Ciência
15/04/2022 às 02:00•2 min de leitura
Não há dúvidas que Maria é uma das figuras mais veneradas entre os católicos (e vale ressaltar aqui a diferença entre veneração e adoração, já que esta última cabe apenas a Deus para os que seguem essa crença). Para os católicos, a mãe de Jesus obteve em sua vida diversas graças diante do Criador, sendo que algumas delas são reconhecidas como dogmas.
Entre esses dogmas, um dos mais conhecidos é o da Virgindade Perpétua. Dessa forma, compreende-se que Maria deu à luz Jesus Cristo sem ter mantido relação com nenhum homem, obtendo essa graça diretamente do Espírito Santo. E a pergunta que fica no ar é: quando esse reconhecimento aconteceu por parte dos católicos?
Antes de falar especificamente sobre o reconhecimento da virgindade preservada de Maria, é necessário relembrar que em 431, durante o 3º Concílio Ecumênico, ocorrido em Éfeso, foi proclamado que ela é a Mãe de Deus (sendo este um dos quatro dogmas de Maria). Dessa forma, pela ação do Espírito Santo ela se tornou não apenas a mãe terrena de Cristo, mas também de sua natureza divina.
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Portanto, no ano de 649, no Concílio de Latrão, a igreja definiu o dogma da Virgindade Perpétua. Com isso, ensina-se que Maria não teve sua virgindade violada antes, durante ou depois do parto de Jesus. Os próprios textos sagrados do Novo Testamento indicam isso em vários momentos, referindo-se a ela como uma mulher que permaneceu virgem.
"Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. (...) Maria perguntou ao anjo: 'Como isso se fará, pois não conheço homem algum?'. Respondeu-lhe o anjo: 'O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus", diz o trecho encontrado no evangelho de Lucas.
Além da Virgindade Perpétua e de ser Mãe de Deus, Maria também é reconhecida pela igreja católica por sua Imaculada Conceição (ou seja, o seu nascimento também teria sido anunciado por um anjo a seus pais por meio da ação de Deus e preservada do pecado original) e por sua Assunção (que a fez subir ao céu de corpo em alma, sem experimentar efetivamente o que é a morte).