causa infec&ccedil;&otilde;es &ndash; se desenvolveu mais rapidamente e formou aglomera&ccedil;&otilde;es mais espessas de c&eacute;lulas, o que chamado &ldquo;biofilme&rdquo;. Esses biofilmes tamb&eacute;m apresentaram uma bizarra estrutura de &ldquo;colunas e coberturas&rdquo; que n&atilde;o se forma na Terra. Al&eacute;m disso, bact&eacute;rias como E. coli e Staphylococcus tamb&eacute;m se desenvolveram melhor no espa&ccedil;o.
<h2>Afetados pela gravidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/4/materias/5503495601294832.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.shutterstock.com/index-in.mhtml" target="_blank">Shutterstock</a>
A partir dessas observa&ccedil;&otilde;es, os pesquisadores se perguntaram: mas por que a gravidade faz diferen&ccedil;a em organismos unicelulares que sequer tem cabe&ccedil;a ou p&eacute;? Ent&atilde;o eles chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que o segredo est&aacute; na maneira como a &aacute;gua e os alimentos s&atilde;o transportados para dentro e para fora da c&eacute;lula.
Em geral, essa troca se d&aacute; por meio de convec&ccedil;&atilde;o, que &eacute; um processo afetado pela gravidade. Em um ambiente em que n&atilde;o h&aacute; gravidade, a hidrata&ccedil;&atilde;o e a alimenta&ccedil;&atilde;o precisam acontecer de maneira diferente e &eacute; esse o ponto que os cientistas acreditam que favorece os micro-organismos.
&ldquo;Se voc&ecirc; &eacute; um micr&oacute;bio, isso significa que o produto de suas atividades metab&oacute;licas e tudo o que voc&ecirc; respira e come precisa circular por difus&atilde;o. O mecanismo de transporte &eacute; diferente&rdquo;, explic Russell Neches, do Projeto MERCCURI. As aglomera&ccedil;&otilde;es em biofilmes reduzem a &aacute;rea da superf&iacute;cie, ent&atilde;o o formato tamb&eacute;m pode afetar a maneira com que as subst&acirc;ncias entram e saem das c&eacute;lulas.
<h2>Novos projetos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/4/materias/5503495601294855.jpg" alt=" />Prepara&ccedil;&atilde;o das amostras de micr&oacute;bios que ser&atilde;o levadas para o espa&ccedil;o. Fonte da imagem: <a href="http://spacemicrobes.org/photos/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Project MERCCURI</a>
Hoje, a Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional serve de lar para seis astronautas e bilh&otilde;es de bact&eacute;rias. Os cientistas sabem que os micr&oacute;bios sempre nos acompanharam para todos os lugares, mas a partir de agora a NASA resolveu retomar as investiga&ccedil;&otilde;es sobre o que acontece quando levamos micro-organismos da Terra para o espa&ccedil;o.
A maior parte deles consegue chegar l&aacute; dentro ou fora do corpo dos astronautas. Mas a pr&oacute;xima miss&atilde;o n&atilde;o tripulada para enviar suprimentos &agrave; EEI, que deve acontecer na pr&oacute;xima segunda (14), levar&aacute; tamb&eacute;m uma carga microbi&oacute;tica especialmente para o Projeto MERCCURI.
O lote inclui 48 micr&oacute;bios diferentes que foram coletados em est&aacute;dios, banheiros e at&eacute; mesmo de espa&ccedil;onaves que j&aacute; voltaram de suas miss&otilde;es. Ao retornar para a Terra, essas amostras ser&atilde;o comparadas com conjuntos de micr&oacute;bios que ser&atilde;o cultivados por aqui. A segunda fase do projeto consiste em analisar amostras retiradas diretamente de dentro da EEI para determinar o microbioma da esta&ccedil;&atilde;o espacial.
O MERCCURI &eacute; um projeto de financiamento coletivo, mas a NASA tamb&eacute;m j&aacute; apontou seu interesse em estudar seu &ldquo;observat&oacute;rio microbi&oacute;tico&rdquo;, conforme apontou Mark Otto, microbi&oacute;logo s&ecirc;nior do Johnson Space Center, e come&ccedil;ou a trabalhar em simuladores de microgravidade para poder estudar as bact&eacute;rias do espa&ccedil;o sem sair da Terra.

