Se voc&ecirc; n&atilde;o conhece a hist&oacute;ria, pode achar que estamos ficando loucos. A atra&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica mais famosa de Lucerna, na Su&iacute;&ccedil;a, &eacute; a escultura de um le&atilde;o ferido, colocada dentro de uma abertura escavada no pared&atilde;o de uma antiga pedreira de arenito.
A homenagem foi constru&iacute;da honrando os Guardas Su&iacute;&ccedil;os que perderam a vida durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa, enquanto defendiam o Pal&aacute;cio das Tulherias, em 1792. O animal simboliza a coragem dos soldados, que preferiram morrer a abandonar seu juramento de servi&ccedil;o.
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A hist&oacute;ria &eacute; muito valorosa, mas onde o porco se encaixa? Apesar do grande n&uacute;mero de visitantes, poucos percebem a exist&ecirc;ncia dos dois animais no monumento.
<h2 dir="ltr">Tradi&ccedil;&atilde;o da Guarda Su&iacute;&ccedil;a</h2>
Reconhecidos pela sua lealdade, mercen&aacute;rios su&iacute;&ccedil;os possu&iacute;am tradi&ccedil;&atilde;o em servir governos estrangeiros. Eles foram requisitados de forma extensiva pela Fran&ccedil;a e pela Espanha no per&iacute;odo entre a Idade M&eacute;dia e a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial. O incidente que culminou na constru&ccedil;&atilde;o do monumento aconteceu no dia 10 de agosto de 1792, quando um grupo de trabalhadores atacou o pal&aacute;cio, matando todos os guardas enquanto a fam&iacute;lia real fugia pelos jardins.
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A &eacute;poca n&atilde;o era das mais tranquilas, e os que n&atilde;o morreram durante o confronto, ou pelos ferimentos adquiridos nele, acabaram como v&iacute;timas dos diversos massacres que ocorreram em setembro daquele ano. Por sorte, o segundo tenente Carl Pfyffer von Altishofen estava de folga na data, mas o fato n&atilde;o saiu de seus pensamentos.
Quando seu regimento foi dissolvido, em 1801, ele voltou para Lucerna e deu in&iacute;cio aos planos para a constru&ccedil;&atilde;o de um monumento em homenagem a seus companheiros. Era o m&iacute;nimo que ele podia fazer por ter sobrevivido ao massacre. A Su&iacute;&ccedil;a estava sob dom&iacute;nio da Fran&ccedil;a na &eacute;poca, ent&atilde;o tudo precisou ser feito de forma sigilosa, pois uma est&aacute;tua em homenagem aos defensores da monarquia n&atilde;o seria vista com bons olhos. Ap&oacute;s a independ&ecirc;ncia da Su&iacute;&ccedil;a, em 1815, os planos come&ccedil;aram a ser executados.
<h2 dir="ltr">Nunca provoque seu escultor</h2>
Pela magnitude da homenagem, Pfyffer procurou o famoso escultor dinamarqu&ecirc;s Bertel Thorvaldsen. Apesar da divulga&ccedil;&atilde;o do projeto, com o intuito de arrecadar fundos, o antigo tenente n&atilde;o obteve o dinheiro suficiente para pagar o artista de qualidade. Mesmo assim, ele conseguiu convencer Thorvaldsen a iniciar os trabalhos, mantendo&nbsp;em segredo o fato de que n&atilde;o possu&iacute;a recursos suficientes para o pagamento.
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Durante o per&iacute;odo da entrega da escultura, a rela&ccedil;&atilde;o entre os dois come&ccedil;ou a se deteriorar, pois o artista acabou atrasando. Apesar disso, quando Thorvaldsen soube que n&atilde;o receberia o valor integral pelo trabalho, decidiu realizar pequenas modifica&ccedil;&otilde;es de &uacute;ltima hora no projeto.
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A escultura se manteve intacta, em respeito aos homens que morreram em combate, com o le&atilde;o empalado por uma lan&ccedil;a. Uma das patas do animal cobre um escudo com a flor-de-lis da monarquia francesa, enquanto outro escudo ao lado mostra o bras&atilde;o de armas su&iacute;&ccedil;o. Como forma de demonstrar sua insatisfa&ccedil;&atilde;o com o mau pagador, ele alterou o formato da abertura que acomodaria o le&atilde;o, deixando-a com o contorno de um porco. Agora que voc&ecirc; viu, provavelmente s&oacute; vai conseguir reparar nisso.
Durante a execu&ccedil;&atilde;o da abertura, o escultor su&iacute;&ccedil;o Pankraz Eggenschwyler caiu do andaime e morreu; na sequ&ecirc;ncia, foi substitu&iacute;do pelo alem&atilde;o Lucas Ahorn, que finalizou o monumento somente em 1821. Aparentemente, ningu&eacute;m suspeitou do formato inusitado da abertura at&eacute; que ela estivesse pronta, mas agora &eacute; poss&iacute;vel ver com clareza o que um artista pode fazer caso n&atilde;o seja pago da forma combinada.
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Você conhece a história do porco de Lucerna?

