Imagem de Khopesh: a espada que ajudou o Egito a se tornar um império forte no megacurioso

De origem suméria, foi no Egito Antigo que a espada khopesh se tornou fundamental em batalhas

<head></head><body>O antigo Império Egípcio é reconhecido até hoje como o berço de muitas descobertas científicas nas mais diversas áreas, como a medicina e a agricultura. Tudo isso só foi possível porque os egípcios tinham acesso às mais modernas ferramentas de sua época, como a khopesh.A khopesh era, inicialmente, uma ferramenta com um desenho bastante inovador para a época. Em forma de foice, ela era útil em várias ocasiões — como ferramenta de trabalho no campo, como uma foice, mas também poderia ser usada em batalhas, como uma espada, que era o seu uso mais comum.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24170709006387.jpg" alt="Fonte: Reprodução: Swordencyclopedia">Fonte: Reprodução: SwordencyclopediaÉ verdade que não foram os egípcios que a inventaram. Há registros da khopesh na civilização suméria há cerca de 3 mil anos antes de Cristo, mas foram os egípcios que fizeram melhor uso dela, aproveitando-a para eliminar seus inimigos em batalha. No Egito, essa espada teria chegado no ano de 1500 a.C.&nbsp;<h2>Por que a khopesh era tão especial?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: Reprodução/ Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2023/08/khopesh-sword-dedicated-to-ramasses-ii.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24170132894382.jpg" alt="Um khopesh dedicado ao faraó Ramsés II. Fonte: Reprodução/ Wikimedia Commons">Um khopesh dedicado ao faraó Ramsés II. Fonte: Reprodução/ Wikimedia CommonsA khopesh tinha sua lâmina em forma de foice. Com uma alta probabilidade de ferir em combate, ela era uma espada muito eficiente, principalmente porque as vestes usadas pelos soldados eram menos resistentes a esse tipo de ataque. Não havia armadura de metal.&nbsp;Ademais, o seu formato aumentava as chances de os soldados egípcios desarmarem seus oponentes ou de derrubarem os seus escudos. Isso aumentava a vantagem dos egípcios em combate.Os egípcios também desenvolveram eficientes veículos de batalha. Suas carruagens eram leves e mais rápidas, o que somado ao uso da khopesh gerava ataques precisos e fatais.O seu formato de foice ainda fazia com que ela se tornasse útil para defesa, resistindo a ataques de outras espadas e machados.&nbsp;Feita de bronze, o metal mais usado em armas e ferramentas nessa época, a khopesh geralmente tinha cerca de 60 cm de comprimento e era composta de três partes. Um punho, que media aproximadamente 18 cm, uma base reta sem fio, que media mais 18 cm e a sua lâmina em formato de meia-lua, altamente afiada e com uma extremidade pontiaguda.<h2>Peça símbolo do poder egípcio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24170348934385.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesA khopesh se tornou um símbolo do poder do Antigo Egito. Réplicas dessa espada eram usadas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122871-os-6-mais-importantes-deuses-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerimônias religiosas</a> e ela pode ser vista em muitas representações de faraós, incluindo os mais famosos, como Ramsés II e a rainha Nefertiti.A espada foi incorporada em batalhas egípcias a partir do reinado do faraó Tutmés III, que é considerado uma espécie de Napoleão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122063-o-que-os-faraos-do-egito-antigo-guardavam-nas-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>. Ele governou o Egito por 50 anos, conquistando áreas estratégicas às margens dos rios Nilo e Eufrates, provavelmente com a ajuda de muitas espadas khopesh.O sucesso da espada fez com que ela inspirasse outros modelos, como a kopis, usada pelos gregos — inclusive o nome kopis tem origem na palavra egípcia.</body>

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Khopesh: a espada que ajudou o Egito a se tornar um império forte

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Os desenhos da caverna de Gua Sireh remontam a milhares de anos e demonstram histórias sombrias da região

<head></head><body>A caverna Gua Sireh, localizada na ilha de Bornéu, é conhecida pelas centenas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105143-13-desenhos-que-mostram-o-lado-divertido-do-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenhos</a> em carvão que revestem as paredes de suas câmaras principais. Recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade Griffith, da Austrália, datou oficialmente alguns desses desenhos que revelam uma história triste, porém verdadeira, da região.Segundo os estudiosos do Museu de Sarawak, as artes rupestres foram feitas entre 1670 e 1830, o que corresponde a uma época de crescente conflito na ilha. No início do século XIX, Sarawak vivia grande instabilidade política, o que causou grandes consequências para a população local.<h2>Governabilidade em Sarawak</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/26/26225814912002.jpg" alt="(Fonte: Andrea Jalandoni/Reprodução)">(Fonte: Andrea Jalandoni/Reprodução)No passado recente, Sarawak, que é o estado malaio onde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117786-passaro-extinto-e-visto-pela-1-vez-em-170-anos-em-borneu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha de Bornéu</a> está, era um território pouco governado pelo Sultanato de Brunei. O Império Bruneano só tinha autoridade ao longo das regiões costeiras do estado, que eram comandadas por líderes malaios semi-independentes.Como resposta, o povo malaio que controlava a área passou a cobrar pesados tributos às famílias indígenas das colinas locais, incluindo os Bidayuh. Para essa tribo, a caverna Gua Sireh era vista como um refúgio da violência territorial no início dos anos 1800, quando um chefe malaio muito severo exigiu que todos entregassem seus filhos.Os Bidayuh obviamente se recusaram a obedecer tal tipo de ordem e foram se esconder em Gua Sireh, onde inicialmente detiveram uma força de 300 homens armados que tentavam entrar na caverna para capturá-los. Depois que dois Bidayuh foram baleados e sete foram feitos prisioneiros, a maior parte da tribo escapou por uma passagem na parte de trás da maior câmara da caverna, onde os desenhos foram encontrados.<h2>Relatos de brutalidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/26/26230044495003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As figuras desenhadas em Gua Sireh são relatos desesperados de um povo que estava sendo perseguido. Contudo, essas são apenas algumas artes entre uma ampla gama de desenhos encontrados desde as Filipinas, passando pelo Sudeste Asiático, passando por Bornéu até a Península da Malásia.Acredita-se que esse tipo de desenho esteja associado à diáspora dos povos de língua austronésia. Trabalhos de datação anteriores mostram que desenhos semelhantes já foram feitos nas Filipinas entre 3500 e 1500 a.C., no sul de Sulawesi. &nbsp;"Queríamos confirmar que as imagens foram desenhadas com carvão, já que há um número limitado de substâncias que podem ser datadas por radiocarbono", disse a coautora do estudo, Jillian Huntley.Além da datação por radiocarbono, o processo também foi auxiliado pelas histórias orais de Bidayuh, que registram a experiência da violência territorial e colonização na região. Os pesquisadores sabiam a partir de estudos anteriores que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123829-as-6-pinturas-rupestres-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arte rupestre</a> no noroeste de Bornéu é dominada por desenhos de animais, pessoas, navios e desenhos geométricos.&nbsp;Em Gua Sireh, por sua vez, as pessoas foram desenhadas usando cocares e armadas com escudos, facas e lanças — o que ajudou a determinar a idade das artes rupestres. Os historiadores esperam que estudos futuros possam aplicar técnicas semelhantes a outros desenhos na região para revelar ainda mais informações sobre esse passado complexo da história humana em Sarawak.&nbsp;</body>

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Passado brutal de Bornéu é revelado em arte rupestre recém-descoberta

Imagem de Por que Sininho e Esmeralda não são mais princesas oficiais da Disney? no megacurioso

Apesar de serem personagens muito famosas, a dupla não aparece ao hall de 13 personagens femininas enaltecidas pela Walt Disney Animation Studios

<head></head><body>Em janeiro de 2000, Andy Mooney deixou seu cargo como diretor de marketing da Nike para assumir a divisão de produtos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121045-5-fatos-fascinantes-sobre-a-disney-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Disney</a>. Com pouco tempo de trabalho, ele se tornou responsável por criar uma divisão inteira de lançamentos voltados à temática "Princesas da Disney", o que inclui personagens altamente populares como Cinderela, Ariel e Bela.A força das protagonistas femininas logo se tornou uma grande atração para a Walt Disney Animation Studios, que desenvolveu várias formas de diferenciar as princesas para que elas ganhassem seu devido destaque. Contudo, dois nomes relevantes parecem ter sido deixados de fora: Sininho, de Peter Pan (1953), e Esmeralda, de O Corcunda de Notre-Dame&nbsp;(1996). Qual o motivo por trás disso?<h2>Lista oficial de princesas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23030331488005.jpeg" alt="(Fonte: Walt Disney Pictures/Reprodução)">(Fonte: Walt Disney Pictures/Reprodução)Quando a Disney passou a valorizar as "Princesas da Disney" como produto, por volta dos anos 2000, era difícil receber destaque sem estar ligada ao lançamento de um filme. Por esse motivo, protagonistas como Branca de Neve, Cinderela, Aurora (Bela Adormecida), Ariel, Bela, Jasmine, Pocahontas e Mulan são geralmente citadas como as oito pioneiras na linha de produtos.Porém, ao longo dos primeiros anos de experimento no marketing, a maioria das coleções também incluía imagens de Sininho e Esmeralda. O sucesso não durou muito tempo e logo ambas acabaram perdendo seus títulos de "princesas", algo que nunca foi explicitamente contado para o público.&nbsp;Em entrevistas, Mooney chegou a dizer que Sininho sempre foi uma grande dúvida para a empresa. "Sempre nos questionamos se ela realmente fazia parte da mitologia das princesas, mas acabamos percebendo que ela realmente não era uma", destacou. Sendo assim, era mais prático criar peças separadamente para a fadinha favorita do público do que colocá-la no mesmo bolo com outras protagonistas.<h2>Situação de Esmeralda</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Walt Disney Pictures/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://static.wikia.nocookie.net/disneyprincesas/images/2/22/Notredame1.jpg/revision/latest?cb=20130127191009&amp;path-prefix=pt-br"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23030244979004.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney Pictures/Reprodução)">(Fonte: Walt Disney Pictures/Reprodução)Enquanto Sininho foi realocada para ganhar uma posição ainda mais importante dentro do marketing da Disney, Esmeralda parece ter sido mesmo sucateada pela empresa de animação. Segundo a teoria mais comum contada por historiadores, a personagem foi considerada não comercializável ou adequada para crianças — algo que parece polêmico, se pensarmos que ela era bondosa, inteligente e de personalidade marcante.Contudo, é preciso destacar que o filme O Corcunda de Notre Dame é conhecido por abordar temas muito mais maduros do que outras produções Disney, o que provavelmente diminui o interesse do público infantil sobre Esmeralda. Alguns poderiam até argumentar que Sininho e Esmeralda perderam seus postos como princesas porque, afinal, nunca tiveram esse status dentro de suas histórias.Porém, vale ressaltar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112421-conheca-a-real-historia-de-mulan-uma-das-maiores-lendas-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mulan</a> também não era filha de algum rei ou rainha e mesmo assim tornou-se uma das personagens fundadoras do grupo. Quero ver explicar essa polêmica, dona Disney!De qualquer forma, a lista oficial de princesas da Walt Disney Animation Studios é atualmente composta por 13 nomes. São elas:<ul><li>Branca de Neve (Branca de Neve e os Sete Anões);</li><li>Cinderela (Cinderela);</li><li>Aurora (Bela Adormecida);</li><li>Ariel (A Pequena Sereia);</li><li>Bela (A Bela e a Fera);</li><li>Jasmim (Aladdin);</li><li>Pocahontas (Pocahontas);</li><li>Mulan (Mulan);</li><li>Tiana (A Princesa e o Sapo);</li><li>Rapunzel (Enrolados);</li><li>Mérida (Valente);</li><li>Moana (Moana);</li><li>Raya (Raya e o Último Dragão).</li></ul></body>

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Por que Sininho e Esmeralda não são mais princesas oficiais da Disney?

