Ciência
21/02/2018 às 13:30•1 min de leitura
Ouvir música é algo que podemos fazer em quase todos os momentos — enquanto estamos correndo, trabalhando, no ônibus, para relaxar ou para animar etc. —, mas você já ouviu alguma música que arrepia logo nos primeiros acordes? Se sim, talvez seu cérebro seja diferente dos demais. Claro que isso vai depender também do gosto pessoal, então o fenômeno não está ligado a gêneros específicos — que fique claro!
A constatação é de um estudo realizado por pesquisadores da University of Southern California, que analisou exames de imagem cerebral de 20 estudantes. Após cada participante ouvir uma música, os cientistas perceberam que aqueles que demonstraram arrepios (a metade) tinham uma estrutura neurológica diferente.
Essas pessoas apresentavam um volume maior de fibras neurológicas que ligam o córtex auditivo à parte do cérebro que processa emoções. Basicamente, como explica Matthew Sachs, coautor do estudo, “isso significa que o processamento entre elas é mais eficiente”.
Tendo em vista essa comunicação neurológica mais proeminente, os pesquisadores concluíram que pessoas que se arrepiam ouvindo música podem sentir emoções em um nível mais intenso em relação às demais, independentemente de estarem ouvindo alguma música ou não.
Embora essa pesquisa tenha contado com um número considerado pequeno do ponto de vista científico, Sachs acredita que a investigação inicial pode provocar mais estudos a fim de analisar o efeito da música no cérebro fora do córtex auditivo.
Ele mesmo já está seguindo adiante. Agora a ideia é observar a atividade cerebral enquanto indivíduos ouvem músicas que desencadeiam determinadas reações. O intuito? Compreender o que neurologicamente causa essas sensações e aproveitar descobertas para contribuir no caso de tratamentos psicológicos.
Além disso — e você há de concordar, caro leitor —, é importante considerar que essas sensações podem ser associadas com memórias pessoais relacionadas à determinada canção, algo que definitivamente não pode ser controlado em laboratório.
Então, por aqui seguimos curiosos para acompanhar as próximas descobertas ligadas ao assunto. Se você souber de alguma outra, fique à vontade para nos contar no campo dos comentários, ok?