Imagem de Pesquisadores usam radar para descobrir cidade romana enterrada  no megacurioso

O georradar é um aparelho com tecnologia centenária ao qual foram agregadas inovações como fotos em alta resolução que permitem uma riqueza de detalhes jamais vistos

<head></head><body>Um artigo publicado na revista Antiquity na última terça-feira (9) registrou um trabalho inédito de arqueólogos que, pela primeira vez, conseguiram mapear uma cidade inteira na Itália, utilizado um radar avançado de penetração no solo, o georradar (GPR). O aparelho revelou detalhes surpreendentes da antiga cidade romana Falerii Novi, que ficava a 50 quilômetros de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114470-praca-do-seculo-ii-e-revelada-por-fenda-aberta-perto-do-panteao.htm">Roma</a>.O que é admirável nesse trabalho é que a tecnologia utilizada permitiu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114754-maior-e-mais-antigo-monumento-maia-e-revelado-no-mexico.htm">"visão" clara</a> das estruturas urbanas que continuaram enterradas, ou seja, nenhuma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114700-cemiterio-de-mamutes-e-encontrado-proximo-a-lago-mexicano.htm">escavação</a> foi necessária para verificar como a cidade evoluiu desde sua construção e posterior ocupação em 241 a.C., até ser abandonada no início do período medieval.Os pesquisadores, da Universidade de Cambridge no Reino Unido e da Universidade de Ghent na Bélgica, concluíram que "esse tipo de pesquisa tem o potencial de revolucionar estudos arqueológicos de locais urbanos, além de desafiar os métodos atuais de analisar e publicar conjuntos de dados GPR em larga escala".<h2>Enxergando o passado</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Verdonck et al., 2020/Antiquity&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.cnn.com/cnnnext/dam/assets/200608155615-01-ancient-finds-gallery-falerii-novi-map-labels-exlarge-169.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/11/11010515256351.jpg" alt="Fonte: Verdonck et al., 2020/Antiquity - Reprodução">Fonte: Verdonck et al., 2020/Antiquity - ReproduçãoO uso do GPR revelou que Falerii Novi tinha uma rede de tubulações de água, um complexo de termas, mercado, templo e um monumento público. O layout e o design dessa cidade romana revelaram-se diferentes de outros centros urbanos estudados ao longo dos anos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114352-ruinas-de-pompeia-tem-evidencias-de-reciclagem-de-lixo.htm">Pompeia</a> e Ostia Antica.Embora a cidade tenha menos da metade do tamanho de Pompeia, o seu templo, o mercado e complexo de banhos são bem mais elaborados do que se imaginava, e diferentes de todas as estruturas arquitetônicas já estudadas. Utilizando um veículo do tipo "all-terrain" no solo, os pesquisadores fizeram leituras a cada 5 polegadas (12,7 cm).&nbsp;O diferencial desta pesquisa foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/novidades/">avanços</a> introduzidos na centenária tecnologia do radar de penetração no solo, que permitiram aos pesquisadores fazer o mapeamento dos 30,5 hectares da cidade em alta resolução, e de forma rápida.&nbsp;Um dos autores do estudo, o professor de Arqueologia Clássica Martin Millet está animado: "É emocionante e agora realista imaginar o GPR sendo usado para pesquisar uma grande cidade como Miletus na Turquia, Nicopolis na Grécia ou Cyrene na Líbia. Ainda temos muito a aprender sobre a vida urbana romana, e essa tecnologia deve abrir oportunidades sem precedentes nas próximas décadas."</body>

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Pesquisadores usam radar para descobrir cidade romana enterrada 

Imagem de Pesquisa diz que isolamento social pode reduzir nosso tempo de vida no megacurioso

Cientistas afirmam que pessoas que pertencem a clubes esportivos, igrejas e grupos de hobby têm menos chance de adoecer

