Imagem de Os controversos hábitos de higiene no Velho Oeste no megacurioso

De usar em refeição a água que tomava banho a se limpar com espigas de milho, os métodos não eram nada bons...

Do uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120505-sanguessugas-cocaina-e-opio-os-medicamentos-do-velho-oeste-americano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sanguessugas e at&eacute; &oacute;pio em medicamentos</a>, o Velho Oeste americano do s&eacute;culo XIX, com seus ventos abundantes, sol a pino e pradaria est&eacute;ril de pura areia, ficou enraizado na cultura popular como um lugar esquecido. Se nem o uso de rem&eacute;dios menos rudimentares chegava ao local, imagine h&aacute;bitos que deveriam ser comuns, como a higiene regular.
Demorou at&eacute; meados de 1887 para que manuais, iguais o The Happy Home Guide, explicar de maneira cient&iacute;fica para as pessoas que elas deveriam lavar toda a superf&iacute;cie do corpo com &aacute;gua e sab&atilde;o pelo menos uma vez por semana, porque antes, disso, elas simplesmente acreditavam que a pr&aacute;tica do banho removia os &oacute;leos protetores necess&aacute;rios para manter sua pele saud&aacute;vel.
<h2>A sujeira come&ccedil;ava em casa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/20/20215429007545.jpg" alt="(Fonte: Elena Sandidge/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Elena Sandidge/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como o problema da<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120312-exposicao-a-sujeira-aumenta-nossa-imunidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;falta de higiene&nbsp;</a>no Velho Oeste come&ccedil;ava pelas casas devido &agrave; maneira como os donos lidavam com sua manuten&ccedil;&atilde;o, era de se esperar que a limpeza com o corpo tamb&eacute;m deixasse a desejar.
Havia o costume dos fazendeiros de Iowa, por exemplo, lan&ccedil;arem a &aacute;gua da lou&ccedil;a suja e gordurosa no ch&atilde;o como uma t&aacute;tica para manter a poeira do piso assentada. N&atilde;o era comum que os pratos de uma refei&ccedil;&atilde;o fossem lavados, nem minimamente, mas sim mantidos sujos para o almo&ccedil;o ou jantar, com a ideia de que isso minimizaria desgastes, visto que sujaria de novo.
Com esse tipo de ideia sobre limpeza, os germes se tornaram um problema recorrente na vida cotidiana no Velho Oeste, certamente contribuindo para dissemina&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113889-a-interminavel-quarentena-de-mary-mallon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">febre tifoide</a>, c&oacute;lera, mal&aacute;ria, gripe e outros tipos de enfermidades que devastaram a regi&atilde;o por boa parte do s&eacute;culo XIX.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/20/20215525820546.jpg" alt="(Fonte: True West Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: True West Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em mat&eacute;ria &agrave; revista True West Magazine, o historiador do Arizona, Marshall Trimble, revelou que al&eacute;m desses problemas que potencializavam a dissemina&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as, comer do mesmo prato, beber do mesmo copo e at&eacute; compartilhar toalhas para se limpar, era algo muito comum na &eacute;poca.
Os livros que serviram como guias sanit&aacute;rios, deixou claro que esse comportamento proliferava os germes, que habitavam at&eacute; mesmo a gordura de animais doentes usados para fazer sab&atilde;o, ou colch&otilde;es de penas que eram usados por anos sem serem limpos, se transformando em uma verdadeira col&ocirc;nia de vetores.
Mas demorou at&eacute; a cria&ccedil;&atilde;o do produto <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117066-lysol-o-desinfetante-que-ja-foi-usado-como-metodo-contraceptivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lysol</a>, pelo cientista alem&atilde;o Gustave Rapuenstrach, como um assassino definitivo contra os germes, em 1899.
<h2>P&eacute;ssimos h&aacute;bitos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/20/20215759617547.jpg" alt="(Fonte: The Globe and Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Globe and Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No Velho Oeste, para controlar o odor do corpo, as pessoas lavavam apenas os pontos considerados mais cr&iacute;ticos: rosto, axilas e as partes &iacute;ntimas. Mas nem todos viviam essa realidade, devido &agrave; falta de &aacute;gua em algumas ocasi&otilde;es. Os cowboys, por exemplo, por vezes s&oacute; tinham &aacute;gua o suficiente para limpar o rosto e as m&atilde;os em uma pia, com a &aacute;gua que ainda seria usada para refei&ccedil;&atilde;o.
Isso n&atilde;o foi considerado exatamente um problema, uma vez que se lavar j&aacute; n&atilde;o era algo muito comum, s&oacute; para os viajantes, que descobriram que precisavam se beneficiar de uma lavagem mais regular.
Em 1850, existiam 3 tipos de banhos p&uacute;blicos dispon&iacute;veis, e que n&atilde;o eram nada comuns. Uma op&ccedil;&atilde;o era se lavar em uma casa de banho, com banheiras privativas por US$ 2, sendo que a &aacute;gua era reutilizada, com os propriet&aacute;rios adicionando apenas alguns sais e outros tipos de ess&ecirc;ncia para despistar o cheiro e a cor. Os bord&eacute;is tamb&eacute;m ofereciam aos seus clientes, cobrando entre US$ 50 e US$ 80, um banho de espuma reconfortante ap&oacute;s uma noite com alguma das profissionais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/20/20220053008548.jpg" alt="(Fonte: Notes from the Frontier/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Notes from the Frontier/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Demorou at&eacute; 1842 para que o encanamento interno chegasse nos EUA, e isso ainda em Nova York, sendo que o papel higi&ecirc;nico em rolo foi inventado em 1857. At&eacute; l&aacute;, os moradores do Velho Oeste, que ainda usavam banheiro do lado de fora de suas casas, tinham que se limpar com espigas de milho ou p&aacute;ginas de revistas e cat&aacute;logos, sofrendo com assaduras e microles&otilde;es nas partes &iacute;ntimas.
Para controlar a higiene dessa regi&atilde;o, as mulheres usavam grama, algod&atilde;o, pele de coelho, panos ou l&atilde; de ovelha para se manterem limpas durante o per&iacute;odo de menstrua&ccedil;&atilde;o, at&eacute; que os absorventes fossem criados, em 1888. J&aacute; para os homens, o assunto poderia ser um pouco mais delicado, porque era recomendado a circuncis&atilde;o como medida para evitar doen&ccedil;as b&aacute;sicas oriundas da falta de cuidado &iacute;ntimo, at&eacute; piores, como s&iacute;filis, masturba&ccedil;&atilde;o, "retardo mental" e epilepsia.

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Os controversos hábitos de higiene no Velho Oeste

Imagem de 6 lugares incríveis que carregam muita História no megacurioso

A história humana contém episódios marcantes e alguns lugares em que esses acontecimentos transcorreram ainda existem

<head></head><body>Lugares históricos existem para que não deixemos de levar alguma lição do passado para o presente. Servem, também, para que possamos reavivar as memórias, especialmente as que dizem respeito a bons momentos.E ao redor do globo terrestre nós podemos encontrar esses recortes do passado da humanidade, resistindo ao tempo e mantendo acessa a chama do que nos trouxe até aqui. Pensando em contribuir com a perpetuação da memória histórica, trouxemos a você 6 lugares históricos e contamos um pouco a respeito deles. Confira.<h2>1. Templos da Idade do Ferro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19155339616003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109661-acharam-uma-carruagem-da-idade-do-ferro-sepultada-com-cavalos-e-condutor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Ferro</a> é como ficou conhecido o período em que se estabeleceu o acesso de sociedades ao manuseio do ferro, próximo ao ano 1200 a.C., nas regiões que hoje compreendem o Oriente Próximo e o Sudeste da Europa.Em 2020, um grupo de arqueólogos descobriu evidências de um grande complexo de templos datados deste período, na cidade de Armagh, na Irlanda do Norte. O local foi batizado de Forte Navan e as evidências apontam que tenha sido um espaço ocupado por reis no início da era medieval. É considerado um dos maiores e mais complexos templos já descobertos na Europa.<h2>2. Monólitos de Pedra de Badrulchau</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19155715133006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Palau é um arquipélago de mais de 500 ilhas na Micronésia. Ali se encontra um sítio arqueológico onde 52 <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116937-monolito-de-madeira-na-alemanha-tambem-some-misteriosamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monólitos</a> de basalto, conhecidos como Monólitos de Pedra de Badrulchau, descansam nas encostas da ilha de Babeldaob desde o ano 161.Algumas dessas rochas possuem rostos esculpidos nelas e especialistas creem que tenham sido utilizados como pilares de casas por habitantes da ilha. Há toda uma lenda local unindo os monólitos à presença divina, um espaço muito visitado por turistas.<h2>3. Cidade de Salem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19160047135007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Salém, no estado de Massachusetts, é uma cidade histórica, conhecida como base de formação da região chamada de Nova Inglaterra. Sua fama se espalhou pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120340-como-os-julgamentos-das-bruxas-de-salem-mudaram-o-sistema-judicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">julgamentos ocorridos na cidade</a>, no fim do século XVII, em que pessoas foram acusadas de bruxaria, principalmente mulheres.Entre fevereiro de 1693 e maio de 1694, 200 pessoas foram acusadas, 30 condenadas e 20 executadas, sendo 19 por enforcamento. A cidade conta com o Parque Memorial das Bruxas de Salem, em que um monumento presta homenagem a Rebecca Nurse, uma das "bruxas" condenadas.<h2>4. Sítio Arqueológico de Taung</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19170817442001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A descoberta do Sítio Arqueológico de Taung mudou a forma como a ciência encara a história do homem. Taung é uma pequena cidade na África do Sul e lá foram encontrados fósseis muito importantes.Eles foram encaminhados para o paleontólogo Raymond Dart, em Joanesburgo, que o estudou e identificou como sendo de uma criança. O fóssil foi batizado de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113164-tecnologia-e-arqueologia-se-unem-para-desvendar-enigmas-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Criança de Taung</a>" e foi responsável por mudar a interpretação sobre a origem humana de euro-asiática para africana.&nbsp;Na região, outras dezenas de fósseis foram descobertas, a ponto da Unesco declará-la Patrimônio da Humanidade. Nem todo lugar pode ser visitado, já que as pesquisas continuam, mas há uma rota que pode ser feita e que passa próximo ao local de descoberta da "Criança de Taung"<h2>5. Memorial da Escravidão de Zanzibar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19172148974002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Memorial da Escravidão fica em Zanzibar, uma ilha na costa da Tanzânia, na África. Por cerca de sete séculos, a região foi um entreposto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121912-ha-centenas-de-restos-mortais-de-escravos-no-fundo-do-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravizados</a> controlado por muçulmanos. As pessoas eram capturadas no interior do continente, acorrentadas e levadas a pé por 1.300 quilômetros.No local onde ficava o antigo mercado de escravizados foi levantada uma Catedral Anglicana. No subsolo era onde ficavam as celas, algumas acessíveis aos turistas. Adjacente à construção há o Memorial da Escravidão, cinco esculturas acorrentas pelo pescoço. As correntes são originais, utilizadas no início do século XIX. O espaço é Patrimônio Mundial da Unesco.<h2>6. Portal do Não Retorno de Benin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19172647208004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O litoral de Benin, na África, foi um espaço de ativo comércio de escravizados, muito utilizado pelos portugueses. Anteriormente conhecido como Costa dos Escravos, o território foi reconstruído em 1721 e rebatizado de Forte de São João Batista de Ajudá.Percorrendo a Rota do Escravo em direção ao oceano chega-se ao Portal do Não Retorno, local de partida dos escravizados e onde viam a África pela última vez. O monumento, de cerca de 15 metros de altura, foi inaugurado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120751-conheca-6-patrimonios-da-unesco-que-voce-nunca-imaginaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Unesco</a> em 1995 e é símbolo de um dos períodos mais sombrios da humanidade.</body>

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6 lugares incríveis que carregam muita História

Imagem de Por que é tão difícil fazer construções em Roma? no megacurioso

Como a cidade tem milhares de anos de história, todas as obras precisam ser realizadas com muito cuidado, para não danificar o patrimônio histórico

H&aacute; um ditado que diz que "Roma n&atilde;o foi constru&iacute;da em um dia" &mdash; ou seja, que grandes feitos levam tempo para serem conquistados. Isso faz sentido tamb&eacute;m de forma literal, que j&aacute; que <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102253-voce-sabia-que-roma-nem-sempre-foi-a-capital-do-imperio-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a cidade tem milhares de anos de hist&oacute;ria</a>, atraindo turistas do mundo todo para conhecer a sua arquitetura &uacute;nica no mundo.
Mas a mesma arquitetura hist&oacute;rica que enche os olhos do mundo inteiro pode dificultar novas constru&ccedil;&otilde;es. Isso porque qualquer obra demanda estudos cuidadosos para evitar riscos aos pr&eacute;dios antigos &mdash; que, muitas vezes, precisam ser refor&ccedil;ados at&eacute; que a constru&ccedil;&atilde;o continue.
Mas o cuidado n&atilde;o &eacute; apenas com as igrejas, castelos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114470-praca-do-seculo-ii-e-revelada-por-fenda-aberta-perto-do-panteao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piazzas</a> e obras de arte que ficam acima da terra. Tamb&eacute;m h&aacute; bastante coisa enterrada. O que complica muito mais a situa&ccedil;&atilde;o. Talvez o caso mais emblem&aacute;tico disso seja a linha C do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121027-como-sao-construidos-os-metros-de-sao-paulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Metr&ocirc;</a> de Roma.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21204419583205.jpg" alt="O Coliseu &eacute; apenas uma das muitas maravilhas arquitet&ocirc;nicas de Roma (Imagem: Wikimedia Commons)" />O Coliseu &eacute; apenas uma das muitas maravilhas arquitet&ocirc;nicas de Roma (Imagem: Wikimedia Commons)
<h2>As "arqueoesta&ccedil;&otilde;es" do Metr&ocirc; de Roma</h2>
A terceira linha de metr&ocirc; da capital italiana era esperada para o Jubileu da Igreja Cat&oacute;lica, no long&iacute;nquo ano de 2000. Mas as escava&ccedil;&otilde;es come&ccedil;aram mesmo em 2006 e a primeira parte da linha come&ccedil;ou a funcionar em 2014. A primeira parte...
Em 2007, durante estudos para implantar uma esta&ccedil;&atilde;o na Piazza Veneza, foram descobertas ru&iacute;nas da lend&aacute;ria escola Athenaeum, do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121265-antinoo-o-jovem-amante-de-um-imperador-que-se-tornou-um-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imperador Adriano</a> (s&eacute;culo I d.C.). Assim, a esta&ccedil;&atilde;o acabou sendo transferida para preservar o s&iacute;tio arqueol&oacute;gico.
Um tempo depois, o projeto de uma esta&ccedil;&atilde;o no Largo di Torre Argentina foi descartado, pois se descobriu que l&aacute; estava o teatro onde C&eacute;sar foi assassinado. Ent&atilde;o, ele ser&aacute; transformado em museu ao c&eacute;u aberto. At&eacute; tu, Brutus...
Al&eacute;m desses casos, houve v&aacute;rias outras ocasi&otilde;es em que as obras do metr&ocirc; precisaram ficar paradas para que os arque&oacute;logos estudassem o local.&nbsp;
A mais recente inaugura&ccedil;&atilde;o da linha C do Metr&ocirc; de Roma aconteceu em 2018, com a esta&ccedil;&atilde;o San Giovanni. Ela &eacute; chamada de arqueoesta&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que as autoridades resolveram mudar seu projeto para incluir o s&iacute;tio arqueol&oacute;gico no metr&ocirc;. Ela exp&otilde;e milhares de pe&ccedil;as &mdash; joias, lou&ccedil;as, obras de arte, ru&iacute;nas de constru&ccedil;&otilde;es... &mdash; encontradas nas obras.&nbsp;
A pr&oacute;xima esta&ccedil;&atilde;o, Amba Aradam, come&ccedil;ou a ser constru&iacute;da em 2013. Tr&ecirc;s anos depois, em 2016, foram descobertos barrac&otilde;es que teriam sido usados pela guarda pretoriana do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109442-13-fatos-fascinantes-e-malucos-sobre-os-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imp&eacute;rio Romano</a>, al&eacute;m da poss&iacute;vel resid&ecirc;ncia de um comandante.&nbsp;
O projeto tamb&eacute;m foi alterado para incluir o patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico no Metr&ocirc;. Mas as obras, que tamb&eacute;m sofreram com a pandemia, s&oacute; devem terminar em 2024.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21204110551200.jpg" alt="A &quot;arqueoesta&ccedil;&atilde;o&quot; San Giovanni foi reprojetada ao redor do s&iacute;tio arqueol&oacute;gico e exibe milhares de artefatos (Imagem: Wikimedia Commons)" />A "arqueoesta&ccedil;&atilde;o" San Giovanni foi reprojetada ao redor do s&iacute;tio arqueol&oacute;gico e exibe milhares de artefatos (Imagem: Wikimedia Commons)
<h2>Mas como isso tudo foi parar l&aacute; embaixo?</h2>
Um artigo da revista cient&iacute;fica Discovery resume a situa&ccedil;&atilde;o: os imperadores romanos faziam grandes obras, mas preferiam jogar terra, nivelar o solo e construir por cima do que demolir pr&eacute;dios j&aacute; existentes. Assim, muito da hist&oacute;ria de Roma acabou debaixo da terra.
Isso n&atilde;o &eacute; um grande problema para o metr&ocirc; e seus trilhos, que podem ser constru&iacute;dos em n&iacute;veis mais profundos. Mas, de qualquer maneira, &eacute; preciso criar tubos de ventila&ccedil;&atilde;o, p&aacute;tios, corredores e escadas que se conectam &agrave; superf&iacute;cie &mdash; e invadem os s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos.
Mas nem sempre a It&aacute;lia se importou em preservar esses peda&ccedil;os t&atilde;o importantes de hist&oacute;ria. Quando o ditador Benito Mussolini comandou a constru&ccedil;&atilde;o da primeira linha, nos anos 1930, muita coisa foi simplesmente destru&iacute;da pelos trabalhadores na obra. Esse acontecimento foi retratado, de forma metaf&oacute;rica, pelo famoso diretor de cinema Federico Fellini.&nbsp;
&Eacute; claro que, por mais que a preserva&ccedil;&atilde;o seja necess&aacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio encontrar maneiras de construir em Roma &ndash; afinal, ela &eacute; uma metr&oacute;pole de tr&ecirc;s milh&otilde;es de habitantes. Por isso, suas autoridades costumam fazer escava&ccedil;&otilde;es preliminares para evitar surpresas durante as obras e mudam os projetos para incluir os s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos, como nas "arqueoesta&ccedil;&otilde;es".
A ideia &eacute; que as esta&ccedil;&otilde;es do Metr&ocirc; de Roma se tornem atra&ccedil;&otilde;es tur&iacute;sticas por si s&oacute;.&nbsp;

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Por que é tão difícil fazer construções em Roma?

Imagem de Harakiri: o cruel ritual de suicídio dos samurais no megacurioso

O ritual do Harakiri, comum na época feudal no Japão, consistia em um suicídio que visava preservar a honra de um guerreiro

<head></head><body>O Harakiri é um dos rituais mais horripilantes conhecidos na cultura oriental. Basicamente, trata-se de uma cerimônia feita para o suicídio de um guerreiro em prol da restituição de sua honra, com a participação de várias pessoas.Também chamado de Seppuku (que significa "cortar o ventre"), o Harakiri envolvia a realização de diversos procedimentos, como banhos purificantes, escritura de poemas e a presença de testemunhas para os momentos finais. Mas o objetivo central, como a palavra Harakiri (versão mais coloquial de Seppuku, que quer dizer "cortar a barriga") deixa claro, é a estripação da pessoa: a perfuração do abdômen com uma espada. Ou seja, sua função era encerrar a vida de um guerreiro que preferia a morte do que viver em desgraça.<h2>A história do Harakiri</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Roger Ebert&nbsp;" data-fonte-url="https://s3.amazonaws.com/static.rogerebert.com/uploads/blog_post/primary_image/far-flung-correspondents/why-harakiri-is-the-greatest-anti-samurai-film-ever-made/harakiri-ffc.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/18/18170324552013.jpg" alt="(Fonte: Roger Ebert)">(Fonte: Roger Ebert)O ritual do Harakiri fazia parte da tradição dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/37744-6-curiosidades-sobre-os-samurais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">samurais</a>, os grandes guerreiros do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120599-9-coisas-que-voce-nao-deve-fazer-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a> do passado. No período feudal japonês, compreendido entre os séculos XII e XIX, os proprietários de terra (chamados de daimiôs) costumavam ter exércitos com samurais que, quando ocorria a ausência de seu mestre, por vezes preferiam morrer.Assim, o Harakiri era, além de uma forma de preservar a dignidade, também uma demonstração de lealdade ao chefe. Mas não ocorria apenas para demonstrar fidelidade: muitos guerreiros preferiam realizá-lo do que correr o risco de serem capturados e torturados pelos inimigos.Por conta disso, o Harakiri poderia acontecer em vários locais: tanto em um campo de batalha, para evitar cair nas mãos dos rivais, quanto em lugares mais reservados e, por consequência, cercado de rituais.<h2>Como era o procedimento do Harakiri</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/18/18170501490014.jpg" alt="(Fonte: Aventuras na História)">(Fonte: Aventuras na História)É importante recordar que o Harakiri faz parte dos valores da cultura japonesa, que leva a questão da honra muito a sério. A ideia da vergonha e da indignidade é amplamente difundida na cultura nipônica desde os tempos mais remotos. Por isso, os guerreiros preferiam uma saída honrosa de combates do que serem mortos pelo exército inimigo.Este era um ritual reservado apenas aos homens — mulheres que se matassem estariam enquadradas na concepção mais comum de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120243-animais-tambem-cometem-suicidio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suicídio</a>. Durante a execução da cerimônia, o samurai usava uma espada curta ou um punhal para cravar no próprio abdômen.Em seguida, um auxiliar, que era chamado de kaishakunin, aparecia para finalizar o ritual: ele decapitava o guerreiro ferido com uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/70287-arma-lendaria-veja-uma-katana-forjada-a-partir-de-um-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">katana</a>, que é uma tradicional espada japonesa. Tratava-se de um guerreiro especializado no corte de precisão, que fazia isso como um ato de misericórdia, para não prolongar a agonia do suicida.Mas o Harakiri ia além da morte em si. Havia uma série de procedimentos anteriores, que poderiam envolver um banho, o uso de um elegante quimono branco e o consumo de uma última refeição. O suicida podia também beber um pouco de saquê. Após tudo isso, o samurai era colocado de joelhos sobre um pano e recitava um poema sobre a morte.Na sequência, o guerreiro abria o <a href="https://www.megacurioso.com.br/desfiles/80479-japan-fashion-week-apresenta-versoes-futuristas-do-quimono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quimono</a> até a cintura e afundava a adaga no peito. O ideal é que ele cravasse do lado esquerdo para o direito, mas havia as versões mais dolorosas, em que o suicida fazia vários cortes no abdômen, expondo aos poucos suas vísceras. Neste caso, a morte era demorada e costumava ocorrer pela hemorragia.Relativamente comum no tempo feudal, a prática foi abolida em 1873. Isso não significou, claro, sua imediata extinção, já que muitos guerreiros seguiram realizando o ritual voluntariamente, como uma forma de se despedir dignamente desta vida.</body>

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Harakiri: o cruel ritual de suicídio dos samurais

Imagem de  San José: 2 navios são encontrados no local do naufrágio bilionário no megacurioso

Novos equipamentos ajudaram a encontrar mais dois navios no fundo do mar perto do naufrágio bilionário do San José