Imagem de A história que explica o tapa-olho dos piratas também é mentira? no megacurioso

Descubra a verdade sobre o mito de que um pirata de verdade deveria estar sempre com um olho tapado

<head></head><body>Embora tenham realmente existido, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121580-6-fatos-para-desmistificar-os-piratas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piratas</a> foram alvo de muita imaginação dentro da cultura popular. Até hoje, há a mítica de que eles enterravam tesouros, tinham papagaios como seus companheiros, usavam um gancho no lugar da mão e, claro, levavam sempre um tapa-olho no rosto.Mas o quanto disso era verdade? Será que, realmente, a maior parte dos piratas tinha <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/45106-10-condicoes-muito-estranhas-que-podem-acontecer-em-seus-olhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lesões oculares</a> e precisava andar com um olho tapado? Ou era uma questão mais de se adequar à moda?<h2>O motivo pelo qual os piratas usavam tapa-olho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23130255061192.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Existe uma teoria que ainda circula e que afirma que os piratas usavam tapa-olho não para proteger uma vista machucada, mas sim para enxergar melhor. A ideia por trás dessa teoria (que não se sustenta em evidências históricas) é que os piratas usavam o tapa-olho quando estavam na parte externa e iluminada do navio, e quando precisassem entrar no convés, escuro, o olho tapado estaria já acostumado com a ausência de luz.O programa de TV <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/85672-mythbusters-lanca-uma-bola-a-100-km-h-de-um-carro-na-mesma-velocidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mythbusters</a> (que foi exibido aqui no Brasil com o nome Caçadores de Mitos) fez uma experiência em 2007 para tentar descobrir uma resposta sobre isso. A apresentadora Kari Kyron foi enviada a um oftalmologista para testar sua visão noturna em ambos os olhos. Um deles havia sido exposto à luz forte e o outro foi coberto por um patch.&nbsp;Resultado do experimento: o olho coberto se adaptou mais rapidamente ao escuro e ela pôde enxergar melhor com o que estava tapado. Mas será que isso significa que os piratas usavam tapa-olhos?<h2>A verdade sobre os piratas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23144907254278.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo a historiadora Rebecca Simon, especialista no tema da "pirataria", não há evidências de que esses ladrões do mar usassem a indumentária. "Não há imagens, xilogravuras ou qualquer menção a tapa-olhos em quaisquer fontes primárias dos séculos XVII e XVIII", explicou Simon.De acordo com a pesquisadora, o mais provável é que essa representação tenha vindo mesmo da ficção criada sobre os piratas. “Esses mitos vieram em grande parte do romance Ilha do Tesouro, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122712-4-livros-que-provavelmente-foram-perdidos-para-sempre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robert Louis Stevenson</a>. Seu antagonista, Long John Silver, serviu de modelo para muitos outros piratas da cultura pop, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/44647-tragedia-fas-jack-sparrow-naufragio-perola-negra-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jack Sparrow</a>”, contou Simon.&nbsp;Uma pessoa real também teria ajudado a criar o estereótipo do pirata: foi o inglês Edward Teach, apelidado popularmente de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/52391-mais-7-tesouros-misteriosos-que-ainda-nao-foram-encontrados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Barba Negra</a>. Stevenson teria se inspirado na sua figura (com cabelo comprido e barba longa) para desenvolver os personagens de suas histórias.Apontados quase sempre como muito extravagantes, a verdade é que, de acordo com os documentos históricos, os piratas reais teriam sido bem mais sem graça. "Em geral, os piratas se vestiam como qualquer outro marinheiro da época, mas sua indumentária podia estar em melhores condições por causa de roupas roubadas de outros navios. Os capitães piratas e seus superiores geralmente se vestiam com roupas elegantes para mostrar seu sucesso nas batalhas", conclui Rebecca Simon.</body>

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A história que explica o tapa-olho dos piratas também é mentira?

Imagem de O que são as vilas de mansões luxuosas abandonadas na China? no megacurioso

Por que há cerca de 231 milhões de metros quadrados de imóveis foram abandonados pelo país?

<head></head><body>Próximo às colinas ao redor de Shenyang, uma cidade industrial no nordeste da China com 9 milhões de habitantes, está localizada uma espécie de vila composta por 250 mansões de luxo no estilo europeu. De longe, até parece o cenário de algum filme de terror, mas não passa do reflexo do crescimento relâmpago do setor imobiliário que estava a pleno vapor em 2010.O empreendimento foi obra da gigante imobiliária Greenland Group, que comprou os hectares de terra ao redor da cidade para construir o State Guest Mansions, o que deveria ser um refúgio para os ricos e poderosos da região. Com pisos de mármore e lustres dourados, as mansões tiveram suas obras interrompidas em meados de 2018 por algum motivo estranho que ainda não foi revelado.&nbsp;Mas o que são essas vilas de mansões abandonadas na China?<h2>Reprimindo a corrupção</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22083854699017.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“Para ser sincero, eu acho que foi por causa da corrupção pública”, opinou um fazendeiro chamado Guo à AFP News, enquanto cavava ervas daninhas comestíveis sob uma cerca de metal de 10 metros de altura que protege o desenvolvimento de uma rodovia próxima.O jornal francês tentou fazer contato com um escritório regional do Greenland Group, e uma pessoa disse que passaria o pedido de uma entrevista a um superior, mas isso nunca aconteceu.Depois que o empreendimento foi abandonado a própria sorte há 5 anos, os agricultores locais passaram a cultivar terras concebidas como jardins bem cuidados para os ricos e montaram galinheiros e estoques de fardos de feno em meio a propriedade.Os moradores acreditam que o governo chinês cortou o financiamento inicial, reprimindo a onda de empreendimentos descontrolados que surgiu em 2010, deixando tudo inacabado. Isso faz sentido, uma vez que, desde que o presidente Xi Jinping ascendeu ao poder em 2012, iniciou-se uma empreitada para repreender a corrupção no Partido Comunista, fomentando uma aversão social à riqueza excessiva.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22084354638019.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O chefe de Estado reprimiu a quantidade imensa de empréstimos e a especulação imobiliária desenfreada em 2020, deixando vários desenvolvedores lutando com dívidas imensas, tendo que abandonar projetos como o State Guest Mansions. Não há um número exato, mas um relatório de um grupo de pesquisa afiliado a uma associação oficial em Xangai disse que pouco menos de 4% dos projetos habitacionais em toda a China foram deixados pela metade em junho de 2022. Isso é o equivalente a 231 milhões de metros quadrados de imóveis.Como resultado, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124670-japura-a-cidade-fantasma-devastada-pela-malaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidades fantasmas&nbsp;</a>como a de Shenyang não só se tornaram cada vez mais comuns na paisagem urbana de todo o país, como também o interesse por elas.&nbsp;Pichações nas paredes descascadas do complexo State Guest Mansions sugere que os agricultores não são os únicos visitantes do local, mas também curiosos e baderneiros. Esses grupos se fazem cada vez mais frequentes nesses locais, o que pode acabar se transformando em um grande problema para as autoridades.</body>