Os tarpãs estavam extintos, até que uma pesquisa polonesa trouxe a possibilidade de reviver o que foi chamado de “cavalo ariano”

O regime nazista, como bem sabemos, n&atilde;o possu&iacute;a muitos escr&uacute;pulos. Com a desculpa infundada de superioridade racial, Hitler e seus subordinados foram respons&aacute;veis pela cria&ccedil;&atilde;o de diversas armas e experimentos, que em alguns casos at&eacute; utilizaram humanos como cobaias. Felizmente, os planos dele n&atilde;o alcan&ccedil;aram os objetivos finais, mas as hist&oacute;rias do que aconteceu durante o 3&ordm; Reich ainda se mant&ecirc;m. Uma delas &eacute; sobre a recria&ccedil;&atilde;o de uma ra&ccedil;a de cavalo j&aacute; extinta na Europa.
<h2 dir="ltr">Tarp&atilde;</h2>
Tamb&eacute;m conhecido como cavalo selvagem euro-asi&aacute;tico, o Tarp&atilde; ocupou a regi&atilde;o da Europa desde o per&iacute;odo Neol&iacute;tico. Ele possu&iacute;a caracter&iacute;sticas &uacute;nicas, como orelhas longas, cr&acirc;nio largo e colora&ccedil;&atilde;o parda, al&eacute;m dos grandes cascos que os permitiam transitar por regi&otilde;es pantanosas com tranquilidade. Como se isso j&aacute; n&atilde;o fosse o bastante, seu casco era renovado naturalmente a cada ano, acabando com os problemas de podrid&atilde;o que ocorriam em outras ra&ccedil;as, causada pela intensa umidade.
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Durante a alimenta&ccedil;&atilde;o, eles eram muito cuidadosos, consumindo somente a grama e deixando outras plantas florescerem em paz. Na ilha da Gr&atilde;-Bretanha, eles foram extintos ainda no per&iacute;odo Neol&iacute;tico, mas existiram no leste europeu por tempo suficiente para que fossem documentados. Infelizmente, seu destino foi semelhante na regi&atilde;o, j&aacute; que sua carne era considerada uma iguaria. O &uacute;ltimo tarp&atilde; selvagem foi morto em 1879, e o &uacute;ltimo animal mantido em cativeiro faleceu em 1887, em Moscou.
<h2 dir="ltr">Interesse nazista</h2>
Antes mesmo do in&iacute;cio da Segunda Guerra Mundial, cientistas poloneses j&aacute; tinham percebido que alguns cavalos selvagens carregavam caracter&iacute;sticas dos tarp&atilde;s. Provavelmente, quando ainda habitavam a regi&atilde;o, cruzaram com outras ra&ccedil;as e mantiveram parte de sua gen&eacute;tica em descendentes que viviam livres.
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Com a invas&atilde;o nazista, os cientistas do regime fascista se interessaram pelos primeiros cruzamentos j&aacute; realizados pelos poloneses e resolveram levar&nbsp;adiante a experi&ecirc;ncia de reviver uma ra&ccedil;a extinta. Sob o comando dos alem&atilde;es, o projeto foi acelerado, pois a ra&ccedil;a seria classificada como o &ldquo;puro cavalo selvagem ariano&rdquo;. At&eacute; onde se sabe, eles obtiveram &ecirc;xito na empreitada, mas, ap&oacute;s a derrota, que aconteceu em conjunto com a invas&atilde;o russa, muitos dos animais foram mortos e utilizados como alimento das tropas invasoras.
<h2 dir="ltr">Extin&ccedil;&atilde;o &agrave;s avessas</h2>
Com o sucesso do experimento, o zo&oacute;logo respons&aacute;vel pela tarefa, Lutz Heck, enviou alguns animais paras as florestas polonesas, deixando-os viverem livres. O objetivo era que, com a futura vit&oacute;ria da guerra, eles servissem como fauna das florestas onde os nobres do novo regime ca&ccedil;ariam, cercados de cavalos arianos.
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Atualmente, os animais s&atilde;o chamados de quase tarp&atilde;s, como uma forma de lembrar o motivo da sua exist&ecirc;ncia. No Leste Europeu, eles n&atilde;o s&atilde;o bem vistos, pois s&atilde;o a lembran&ccedil;a di&aacute;ria do que aconteceu h&aacute; anos e da tentativa de se manipular a vida. Alguns tarp&atilde;s foram transportados para a Inglaterra, onde hoje s&atilde;o chamados de Koniks; apesar de toda a hist&oacute;ria que carregam, suas caracter&iacute;sticas auxiliam muito a vida dos trabalhadores rurais.
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Descoberta revela que regime nazista reviveu raça de cavalos extintos

E aí, quais são os seus? Será que você está no padrão?