<head></head><body>Num artigo publicado no mês de maio na revista científica Trends in Cognitive Science, dois pesquisadores, um canadense e um britânico, exploram, através da Neurobiologia e da Psicologia Experimental, as possíveis consequências negativas do isolamento social a que todos estamos expostos. E, o que é pior, em escala global.Danilo Bzdok e Robin Dunbar, os autores, partem da premissa de que o ambiente social tem "um impacto dramático em nosso senso de satisfação vital e bem-estar". Dessa forma, em momentos aflitivos ou caóticos, a nossa resiliência irá depender da qualidade das nossas conexões sociais, seja em grupos familiares ou de amigos, como em comunidades.Citando evidências provenientes de diferentes áreas do conhecimento, a pesquisa conclui que a solidão pode ser considerada a maior ameaça à sobrevivência humana e à própria longevidade. A conclusão é de que, em longo prazo, o isolamento social pode levar a uma vida útil mais curta.<h2>A Neurobiologia do isolamento social</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10102243356190.jpg" alt="Fonte: McGill University">Fonte: McGill UniversityEssas afirmações não ficam apenas no campo do bem-estar psicológio, mas aborda também a saúde física. Citando um estudo de 2019 da Organização Mundial da Saúde, que considerou a solidão com uma grande problema de saúde global, a pesquisa mostra alguns pontos sobre o seu impacto em nossas vidas:<ul><li>para sobrevivermos durante o nosso ciclo vital, dependemos de relacionamentos interpessoais fortes, não quantitativamente, mas de qualidade;</li><li>o isolamento social é um preditor significante do risco de morte;</li><li>a falta de estimulação social tem um impacto negativo sobre várias funções vitais, como desempenho do raciocínio, memória, homeostase hormonal, funcionamento do sistema nervoso central, e resistência a doenças físicas e mentais;</li><li>como uma doença contagiosa, a solidão pode se espalhar em redes sociais, reforçando uma percepção negativa, contribuindo para mais morbidade e mortalidade e, no caso de pessoas idosas, antecipando o surgimento de demências, como a doença de Alzheimer.</li></ul>Explorando a neurobiologia do isolamento social e suas consequências para nossa saúde física e para o nosso bem-estar, os dois cientistas afirmam que humanos são seres sociais e que o convívio é psicologicamente e fisicamente benéfico. Quanto mais fortes os laços de amizade, menor a chance de adoecermos, e maiores as taxas de sobrevivência.<h2>Campanha para acabar com a solidão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10101433732185.jpg" alt="Fonte: Campaign to End Loneliness/Divulgação">Fonte: Campaign to End Loneliness/DivulgaçãoBzdok, que é professor de engenharia biomédica na McGill University e da Mila - Quebec Artificial Intelligence, no Canadá, diz que "a interação social e a cooperação alimentaram a rápida ascensão da cultura e civilização humanas. No entanto, as espécies sociais lutam quando forçadas a viver isoladas".&nbsp;Dunbar, coautor da pesquisa e professor da Universidade de Oxford, destaca que a preocupação com o aumento de pessoas sozinhas fez com que o Reino Unido lançasse a "Campanha para acabar com a solidão", uma rede de organizações locais, regionais e nacionais que busca criar condições para que pessoas tenham menos solidão na etapa final de suas vidas.isso mostra que, além do reconhecimento público, é preciso ter vontade política para enfrentar esse problema muitas vezes negligenciado, mas que representa hoje um crescente desafio social. Não é preciso nem dizer o quanto essas preocupações aumentaram quando esse isolamento teve que ser imposto devido à crise da covid-19.Embora aceita e publicada, esta pesquisa está na forma pre-proof, o que significa que ainda não é a versão definitiva do seu registro. Porém, pela sua relevância e pelo seu impacto na análise de um fenômeno atual, está sendo divulgada porque sua visibilidade pode ser útil a muitas pessoas e também permitir algumas correções e alterações.O isolamento social, neste momento da pandemia em nosso país, é necessário e representa a única forma de defesa contra a disseminação do novo coronavírus.</body>