<head></head><body>Dois naufrágios, até então desconhecidos, foram descobertos próximo de um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119669-royal-merchant-a-historia-de-um-dos-mais-valiosos-naufragios-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais famosos navios naufragados&nbsp;</a>do mundo, o galeão espanhol, San José, que afundou com uma fortuna em tesouros no mar colombiano.Os dois navios desaparecidos foram encontrados graças a utilização de novos equipamentos com tecnologia de ponta.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Armada de Colombia/Zenger/ Reprodução))&nbsp;" data-fonte-url="https://www.zenger.news/2022/06/10/shipwreck-holy-grail-two-ships-found-near-spanish-galleon-full-of-gold-worth-17-billion-2/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16204309961316.jpg" alt="Equipamentos de ponta ajudaram na descoberta. (Fonte: Armada de Colômbia/Zenger/ Reprodução))">Equipamentos de ponta ajudaram na descoberta. (Fonte: Armada de Colômbia/Zenger/ Reprodução))Segundo as autoridades navais da Colômbia, esses equipamentos também permitiram fazer imagens mais detalhadas do San José, ajudando a localizar artefatos históricos incríveis, incluindo as espadas das tripulações e um lingote de ouro.Também foi possível observar um canhão no fundo do mar e potes de barro espalhados pela areia do oceano.&nbsp;Além disso, as imagens mostram que a proa de um dos dois navios recém-encontrados está incrivelmente bem preservada, embora com o passar do tempo a vida marinha tenha tomado o controle das embarcações.Um olhar mais cuidadoso nos vídeos feitos por um veículo controlado remotamente, permite observar um punhado de moedas de ouro na área e uma série de objetos, aguardando tranquilamente para serem investigados.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Armada da Colômbia/ Zenger/ Newsweek/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://d.newsweek.com/en/full/2055565/spanish-galleon-shipwreck.webp?w=790&amp;f=738f0309ad211b4374e3be4f34350be3"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16204849386317.jpg" alt="Alguns dos objetivos encontrados pelas autoridades colombianas. (Fonte: Armada da Colômbia/ Zenger/ Newsweek/ Reprodução)">Alguns dos objetivos encontrados pelas autoridades colombianas. (Fonte: Armada da Colômbia/ Zenger/ Newsweek/ Reprodução)O governo da Colômbia confirmou que um dos dois navios parece ser um tipo de barco colonial. O outro, é uma escuna da mesma época em que a Colômbia declarou sua independência da Espanha, em 1810.Em um comunicado divulgado à imprensa, o presidente colombiano, Ivan Duque, informou que a Marinha do país está investigando onde estão localizados cerca de outras 12 embarcações desaparecidas na área.Com os novos equipamentos, as futuras pesquisas na região onde naufragou o San José&nbsp;podem trazer muitas surpresas, especialmente porque eles permitem alcançar as profundezas garantindo imagens melhores, e protegendo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/88074-confirmado-naufragio-descoberto-2015-contem-tesouro-uss-17-bilhoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">integridade dos tesouros encontrados</a>.O Comando Armado Colombiano também informou que foi possível verificar por meio de uma observação não intrusiva no local onde repousa o Galeão San José, que não houve intervenções ou alterações decorrentes da ação humana.<h2>&nbsp;O Galeão San José</h2>O Galeão San José&nbsp;naufragou no ano de 1708, na região da costa de Cartagena, na Colômbia.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16203446133315.jpg" alt="O San José foi descoberto mais de 300 anos após o naufrágio. (Fonte: Armada da Colômbia/ All That Interesting/ Reprodução)">O San José foi descoberto mais de 300 anos após o naufrágio. (Fonte: Armada da Colômbia/ All That Interesting/ Reprodução)Seu paradeiro permaneceu um mistério até que foi encontrado em 2015. A embarcação de três mastros contava com 62 canhões e foi afundado pelos britânicos com 600 pessoas a bordo.O San José sempre despertou a paixão de pesquisadores, arqueólogos marinhos e caçadores de tesouros em naufrágios: quando foi<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120549-como-o-titanic-foi-acidentalmente-encontrado-durante-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;parar no fundo do mar</a>, ele estava com milhões de dobrões de ouro, pedras de esmeralda, moedas de prata e lingotes de ouro.Boa parte dessa fortuna retirada/roubada da América do Sul foi encontrada em 2015. Os especialistas que estudam a carga atualmente estimam que seu valor é de&nbsp;cerca de US$ 17 bilhões.&nbsp;Mas ela ainda permanece no fundo do mar, já que está no meio de uma disputa judicial sobre de quem realmente ela é: para alguns deveria ser da Espanha, para outros da Colômbia.Assista ao vídeo com algumas imagens registradas pelas autoridades colombianas:<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/J9DL2tb98sw" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe> </body>

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 San José: 2 navios são encontrados no local do naufrágio bilionário

Imagem de Família Addams: a horripilante e curiosa história no megacurioso

Criada pelo cartunista Charles Addams há 90 anos, a assustadora Família Addams é querida no mundo inteiro