Com a populariza&ccedil;&atilde;o das redes sociais, &eacute; cada vez mais f&aacute;cil perceber como as pessoas procuram se encaixar em padr&otilde;es. Mesmo os que se dizem mais desligados dessa quest&atilde;o acabam ficando diferentes da mesma forma. Outro ponto comum entre grande parte das pessoas s&atilde;o suas cores e seus n&uacute;meros prediletos. Inclusive, podemos testar isso agora: escolha sem pensar muito qual a sua cor favorita dentre as que aparecem no banco abaixo e, em seguida, escolha um n&uacute;mero de 1 a 10.
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Claro que nem todos preferem as mesmas cores e n&uacute;meros, mas as probabilidades de que voc&ecirc; tenha escolhido a cor azul e o n&uacute;mero 7 s&atilde;o bem grandes. Os resultados de diversas <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10597589">pesquisas</a> acusam resultados <a href="http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/00221309.1979.9920057?needAccess=true">semelhantes</a>, suficientes para que a escolha seja classificada como um fen&ocirc;meno psicol&oacute;gico chamado &ldquo;azul-sete&rdquo;.
<h2 dir="ltr">Acontece, mas ningu&eacute;m sabe o motivo</h2>
O fen&ocirc;meno acontece, e isso &eacute; inquestion&aacute;vel. A segunda posi&ccedil;&atilde;o na escolha de cores &eacute; o vermelho, com o branco mantendo grande parte da prefer&ecirc;ncia, principalmente no oeste da &Aacute;sia. Em rela&ccedil;&atilde;o aos n&uacute;meros, quem n&atilde;o escolhe o 7 acaba citando um &iacute;mpar, como 1, 3 ou 5.
Apesar de as escolhas se repetirem, os cientistas n&atilde;o conseguem explicar de forma global o motivo dessa tend&ecirc;ncia, mas obviamente eles possuem algumas teorias. Em uma <a href="http://imbs.uci.edu/~kjameson/ECST/Saito_ComparativeCrossCulturalColorPreferenceAndItsStructure.pdf">revis&atilde;o</a> dos estudos que tratam do assunto, feita em 2015, a japonesa Miho Saito, da Universidade de Waseda, percebeu que o 7 &eacute; considerado um n&uacute;mero de sorte em diversas culturas. Ela tamb&eacute;m analisou as cores, percebendo que o azul &eacute; visto como neutro em praticamente todos os lugares do mundo.
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Quando &eacute; solicitada uma explica&ccedil;&atilde;o para as escolhas, os participantes do estudo sempre se referem a elas como agrad&aacute;veis, bonitas e brilhantes. Em alguns casos, a justificativa foi mais espec&iacute;fica, como pessoas que optaram pelo n&uacute;mero 1 porque &eacute; a posi&ccedil;&atilde;o que desejam para suas vidas. A tend&ecirc;ncia na escolha do branco por moradores do leste asi&aacute;tico poderia ser embasada pela religi&atilde;o, pois sacerdotes xinto&iacute;stas vestem essa cor como s&iacute;mbolo de pureza.
Um dia, talvez, psic&oacute;logos consigam explicar essa tend&ecirc;ncia, mas sempre com a certeza de que n&atilde;o &eacute; uma regra geral. Nosso c&eacute;rebro &eacute; complexo demais para ser definido de forma t&atilde;o simpl&oacute;ria, pelo menos enquanto algoritmos de intelig&ecirc;ncia artificial n&atilde;o se desenvolverem a ponto de analisar nossos pensamentos mais profundos...
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A maioria das pessoas possuem a mesma cor e número favoritos

A ossada de Eva de Naharon foi encontrada no México, mas um brasileiro foi o responsável pelo trabalho de reconstrução facial

Podemos n&atilde;o parar para pensar nisso durante nossas vidas, mas evolu&iacute;mos muito para chegar aonde estamos. Seja na quest&atilde;o tecnol&oacute;gica ou at&eacute; mesmo em nossos corpos, atualmente tratamos tudo como algo natural, mas no futuro com certeza as coisas v&atilde;o ser diferentes.
Quando Eva de Naharon morreu, provavelmente n&atilde;o imaginava que, um dia, sua esp&eacute;cie seria capaz de viajar longas dist&acirc;ncias dentro de caixas de metal e em um curto per&iacute;odo, nem que seus descendentes se comunicariam atrav&eacute;s de pequenos objetos brilhantes.
<h2 dir="ltr">Eva de Naharon</h2>
Encontrada no fundo de um cenote &mdash; cavidade natural comum na Pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n e muito utilizada para rituais e sepultamentos pela civiliza&ccedil;&atilde;o maia &mdash;, ela estava a 22,6 metros de profundidade e com 80% da estrutura &oacute;ssea original, caracterizando-a como o f&oacute;ssil humano mais antigo das Am&eacute;ricas.
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Ap&oacute;s a realiza&ccedil;&atilde;o dos testes de data&ccedil;&atilde;o, constatou-se que ela habitou a regi&atilde;o h&aacute; 13,6 mil anos e tinha 1,41 metro de altura e pouco mais de 20 anos de idade quando morreu. Ela recebeu esse nome porque foi encontrada no cenote de Naharon, quando pesquisadores estavam em expedi&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o. O processo entre descoberta, recolhimento e an&aacute;lises ocorreu de 2001 a 2008.
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A equipe do espele&oacute;logo e investigador subaqu&aacute;tico Octavio del Rio, pesquisador do Instituto Nacional de Antropologia e Hist&oacute;ria do M&eacute;xico, foi respons&aacute;vel pelo achado. Em entrevista &agrave; <a href="https://www.bbc.com/portuguese/geral-45217875">BBC Brasil</a>, ele falou sobre o trabalho realizado, afirmando que ele "&eacute; congruente e preciso com as caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas dos habitantes do sul da &Aacute;sia; ou seja, coincide com estudos antropol&oacute;gicos e de DNA realizados em f&oacute;sseis humanos encontrados nessa regi&atilde;o, todos apontando para uma ascend&ecirc;ncia asi&aacute;tica".
<h2 dir="ltr">Teorias de ocupa&ccedil;&atilde;o da Am&eacute;rica</h2>
A descoberta da ossada de Eva refor&ccedil;ou as teorias que acreditam no in&iacute;cio da migra&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de barcos, que se deslocaram de ilha em ilha, chegando &agrave; Am&eacute;rica antes da &uacute;ltima Era Glacial. A teoria mais aceita, proposta pela primeira vez em 1590 e validada por descobertas posteriores, defende que h&aacute; 13 mil anos atr&aacute;s o n&iacute;vel do oceano recuou 120 metros, abrindo conex&otilde;es terrestres entre continentes que hoje s&atilde;o imposs&iacute;veis de se percorrer a p&eacute;.
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Um dos locais onde isso ficou mais evidente foi no estreito de Bering, regi&atilde;o entre o leste da R&uacute;ssia e o Alasca, que possui um mar naturalmente raso. Como os f&oacute;sseis de Eva existiram h&aacute; 13,6 mil anos, seria imposs&iacute;vel ela ter chegado &agrave; Am&eacute;rica por meio dessa prov&aacute;vel migra&ccedil;&atilde;o em massa.
<h2 dir="ltr">Reconstru&ccedil;&atilde;o brasileira</h2>
O respons&aacute;vel pela reconstru&ccedil;&atilde;o da face de Eva de Naharon foi o designer brasileiro C&iacute;cero Moraes, reconhecido mundialmente por seu trabalho. Em seu curr&iacute;culo existem cerca de 60 faces de personalidades hist&oacute;ricas reconstitu&iacute;das digitalmente, como Santo Ant&ocirc;nio de P&aacute;dua, S&atilde;o Valentim e Dom Pedro I. Ao saber sobre o trabalho do designer, Del Rio entrou em contato com ele, com a inten&ccedil;&atilde;o de que Eva tamb&eacute;m ganhasse fei&ccedil;&otilde;es.
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O objetivo, com a elabora&ccedil;&atilde;o de um modelo tridimensional do rosto dela, &eacute; criar um museu virtual, como um meio alternativo de conhecimento e estudo de restos arqueol&oacute;gicos e paleontol&oacute;gicos que podem ser acessados de forma remota. O designer gostou do resultado; segundo ele, &eacute; uma mulher de "rosto altivo e agrad&aacute;vel aos olhos, que nos contempla com tranquilidade".
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Conheça o rosto da mulher mais antiga das Américas

