Artes/cultura
27/06/2018 às 11:01•5 min de leitura
Às vezes, esperar alguns meses (ou um pouco mais) para conhecer os desdobramentos da season finale de uma série pode ser uma verdadeira tortura. Veja Game of Thrones, por exemplo: a oitava temporada terminou no dia 27 de agosto de 2017, e só vamos ver a continuidade em abril de 2019.
Outras, como The Man in The High Castle, nos deixam sem uma data sequer. A Amazon liberou a segunda temporada inteira em 16 de dezembro de 2016, mas até agora nada: nem sinal de uma terceira, apesar de sabemos que deve sair ainda neste ano.
No caso dos filmes, várias franquias prometem uma continuação para seus enredos, mas ela pode demorar mais de 1 década. Outras acontecem mesmo que o primeiro filme tenha sido fechadinho e a história não precise de um fechamento. Aí está Os Incríveis 2 para provar que isso acontece. O segundo longa da animação estreou no Brasil no dia 14 de junho, quase 14 anos depois do primeiro, que entrou em cartaz em 10 de dezembro de 2004.
Veja outros exemplos:
Ryan Gosling entrou em cena para interpretar um tira do futuro em uma sociedade controlada pela tecnologia e com presença forte dos androides que já povoavam o mundo anos antes, em Blade Runner, lançado em 1982. Foi só em 2017 que a obra de Philip K. Dick teve a sua continuidade, com Blade Runner 2049, dessa vez dirigido por Denis Villeneuve. A história é consistente, e o filme não fica devendo nada ao anterior, para o deleite dos fãs.
Foram duas décadas entre o primeiro e o segundo filme. De Dois Idiotas em Apuros a Debi & Lóide 2, a franquia manteve Jim Carrey e Jeff Daniels no protagonismo desta comédia adorada pelo público, um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde. Agora, eles descobrem que Harry (Daniels) tem uma filha e que ela está para adoção, então decidem embarcar em uma viagem de carro para localizá-la. O que poderia dar errado, não é mesmo?
Em 1988, John McClane (Bruce Willis) encarou bandidões alemães liderados pelo (Snape) Hans Gruber (Alan Rickman) para salvar a esposa durante o sequestro de um prédio e acabou foi dando vida ao Natal de muita gente. Os dois filmes seguintes saíram em 1990 e 1995, mas somente 12 anos depois, em 2007, o quarto foi lançado: Duro de Matar 4.0.
Filme de John Carpenter com Kurt Russel no papel de Snake Plissken, Fuga de Nova York foi lançado em 1981. Depois disso, somente em 1996 a aventura do cobra teve continuidade: após resgatar o presidente dos Estados Unidos, ele precisa mais uma vez salvar o país de uma ameaça internacional, dessa vez em Los Angeles.
O arrepiante trailer de Halloween acaba de ser lançado, com data de estreia prevista ainda para 2018 — exatamente 40 anos desde o primeiro filme que conta a história de Michael Myers. Nele, Laurie Stroede vai voltar mais velha com a missão de se vingar de um assassino mascarado que aterrorizou seu Dia das Bruxas quando ela era criança e que escapa da prisão.
Claro, existem outros vários longas com Michael Myers mascarado assasinando geral, mas essa é a primeira sequência direta da história de 1978, então você pode desconsiderar todos os outros nesse sentido.
Harrison Ford ainda encara uma ação, mesmo com 19 anos de diferença. O ator foi o verdadeiro galã dos anos 80 com os três instigantes filmes de Indiana Jones; mas, no fim das contas, A Última Cruzada, de 1989, não foi realmente o último.
Em 2008, o personagem retornou com O Reino da Caveira de Cristal, que muitos fãs da saga consideram uma verdadeira forçação de barra. Não parou por aí, claro, e um novo filme já está confirmado para 2020, com o próprio Spielberg na direção e Ford no papel principal.
Pelas mãos de Steven Spielberg, o Parque dos Dinossauros estreou como uma das franquias mais importantes e bem-sucedidas dos anos 90. O diretor conduziu os dois primeiros filmes, em 1993 e 1997, mas em 2001 o terceiro foi dirigido por Joe Johnson.
Em 2015, 14 anos depois, Colin Trevorrow comandou a ressurreição dos lagartos gigantes quando um novo parque foi inaugurado e diferentes espécies de dinossauros foram desenvolvidas em laboratório. De novo, o que poderia dar errado, né?
O filme traz Chris Pratt e Bryce Dallas Howard no elenco e já tem sua própria sequência, O Reino Ameaçado (2018).
1984, 1991, 2003. É um padrão para a equipe do Exterminador demorar um período bom para produzir os filmes, até porque são histórias que demandam um alto investimento em efeitos especiais e edição, e isso é o que mais toma tempo no universo cinematográfico.
O Julgamento Final, segundo da franquia, termina com John Connor chorando a morte do androide T800 e fazendo com que o Exterminador compreendesse o valor da vida. A Rebelião das Máquinas, por sua vez, mostra uma realidade em que John Connor vive fugindo do futuro, sem Sarah (e sem o diretor James Cameron, que não quis participar da continuidade).
O filme não foi nem de longe um sucesso tão grande quanto os anteriores, mas ainda trouxe parte do elenco inicial, incluindo Arnold Schwarzenegger.
A terceira parte de O Poderoso Chefão só aconteceu no Natal de 1990, 16 anos depois que a segunda foi lançada. Ainda com Francis Ford Coppola no comando, o longa traz no elenco Al Pacino, Diane Keaton e Andy Garcia, mas não mais Robert De Niro.
Continue a nadar, continue a nadar! Graças a Deus, Nemo não se perdeu de novo nos 13 anos desde o primeiro filme, em 2003. Esse foi o tempo que a Pixar levou para priorizar a produção da sequência dessa animação lindinha: em 2016 Procurando Dory estreou nas telonas. Dessa vez, foi a peixinha Dory quem desapareceu — e ela tem aquele probleminha de memória inconveniente...
Rambo III estreou em 1988, exatamente 20 anos antes de sua sequência, Rambo IV. Aqui, Stallone retorna como John Rambo, que se junta a um grupo de Mercenários (não, não o do outro filme) para ajudar a resgatar alguns humanitários na Tailândia. E vem mais por aí, já que o quinto filme sairá em 2019.
Por falar em Silvester Stallone, não foi apenas Rambo que trouxe o ator de volta. Depois do sucesso dos primeiros filmes, lançados entre 1976 e 1990, Rocky Balboa voltou em 2006, 16 anos depois na vida real e 30 na ficção.
Desafiado como um figurão idoso, o ator e o personagem enfrentam o mesmo desafio. A franquia continua depois com Creed, quando ele já é apenas o treinador do filho de seu grande desafiador, Adonis Johnson (filho de Apollo Creed).
Guerra nas Estrelas foi outra franquia que trouxe Harrison Ford de volta. Han Solo e Chewbacca ajudam a salvar o dia em O Despertar da Força, que também conta com outros personagens da saga intergalática, sob o comando de JJ Abrams, 32 anos depois que O Retorno de Jedi foi exibido inicialmente, em 1983.
Desde 2015, no entanto, o universo de Guerra nas Estrelas virou uma verdadeira festa, com filmes sendo lançados todos os anos e se tornando grandes desastres de crítica e público.
Woody, Buzz e toda a turminha de brinquedos do Andy haviam vivido uma grande aventura no primeiro filme, em 1995. Quatro anos depois, já pudemos ver o que aconteceria com eles quando o segundo filme foi lançado.
Mas a infância inteira do Andy passou — e a nossa também! — nos 11 anos que a Disney/Pixar levou para lançar Toy Story 3. Se valeu a pena esperar? Cada segundo! Agora, vai quase o mesmo tempo para o lançamento do próximo longa da animação, previsto para 2019.
TRON: O Legado foi um dos precursores do retorno tardio de franquias de sucesso. O filme traz de volta personagens do original de 1982, uma produção revolucionária e inovadora em termos de tecnologia. No novo longa, Sam (Garrett Hedlund) vai em busca de Kevin Flynn (Jeff Bridges) para dentro do universo digital de Tron.
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