<head></head><body>Uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/filhos-e-familia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">famílias</a> mais amadas da ficção é bem soturna. E ela já tem 90 anos: foi em 1932 que a Família Addams foi desenhada pela primeira vez pelo cartunista Charles Addams, que, cinco anos depois, vendeu sua primeira tirinha sobre o clã para a revista The New Yorker.Sucesso desde então, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/52367-9-curiosidades-sinistras-sobre-a-familia-addams.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Addams</a> foram retratados em filmes, em quadrinhos, no teatro, em produtos e em séries. A proposta cômica dos personagens é funcionar como uma espécie de sátira às famílias americanas "ideais", cultuando valores sombrios que não condizem com a forma que os norte-americanos costumam se enxergar.Neste texto, contamos a fantástica história desta família e sua contribuição à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118117-artista-cria-personagens-com-fusao-de-icones-da-cultura-pop.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura pop</a>.<h2>O nascimento da Família Addams</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19124437266000.jpg" alt="(Fonte: Pharsmedia)">(Fonte: Pharsmedia)A Família Addams nasceu da imaginação de Charles Addams, um sujeito nascido em Nova Jersey em 1912. Filho de pais amorosos e dedicados, Addams era uma criança que adorava fazer uma boa piada e pregar peças. E, ao longo de seu desenvolvimento, criou um apreço por tudo o que era macabro.No ensino médio, Charles Addams começou a se envolver cada vez mais com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108230-sensacional-estas-ilustracoes-geniais-ocultam-surpresas-inesperadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilustração</a>. Logo, passou a vender seus desenhos para revistas importantes, como a The New Yorker. Isso lhe fez construir uma carreira glamourosa e uma vida cercada de pessoas importantes - só de curiosidade, ele chegou a ter um namorico com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121916-por-que-a-roupa-ensanguentada-de-jackie-kennedy-nunca-mais-foi-vista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jackie Kennedy</a>.Charles Addams desenhou vários personagens, mas foi a família que leva o seu sobrenome que o levou à glória. Os Addams sempre foram retratados como muito amorosos e acolhedores, embora sempre macabros. Os 6 membros principais — Morticia, Gomez, Vandinha, Feioso, Tio Chico, Mãozinha, Primo It - se tornaram queridos pelos americanos e logo pularam para a TV.<h2>A Família Addams chega à televisão e ao cinema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19174833461011.jpg" alt="(Fonte: Cinematheque)">(Fonte: Cinematheque)Em 1964, os Addams estrearam como seriado de televisão na ABC, dando um salto na popularidade da família. Ainda que eles já existissem desde 1932, o programa foi uma resposta da emissora a outra série,&nbsp;The Munsters, da CBS, que também apostava na exibição de uma família assustadora.Na TV, os Addams se tornaram menos sombrios que nos quadrinhos, mas também mais malucos. E o mais curioso: eles se tornaram mais "bonitos" que sua versão desenhada. Estas mudanças deixaram Charles Addams insatisfeito — tanto que dizem que ele nem assistiu à série — mas também bem mais rico.Além disso, os Addams foram retratados sob forma de animação. Em 1973, uma série sobre eles foi feita pelo famoso estúdio Hanna-Barbera, e em 1992 foi feito um novo desenho, que chegou a passar no Brasil no SBT.Em 1991, eles chegariam ao cinema com o filme A Família Addams, dirigido por Barry Sonnenfeld, que traria a cara mais popular do clã. Nele, os apaixonados Morticia e Gomez são interpretados por Anjelica Houston e Raul Julia, Christopher Lloyd vive o tio Fester e Christina Ricci cria uma icônica Vandinha. O filme teve uma sequência em 1993, realizada pelo mesmo diretor.<h2>Os valores promulgados pela Família Addams</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19180133031017.jpg" alt="(Fonte: Guia da Semana)">(Fonte: Guia da Semana)Muita gente fascinada por essa família tenta entender o que os personagens têm de tão interessante. E há algumas respostas. Uma delas é que os Addams foram construídos como uma espécie de oposto ao chamado "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121364-3-mitos-da-decada-de-1950-que-muitos-americanos-ainda-acreditam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonho americano</a>", que compreenderia um&nbsp;conjunto de valores que seriam inerentes à cultura americana, como a busca pela liberdade e pela prosperidade a partir do esforço individual.Assim, os Addams traziam alguma subversão aos modelos americanos de sucesso - tanto familiar quanto profissional. Há alguns elementos importantes que aparecem nas histórias e que deixam isso claro. Para começar, a dinâmica entre o pai e a mãe, Gomez e Morticia. Extremamente apaixonados, eles deixavam claro que tinham uma vida sexual bem ativa — o que, de alguma forma, era o exato oposto de como as figuras dos pais nos lares americanos.Os filhos, por outro lado, eram obedientes aos pais, mas brincavam com instrumentos de tortura medievais. Não sabemos qual a profissão do pai, ou mesmo se ele trabalha, tirando o foco do progenitor como centro da família.Os macabros Addams, na verdade, têm poucos conflitos entre si - os desconfortos aparecem em relação ao mundo externo, que os olha com estranhamento. Mas a graça da Família Addams é justamente essa: eles não se acham esquisitos. São felizes em seu jeito mórbido de ser.</body>

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Família Addams: a horripilante e curiosa história

Imagem de Qual é a origem da palavra "obrigado"? no megacurioso

Usada corriqueiramente no nosso dia a dia, a palavra 'obrigado' começou a ganhar o conceito que conhecemos há poucos séculos

<head></head><body>Em nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/idiomas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idioma</a> há diversas palavras que nos acostumamos a usar sem de fato ter muita ideia de sua origem ou quando passaram a ter o significado que conhecemos. E, entre estas, temos o famoso "obrigado".O termo se tornou comum em nosso vocabulário como a principal forma de agradecimento, mas o fato é que nem sempre as coisas funcionaram dessa forma — na verdade, o "obrigado" que conhecemos é até recente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21123212045221.jpg" alt="O &quot;obrigado&quot; como forma de agradecimento começou a se popularizar no século XIX. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">O "obrigado" como forma de agradecimento começou a se popularizar no século XIX. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h2>Afinal, por que "obrigado"?</h2>Por muito tempo as pessoas imaginaram que a palavra "obrigado", na verdade, se tornou uma forma diminuta de um termo maior. Muitos imaginavam que antigamente era comum as pessoas dizerem "sinto-me obrigado a devolver-lhe o favor", mas o fato é que a palavra "obrigado", na verdade, pode ser quebrada em dois vocábulos diferentes.Além do particípio passado do verbo obrigar (tal como "fui obrigado a abrir a porta"), era muito comum encontrar em cartas antigamente a expressão "muito venerador e obrigado a vossa mercê" como uma forma de encerramento. Acontece que, com o passar do tempo, o "obrigado" foi perdendo o sentido real de obrigação e passando a denotar um agradecimento na <a href="https://www.megacurioso.com.br/portugues" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua portuguesa</a>, o que se popularizou bastante no século XIX, quando ele começou a ser encontrado da forma que conhecemos.Vale mencionar que em tempos mais antigos, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118655-7-palavras-que-usamos-em-portugues-sem-saber-que-sao-de-outra-lingua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">portugueses</a> tinham outras formas de demonstrar gratidão por algo de maneira falada, utilizando palavras como "agradecido" e "grato", apenas para citar alguns exemplos.</body>

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Qual é a origem da palavra 'obrigado'?

Imagem de Madeira-Mamoré: a "Ferrovia do Diabo" que causou estrago no Brasil no megacurioso

Ideia dos portugueses e fruto do tratado de Petrópolis com a Bolívia, o empreendimento milionário só gerou doenças e mortes desde o princípio 