Mais de 100 já foram encontrados, sempre no norte da Europa


Imagine que, em um belo dia de ver&atilde;o, voc&ecirc; est&aacute; trabalhando em seu quintal, fechando um buraco deixado por uma antiga &aacute;rvore que morreu, quando de repente sente a p&aacute; bater em um objeto met&aacute;lico. Curioso, voc&ecirc; toma mais cuidado ao retirar a terra ao redor do artefato, para descobrir que se trata de um dodecaedro de bronze.
No momento, o que importa &eacute; ter seu trabalho finalizado, ent&atilde;o voc&ecirc; guarda o objeto para posteriormente o utilizar como decora&ccedil;&atilde;o na sua casa. Isso tudo realmente aconteceu com Brian Campbell, morador de Romford, nos arredores de Londres, em 1987. A grande surpresa para ele foi que, 10 anos depois, enquanto visitava um museu na Alemanha, descobriu que o item encontrado em seu quintal se tratava de um resqu&iacute;cio deixado pelos romanos na regi&atilde;o.
<h2 dir="ltr">Dodecaedro da d&uacute;vida</h2>
O primeiro dodecaedro romano foi encontrado h&aacute; 300 anos, enterrado em uma &aacute;rea rural da Inglaterra, junto de algumas moedas. Esse foi o primeiro dos mais de 100 j&aacute; registrados,&nbsp;pertencendo ao per&iacute;odo entre os s&eacute;culos 1 e 5 d.C. e sempre no norte da Europa. Todos os objetos s&atilde;o ocos e possuem 12 lados com aberturas de diferentes di&acirc;metros, variando somente seu tamanho. Os menores podem ser comparados a uma bola de golfe, enquanto os maiores a uma bola de baseball.
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Apesar do grande n&uacute;mero de amostras e de seu prov&aacute;vel valor na &eacute;poca, pois na maioria &nbsp;das vezes foram encontrados junto de moedas, n&atilde;o existe nenhum registro escrito que mencione a utilidade dos dodecaedros. Al&eacute;m disso, em uma &eacute;poca em que objetos de metal eram caros e dif&iacute;ceis de se produzir, ser o dono de um assim era algo excepcional.
Desde a descoberta do primeiro dodecaedro, surgiram diversas teorias sobre qual seria o seu uso pr&aacute;tico. Al&eacute;m de s&oacute; ter sido encontrado no norte da Europa, sempre estava em &aacute;reas de acampamentos militares, fato que levou especialistas a acreditarem que o objeto se tratava de uma arma. Eles cogitaram ser a ponta de uma clava ou algo a ser lan&ccedil;ado contra inimigos,&nbsp;mas essas possibilidades foram sendo desconsideradas pela leveza do objeto.
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As aberturas circulares com diversos tamanhos agu&ccedil;aram a curiosidade da f&iacute;sica italiana Amelia Sparavigna, fazendo-a acreditar que ele tenha sido utilizado como uma calculadora de dist&acirc;ncia. Na <a href="https://arxiv.org/abs/1206.0946">pesquisa</a> que realizou, em 2012, ela argumentou que seria poss&iacute;vel determinar a dist&acirc;ncia de um objeto de tamanho conhecido ao olhar atrav&eacute;s das aberturas. Al&eacute;m disso, as pontas salientes que existem em cada v&eacute;rtice serviriam para facilitar o manuseio em qualquer condi&ccedil;&atilde;o.
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Teoricamente isso pode ser feito, mas o historiador da Universidade de P&eacute;cs, Tibor Gr&uuml;ll, discorda da teoria levantada pela italiana. Ele aponta que n&atilde;o existem dois dodecaedros com o mesmo tamanho e, mesmo que isso n&atilde;o fosse um empecilho, caso seu uso fosse realmente militar, ele apareceria tamb&eacute;m no norte da &Aacute;frica e na Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica &mdash;&nbsp;n&atilde;o somente no norte da Europa.
<h2 dir="ltr">Tentar adivinhar n&atilde;o custa nada</h2>
N&atilde;o custa nada tentar encontrar o motivo da exist&ecirc;ncia dos dodecaedros, por isso existem diversas teorias para isso. Alguns estudiosos acreditam que ele pode ter sido utilizado como um brinquedo, um dado ou at&eacute; mesmo como objeto de cunho religioso, possuindo poderes m&iacute;sticos. At&eacute; uma liga&ccedil;&atilde;o entre os 12 lados do objeto com os 12 signos do zod&iacute;aco foi considerada, mas tudo n&atilde;o passa de especula&ccedil;&atilde;o.
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Enquanto todos tentam encontrar uma utilidade para o objeto, o arque&oacute;logo alem&atilde;o R&uuml;diger Schwarz acredita que na verdade havia um significado. Para ele, o dodecaedro serviria como um s&iacute;mbolo de habilidade do ferreiro, que demonstraria sua destreza moldando o objeto da forma mais precisa poss&iacute;vel.
Ainda hoje eles s&atilde;o encontrados, mas, a menos que apare&ccedil;a tamb&eacute;m um manual de instru&ccedil;&otilde;es, continuar&atilde;o levantando suspeitas e fascinando arque&oacute;logos pelo mundo todo.
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Tente adivinhar como esse dodecaedro romano era utilizado