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O que acontece quando levamos bactérias da Terra para o espaço?

Imagem de Bizarro! Como teve início a incrível superpopulação de coelhos na Austrália no site Mega Curioso

Entenda como essas criaturas amáveis se tornaram um grande problema para o país

A primeira imagem que se passa na cabe&ccedil;a das pessoas ao mencionar coelho &eacute; a de criaturas fofinhas, pequenas, peludas, que comem cenouras e fazem ovos de chocolate. Mas essa imagem &eacute; completamente diferente para os australianos, pois l&aacute; eles vivem em uma crise de superpopula&ccedil;&atilde;o de coelhos.
<h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/2495526162416583.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.appkid.org/rabbit/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Appkid</a>O in&iacute;cio</h2>
Tudo come&ccedil;ou em 1859, quando um homem chamado Thomas Austin, um latifundi&aacute;rio de Winchelsea, estado de Victoria, importou 24 coelhos europeus selvagens (Oryctolagus cuniculus) e os lan&ccedil;ou no mato para ca&ccedil;a esportiva. Mas ele n&atilde;o sabia que a fama dos coelhos, de serem bem velozes, tamb&eacute;m era v&aacute;lida em sua reprodu&ccedil;&atilde;o, que fez aqueles 24 roedores se tornarem milh&otilde;es em poucos anos.
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<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/24955261624165137.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="https://www.megacurioso.com.br/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Megacurioso</a>Quase 70 anos depois, a estimativa da popula&ccedil;&atilde;o de coelhos na Austr&aacute;lia era de 10 bilh&otilde;es, com uma m&eacute;dia de 18 a 30 filhotes por f&ecirc;mea, gra&ccedil;as &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas favor&aacute;veis que o pa&iacute;s oferece.
<h2>Problemas n&atilde;o t&atilde;o fofos</h2>
A imensa quantidade de coelhos se espalhou em torno de quase 130 km de sua origem, ocasionando a destrui&ccedil;&atilde;o de milhares de terrenos florais de Victoria. Mas eles n&atilde;o pararam por a&iacute;, pois continuaram se espalhando pela regi&atilde;o de Nova Gales do Sul, Queensland e outros locais do sul e ocidente do pa&iacute;s.
A destrui&ccedil;&atilde;o causada por esses roedores foi em grande escala. Muitos terrenos foram corro&iacute;dos pela falta de vegeta&ccedil;&atilde;o, que impedia a absor&ccedil;&atilde;o da &aacute;gua e o retorno de novas plantas, como a eremophila (um tipo de arbusto).
<h2>Medidas de controle</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/24955261624165642.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://vimeo.com/8965484" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Vimeo</a>Durante o s&eacute;culo de 19, o m&eacute;todo mais comum de proteger as planta&ccedil;&otilde;es dessas devastadoras criaturas era com armadilhas, atirando nelas e alguns ainda ca&ccedil;avam. Mas esse m&eacute;todo mudou, pois, entre 1901 e 1907, o governo come&ccedil;ou a implantar cercas de prote&ccedil;&atilde;o que impediam a entrada dessas &ldquo;pestes&rdquo;. Entretanto, o fato mais curioso dessa cerca &eacute; que essa primeira prote&ccedil;&atilde;o tinha mais de 1.800&nbsp; km e dividia parte do ocidente do pa&iacute;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/24955261624165612.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.theaustralian.com.au/news/features/barrier-divide-deepens/story-e6frg6z6-1226617676965" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/The Australian</a>Em algumas tentativas mais desesperadas, o governo utilizou dois v&iacute;rus para acabar com a popula&ccedil;&atilde;o em massa. A primeira tentativa foi em 1950, com um v&iacute;rus de mosquito que eliminou de 90 a 99% da popula&ccedil;&atilde;o de coelhos, mas que n&atilde;o foi bem-sucedida devido &agrave; imunidade criada pelos sobreviventes.
A segunda tentativa foi em 1995, com um v&iacute;rus que matou 90% dos coelhos de regi&otilde;es &aacute;ridas com hemorragia, mas novamente os coelhos criaram imunidade ao v&iacute;rus (devido as imagens fortes, decidimos n&atilde;o colocar imagens dos v&iacute;rus).
Atualmente, a Austr&aacute;lia ainda sofre da superpopula&ccedil;&atilde;o dessas criaturas fofas e, ao mesmo tempo, devastadoras. No entanto, eles n&atilde;o est&atilde;o s&oacute;s: estima-se que a popula&ccedil;&atilde;o de coelhos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/42137-okunoshima-a-ilha-japonesa-dominada-por-coelhos-video-.htm" target="_blank">Velho Continente seja de mais de 200 milh&otilde;es</a>.

