Ciência
09/12/2018 às 09:00•3 min de leitura
Se você nasceu na década de 80 ou no começo dos 90, a probabilidade de o filme Em Busca do Vale Encantado ter levado algumas lágrimas para seus olhos é bastante grande. A história do quinteto formado por diferentes dinossauros, que migra fugindo dos perigos e em busca de um lugar mais seguro para viver, traz várias lições, como a importância de valorizar as diferenças em um grupo, lidar com a perda de entes queridos e superar desafios maiores que a vida. Para celebrar essa animação épica, produzida pela dupla Steven Spielberg e George Lucas, listamos alguns fatos curiosos para relembrar os fãs do filme:
A ideia inicial do produtor Steven Spielberg era fazer uma animação ao estilo de Bambi, mas com dinossauros. “Eu queria fazer um filme suave, sobre cinco pequenos dinossauros e como eles crescem juntos e aprendem a trabalhar em grupo”, afirmou. A inspiração veio da sequência de Fantasia, da Disney, quando bestas pré-históricas aparecem. Apesar de a primeira ideia ser de um filme mudo, sem diálogos, já que afinal de contas dinossauros não falam, houve medo da rejeição por parte do público. O resultado todos nós sabemos como ficou.
Don Bluth sempre foi um fã incondicional das produções de Walt Disney e começou a prestar serviços nos estúdios em 1955. Durante 20 anos, ele realizou uma série de trabalhos estranhos até que se tornou um animador profissional em 1971. Mas, ao conhecer como realmente eram feitas as animações, ele se desencantou e deixou o trabalho em 1979. Ao se juntar com os colegas Gary Goldman e John Pomeroy, em 1986, surgiu então nosso adorado filme Em Busca do Vale Encantado.
Como o nome do filme já explica, a busca de nossos heróis é pelo Vale Encantado, para fugir de um terreno árido. Com isso, o desafio dos ilustradores foi imenso, pois tinham que variar o cenário, que era sempre estéril e sem folhagens. A saída foi usar cores vibrantes e fortes para tirar a monotonia.
A mudança aconteceu quando os cineastas descobriram que havia um tricerátope em um popular livro infantil chamado Thunderfoot. Falando nisso, Saura, a dinossaura de três chifres, evoluiu de um personagem masculino chamado Bambo.
A dupla Lucas e Spielberg retiraram quase 20 cenas do filme, pois as consideraram assustadoras demais para o público. “Nós vamos ter crianças chorando e pais muito bravos”, Spielberg alertou na época. A maioria envolvia o tiranossauro que perseguia o grupo de forma bastante assustadora.
Ao contrário de Bambi, em que a mãe do personagem principal morre fora da tela, na animação dos dinossauros a passagem da mãe de Littlefoot é lenta e bastante triste. A equipe achou melhor consultar psicólogos especialistas em crianças para saber como lidar com o tema. Foi assim que surgiu o papel do pequeno réptil que consola Littlefoot. “Você sempre sentirá falta dela, mas ela sempre estará com você enquanto você se lembrar das coisas que ela te ensinou”, explica Rooter consolando o jovem dinossauro.
James Horner, o compositor responsável por trilhas de respeito, como as de Coração Valente (1995), Titanic (1997) e Avatar (2009), foi o escolhido para trabalhar na animação junto com Will Jennings, que compôs a música que Diana Ross canta nos créditos – "If We Hold on Together".
Apesar de ser uma promessa de grande sucesso, a atriz e dubladora Judith Barsi não escapou do fim trágico. Em julho de 1988, ela e a mãe foram assassinadas pelo pai József, que em seguida tirou a própria vida.
Lançado em 18 de novembro de 1988, o filme sobre dinossauros em busca de uma vida melhor competiu diretamente com Oliver e sua Turma, da Disney. Mas o sucesso foi estrondoso para uma animação, registrando 7,5 milhões de dólares no primeiro fim de semana contra apenas 4 milhões do concorrente. Os valores não se comparam com o que os lançamentos atuais conseguem fazer (Os Incríveis 2 fecharam 182,7 milhões no lançamento), mas foi algo incrível para a época.
Embalado pelo sucesso de Jurassic Park, o produtor teatral Irving Welzer disse ao jornal The New York Times que a vez dos dinossauros na Broadway havia chegado. No entanto, a ideia logo foi deixada de lado.
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