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O que são as vilas de mansões luxuosas abandonadas na China?

Imagem de Greve Geral de 1917: a primeira paralisação geral do Brasil no megacurioso

A primeira greve geral do país movimentou mais de 50 mil operários que lutavam por direitos trabalhistas básicos

<head></head><body>Há 106 anos, o Brasil parou pela primeira vez na história. Naquela época, o país tinha a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127068-tome-acu-o-campo-de-concentracao-criado-por-vargas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigração</a> como uma grande força de trabalho e recebia pessoas de grupos étnicos variados de diversas partes do mundo. Todos eles, com sua bagagem natal, causaram um impacto profundo tanto na cultura e sociedade como na economia brasileira.Os imigrantes trouxeram suas bases de pensamento político, em sua maioria de cunho libertário, que começaram a tomar forma em fraternidades e organizações operárias. O Brasil da República Velha atravessava um intenso e crescente processo de industrialização, financiado pelos comerciantes do café que investiram diretamente em setores têxteis, metalúrgicos e alimentícios, em sua maioria por motivações pessoais.A participação do Brasil na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> dificultou ainda mais a vida dos operários e exigiu deles uma carga horária excruciante para atender às demandas da produção militar. Eles tiveram que lidar com um ambiente de trabalho extremamente insalubre e perigoso, com o péssimo tratamento do patronato e falta de suprimentos básicos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22170328380363.jpg" alt="(Fonte: Gli italiani nel Brasile/Reprodução)">(Fonte: Gli italiani nel Brasile/Reprodução)Em meio a isso, cresceu a necessidade dos operários em buscar reações coletivas para melhorias. No entanto, essa era uma época em que o comunismo não era muito bem difundido pelo Brasil e a esquerda revolucionária era radicalizada pelas vertentes do anarquismo (doutrina que considera o governo opressor e prega o fim do Estado), visando a autogestão e a tomada dos espaços de trabalho a partir de ação direta.Com isso, paralisações em São Paulo e no Rio de Janeiro começaram a acontecer aos poucos, muito influenciadas pelo sentimento de força popular que derrubou, por exemplo, o czar Nicolau II, na Rússia, em fevereiro daquele ano, 1917.Assim começaria Greve Geral de 1917, a primeira greve geral da história do Brasil.<h2>O motim da fome</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22170504588366.jpg" alt="(Fonte: Arquivo Edgard Leuenroth/Reprodução)">(Fonte: Arquivo Edgard Leuenroth/Reprodução)O século XX foi marcado por estopins. Todas as maiores revoluções e guerras precisaram que um gatilho fosse acionado para finalmente acontecerem. Foi assim com a Primeira Guerra Mundial que, apesar de suas movimentações imperialistas ao longo dos anos, só teve início com o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando, pelas mãos do jovem Gavrilo Princip.O mesmo foi com a primeira greve geral da história do Brasil. A reação das autoridades frente à organização dos operários que reivindicavam melhores condições trabalhistas sempre foi brutal, sendo rotineira a intervenção violenta de policiais em reuniões e manifestações.Em 9 de julho de 1917, o jovem espanhol José Martinez, de 21 anos, que trabalhava como sapateiro na fábrica Mariângela, no Brás, em São Paulo, começou um protesto às portas do local contra a carestia e as péssimas condições de trabalho. Ele era afiliado a duas entidades nascentes do sindicalismo brasileiro, a Federação Operária de São Paulo (FOSP) e a Confederação Operária Brasileira (COB).<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Centro de Documentação e Memória (CEDEM)/UNESP&nbsp;" data-fonte-url="https://3.bp.blogspot.com/-Ywq9uwSvfbA/WW5kzcktp-I/AAAAAAAAEUc/jZYYCvEdKH8HcW9L6rhNXoez_dt0eCrBgCLcBGAs/s1600/Jos%25C3%25A9%2B%2BI.%2BMartinez.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22170613796367.jpg" alt="Jose Martinez. (Fonte: Centro de Documentação e Memória (CEDEM)/Reprodução)">Jose Martinez. (Fonte: Centro de Documentação e Memória (CEDEM)/Reprodução)Rapidamente, o protesto se espelhou pelos bairros vizinhos, mobilizando centenas de trabalhadores, que largaram do seu trabalho para se unirem à causa. No meio da tarde, a ação da polícia para coibir a manifestação terminou em um tiroteio na cervejaria Antarctica, no bairro da Mooca, que a cavalaria invadiu para tentar dispersar as pessoas. No meio da confusão, Martinez foi baleado no estômago, morrendo na madrugada daquele dia.Seu funeral aconteceu no cemitério do Araçá, em 11 de julho de 1917, reunindo milhares de pessoas que ignoraram todas as tentativas de bloqueio policial. Inflamados, promoveram discursos contra o governo e os patrões.&nbsp;No mesmo dia, os operários da fábrica Cotonifício Crespi, em São Paulo, decretaram greve. Cerca de 75% dos operários eram imigrantes italianos que precisavam doar uma parte do salário ao Comitê Italiano Pró-Pátria de São Paulo, que por sua vez revertia as verbas para a Itália como contribuição ao esforço bélico.Enquanto os trabalhadores tinham seus salários de fome minados em todos os aspectos, a burguesia ítalo-paulistana assistia tudo de camarote e de braços cruzados, e isso refletiu todas a tensões que caracterizavam os problemas da industrialização. Rapidamente, a decisão de greve se espalhou como um rastilho de pólvora, contaminando todo o setor, que decretou guerra contra o sistema que os consumia e os desprezava.Estava formado o que alguns historiadores gostam de chamar de “motim da fome”.