Ciência
21/11/2020 às 04:00•2 min de leitura
O Império Aquemênida, também conhecido como Persa, chegou a comandar cerca de 44% da população mundial e por isso é conhecido foi reconhecido pelo Guinness World Records como o maior da história.
Mas será que considerar apenas a porcentagem de pessoas governadas é a melhor forma para descobrirmos qual foi o trono supremo de todos os tempos? Pesquisadores dizem que não, e vamos explicar o motivo.
Especialistas afirmam que utilizar apenas a parcela de indivíduos comandados não é a forma mais justa para medir a extensão imperial, pois este número é extremamente variável.
Por exemplo, quando Aquemênida estava em seu ápice, havia apenas 112,4 milhões de pessoas no mundo. Contudo, em 1901, os britânicos governaram apenas um quarto da população global, porém esta porcentagem já era composta por 1,6 bilhão de pessoas. Então, quem realmente foi o maior?
Em vez de analisarmos a questão com base nesse indicador, estudiosos defendem que a métrica mais adequada é a influência e a estabilidade de longo prazo.
Em entrevista, Martin Bommas, egiptólogo e diretor do Museu de História da Universidade Macquarie, na Austrália, explica que o poder de um Estado deve ser classificado com base no período de paz e prosperidade que conquistou enquanto governava. Levando isso em conta, quais seriam os melhores candidatos?
A Monarquia do Reino Unido pode ser considerada uma candidata bastante forte nesta disputa, já que dominava não somente terras, como os mares. No entanto, Bommas relembra que o fim do Império Britânico foi confirmado pelo Príncipe Charles em 1997, quando o Reino Unido devolveu Hong Kong à China. Então, com duração de 400 anos, ele não pode ser compreendido como maior de todos os tempos.
O Império Otomano é outro forte concorrente nessa disputa, uma vez que dominou territórios por pelo menos 600 anos. Porém, se considerarmos que o Império Romano persistiu quando se dividiu em dois, então ele teria governado grande parte da população mundial por mais de 1.500 anos, o que, pela classificação do egiptólogo, o tornaria o maior de todos os tempos e o grande detentor do título de “o maior de todos”.
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