Artes/cultura
26/08/2023 às 09:00•2 min de leitura
Em janeiro de 2000, Andy Mooney deixou seu cargo como diretor de marketing da Nike para assumir a divisão de produtos da Disney. Com pouco tempo de trabalho, ele se tornou responsável por criar uma divisão inteira de lançamentos voltados à temática "Princesas da Disney", o que inclui personagens altamente populares como Cinderela, Ariel e Bela.
A força das protagonistas femininas logo se tornou uma grande atração para a Walt Disney Animation Studios, que desenvolveu várias formas de diferenciar as princesas para que elas ganhassem seu devido destaque. Contudo, dois nomes relevantes parecem ter sido deixados de fora: Sininho, de Peter Pan (1953), e Esmeralda, de O Corcunda de Notre-Dame (1996). Qual o motivo por trás disso?
(Fonte: Walt Disney Pictures/Reprodução)
Quando a Disney passou a valorizar as "Princesas da Disney" como produto, por volta dos anos 2000, era difícil receber destaque sem estar ligada ao lançamento de um filme. Por esse motivo, protagonistas como Branca de Neve, Cinderela, Aurora (Bela Adormecida), Ariel, Bela, Jasmine, Pocahontas e Mulan são geralmente citadas como as oito pioneiras na linha de produtos.
Porém, ao longo dos primeiros anos de experimento no marketing, a maioria das coleções também incluía imagens de Sininho e Esmeralda. O sucesso não durou muito tempo e logo ambas acabaram perdendo seus títulos de "princesas", algo que nunca foi explicitamente contado para o público.
Em entrevistas, Mooney chegou a dizer que Sininho sempre foi uma grande dúvida para a empresa. "Sempre nos questionamos se ela realmente fazia parte da mitologia das princesas, mas acabamos percebendo que ela realmente não era uma", destacou. Sendo assim, era mais prático criar peças separadamente para a fadinha favorita do público do que colocá-la no mesmo bolo com outras protagonistas.
(Fonte: Walt Disney Pictures/Reprodução)
Enquanto Sininho foi realocada para ganhar uma posição ainda mais importante dentro do marketing da Disney, Esmeralda parece ter sido mesmo sucateada pela empresa de animação. Segundo a teoria mais comum contada por historiadores, a personagem foi considerada não comercializável ou adequada para crianças — algo que parece polêmico, se pensarmos que ela era bondosa, inteligente e de personalidade marcante.
Contudo, é preciso destacar que o filme O Corcunda de Notre Dame é conhecido por abordar temas muito mais maduros do que outras produções Disney, o que provavelmente diminui o interesse do público infantil sobre Esmeralda. Alguns poderiam até argumentar que Sininho e Esmeralda perderam seus postos como princesas porque, afinal, nunca tiveram esse status dentro de suas histórias.
Porém, vale ressaltar que Mulan também não era filha de algum rei ou rainha e mesmo assim tornou-se uma das personagens fundadoras do grupo. Quero ver explicar essa polêmica, dona Disney!
De qualquer forma, a lista oficial de princesas da Walt Disney Animation Studios é atualmente composta por 13 nomes. São elas: