Artes/cultura
02/10/2024 às 03:00•3 min de leituraAtualizado em 02/10/2024 às 03:00
Entendemos como gênios aquelas pessoas que deixaram uma marca extraordinária no mundo. Mas quem será que foi a pessoa mais inteligente que já existiu? E como isso pode ser verificado – será que o QI é uma boa medida para avaliar o impacto de um indivíduo na humanidade?
Temos uma longa história de gênios que atuaram em várias áreas, que vão da matemática à literatura. Não é possível apontar uma única pessoa como a mais inteligente de todas, mas certamente podemos apresentar uma lista entre as que, sem dúvida, estariam no topo de uma competição por inteligência. Detalhe: nem todas elas são conhecidas do grande público.
É comum apontarmos o físico alemão Albert Einstein como um gênio, e essa fama não se dá por acaso. Sua inteligência, principalmente na matemática e na física, ia além da mera aprendizagem mecânica: ele tinha a capacidade rara de pensar abstratamente e questionar normas estabelecidas.
Um exemplo disso é a sua teoria da relatividade, que revolucionou a compreensão da humanidade sobre espaço, tempo e energia. Mas além disso, Einstein deu contribuições importantes para os estudos da filosofia, da música e até mesmo da política.
O impacto da mente de Einstein também foi além da sua existência. Um pouco antes de sua morte, seu trabalho já havia lançado a base para diversos avanços tecnológicos, como o desenvolvimento da energia nuclear e da mecânica quântica.
Durante toda a sua vida, Einstein também reiterou a importância da curiosidade e da imaginação para a ciência. Uma das suas citações mais conhecidas é esta: "a imaginação é mais importante que o conhecimento. Pois o conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando origem à evolução".
Centenas de anos antes de Albert Einstein nascer e brilhar, o mundo conheceu a mente extraordinária de Isaac Newton. Suas ideias lançaram a base para boa parte da ciência e da matemática modernas.
Em 1687, Newton publicou sua obra mais famosa, chamada Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica, que mudou radicalmente a compreensão dos estudiosos sobre o universo físico. Nessa obra, ele formula as leis do movimento e da gravitação universal, descrevendo o movimento de objetos na Terra e no espaço com precisão sem precedentes.
Suas teorias explicaram por que os objetos caem no chão, mas também por que os planetas orbitam o Sol. No século 17, todas essas ideias eram muito inovadoras e radicais. Nada mais foi o mesmo depois de Isaac Newton.
A inteligência também se manifesta para além das ciências naturais e exatas. Isso é compreendido a partir da vida do grande renascentista Leonardo Da Vinci, cujas ideias contribuíram em áreas diversas, como arte, ciência, engenharia, anatomia e inovação.
Seu nome costuma ser associado a grandes obras que pintou, como A Última Ceia e a Mona Lisa. Isso porque ele foi um pintor extraordinário que revolucionou as artes por meio de seu uso exemplar de luz.
Mas ele foi muito mais do que um artista. Seus escritos e desenhos revelam que ele tinha uma profunda compreensão da anatomia humana e conceituações de várias máquinas e dispositivos que estavam muito à frente de seu tempo. Dentre alguns dos objetos que projetou, estavam helicópteros, tanques, paraquedas e até mesmo uma versão rudimentar de um robô.
O Guinness não possui mais a categoria de QI mais alto. Mas, quando ela existia, o posto cabia a Marilyn vos Savant, com 228 pontos. Mesmo com sua inteligência extraordinária, ela optou por levar uma vida aparentemente normal, atuando como uma colunista de revista que respondia a perguntas de seus leitores sobre matemática e ciência avançada.
Foi por meio dessa coluna, chamada “Ask Marilyn”, que ela fez inúmeras contribuições ao conhecimento, uma vez que respondia a perguntas sobre lógica e a questionamentos filosóficos.
Sobre a sua noção de inteligência, Marilyn vos Savant uma vez disse: “quando recorremos a especialistas, ouvimos que eles dizem o que quer que tenham a dizer, mas isso não significa que eles tenham qualquer capacidade analítica, nem que tenham a capacidade de processar as informações em mãos — isso é mais do que inteligência".
Christopher Hirata foi reconhecido como um gênio desde pequeno. Quando tinha 13 anos, ele ganhou uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física e, aos 16, já estava trabalhando na NASA em projetos relacionados à colonização de Marte.
Durante os seus estudos de física até o doutorado, ele focou na estrutura em larga escala do universo e na radiação cósmica de fundo, ajudando acadêmicos a saber mais sobre os mistérios do espaço sideral. Hirata também pesquisou sobre a energia escura, uma força misteriosa sobre a qual os cientistas sabem muito pouco.
Aos 41 anos e com muitas contribuições científicas já feitas, Christopher Hirata segue com uma atuação relativamente discreta como professor no Centro de Cosmologia e Física de Astropartículas da Ohio State University.