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Bizarro! Como teve início a incrível superpopulação de coelhos na Austrália

Imagem de Estudo britânico indica que a 'regra dos cinco segundos' é real no site Mega Curioso

Grupo de estudantes do último ano de Biologia da Aston University indica que o tempo é um fator considerável para a transferência de bactérias do chão para a comida derrubada

Um grupo de estudantes do ultimo ano do curso de Biologia da Aston University, de Birmingham, Inglaterra, fez uma descoberta que vai fazer a alegria dos gulosos e desastrados de plant&atilde;o: a famosa &ldquo;regra dos cinco segundos&rdquo; &eacute; real. Segundo os pesquisadores, a passagem do tempo realmente &eacute; um &ldquo;fator consider&aacute;vel&rdquo; na transfer&ecirc;ncia de bact&eacute;rias do ch&atilde;o para um peda&ccedil;o de comida.
Trabalhando sob a tutela do professor de microbiologia Anthony Hilton, os estudantes monitoraram qu&atilde;o rapidamente a Escherichia coli e outras bact&eacute;rias comuns se espalham de superf&iacute;cies em ambientes fechados para torradas, macarr&atilde;o e outras comidas grudentas.
Os testes forneceram evid&ecirc;ncias que suportam a veracidade da regra dos cincos, segundo a qual um alimento ainda est&aacute; apropriado para consumo se tiver ca&iacute;do a menos de seis segundos no ch&atilde;o. Al&eacute;m disso, eles tamb&eacute;m descobriram que o tipo de piso tamb&eacute;m &eacute; crucial para a transfer&ecirc;ncia dos micro-organismos, surpreendentemente constatando que o carpete &eacute; o tipo de ch&atilde;o mais seguro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/6533642014133446.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/regra-dos-3-segundos-%C3%A9-v%C3%A1lida-para-comida-170333015.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Yahoo!</a>
<h2>Apoio singelo</h2>
&ldquo;Consumir comida derrubada no ch&atilde;o ainda possui um risco de infec&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que depende muito de quais bact&eacute;rias est&atilde;o presentes no piso naquela hora. No entanto, as descobertas desse estudo v&atilde;o trazer um leve al&iacute;vio &agrave;queles que v&ecirc;m empregando a &lsquo;regra dos cinco segundos&rsquo; por anos, a despeito do consenso geral de que ela &eacute; apenas um mito&rdquo;, disse Hilton.
Vale lembrar que os riscos aumentam exponencialmente em ambientes externos, &aacute;reas p&uacute;blicas e hospitais &ndash; para n&atilde;o falar de banheiros. E a&iacute;, pronto para come&ccedil;ar a mergulhar atr&aacute;s daqueles escorregadios peda&ccedil;os de lanche?