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Pesquisa diz que isolamento social pode reduzir nosso tempo de vida

Imagem de "Trabalho chato" rende indenização de US$ 45 mil a ex-funcionário no megacurioso

O caso de Frederic Desnard se destacou nas manchetes mundiais por criar uma nova doença laboral, o 'bore out'

<head></head><body>Frederic Desnard, funcionário de uma perfumaria parisiense, onde ocupou o cargo de gerência até 2015, &nbsp;processou o seu ex-empregador por considerar o seu trabalho tão chato que o levou a uma crise de depressão e sua posterior demissão. O caso, que tramitava na justiça francesa desde 2014, terminou com a vitória do ex-gerente, que recebeu uma indenização de US$ 45 mil, cerca de R$ 220 mil reais.Quando Desnard entrou com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110563-o-que-sao-as-peticoes-online-elas-valem-alguma-coisa-saiba-tudo.htm">a ação</a> contra a Interparfum, virou manchete em todas as mídias mundiais por demandar uma compensação de cerca de US$ 400 mil (ou R$ 2 milhões) por submetê-lo a um trabalho maçante que, em determinado momento, lhe causou uma crise epilética que culminou num estado depressivo permanente.Nas alegações, o empregado informou também que a empresa o afastou do trabalho por vários meses para, posteriormente, demiti-lo justamente em razão dessa ausência prolongada. Desnard, que tem hoje 48 anos, venceu a causa após quatro anos de litígio na justiça do trabalho francesa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09225957546070.jpg" alt="Perfumaria Interparfum, onde Desnard era submetido ao tédio">Perfumaria Interparfum, onde Desnard era submetido ao tédio<h2>O julgamento inédito</h2>O Tribunal de Apelação de Paris chegou à conclusão de que Frederic Desnard foi acometido de uma síndrome de "bore out" que, ao contrário do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111379-sindrome-de-burnout-e-reconhecida-oficialmente-como-doenca.htm">burnout</a> (no qual o funcionário está sobrecarregado de trabalho), ocorre pela total falta de estímulos no trabalho, tornando o sujeito destruído e envergonhado, a ponto de ter convulsões enquanto dirigia.Em sua defesa, a Interparfum alegou que Frederic Desnard jamais se queixara de seu trabalho chato ou da falta de estímulos nos seus quatros anos em que serviu à empresa. A queixa, segundo os empregadores, só ocorreu quando ele soube de sua demissão.Apesar de o termo "bore out" nem existir na terminologia jurídica, ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/mais-lidas">médica</a>, quando Desnard entrou com a ação em 2014, o Tribunal de Apelação decidiu que causar tédio nos empregados pode ser considerado um tipo de assédio moral. Concordou, assim, com a tese do reclamante, mas determinou que a indenização fosse 10% do valor solicitado originalmente.&nbsp;O caso surpreendeu especialistas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/direito/">Direito&nbsp;</a>que viam a demanda como um tipo de piada. O veredito, no entanto, foi inédito na França e provavelmente irá abrir precedentes para futuros pleitos nesse sentido. <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/mais-lidas">Processar</a> patrões por ter pouco serviço ou por receber tarefas chatas pode se tornar uma tendência no futuro das relações trabalhistas.</body>

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'Trabalho chato' rende indenização de US$ 45 mil a ex-funcionário

Imagem de Conheça Nagoro, a vila japonesa onde bonecos substituem os mortos no megacurioso

Quando retornou à sua cidade natal, a artesã Tsukimi Ayano não imaginava que iria repovoá-la com as suas obras 