<h2>A revolta necessária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22170808112372.jpg" alt="(Fonte: Arquivo Edgar Leuenroth (UNICAMP)/Reprodução)">(Fonte: Arquivo Edgar Leuenroth (UNICAMP)/Reprodução)Tudo o que os operários queriam era o básico: direitos trabalhistas. Afinal, para eles não havia férias, carteira de trabalho, aposentadoria, adicional noturno, folgas ou descansos, tampouco segurança em relação aos acidentes nas fábricas. Os salários eram baixíssimos em comparação com o custo de vida, que havia aumentado 189% desde 1914 devido à opção da indústria em fornecer mercadorias e alimentos prioritariamente aos países em guerra, causando um rombo no mercado interno e uma alta vertiginosa nos preços dos produtos.Mulheres e crianças desempenhavam as mesmas funções que os homens, mas recebiam ainda menos. Assim como a personagem Fantine, de Victor Hugo, em Os Miseráveis, elas precisavam lidar com as investidas dos contramestres se quisessem manter o emprego.Apesar de não estarem na liderança dos sindicatos, elas formaram a linha de frente da greve, pedindo melhores condições para sua classe e fim do trabalho infantil.Desde a segunda metade do século XIX, o Brasil assistia a greves que apenas mobilizavam grupos restritos e não tinham maior repercussão. Qualquer tipo de paralisação era coibida ostensivamente pelo governo e o patronato da época. “O proletariado nacional não tem recebido a menor lei que o ampare”, disse Maurício de Lacerda, então deputado federal pelo Rio de Janeiro.&nbsp;Portanto, a revolta não só era necessária como inevitável.<h2>"A bombons e chocolate"</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP)&nbsp;" data-fonte-url="https://memoriasindical.com.br/wp-content/uploads/2017/07/1917_Pol%C3%ADciadispersandogrevistasduranteGreveGeralSP_cole%C3%A7%C3%A3oHist%C3%B3riaIndustrializa%C3%A7%C3%A3onoBrasil_EdgardLeuenroth-2-1024x683.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22170950928381.jpg" alt="(Fonte: Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP)/Reprodução)">(Fonte: Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP)/Reprodução)No dia seguinte ao funeral de José Martinez, o comércio fechou as portas, a máquina fabril parou e a greve começou. Como resposta, o governo intensificou ainda mais a repressão aos protestos atacando e matando líderes e operários. O sentimento de revolta dos trabalhadores evoluiu para o ódio, resultando em diversos episódios de vandalismo contra armazéns, veículos e forças policiais pela cidade.As ruas não eram mais seguras. O tiroteio se tornou tão grande e assustador que até mesmo os militares hesitavam entrar em alguns bairros, temendo os disparos que podiam vir de qualquer lado. Apesar de muitos grevistas terem sido mortos, policiais também foram abatidos ao longo dos confrontos.“Os anarquistas, dirigindo os elementos operários, impediram a vida da cidade, atacaram a propriedade e mataram. A polícia não poderia tratá-los a bombons e chocolate”, criticou o opositor Álvaro de Carvalho, deputado federal pelo estado de São Paulo.Em resposta, Lacerda disse que os operários sempre reclamaram pacificamente e por isso mesmo suas reivindicações foram esquecidas. “Sempre que suas reclamações tomam uma forma ofensiva, são metralhados”, completou ele.Ao longo dos 30 dias que durou a greve, estima-se que cerca de 50 mil trabalhadores em São Paulo aderiram à paralisação, lutando para combater o descaso e a repressão por parte do governo. Foi diante desse número imenso que o governo simplesmente perdeu o controle. Rapidamente, o movimento se espalhou para o Rio de Janeiro e Porto Alegre, se estabelecendo como a primeira greve geral do país.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5c/S%C3%A3o_Paulo_%28Greve_de_1917%29.jpg/640px-S%C3%A3o_Paulo_%28Greve_de_1917%29.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22171115828387.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)Uma vez que os grevistas não possuíam uma entidade que os representasse — estavam agrupados apenas no Comitê de Defesa Proletária —, eles não sabiam exatamente com quem negociar um acordo para reivindicar seus direitos. Diretores dos maiores jornais de São Paulo, organizados na Comissão da Imprensa, ficaram encarregados de formular um acordo após ouvir os operários e levar o documento ao poder público e aos industriais.Em 16 de julho, o fim da greve em SP foi assinado na redação do jornal O Estado de S. Paulo, mas em outras cidades só terminou conforme cada setor chegou a um acordo com seu patronato.Meses depois, o acordo começou a se diluir por parte dos empresários, que deixaram de cumprir com suas obrigações. O próprio Congresso Nacional não fez nada para criar leis trabalhistas e impedir que paralisações que afetavam a vida da população acontecessem novamente.Contudo, isso não altera em nada a relevância histórica da primeira greve geral brasileira. Afinal, não é como se essa mentalidade escravagista de trabalho do governo e dos empresários tenha desaparecido nos tempos de hoje, apesar de todos os avanços.</body>