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Estudo britânico indica que a 'regra dos cinco segundos' é real

Imagem de Cientistas planejam curar mais bebês infectados com o HIV no site Mega Curioso

Após revelarem o segundo caso de uma criança com a taxa de vírus zerada nas primeiras horas de vida, os pesquisadores anunciam que vão começar um processo para fazer o mesmo com mais 50 bebês

H&aacute; um ano, em mar&ccedil;o de 2013, um grupo de cientistas norte-americanos afirmou que conseguiu curar um beb&ecirc; que nasceu com o v&iacute;rus da AIDS, o HIV, com um tratamento bastante agressivo nas primeiras 30 horas de vida da crian&ccedil;a. Voc&ecirc; pode ler mais sobre isso <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/35775-medicos-afirmam-ter-curado-bebe-infectado-com-hiv.htm">nesse outro artigo do Mega Curioso</a>.
Eis que, nessa semana, foi anunciado no <a href="http://www.nytimes.com/2014/03/06/health/second-success-raises-hope-for-a-way-to-rid-babies-of-hiv.html?_r=0">The New York Times</a> que um segundo beb&ecirc; infectado com HIV no nascimento foi curado, e est&aacute; sendo chamado de "HIV- negativo" por seus m&eacute;dicos, ap&oacute;s um tratamento medicamentoso agressivo tamb&eacute;m administrado durante suas primeiras horas de vida. O an&uacute;ncio foi feito ontem (05.03) durante uma confer&ecirc;ncia sobre a AIDS, em Boston.
O beb&ecirc; recebeu uma alta dose de AZT, 3TC e nevirapina &mdash; tr&ecirc;s tipos de medicamentos anti-retrovirais fortes, que s&atilde;o comumente usados &#8203;&#8203;para o tratamento de adultos e n&atilde;o administrados em rec&eacute;m-nascidos.
Assim como aconteceu com a primeira crian&ccedil;a curada de HIV, o segundo beb&ecirc; est&aacute; atualmente livre do v&iacute;rus. No entanto, seus m&eacute;dicos hesitam em usar termos como "curado", porque ele ainda est&aacute; tomando anti-retrovirais.
Por essa raz&atilde;o, os cientistas est&atilde;o optando por cham&aacute;-lo de "HIV- negativo" ou "sero-revertido". Essa hesita&ccedil;&atilde;o pode ter acontecido porque os cientistas que fizeram o an&uacute;ncio sobre a primeira crian&ccedil;a mais tarde se justificaram, chamando o processo de &ldquo;remiss&atilde;o&rdquo;.
<h2>Planejamento ambicioso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/9497694546191158.jpg" alt=" />Fonte da imagem:&nbsp;<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/HIV/AIDS" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikipedia</a>
De qualquer forma, as duas &ldquo;remiss&otilde;es&rdquo; comprovadas do v&iacute;rus HIV nos beb&ecirc;s pode ter um impacto ainda maior na luta contra a AIDS. Esta mesma equipe de cientistas est&aacute; planejando a realiza&ccedil;&atilde;o de um processo em que 50 beb&ecirc;s, todos nascidos com HIV, receber&atilde;o o mesmo tratamento agressivo nas suas primeiras 48 horas de vida. Segundo o The New York Times, o processo come&ccedil;ar&aacute; nos pr&oacute;ximos tr&ecirc;s meses.
No entanto, a experi&ecirc;ncia pode ser dif&iacute;cil se for conduzida nos Estados Unidos, porque pouqu&iacute;ssimas crian&ccedil;as norte-americanas nascem com HIV. Isso acontece porque as m&atilde;es infectadas por l&aacute; j&aacute; s&atilde;o tratadas com drogas que as impedem de passar o v&iacute;rus para seus filhos. Neste caso da segunda crian&ccedil;a relatada pelos cientistas, a m&atilde;e tinha deixado de tomar os medicamentos prescritos por irresponsabilidade.
Dessa forma, mesmo se o processo for bem sucedido, ele vai levar um longo tempo antes que os m&eacute;dicos mudem a forma como as crian&ccedil;as nascidas com HIV s&atilde;o tratadas em hospitais de todo o mundo. Os pesquisadores ter&atilde;o de acompanhar essas crian&ccedil;as de perto durante anos para garantir que o v&iacute;rus n&atilde;o retorne. Ainda assim, &eacute; um grande passo para a luta contra a doen&ccedil;a.&nbsp;

