Ciência
12/01/2019 às 05:00•1 min de leitura
O violino é um instrumento que costuma remeter a lembranças lúdicas e clássicas, então não parece fazer o menor sentido tocá-lo com um serrote, certo? Bem, se estivermos falando do violino do diabo, então é essa a maneira que se faz há alguns séculos em regiões da França e da Alemanha e que foi trazida para o Brasil por imigrante.
As bases para o violino do diabo – ou, melhor dizendo, teufelsgeige – remontam do século 17, sendo que na época o instrumento consistia de um tronco de madeira, de uma a três cordas e uma bexiga de porco, que servia como uma caixa acústico. Hoje em dia, os materiais de origem animal foram retirados da fabricação, sendo que alguns pratos e tambores podem ser incluídos para incrementar ainda mais teufelsgeige, que é um instrumento de percussão.
Cada violino é único
Outro detalhe importante sobre o teufelsgeige é que, segundo a tradição, o próprio instrumentista precisa fabricar seu violino. Assim, normalmente cada um costuma dar sua própria customizada, inserindo rostos do demônio – vem daí a sua popularidade e o seu nome. Por ser usado em músicas folk, esse violino tem estado cada vez mais em desuso, mas muitas pessoas apegadas à história de seu povo tentam perpetuar sua cultura.
É por isso que, se você tiver curiosidade, a Festa Pomerana, em Pomerode (SC), irá realizar o primeiro encontro nacional de tocadores do violino do diabo. O evento deve acontecer no domingo, dia 20, no Parque de Eventos da cidade. São esperados 20 instrumentistas, que podem ser vistos ensaiando no vídeo abaixo: