Ciência
29/10/2020 às 05:00•2 min de leitura
Já parou para pensar de onde veio a tradição da coluna de horóscopo de jornais e revistas? Ainda que os conhecimentos sobre o Zodíaco venham da Antiguidade, o costume de se fazer previsão de signos é bem mais recente.
De acordo com o site Mental Floss, tudo começou por conta da princesa Margaret, irmã mais nova da Rainha Elizabeth II.
Apesar de ter protagonizado várias fofocas que estampavam tabloides na época, a influência de Margaret no horóscopo atual não se deu por conta disso, mas da ocasião do seu nascimento.
Quando Margaret nasceu em agosto de 1930, não havia muito o que se falar da nova princesa.
À época, vale lembrar que ninguém sabia que Elizabeth II se tornaria, de fato, a rainha da Inglaterra, já que o tio delas, Edward VIII, ainda tinha o direito ao trono.
Para John Gordon, o editor do Sunday Express, a solução foi falar justamente do futuro da princesa, mas em termos astrológicos.
Foi então que o astrólogo R.H. Naylor fez história na astrologia moderna ao escrever o artigo “O que as estrelas predizem para a nova princesa”. O sucesso foi tão grande que os leitores pediram por mais.
Além das previsões astrológicas para os aniversários da semana, Naylor e o editor do jornal decidiram fazer mais.
Para fazer as pessoas se interessarem em ler o jornal todas as semanas (e não apenas nos seus aniversários), Naylor criou a tradição de fazer 12 previsões para cada signo do Zodíaco semanalmente.
Parece familiar? É assim que os horóscopos funcionam até hoje. A inovação também foi importante para fomentar o lucrativo mercado de “serviços místicos” no mundo todo.
Muito do que Naylor previu não se realizou, como acontece muitas vezes na astrologia. No entanto, ele previu que “eventos de tremenda importância para a Família Real e a nação” aconteceriam perto do sétimo aniversário de Margaret.
No ano de 1936, o Rei Edward III, tio de Margaret, abdicou do trono para se casar com Wallis Simpson, uma norte-americana divorciada. Com isso, o pai de Margaret e Elizabeth, George VI, subiu ao trono. Anos depois, com a morte do pai, Elizabeth II se tornou rainha e o resto é História.