Afinal, lulas, polvos e lagostas são capazes de sentir dor? Estudo responde

26/03/2014 às 11:432 min de leitura

Se você algum dia já se perguntou se animais invertebrados, como lulas, polvos, lagostas, caranguejos e outros sentem dor, chegou a hora de descobrir a resposta. Sem maiores devaneios, saiba que estudos recentes revelaram que, de fato, esses animais são capazes de sentir dores e incômodos mesmo sendo invertebrados.

Para chegar a essa conclusão, o neurobiólogo evolutivo Robyn Crook e seus colegas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, analisaram lulas e polvos para ver como eles se comportavam diante de alguns estímulos. O que a equipe descobriu é que os cefalópodes, assim como nós, também possuem nociceptores, que são terminações nervosas que transmitem informações relacionadas à dor rapidamente para o sistema nervoso.

Fonte da imagem: Shutterstock

Sobre os polvos, ficou claro que esses animais apresentam um comportamento específico, buscando proteger a parte afetada do corpo e soltando tinta como mecanismo de defesa caso alguém chegue perto do ferimento.

Já as lulas sentem e lidam com a dor de maneira diferente. A pesquisa mostrou que se uma de suas barbatanas for atingida, os nociceptores de uma grande parte do corpo serão acionados e o ferimento parecerá muito maior do que realmente é. Dessa maneira, fica mais difícil para os especialistas identificarem o local da dor.

O que se sabe até então

A pesquisa desenvolvida pelos especialistas da Universidade do Texas complementa os estudos realizados anteriormente por Robert Elwood, professor de comportamento animal na Universidade Queens, na Irlanda do Norte. Em seu estudo, Elwood buscou desvendar se lagostas e caranguejos eram capazes de sentir dor.

Fonte da imagem: Shutterstock

Nos testes realizados, o cientista notou que ao receber um estímulo elétrico, uma espécie de caranguejo ficava esfregando extensivamente a região com as garras. Outra espécie que participou das análises esfregava e pinçava o ferimento quando tinha uma pata arrancada. Em geral, tanto caranguejos quanto lagostas demonstraram o ímpeto de alcançar o local do ferimento, contorcendo o corpo sempre que necessário como uma resposta do sistema nervoso central.

A partir desses dois estudos, o próximo passo dos pesquisadores é pensar se as descobertas também são válidas para os insetos, já que eles têm um sistema nervoso de tamanho semelhante ao de alguns pequenos crustáceos. Qual é a sua opinião sobre isso? Não deixe de registrar nos comentários.

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