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Greve Geral de 1917: a primeira paralisação geral do Brasil

Imagem de Arquitetura passiva: o estilo que pode reduzir muito o impacto ambiental das moradias no megacurioso

Além de promover conforto, a arquitetura passiva atua na redução da pegada ecológica; entenda

<head></head><body>A forma como nos deslocamos, trabalhamos e nos comunicamos sofreu transformações significativas nos últimos anos e é possível dizer o mesmo das construções que estão ao nosso redor. Afinal, elas são pensadas para atender a diferentes finalidades e refletem muito do período e do local em que foram projetadas.Em se tratando da arquitetura passiva, essas premissas se mantêm presentes, mas ao mesmo tempo, buscam aliar o seu emprego a técnicas específicas, fazendo com que elas se destaquem pela resiliência e por outras características que serão abordadas a seguir.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22095230110072.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>O papel da arquitetura passiva</h2>A arquitetura passiva tem como proposta a entrega de construções que sejam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124676-sustentabilidade-6-ideias-que-vao-mudar-tua-vida-e-a-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sustentáveis</a> e possibilitem um uso eficiente dos recursos disponíveis, podendo se utilizar do design para isso. Parece algo inovador, mas que na verdade já é praticado ao longo da história por diversas civilizações, como os povos esquimós, que viviam em iglus para se proteger do frio extremo.Na prática, isso significa se atentar a uma série de aspectos que tratam da escolha de materiais usados, da gestão de resíduos e mesmo de estratégias para eliminar a dependência de recursos variados, como ventiladores e ar-condicionado — e assim reduzir a pegada ecológica.Ao considerar como as diferentes estações podem impactar no dia a dia, seja em localidades com climas mais rígidos; seja num país onde predomina o clima <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120760-sera-que-a-antartica-pode-voltar-a-ser-uma-floresta-tropical.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tropical</a>, como no Brasil, a orientação possui um papel especial.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22083537587014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Em busca de um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis</h2>É por meio da orientação, por exemplo, que se define a posição que portas e janelas das construções devem ficar em relação ao sol e ao vento. Em suma, isso ajuda na redução do consumo energético e mesmo na melhor disposição de ventilação natural no interior dos cômodos.O mesmo vale para o isolamento térmico, que graças ao emprego de materiais que tenham essa propriedade, atua tanto na redução de perda de calor durante o inverno, quanto como uma barreira que impede a propagação do calor durante o verão.A atenção com outros elementos, como os telhados, também é levada adiante na arquitetura passiva, de modo que tudo seja projetado para oferecer o menor custo de manutenção após a entrega do projeto, seja de uma casa ou edifício.Vale destacar que a busca por soluções, mesmo num cenário de dificuldade, também dá uma amostra do bom emprego dos princípios da arquitetura passiva. Na Argélia, o uso de garrafas de plástico cheias de areia para a construção de moradias fez parte da técnica praticada por um refugiado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22091203279045.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Boas práticas ao redor do mundo</h2>Ao adotar o formato circular com paredes mais espessas por lá, a moradia se tornou mais resistente às tempestades de areia, o que não passou despercebido pela equipe da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) presente na região.Como exemplos recentes desse emprego, ainda temos o uso de telhados e paredes verdes em diferentes espaços, nos chamados jardins verticais, que ao mesmo tempo que oferecem conforto térmico, contribuem com a melhora da qualidade do ar. Ou seja, uma vez presente nas cidades, a arquitetura passiva pode ir muito além de proporcionar bem-estar.Chicago, nos Estados Unidos, é uma das localidades que investiu em telhados verdes ao longo das últimas décadas e pôde desfrutar de benefícios significativos: na prefeitura da cidade, coberta com mais de 20 mil plantas, foi possível constatar que, enquanto fazia mais de 40 graus Celsius, a área do telhado registrava apenas 21 graus.Ou seja, em meio às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127091-nacoes-em-risco-5-paises-vulneraveis-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>, sua adoção se mostra estratégica, já que a arquitetura passiva estimula a redução na emissão de poluentes e resíduos no setor de construção civil, e pode até mesmo mitigar impactos ambientais com projetos que atuem no controle da poluição atmosférica.</body>

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Arquitetura passiva: o estilo que pode reduzir muito o impacto ambiental das moradias

Imagem de Os 6 maiores vocalistas de todos os tempos, segundo a Billboard no megacurioso

Segundo a Billboard, estes são os melhores vocalistas de banda que você vai conhecer na vida