<head></head><body>Como a maioria das áreas rurais do Japão, a aldeia de Nagoro, situada na ilha de Shikoku, tem se destacado pela absoluta ausência de crianças ou jovens entre as 35 famílias que lá habitam. No entanto, as ruas da cidade não estão vazias; na verdade, estão repletas de... <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114574-the-silent-people-disposicao-artistica-assusta-pessoas-no-google-maps.htm">bonecos</a>!Há um certo tempo em que bonecos do tamanho de seres humanos vêm substituindo a ausência de moradores no pequeno vilarejo. Hoje pode-se afirmar que os bonecos já se <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/mais-lidas">sobrepõem</a> às pessoas na proporção de dez para um.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09211201730050.jpg" alt="Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - Reprodução">Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - ReproduçãoConfeccionados por uma artesã local, os bonecos já são tantos que a vila passou a ser conhecida como Kakashi No Sato, ou Vila dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114223-a-macabra-casa-das-bonecas-da-avenida-iztacalco-n-9.htm">Espantalhos</a>, e é um símbolo das alterações demográficas japonesas, onde jovens do interior do país migram para grandes centros urbanos em busca de melhores oportunidades de trabalho e estudo.Essas migrações em massa têm um profundo impacto na economia e na vida das pequenas comunidades como a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/mais-lidas">Nagoro</a> que, em virtude do declínio das taxas de natalidade, hoje não possui sequer um supermercado para atender aos seus habitantes.<h2>Tsukimi Ayano, a criadora dos bonecos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09211419822052.jpg" alt="Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - Reprodução">Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - ReproduçãoNatural de Nagoro, Tsukimi Ayano passou a maior parte da sua vida em Osaka, a terceira maior cidade do Japão. Quando decidiu voltar para casa, em 2001, recebeu a notícia que, dos mais de 300 habitantes do lugar em que cresceu apenas 30 permaneciam na cidade.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09211645159054.jpg" alt="Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - Reprodução">Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - ReproduçãoTriste pela partida de tanta gente, foi para a sua antiga casa onde um incidente serviu de inspiração para que ela iniciasse sua criação de bonecos. Ela fez um espantalho para a sua horta e o vestiu com as roupas de seu falecido pai. Ao ver a obras, as pessoas diziam ter pensado que era o seu pai que estava ali, cultivando as plantas cedinho.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09211840575056.jpg" alt="Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - Reprodução">Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - ReproduçãoNão demorou para que iniciassem uma "conversa" com o boneco. "Bom dia, você está trabalhando muito cedo", diziam. Os moradores gostaram tanto do capricho com que fez os espantalhos que ela continuou produzindo. De palha, tecido, jornais ou roupas velhas, ela está sempre trabalhando, não só para aprimorar sua técnica, mas para substituir os que se deterioram.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09211945808058.jpg" alt="Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - Reprodução">Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP - ReproduçãoDepois de ter confeccionado mais de 400, ela diz que a parte mais difícil de fazer em um boneco é a boca, que, segundo Ayano, é a chave para fazer com que as expressões pareçam realistas</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.493Z

Conheça Nagoro, a vila japonesa onde bonecos substituem os mortos

Imagem de Concentrações de CO2 na atmosfera atingem seu registro mais alto no megacurioso

A quarentena teve um efeito atenuador na poluição no mundo, mas não se engane: as coisas ainda estão piores do que nunca