A novidade contradiz a ideia de que suas relações conflituosas acabaram com os recursos da ilha


A Ilha de P&aacute;scoa, localizada no oceano Pac&iacute;fico, possui 163 quil&ocirc;metros quadrados de &aacute;rea e fica a 3,7 mil quil&ocirc;metros da costa chilena. Quando os primeiros europeus chegaram l&aacute;, em 1772, encontraram poucos habitantes, fato que foi justificado e popularizado por uma teoria elaborada por Jared Diamond na revista <a href="http://discovermagazine.com/1995/aug/eastersend543">Discover</a>.
Ele escreveu at&eacute; um livro sobre o assunto, explicando a hip&oacute;tese de que, desde sua chegada &agrave; ilha, os povos polin&eacute;sios mantiveram uma rela&ccedil;&atilde;o de disputa intensa, que exigiu uma explora&ccedil;&atilde;o extensiva de recursos, culminando em seu esgotamento e dizimando a popula&ccedil;&atilde;o. Apesar disso, surgem cada vez mais evid&ecirc;ncias que contradizem essa t&atilde;o divulgada teoria.
<h2 dir="ltr">Amigos mesmo nos momentos dif&iacute;ceis</h2>
O principal s&iacute;mbolo da ilha s&atilde;o os moais, est&aacute;tuas gigantes de pedra que est&atilde;o parcialmente enterradas, ficando s&oacute; com a cabe&ccedil;a de fora. N&atilde;o se sabe o motivo da exist&ecirc;ncia deles, mas suas origens mostram que talvez a teoria sobre conflitos frequentes n&atilde;o seja t&atilde;o certeira assim.
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Um novo estudo mostra que o povo Rapa Nui era muito mais sofisticado do que se imaginava, pois, assim como no caso de Stonehenge, o processo de constru&ccedil;&atilde;o desses monolitos &eacute; grande indicativo de uma sociedade colaborativa. Realizada por pesquisadores da UCLA, da Universidade de Queensland e do Museu Field de Hist&oacute;ria Natural de Chicago, a pesquisa foi <a href="http://pacificarchaeology.org/index.php/journal/article/view/230">publicada</a> no Peri&oacute;dico de Arqueologia do Pac&iacute;fico.
Atrav&eacute;s da an&aacute;lise de visibilidade, quantidade, tamanho e localiza&ccedil;&atilde;o dos moais, a coautora do estudo, Jo Anne Van Tilburg, chegou &agrave; conclus&atilde;o de que, assim como outras sociedades polin&eacute;sias tradicionais, os Rapa Nui se baseavam em rela&ccedil;&otilde;es familiares.
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Outras pesquisas j&aacute; mostravam que os moais tinham sido constru&iacute;dos com o uso de basalto, mas ainda n&atilde;o se sabia a origem do material, fato esclarecido por Van Tilburg e sua equipe. An&aacute;lises qu&iacute;micas mostraram que a origem da mat&eacute;ria-prima dos moais, em sua imensa maioria, vinha de uma &uacute;nica pedreira.
Esse pequeno detalhe levou &agrave; conclus&atilde;o de que foi necess&aacute;rio algum tipo de organiza&ccedil;&atilde;o social, onde ocorreu uma prov&aacute;vel colabora&ccedil;&atilde;o para a constru&ccedil;&atilde;o dos moais. O l&iacute;der da pesquisa, Dale Simpson Jr., falou ao <a href="https://www.inverse.com/article/48037-easter-island-head-collapse-theory">Inverse</a> que &ldquo;se considerou a hip&oacute;tese de que os membros da elite da cultura Rapa Nui controlavam os recursos e s&oacute; os usavam para eles mesmos, mas o que descobrimos foi que toda a ilha estava usando material semelhante, oriundo de um mesmo local. Isso nos levou a acreditar que houve mais intera&ccedil;&atilde;o e colabora&ccedil;&atilde;o do que a exposta na narrativa do colapso &rdquo;.
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Simpson e sua equipe continuar&atilde;o mapeando a origem dos moais, para tra&ccedil;ar um panorama mais claro sobre como a sociedade Rapa Nui funcionava. Assim que os europeus pisaram na ilha, escravid&atilde;o, doen&ccedil;as e a coloniza&ccedil;&atilde;o acabaram com os poucos habitantes que existiam, apesar do registro de sua cultura existir at&eacute; hoje. Esse fato dificulta o entendimento de como tudo funcionava, mas os pesquisadores procuram cada vez mais chegar a conclus&otilde;es definitivas.
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Novo estudo aponta que os habitantes da Ilha de Páscoa viviam em harmonia