<head></head><body>Ainda que não tenha nada de sobrenatural, o apelido "Ferrovia do Diabo" fez jus desde o princípio para definir esse empreendimento, no mínimo, infernal. Em 1861, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119760-golpe-da-maioridade-a-manobra-que-coroou-d-pedro-ii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">portugueses</a> que ocuparam o Vale do Guaporé, em Rondônia, enxergaram a necessidade de construir uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120828-entenda-porque-o-brasil-nao-tem-mais-ferrovias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferrovia</a> para aumentar a produção de látex em face ao preço alto da borracha no mercado mundial.Os problemas começaram a partir do momento em que os irmãos americanos Philips e Thomas Collins assinaram o empreendimento, chamado Madeira-Mamoré Railway Company, em meados de 1877. Dois anos depois, a empresa foi à falência, causando o adiamento da construção.Demorou até 1907 para que o projeto retornasse, dessa vez, porém, como parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119638-e-verdade-que-o-brasil-roubou-o-estado-do-acre-da-bolivia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tratado de Petrópolis com a Bolívia</a>, firmado em 17 de novembro de 1903 após a compra do território boliviano que corresponde hoje ao estado do Acre pelo Brasil, e a contraparte brasileira do acordo era construir a ferrovia em um prazo de 4 anos.<h2>Desastre do começo ao fim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17100242529058.jpg" alt="(Fonte: Hiistory Channel/Reprodução)">(Fonte: Hiistory Channel/Reprodução)Foi colocado à frente do novo projeto o engenheiro norte-americano Percival Farquhar, então considerado um dos maiores empresários dos Estados Unidos. Ele tinha a tarefa árdua de construir uma ferrovia que atravessasse o Amazonas e Rondônia, passando pela fronteira do Mato Grosso, seguindo um trajeto de cerca de 350 quilômetros,em meio a corredeiras e cachoeiras consideradas perigosas.A construção da Madeira-Mamoré foi responsável por atrair uma quantidade imensa de trabalhadores de diferentes regiões do Brasil, contribuindo para o processo de ocupação da Amazônia. A maioria deles pereceu devido às condições insalubres de trabalho — naturalizadas pelos empresários —, fome e doenças, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122172-por-que-a-vacina-contra-malaria-levou-35-anos-para-ser-criada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">malária</a> e disenteria, visto não haver medicamentos para tratá-los.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Eu Ideal&nbsp;" data-fonte-url="https://www.euideal.com/noticia/9389/madeira-mamore-a-ferrovia-do-diabo-na-amazonia-mais-de-10-mil-vidas-ceifadas-para-a-construcao.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17100403170065.jpg" alt="(Fonte: Eu Ideal/Reprodução)">(Fonte: Eu Ideal/Reprodução)À medida que os corpos dos homens foram sendo empilhados a redor dos trilhos, a ferrovia ganhava forma, bem como nascia a cidade de Porto Velho, onde oficinas foram instaladas, galpões, armazéns que guardavam os equipamentos e moradias para aqueles que ainda não haviam sucumbido à obra.Em meio ao cenário caótico de mortes desenfreadas, o médico sanitarista Oswaldo Cruz foi convidado para inspecionar o local. Ele constatou que o grau de infecção era tão alto que estar doente era a condição normal de quem estava vivendo ali. Cruz diagnosticou não só a malária, como beribéri, sarampo, pneumonia, leishmaniose visceral, ancilostomíase, hemoglobinúria e febre amarela.<h2>O "elefante branco"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17100459451067.jpg" alt="(Fonte: Iconografia da História/Reprodução)">(Fonte: Iconografia da História/Reprodução)Literalmente com muito custo, demorou até 1910 para que o primeiro trecho da Madeira-Mamoré fosse inaugurado, sendo que a linha completa só foi finalizada em 1912. A estrada de ferro deu lucro apenas nos dois anos iniciais de atividade devido à vertiginosa queda da participação do Brasil no mercado da borracha e à ascensão da concorrência asiática, que oferecia um produto de qualidade e de mais fácil extração.Como resultado, a empresa de Farquhar faliu, carregando para lama aquele empreendimento milionário, que acabou abandonado. Em 1937, teve início um verdadeiro processo de "batata quente", fazendo da obra um "elefante branco", quando o então presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a> indicou Aluízio Pinheiro Ferreira como novo diretor da ferrovia, função que exerceu até 1966.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17100613795068.jpg" alt="(Fonte: CTB Nacional/Reprodução)">(Fonte: CTB Nacional/Reprodução)Após 54 anos de prejuízos e ainda tentando tirar algum proveito do negócio, em 25 de maio de 1966, Humberto de Alencar Castelo Branco determinou a substituição da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré por uma rodovia. As últimas máquinas funcionaram até junho de 1972.Desde 2007 tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), tudo o que restou da obra foram 23 km de seu trajeto, onde um trem precário, sem recursos para a manutenção, ainda o percorre com turistas a bordo como parte do projeto de preservação da memória.O resto da ferrovia, porém, segue em meio ao mato e junto dos fantasmas de cada operário morto em sua construção.</body>

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Madeira-Mamoré: a 'Ferrovia do Diabo' que causou estrago no Brasil

Imagem de Buffalo Soldiers: a cavalaria que atravessou os EUA de bicicleta no megacurioso

Apelidados por tribos indígenas de 'cavalaria negra', regimento afro-americano foi formado logo após a Guerra Civil nos Estados Unidos