<head></head><body>Quase todo mundo já sonhou um dia em entrar numa banda e ser reverenciado por milhares de pessoas em cima de um palco. Se você já teve esse sonho, é também provável que tenha se vislumbrado como o vocalista, que é a parte mais visível do grupo, e com maiores chances de se tornar uma super estrela.Mas há tantas vozes, estilos, posturas e carismas quanto há líderes de bandas. Levando em consideração as qualidades dos vocalistas em todos estes aspectos, a tradicional revista Billboard fez um ranking de quem seriam os melhores exemplares deste tipo de músico. Confira os 6 primeiros postos, só para ver se você concorda.<h2>6. David Byrne, do Talking Heads</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21130743635142.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O líder da banda americana Talking Heads pode não ser o músico mais famoso entre os brasileiros. Mas as suas qualidades, como vocalista e cabeça central do seu grupo, são indiscutíveis.O grupo surgiu em 1975, quando Byrne se juntou aos seus colegas de faculdade (todos eram alunos da Rhode Island School of Design, em Nova York) para criar uma banda que misturasse a transgressão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121346-movimento-punk-de-rebeldia-politizada-a-fenomeno-da-cultura-pop.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">punk</a> com a efervescência e as cores das artes visuais. O resultado foi esta turma bastante peculiar, que se expressava tanto nas músicas quanto nos figurinos e nas performances dos participantes.David Byrne, aliás, marcou sua época com as suas apresentações em clássicos como Once in a Lifetime&nbsp;e&nbsp;Burning Down the House, colocando-se dentro do ranking dos maiores vocalistas de todos os tempos.<h2>5. Kurt Cobain, do Nirvana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21130959762148.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112906-veja-como-estariam-12-astros-do-rock-se-nao-tivessem-morrido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kurt Cobain</a> viveu apenas 27 anos (ele morreu em 1994), mas foi tempo o suficiente para que ele marcasse para sempre na história da música. A sua banda, o Nirvana, ajudou a sedimentar um novo estilo, o grunge, que representava as angústias de milhões de jovens espalhados pelo mundo. E isso tinha muito a ver com a própria figura de Cobain, que se tornou um símbolo de toda uma geração, tanto pelo que dizia, pela forma com que se apresentava e pela emoção expressava em suas canções.<h2>4. Robert Plant, do Led Zeppelin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21134736051160.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Enquanto esteve à frente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116289-quatro-musicos-que-supostamente-fizeram-um-acordo-com-o-demonio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Led Zeppelin</a>, Robert Plant sempre foi lido como uma espécie de definição do que seria um rockstar: alguém que canta maravilhosamente bem, ao mesmo tempo em que seduz a plateia com a sua performance. Sua voz poderosa e autêntica fez com que a banda deixasse para o mundo algum dos maiores hits que celebram os anos 1960 e 1970, como Stairway to Heaven e Whole Lotta Love.<h2>3. Freddie Mercury, do Queen</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21135113903162.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A música pop certamente não seria a mesma sem os vocais e a performance teatral de Freddie Mercury, o inesquecível vocalista do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113945-preso-em-casa-brian-may-do-queen-ensina-solo-de-bohemian-rhapsody.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Queen</a>. Ele faleceu precocemente em 1991, aos 45 anos, por complicações da AIDS. Seus muitos fãs podem ainda seguir acompanhando sua voz magnífica em clássicos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110439-bohemian-rhapsody-do-queen-e-a-faixa-do-sec-xx-mais-ouvida-via-streaming.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bohemian Rhapsody,</a>&nbsp;Radio Ga Ga&nbsp;e&nbsp;I Want to Break Free.<h2>2. Stevie Nicks, do Fleetwood Mac</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21135442889170.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A única mulher entre os postos mais altos do ranking da Billboard é a "<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121971-baba-yaga-a-historia-da-bruxa-que-come-criancinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxa</a>" Steve Nicks, uma das vocalistas do Fleetwood Mac. Tida como um dos nomes mais talentosos de sua geração, Stevie sempre encantou os fãs com sua voz marcante, capaz de hipnotizar plateias, assim como por seus figurinos esvoaçantes que ajudaram a espalhar uma estética setentista. Se quiser saber mais sobre o poder dessa grande cantora, vale conferir o clássico álbum Rumours, de 1977.<h2>1. Mick Jagger, dos Rolling Stones</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21135926109172.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Não tem para ninguém: Mick Jagger, que completou recentemente 80 anos, segue sendo o grande vocalista de todos os tempos. Seu carisma é inegável. À frente dos Rolling Stones há mais de seis décadas, Jagger permanece como a grande cara do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123061-rockin-1000-como-e-o-show-de-uma-banda-com-1-000-musicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rock'n'roll</a>: potente, sedutor, ameaçador e alegre, tudo ao mesmo tempo. Ele continua fazendo shows e entregando às plateias do mundo hits como&nbsp;Start Me Up&nbsp;e Satisfaction.</body>

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Os 6 maiores vocalistas de todos os tempos, segundo a Billboard

Imagem de 1942: o ano em que os nazistas atacaram o Nordeste brasileiro no megacurioso

As águas paradisíacas do Nordeste se transformaram em um cemitério de mais de 600 pessoas.

<head></head><body>Em um capítulo sombrio e marcante da história brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial, a costa do Nordeste se tornou palco de um dos episódios mais terríveis do conflito global. Entre os dias 15 e 19 de agosto de 1942, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122166-o-caso-do-coco-que-afundou-um-navio-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">submarino alemão</a> U-507, sob o comando do experiente Harro Schacht, lançou uma série de ataques brutais que deixaram um rastro de destruição e morte, trazendo terror ao litoral brasileiro.No decorrer de apenas três dias, sete navios mercantes brasileiros foram alvo dos torpedos alemães. As águas calmas e quentes da região Nordeste foram transformadas em zona de batalha, onde o horror e a crueldade se fizeram presentes de forma inimaginável.<h2 style="text-align: justify;">Os ataques</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=araraquara+navio&amp;title=Special:MediaSearch&amp;go=Go&amp;type=image&amp;haslicense=attribution"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21213054896001.jpg" alt="Navio Araraquara foi alvo do submarino alemão na costa de Sergipe. (Fonte: Wikimedia Commons / Divulgação)">Navio Araraquara foi alvo do submarino alemão na costa de Sergipe. (Fonte: Wikimedia Commons / Divulgação)O Baependi, um navio brasileiro de passageiros e de carga, teve seu destino mudado de maneira abrupta. No dia 15 de agosto, o navio foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112083-conheca-a-historia-do-pearl-harbor-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">brutalmente atacado</a> enquanto navegava pela costa de Sergipe. Dos 306 passageiros a bordo, apenas 36 conseguiram sobreviver à tragédia, deixando para trás cenas de desespero e angústia que foram narradas pelos sobreviventes ao longo de anos.O terror não se limitou ao Baependi. Logo após a primeira embarcação ser afundada, outro navio, o Araraquara, que também navegava pela costa de Sergipe, foi atacado pelo U-507. Das 140 pessoas a bordo, 131 morreram.Em uma sequência devastadora, o U-507 atacou outros navios como o Aníbal Benévolo, o Itagiba, o Jacira e o Arará, afundando-os e, por consequência, gerando mais mortes. O número de mortos, somadas as vítimas do Baependi e do Araraquara, totalizou 607 pessoas.A tragédia no litoral nordestino foi o estopim para a entrada efetiva do Brasil na Segunda Guerra Mundial, alinhando o país aos Aliados na luta contra o nazifascismo. A população brasileira, chocada e indignada com a brutalidade dos ataques, uniu-se em uma mobilização popular sem precedentes.&nbsp;Esses ataques marcaram um ponto de virada na postura do Brasil em relação à guerra. A neutralidade cedeu lugar à determinação de combater as forças do Eixo, culminando na declaração de guerra do presidente Getúlio Vargas à Alemanha e à Itália.<h2 style="text-align: justify;">O fim do algoz</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=u-507&amp;title=Special:MediaSearch&amp;go=Go&amp;type=image&amp;haslicense=attribution"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21213403587002.jpg" alt="U-507 (ao fundo) foi o responsável por mais de 600 mortes no litoral nordestino. (Fonte: Wikimedia Commons / Divulgação)">U-507 (ao fundo) foi o responsável por mais de 600 mortes no litoral nordestino. (Fonte: Wikimedia Commons / Divulgação)O submarino U-507, que havia semeado dor, morte e destruição, também encontrou seu fim. Em janeiro de 1943, ainda em águas brasileiras, mais precisamente no Piauí, ele foi finalmente destruído por um avião da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115762-forca-aerea-dos-eua-escolhe-seu-proximo-veiculo-voador-de-combate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Força Aérea americana</a>, marcando o fim de sua ameaça sobre o nosso país.&nbsp;Os destroços desse navio nazista repousam agora no fundo do oceano Atlântico, junto com as memórias das vítimas e as histórias de coragem e sobrevivência.Embora as feridas daqueles trágicos dias nunca possam ser totalmente curadas, é importante lembrar desse capítulo da história para honrar a memória das vítimas e para reafirmar o compromisso de nunca esquecer os horrores da guerra.&nbsp;</body>