Recorde de maior onda surfada pertence a um brasileiro e foi registrado em 2017

Em novembro de 2017, o brasileiro Rodrigo Koxa teve o privil&eacute;gio &ndash; al&eacute;m da sorte &ndash; de se tornar recordista mundial, ao ser registrado surfando uma onda de 24 metros de altura em Nazar&eacute;, Portugal. A regi&atilde;o &eacute; conhecida mundialmente por surfistas, mas uma oportunidade como essa n&atilde;o ocorre com frequ&ecirc;ncia.
<div class="video-center">
<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="pt">
Brazilian surfer Rodrigo Koxa broke the world record for the highest wave ever surfed, during a session in Nazare, Portugal, according to the World Surf League. The S&atilde;o Paulo native set the new record riding an 80-foot (24,38m) wave in November 2017 <a href="https://t.co/lMUkJm8bBl">https://t.co/lMUkJm8bBl</a> <a href="https://t.co/PYL7qscNd6">pic.twitter.com/PYL7qscNd6</a>
&mdash; Massimo (@Rainmaker1973) <a href="https://twitter.com/Rainmaker1973/status/1028579511221268480?ref_src=twsrc%5Etfw">12 de agosto de 2018</a></blockquote>
</div>
Junto com a escolha da onda, tamb&eacute;m &eacute; necess&aacute;rio que o atleta possua habilidade suficiente para surf&aacute;-la at&eacute; o fim, pois uma queda pode gerar s&eacute;rias consequ&ecirc;ncias. Agora, como ele sabia que aquela seria perfeita? E por que ondas assim n&atilde;o se formam em todas as praias?
<h2 dir="ltr">Vento e mais alguns detalhes</h2>
A onda surfada por Koxa foi gerada pelo vento, como a grande maioria delas, o que as torna extremamente imprevis&iacute;veis. &ldquo;Existem ondas de todos os tamanhos e formas quebrando nas praias pelo mundo. Se n&atilde;o forem detidas por nada, elas podem atravessar bacias oce&acirc;nicas inteiras, ent&atilde;o sua origem pode ter sido uma tempestade a meio mundo de dist&acirc;ncia", explicou a bi&oacute;loga ocean&oacute;grafa Sharon Gilman, em seu <a href="https://www.livescience.com/38361-how-do-ocean-waves-form.html">site</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/08/16/16110326428024.jpg" alt="" />
Apesar de ser necess&aacute;rio um pouco de sorte, a regi&atilde;o de Nazar&eacute; &eacute; um ponto conhecido de surfistas que buscam ondas gigantes, e isso se deve &agrave; forma&ccedil;&atilde;o da praia. Algumas regi&otilde;es costeiras s&atilde;o abertas e possuem margens rasas, fazendo com que as ondas sejam dissipadas facilmente, o que resulta em uma &aacute;rea de mar calmo.
J&aacute; regi&otilde;es costeiras com o fundo do mar &iacute;ngreme fazem com que as ondas se formem de maneira mais f&aacute;cil, causando um efeito de amplifica&ccedil;&atilde;o enquanto se aproximam da praia. Segundo Gilman, "as ondas que est&atilde;o na frente come&ccedil;am ser arrastando pelo fundo e, assim, ficam mais lentas, permitindo que as pr&oacute;ximas passem por cima delas. Conforme a dist&acirc;ncia entre os picos das ondas diminui, toda essa energia se condensa em um espa&ccedil;o mais estreito e precisa ir a algum lugar, ent&atilde;o a onda fica mais alta", disse Gilman.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/08/16/16110319834020.jpg" alt="" />
Outro fator que contribui para a forma&ccedil;&atilde;o de ondas gigantes &eacute; o relevo da regi&atilde;o perto da praia. Fal&eacute;sias servem como uma parede que impede a dissipa&ccedil;&atilde;o de energia ap&oacute;s a onda quebrar, fazendo com que a &aacute;gua se mova de forma aleat&oacute;ria diretamente de volta para o mar. Esse comportamento, quando repetido em uma frequ&ecirc;ncia espec&iacute;fica, acumula a energia das ondas e gera um efeito conhecido como interfer&ecirc;ncia construtiva, aumentando o tamanho delas a cada itera&ccedil;&atilde;o.
<h2 dir="ltr">Em Nazar&eacute; tudo conspira a favor</h2>
O que se v&ecirc; na pr&aacute;tica &eacute; provado cientificamente. A regi&atilde;o de Nazar&eacute; possui uma costa com um intenso declive, em diversos casos com fal&eacute;sias, e enormes paredes submersas, que favorecem a gera&ccedil;&atilde;o de interfer&ecirc;ncia construtiva. Todas essas condi&ccedil;&otilde;es, combinadas com ondas geradas pelo vento na frequ&ecirc;ncia ideal, causam as t&atilde;o cobi&ccedil;adas ondas gigantes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/08/16/16110303038022.jpg" alt="" />
As ondas s&atilde;o incr&iacute;veis e muito procuradas por surfistas, mas a regi&atilde;o n&atilde;o &eacute; muito aconselh&aacute;vel para quem busca tranquilidade. Existem diversos relatos de pessoas que se machucaram seriamente e at&eacute; mesmo morreram, ao serem engolidas pelas ondas gigantes. O recorde de maior onda surfada (24 metros) pertence a Rodrigo Koxa, mas em outras ocasi&otilde;es j&aacute; foram registradas ondas com mais de 30 metros de altura.
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Você sabe como são formadas as ondas gigantes?

