Artes/cultura
17/08/2018 às 10:40•2 min de leitura
O chamado “jump-scare” é quando um filme de terror usa uma cena de “isca” para que você preste atenção em um determinado ponto, que só serve de distração até que você seja surpreendido com um som repentino e alto ou com uma imagem grotesca — ou ambos juntos. O uso abusivo disso é considerado um tanto quanto pobre na narrativa de uma trama, pois, bem, qualquer um leva um susto se alguém chegar do nada gritando na orelha.
Na última semana, o conteúdo exibido no YouTube vinha mostrando um anúncio de seis segundos que não pôde ser evitado e traumatizou vários usuários. O vídeo começa com o ícone de volume em uma tela escura, como se alguém tivesse tomado conta do seu dispositivo. Em seguida, não há muito tempo para processar o que está acontecendo até que uma freira demoníaca toma conta do display, com aquele estrondo vindo do inferno para fazer o telespectador pular da cadeira — o tal jump-scare.
As críticas não demoraram a aparecer, porque uma coisa é você pagar para assistir um filme porque escolheu ser surpreendido por um possível jump-scare. Agora, outra é você ter que passar por isso involuntariamente — e algumas pessoas disseram até mesmo ter tido ataques ansiedade por conta dessa estratégia de marketing, digamos, um pouco mais agressiva.
Veja:
O YouTube respondeu rapidamente às reclamações, via Twitter: “apreciamos você trazer isso à nossa atenção! Esse anúncio viola de forma chocante a nossa política de conteúdo e não será mais exibido como anúncio”. Há uma clara cláusula nas regras da plataforma sobre “promoções que podem chocar ou assustar”, que são consideradas como “conteúdo inapropriado”.
Os autores da campanha na verdade devem estar bem cientes de que isso aconteceria. Afinal, a melhor maneira de divulgar um longa de terror é dizer que ele foi censurado em algum lugar. Neste caso, “muito forte para o YouTube” talvez cause muito mais barulho do que um anúncio mais caro e elaborado.
Ah, sim, o filme segue o as aventuras fantasmagóricas baseadas na vida dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, que ultimamente têm aparecido bastante, na série “Invocação do Mal” e “Annabelle”. “A Freira”, dirigido por Corin Hardy, estreia por aqui no dia 6 de setembro.
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YouTube explica a remoção do traumatizante anúncio jump-scare de “A Freira” via TecMundo