<head></head><body>Em 1897, cerca de 20 soldados, dois oficiais e um repórter chegavam a uma cidade próxima do rio Yellowstone, nos Estados Unidos, com um objetivo muito específico: mostrar para os oficias do exército norte-americano que era possível e eficiente transportar tropas por meio de bicicletas.&nbsp;Na época, um pouco antes do século XX e do surgimento dos automóveis, grande parte do mundo estava fascinada no ciclismo como meio de mobilidade e sobre como isso "revolucionaria" a sociedade. Oficialmente, esse grupo era conhecido como o 25º Regimento de Infantaria, mas foram posteriormente apelidados de Buffalo Soldiers.<h2>Pós-Guerra Civil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16000610660016.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A verdade por trás do 25º Regimento de Infantaria Cicloviário dos Estados Unidos é que esses homens faziam parte de uma das seis unidades segregadas racialmente pelo exército norte-americano logo após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110313-estas-fotos-colorizadas-da-guerra-civil-dos-eua-sao-uma-viagem-ao-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a>. Os alistados negros eram liderados por oficiais brancos e deveriam servir às fronteiras ocidentais do país.Nessas regiões, eles eram responsáveis por entrar em confronto majoritariamente contra nativos-americanos, que teriam supostamente apelidado o grupo de Buffalo Soldiers devido à semelhança do cabelo encaracolado dos soldados com as jubas dos búfalos da região.Acostumados a rodar o país de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118558-a-historia-da-criacao-e-do-desenvolvimento-das-bicicletas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bicicleta</a>, esses soldados chegaram a fazer expedições de 3 mil km de Fort Missoula, em Montana, até St. Louis, no Missouri. Quando chegaram a Big Timber, onde realizaram uma passeata de bicicletas para a população, eles não deveriam passar muito tempo, mas foram convencidos de que seria uma boa ideia por um taverneiro local.<h2>Longa jornada e racismo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Montana Historical Society&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/9Nr06UU49h_r0agTLFgI6-MOUNo=/1000x750/filters:no_upscale():focal(878x666:879x667)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/59/07/5907c5e8-095b-481f-925e-02133ac7ea21/buffalo-soldiers-yellowstone.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16001156598022.jpg" alt="(Fonte: Montana Historical Society)">(Fonte: Montana Historical Society)Foram 41 dias atravessando o país de bicicleta. Eles tiveram que atravessar montanhas, florestas, desertos e rios, percorrendo estradas não pavimentadas e trilhos de trem para evitar a lama pegajosa. Cada dia era seguido de pelo menos 80 km de pedalada, alternando neve, granizo, chuva e calor forte.A jornada foi considerada tamanha façanha que passou a ser reproduzida por todos os jornais nos EUA, que destacavam a tenacidade dos Buffalo Soldiers em um momento em que a sociedade norte-americana estava completamente dividida pelo racismo, seja nas forças armadas ou na sociedade fora do meio militar.No final da jornada, que aconteceu no dia 24 de julho de 1897, cerca de mil ciclistas amadores e policiais montados escoltaram os soldados até St. Louis, onde foram recepcionados com um desfile e ovações. Estima-se que cerca de 10 ml pessoas foram visitar os Buffalo Soldiers. A expedição foi considerada um sucesso.<h2>Avanços tecnológicos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Montana Historical Society&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/8-w6tJul6_CGNLC80rROPfWVAKY=/fit-in/1072x0/filters:focal(402x386:403x387)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/84/67/8467f973-0800-4266-803c-2b25f80352d1/image00006.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16001350285023.jpg" alt="(Fonte: Montana Historical Society)">(Fonte: Montana Historical Society)Após a missão de St. Louis, o tenente James A. Moss — quem mais estava interessado na expansão do sistema de ciclistas dentro do exército — esperava que fosse receber boas notícias do alto escalão militar dos EUA. Embora Moss continuasse a pressionar por mais expedições de bicicleta, os acontecimentos que sucederam à jornada de 1897 não foram ao seu favor.Anos depois, os avanços tecnológicos vieram com tudo e as bicicletas já não pareciam mais uma solução tão eficiente assim. Além disso, a chega da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> mudou todos os planos. O exército decidiu dissolver o corpo de ciclistas ao perceber que a infantaria mecanizada era o futuro da guerra.Em 1906, os Buffalo Soldiers foram colocados como culpados do Caso Brownsville, quando um civil branco foi morto em meio a um conflito armado. Embora os comandantes do regimento tenham dado o testemunho de que todos os homens estavam no quartel no momento do ataque, a opinião popular já havia lhes condenado.Em 1908, o então presidente Roosevelt decidiu dispensar 167 soldados do 25º Regimento de forma desonrosa pelo caso. A decisão só foi revertida pelo Congresso em 1972, quando investigações trouxeram a verdade sobre o caso e autorizaram que as dispensas fossem feitas de forma honrosa e com pagamento indenização aos afetados sobreviventes e familiares.&nbsp;</body>

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Buffalo Soldiers: a cavalaria que atravessou os EUA de bicicleta

Imagem de Por que as pessoas começaram a comer múmias egípcias? no megacurioso

Durante cerca de 500 anos, alimentar-se de múmias era visto como uma prática medicinal prescrita na Europa

<head></head><body>Existem muitas histórias malucas que englobam as sociedades europeias de antigamente. Porém, poucas delas são tão esquisitas sobre o período na história do planeta em que comer <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-inexplicaveis/39561-10-mumias-famosas-e-suas-fascinantes-historias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias egípcias</a> tornou-se uma prática aceita entre os europeus. Afinal, por que essas pessoas achavam que o canibalismo era bom para a saúde?Entre a Idade Média e o século XIX, existia a crença de que restos humanos triturados e tingidos poderiam ser capazes de curar qualquer tipo de coisa, desde simples dores de cabeça até a gravíssima peste bubônica. Com isso, os cadáveres enfaixados do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a> viraram objeto de grande fascínio e passaram a ser atacados. Entenda mais sobre o assunto nos próximos parágrafos!<h2>Consumo de múmias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16170828399244.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A fé de que comer múmias faria qualquer doença ir embora do corpo fez com que muitas pessoas passassem a ingerir algo com um gosto terrível por séculos. As múmias, que são produtos de um corpo mumificado, eram uma substância medicinal consumida por pobres e também pelas classes mais altas.Essa "iguaria" poderia ser encontrada em boticários por vários cantos da Europa e era criada a partir dos restos mortais de múmias trazidas de tumbas egípcias para a região. A partir do século XII, histórias sobre as propriedades medicinais sobrenaturais dos fragmentos de múmias triturados passaram a se espalhar pelo continente.Com isso, essa substância se tornou um medicamento prescrito pelos próximos 500 anos. Como os antibióticos ainda não haviam sido inventados, eram comum que médicos prescrevessem crânios, ossos e carne moídos para tratar diversas doenças e reduzir algum tipo de inchaço no corpo.<h2>Hábitos vitorianos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/16/16170831211245.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)No século XIX, a maioria das pessoas parou de consumir múmias para tratar doenças, uma vez que novos métodos medicinais estavam surgindo. Mesmo assim, isso não parou uma série de práticas bizarras na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120004-o-luto-na-era-vitoriana-possuia-um-conjunto-de-etiquetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>. Entre a população mais rica, era comum organizar festas para "desembrulhar" cadáveres egípcios para o entretenimento de uma festa.A primeira expedição de Napoleão ao Egito em 1798 despertou a curiosidade europeia e permitiu que mais pessoas pudessem ir até à região para obter edições de múmias inteiras. Ao retornarem para a Europa, então, esses curiosos artefatos e recém descobertos seriam abertos para sanar a curiosidade de outros aristocratas.Nesse ponto, as múmias mal serviam qualquer propósito de pesquisa ou medicinal, mas eram um chamariz para quem tinha dinheiro. A emoção de ver carne e ossos secos aparecendo à medida que as bandagens se soltavam causavam adrenalina na festa e despertava multidões. Porém, aquilo também significava que uma parte importante da história estava sendo desperdiçada.Para restaurar a normalidade das coisas, as festas de desembrulho tiveram fim no século XX. Além do evento ser de extremo mau gosto, a destruição inevitável dos artefatos estava provocando perdas arqueológicas irreparáveis. Desde então, as múmias voltaram a ser respeitadas como indivíduos que faleceram e merecem seu momento de descanso.</body>

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