Imagem de Veja como funciona o escudo térmico da sonda que vai estudar o Sol no megacurioso

A Parker Solar Probe foi lançada recentemente, mas a primeira aproximação do Sol só vai acontecer em 2024

Desde que foguetes come&ccedil;aram a ser lan&ccedil;ados de forma controlada, enviamos para o espa&ccedil;o sondas para tentar entender melhor nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108658-sonda-espacial-detecta-parede-hidrogenio-limites-sistema-solar.htm" target="_blank" title="Sonda espacial detecta parede de hidrog&ecirc;nio nos limites do Sistema Solar">Sistema Solar</a>. A maioria dos ve&iacute;culos tiveram como destino Marte, J&uacute;piter e at&eacute; mesmo Plut&atilde;o, mas agora as aten&ccedil;&otilde;es se voltam para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/sol" target="_blank" title="Sol">Sol</a>.
N&atilde;o &eacute; preciso ser engenheiro da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/exploracao-espacial" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o Espacial">NASA</a>&nbsp;para entender que, ao chegar perto demais dele, o calor se torna um grande problema. Por isso, para que a miss&atilde;o da sonda Parker Solar Probe, lan&ccedil;ada no &uacute;ltimo dia 12, seja realizada com sucesso, foi desenvolvido um escudo t&eacute;rmico capaz de aguentar o calor solar.
<h2 dir="ltr">O sonho de &Iacute;caro</h2>
A sonda ficar&aacute; a aproximadamente 6,4 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros da estrela, o suficiente para aquecer o escudo a incr&iacute;veis 1.371 &deg;C, enquanto os equipamentos se mant&ecirc;m a agrad&aacute;veis 29 &deg;C. O desenvolvimento desse item, que levou uma d&eacute;cada, foi parte essencial da miss&atilde;o, pois de nada adianta lan&ccedil;ar uma espa&ccedil;onave que vai derreter no destino.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/BKinVmBoIrE?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A estrutura &eacute; composta por placas de carbono-carbono em suas extremidades &ndash; um material leve e com grandes propriedades mec&acirc;nicas, especialmente em altas temperaturas &ndash; e com a espessura ideal para ser suficientemente flex&iacute;vel e resistente. Entre elas, foi colocado espuma de carbono, material utilizado como pr&oacute;tese de ossos humanos e que possui uma dissipa&ccedil;&atilde;o de calor excelente.
Mesmo assim, a face interna de carbono-carbono alcan&ccedil;aria incr&iacute;veis 316 &deg;C, e a &uacute;nica maneira de dissipar tanto calor no espa&ccedil;o, onde n&atilde;o existe ar, &eacute; espalhar luz e calor na forma de f&oacute;tons. Para isso, foi colocado um revestimento externo &agrave; base de &oacute;xido de alum&iacute;nio branco brilhante, que, com o aux&iacute;lio de diversos materiais auxiliares, conseguir&aacute; dissipar o calor de forma satisfat&oacute;ria, mantendo a temperatura dos equipamentos baixa o suficiente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/08/17/17124956580191.jpg" alt=" />
Esse material &eacute; semelhante &agrave; cer&acirc;mica, ou seja, extremamente fr&aacute;gil. Por isso, a superf&iacute;cie dele &eacute; porosa, para que, ao ser submetido a temperaturas extremamente altas, n&atilde;o quebre devido &agrave; expans&atilde;o natural. A primeira passagem pr&oacute;xima ao Sol acontecer&aacute; somente em 2024, mas at&eacute; l&aacute; a sonda passar&aacute; por V&ecirc;nus seis vezes, antes de colocar o escudo &agrave; prova.
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Veja como funciona o escudo térmico da sonda que vai estudar o Sol

A falta de chuvas prejudicava diretamente a colheita, provando como é difícil acalmar alguém com fome