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Cientistas planejam curar mais bebês infectados com o HIV

Imagem de Cientistas 'acordam' vírus de 30 mil anos encontrado na Sibéria no site Mega Curioso

Os pesquisadores alertam para os riscos que o aquecimento global pode gerar ao revelar vírus ainda desconhecidos para a ciência

Cientistas acabam de anunciar que conseguiram &ldquo;acordar&rdquo; com sucesso um v&iacute;rus gigante de 30 mil anos que estava congelado. De acordo com a equipe de pesquisadores, o v&iacute;rus &eacute; de um tipo nunca antes encontrado.
A equipe aproveitou o an&uacute;ncio para alertar quanto aos riscos que o aquecimento global pode levar se novos v&iacute;rus desconhecidos forem revelados. Essa descoberta leva os cientistas a acreditar que a diversidade de v&iacute;rus existentes no mundo &eacute; maior do que se imaginava &ndash; existindo, inclusive, a possibilidade de que alguns deles sejam nocivos aos humanos.
Batizado de Pithovirus sibericum, o v&iacute;rus in&eacute;dito foi encontrado em uma amostra de 30 metros de profundidade de permafrost retirado da costa de Chukotka, na Sib&eacute;ria, onde a temperatura m&eacute;dia anual &eacute; de -13,4 &deg;C. Para testar a efici&ecirc;ncia do organismo, os pesquisadores descongelaram o v&iacute;rus e acompanharam a sua reprodu&ccedil;&atilde;o em uma cultura, na qual ele foi capaz de infectar uma ameba.
<h2>Milhares de anos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/3/materias/997720635171645.jpg" alt=" />Fonte da imagem: <a href="http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2572476/Are-sure-thats-good-idea-Scientists-revive-30-000-year-old-giant-virus-permafrost.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/The Daily Mail</a>
De acordo com o estudo &ndash; que foi publicado no peri&oacute;dico Proceedings on the National Academy of Sciences &ndash;, a data&ccedil;&atilde;o de radiocarbono realizada na amostra revelou tra&ccedil;os de vegeta&ccedil;&atilde;o com mais de 30 mil anos &ndash; tempo em que os mamutes e os Neandertais habitavam a Terra.
Depois de passar por an&aacute;lises microsc&oacute;picas, os cientistas chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que o P. sibericum &eacute; um v&iacute;rus gigante, tamb&eacute;m conhecido como pandorav&iacute;rus. O organismo &eacute; formado por 500 genes, enquanto um v&iacute;rus de influenza tem apenas oito. Seu tamanho &eacute; t&atilde;o impressionante que ele pode ser observado com um microsc&oacute;pio &oacute;tico, em vez de precisar de um poderoso microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico para ser estudado.
As an&aacute;lises realizadas com o v&iacute;rus in&eacute;dito revelaram que ele n&atilde;o &eacute; nocivo aos humanos ou aos animais, j&aacute; que &eacute; capaz de infectar apenas um tipo de ameba. De qualquer maneira, o estudo revela a capacidade que esses organismos t&ecirc;m de sobreviver por per&iacute;odos extremamente longos.
&ldquo;A sobreviv&ecirc;ncia de um v&iacute;rus ancestral capaz de infectar amebas usado como um indicador seguro da poss&iacute;vel presen&ccedil;a de v&iacute;rus com DNA patog&ecirc;nico sugere que o descongelamento do permafrost &ndash; seja pelo aquecimento global ou pela explora&ccedil;&atilde;o industrial em regi&otilde;es circumpolares &ndash; n&atilde;o nos dispensa de encontrar futuras amea&ccedil;as &agrave; sa&uacute;de animal e humana&rdquo;, diz o relat&oacute;rio.

Vírus, Bactérias e Protozoários

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