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1942: o ano em que os nazistas atacaram o Nordeste brasileiro

Imagem de Damanhur: a história dos templos subterrâneos da humanidade no megacurioso

Os Templos da Humanidade foram cavados à mão em uma montanha da Itália e são hoje a maior construção subterrânea do mundo

<head></head><body>Os chamados Templos da Humanidade são nove construções ornamentadas, construídas sob a terra&nbsp;em diferentes níveis, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125258-7-passagens-secretas-encontradas-em-monumentos-antigos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conectados entre si por centenas de metros de túneis</a>. Como se fossem capítulos de um livro subterrâneo, eles contam a história da humanidade, utilizando diversas formas de arte.<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127022-coober-pedy-cidade-subterranea-na-australia-tem-ate-igreja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Compondo uma catedral subterrânea</a>, o conjunto localizado na encosta dos Alpes, a 50 quilômetros da cidade de Turim, no norte da Itália, é hoje "o coração de uma realidade, o centro histórico de Damanhur, a capital da federação internacional com cinco comunidades, abrangendo 1,5 mil pessoas em todo o mundo", explica Reel Barys Elleboro, atual embaixador, à BBC.A obra cavada manualmente na rocha fica embaixo da ecovila e comunidade espiritual que adotou o nome do antigo templo subterrâneo egípcio de Damanhur, que significa "Cidade da Luz", e é consagrado a Hórus, o deus mítico da ressurreição e renovação.<h2>Como foi construída a catedral subterrânea de Damanhur?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21160559261269.jpg" alt="(Fonte: Damanhur)">(Fonte: Damanhur)A história dos Templos da Humanidade começou em agosto de 1978, quando o corretor de seguros e artista Oberto Airaudi (1950–2013) — mais tarde conhecido como Falco Tarassacose — juntou um grupo de 28 pessoas que passou a cavar, em segredo, uma montanha durante a noite. Dezesseis anos depois, a maior construção subterrânea do mundo estava concluída.&nbsp;Durante esse tempo, a equipe de voluntários de Damanhur foi aumentando e, no ano 2000, já eram 800. Feitos de pedra, madeira e vidro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127070-conheca-o-significado-de-5-simbolos-religiosos-antigos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os templos são decorados com esculturas, murais, afrescos e mosaicos</a>. O primeiro deles, chamado de Sala dos Espelhos, é dedicado à luz, ao ar, ao céu e ao sol.&nbsp;Há ainda o Salão das Águas, dedicado às forças divinas femininas; o Salão da Terra, com duas salas circulares com cores solares; e o Salão dos Metais com oito janelas feitas de metais preciosos. O coração dos Templos — a Sala das Esferas — é coberta com folhas de ouro e precede o Labirinto, que traça uma história icônica da humanidade. Finalmente, o Templo Azul foi todo esculpido à mão com martelos e cinzéis e é o princípio dos Templos.&nbsp;<h2>Como Damanhur funciona?</h2><iframe width="320" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/JSLELFYOg2s" title="Discover the Eighth Wonder of the World #shorts" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>"Durante os primeiros 15 anos, isso permaneceu em segredo, porque na Itália não havia nenhuma lei que permitisse a construção de estruturas subterrâneas privadas", declarou Elleboro à BBC. Para garantir o sustento da comunidade, foram criadas pequenas empresas cooperativas, que resultaram em padarias, vinhedos, livrarias e lojas.&nbsp;Mas, mesmo com todas as precauções adotadas, o segredo dos templos veio à tona em 1992, e o local foi invadido por um procurador estadual que ameaçou detonar toda a encosta. "Eles vieram com dinamite, mas quando viram cada câmara [...], emocionaram-se até às lágrimas", diz a residente Espéride Ananás no livro Damanhur: Templos da Humanidade.Hoje, os Templos da Humanidade representam uma das principais atrações turísticas da Itália. Eles são usados para cerimônias e rituais religiosos, e abertos para visitas a todos os habitantes da Terra.&nbsp;</body>

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