A partir do momento que uma pessoa assume uma posi&ccedil;&atilde;o de poder, suas decis&otilde;es passam a ter consequ&ecirc;ncias ainda maiores. A quest&atilde;o pode gerar problemas, mas hoje em dia dificilmente ser&aacute; a causa da sua morte. Por outro lado, na Roma Antiga, se voc&ecirc; chegasse ao posto de Imperador, deveria calcular bem seus movimentos. Durante toda a exist&ecirc;ncia dessa civiliza&ccedil;&atilde;o, um quinto de seus l&iacute;deres morreu de forma violenta pelas m&atilde;os de seus subordinados.
Como o assassinato de um l&iacute;der n&atilde;o &eacute; algo simples nem acontece do dia para a noite, uma pesquisa divulgada pela <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165176518302532">Economics Letters</a>&nbsp;oferece uma explica&ccedil;&atilde;o para o alto &iacute;ndice de regic&iacute;dios na hist&oacute;ria romana.
A ideia &eacute; que uma &eacute;poca de estiagem prolongada faz com que as colheitas n&atilde;o sejam t&atilde;o fartas, deixando os soldados mal nutridos e mais propensos a revoltas. Ao compararem a quantidade de chuvas na &eacute;poca&nbsp;&mdash; informa&ccedil;&atilde;o obtida atrav&eacute;s da an&aacute;lise dos an&eacute;is de velhos carvalhos que s&atilde;o sens&iacute;veis &agrave; umidade local &mdash;&nbsp;e as informa&ccedil;&otilde;es dispon&iacute;veis sobre revoltas militares e assassinatos de imperadores de 27 a.C. a 476 d.C., os pesquisadores conseguiram tra&ccedil;ar uma correla&ccedil;&atilde;o entre os dados.
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<h2 dir="ltr">N&atilde;o cai &aacute;gua, mas cai o Imperador</h2>
Cornelius Christian, economista na Universidade Brock, e Liam Elbourne, da Universidade St. Francis Xavier, ambas no Canad&aacute;, s&atilde;o os autores do estudo e chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que um decr&eacute;scimo de 20% na m&eacute;dia de chuvas aumentava a probabilidade de o Imperador ser assassinado no ano seguinte. Quem mais sofreu com isso foram os l&iacute;deres que viveram no per&iacute;odo da Dinastia Gordiana, entre 235 d.C. e 285 d.C.: 14 dos 26 imperadores da &eacute;poca morreram de maneiras violentas. Al&eacute;m da quest&atilde;o do clima, esses anos foram marcados por pragas, invas&otilde;es e depress&otilde;es econ&ocirc;micas.
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Um caso emblem&aacute;tico em que, provavelmente, as chuvas tiveram uma influ&ecirc;ncia consider&aacute;vel foi durante os anos em que Vitellius esteve no poder. Seu primeiro cargo relevante foi como governador-geral de uma regi&atilde;o na Germ&acirc;nia, sendo conhecido pelo v&iacute;cio em jogo e pela fome insaci&aacute;vel. Sua benevol&ecirc;ncia suprimia os defeitos e ele era muito querido por seus subordinados, chegando ao posto de Imperador no ano 15 d.C.
Mas, assim que assumiu o cargo de comandante principal romano, mudou seu comportamento e passou a tratar todos de forma rude, aumentando sua rejei&ccedil;&atilde;o pela popula&ccedil;&atilde;o. Coincidentemente, ele foi substitu&iacute;do por Vespasiano em 69 d.C., um ano ap&oacute;s uma grande seca. Vitellius foi arrastado vivo pelas ruas de Roma e, ap&oacute;s a sess&atilde;o de tortura, morto e jogado no rio Tibre.
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Em uma entrevista ao <a href="https://www.livescience.com/63277-roman-emperor-assassinations.html">Live Science</a>, o historiador da Universidade Brown, Jonathan Conant, considerou a hip&oacute;tese da falta de chuva plaus&iacute;vel, apesar de deixar claro que diversos fatores tinham influ&ecirc;ncia sobre o assassinato de um imperador. A maioria dos crimes contra pol&iacute;ticos aconteceu no s&eacute;culo 3, &eacute;poca em que havia infla&ccedil;&atilde;o crescente, surtos de doen&ccedil;as e guerras em andamento, fatos que desestabilizaram o Imp&eacute;rio.
Apesar de todos esse motivos, &ldquo;geralmente h&aacute; uma seca que precede o assassinato do imperador&rdquo;, reafirmou Christian, que complementa: &ldquo;N&atilde;o estamos tentando afirmar que a chuva &eacute; a &uacute;nica explica&ccedil;&atilde;o para todas essas coisas, mas &eacute; apenas uma das muitas vari&aacute;veis que podem causar isso".
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Períodos de estiagem tornavam mais fácil o assassinato de líderes romanos

Além de tudo, ele é do tamanho de um grão de arroz


N&atilde;o faltam no mundo not&iacute;cias catastr&oacute;ficas e pesquisas mostrando que estamos destruindo nosso planeta; por&eacute;m, como tudo na vida tem seu lado bom, descobertas de animais fofos continuam acontecendo. O &uacute;ltimo da lista foi um cavalo-marinho, encontrado na costa do Jap&atilde;o.
<h2 dir="ltr">Cavalo-marinho-pigmeu</h2>
Esses min&uacute;sculos animais, chamados de cavalos-marinhos-pigmeus, medem cerca de 15 mil&iacute;metros, aproximadamente o tamanho de um gr&atilde;o de arroz. Eles possuem um formato achatado e uma cor caleidosc&oacute;pica, fato que os deixou inc&oacute;gnitos por tanto tempo, pois s&atilde;o facilmente confundidos com algas marinhas.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/9qE7czB7Yo0?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Os pesquisadores que fizeram a descoberta o chamaram de Hippocampus japapigu, nome em latim para porco japon&ecirc;s, pois os mergulhadores que fizeram a primeira identifica&ccedil;&atilde;o dos animais encontraram semelhan&ccedil;as com um filhotinho de porco (no v&iacute;deo &eacute; poss&iacute;vel ver que o rosto deles realmente &eacute; parecido).
No <a href="https://zookeys.pensoft.net/article/24799/list/2/">artigo</a> publicado, a equipe cita que a costa do Jap&atilde;o &eacute; reconhecidamente um dos locais no mundo com maior biodiversidade marinha, registrando uma infinidade de esp&eacute;cies de cavalos-marinhos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/08/16/16110514475025.jpg" alt=" />
A descoberta aconteceu durante pesquisas que estavam sendo feitas a 287 quil&ocirc;metros ao sul de T&oacute;quio, em um recife de coral que se distribui por profundidades variadas, entre 5 e 22 metros. Cavalos-marinhos-pigmeus possuem em suas costas&nbsp;estruturas semelhantes a asas, geralmente em pares, mas essa nova esp&eacute;cie se caracteriza por ter somente uma.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/08/16/16110521881026.jpg" alt=" />
Apesar da descoberta recente, os cavalos-marinhos-pigmeus n&atilde;o s&atilde;o raros, apenas pequenos demais para serem notados facilmente; existem apenas cinco esp&eacute;cies registradas na costa do Jap&atilde;o. Al&eacute;m do fato de se alimentarem de pl&acirc;ncton e serem muito ativos, at&eacute; mesmo brincalh&otilde;es, pouco se sabe sobre eles.
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Allan França