Na &uacute;ltima quinta-feira (4), <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/mais-lidas">cientistas&nbsp;</a>do NOOA (National Oceanic &amp; Atmospheric Administration) e do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Calif&oacute;rnia fizeram uma an&uacute;ncio preocupante: os n&iacute;veis de di&oacute;xido de carbono (CO2) atmosf&eacute;rico medidos pelo Observat&oacute;rio Mauna Loa no Hava&iacute; atingiram um pico sazonal de 417,1 partes por milh&atilde;o (ppm) em maio deste ano.
Esse valor representa a maior leitura mensal j&aacute; registrada desde 1958, quando o observat&oacute;rio iniciou essas medi&ccedil;&otilde;es. O valor deste ano foi 2,4 ppm superior ao pico hist&oacute;rico registrado em maio do ano passado, que foi de 414,7 ppm. Desde que os n&iacute;veis de CO2 atmosf&eacute;rico ultrapassaram a casa de 400 ppm em 2014, permaneceram em n&iacute;veis jamais experimentados no planeta <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114771-conteudo-do-estomago-de-um-dinossauro-e-revelado-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em milh&otilde;es de anos</a>.
Para o cientista Pieter Tans, da NOAA, "o progresso na redu&ccedil;&atilde;o de emiss&otilde;es n&atilde;o &eacute; vis&iacute;vel nos registros de CO2".
As causas desses recordes seguidos s&atilde;o as emiss&otilde;es provenientes da queima direta de combust&iacute;veis f&oacute;sseis na produ&ccedil;&atilde;o de energia, nos transportes e na ind&uacute;stria. Ainda que os seres humanos parassem de emitir CO2, afirma o cientista, levaria milhares de anos para que os valores fossem revertidos aos n&iacute;veis <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114800-o-grande-smog-que-matou-milhares-de-pessoas-em-londres.htm">pr&eacute;-industriais</a>.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10182350097252.jpg" alt="Fonte: NOAA and Scripps Institution of Oceanography" /> (Fonte: NOAA and Scripps Institution of Oceanography)
<h2>A Curva de Keeling</h2>
Pioneiro nessas medi&ccedil;&otilde;es, o cientista norte-americano Charles David Keeling, falecido em 2005, foi a primeira pessoa a observar que, mesmo com as eleva&ccedil;&otilde;es anuais dos n&iacute;veis de CO2, esses valores sempre exibem uma flutua&ccedil;&atilde;o sazonal com pico no m&ecirc;s de maio, pouco antes de as plantas come&ccedil;arem a absorver o g&aacute;s no hemisf&eacute;rio norte durante o ver&atilde;o.
Por&eacute;m, no outono boreal, inverno e in&iacute;cio de primavera, as plantas e os solos emitem CO2, elevando naturalmente os n&iacute;veis, o que ocorre at&eacute; maio. O registro desse aumento cont&iacute;nuo em contraste com o ciclo sazonal ficou conhecido como Curva de Keeling.
Pieter Tans explica que a import&acirc;ncia dessas medidas &eacute; constatar que "os n&iacute;veis crescentes de gases que causam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114790-esfriar-a-terra-refletindo-radiacao-solar-nao-e-uma-boa-ideia.htm">efeito estufa</a> est&atilde;o aquecendo a superf&iacute;cie da Terra, derretendo o gelo e acelerando a eleva&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114755-aumento-do-nivel-do-mar-pode-extinguir-manguezais-em-2050.htm">n&iacute;vel dos mares</a>".
E conclui: "Se n&atilde;o impedirmos que os gases de efeito estufa subam ainda mais, especialmente o CO2, grandes regi&otilde;es do planeta se tornar&atilde;o inabit&aacute;veis".

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Concentrações de CO2 na atmosfera atingem seu registro mais alto

Imagem de O riacho assassino da Inglaterra é o lugar mais perigoso do mundo no megacurioso

Um trecho de rio aparentemente raso e calmo esconde fortes correntezas e uma profundidade incalculável

Num trecho do rio Wharfe, localizado entre a Barden Tower e a Abadia de Bolton na regi&atilde;o de Yorkshire no norte da Inglaterra, fica o local mais perigoso do mundo. Conhecido como Bolton Strid, o trecho de &aacute;gua tem uma taxa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/mais-lidas">mortalidade</a> de 100%, ou seja, toda pessoa que cair ali ter&aacute; morte certa.
Embora n&atilde;o haja um registro oficial das mortes ocorridas no Strid, sabe-se pelas refer&ecirc;ncias liter&aacute;rias que n&atilde;o apenas pessoas de Yorkshire mas de toda a Inglaterra j&aacute; foram v&iacute;timas da armadilha aparentemente calma. Hoje existem nas margens placas com os dizeres: "O Strid &eacute; perigoso e <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/mais-lidas">reivindicou vidas</a> no passado. Por favor, afaste-se. E cuidado com as pedras escorregadias!"
O rio Wharfe (derivado da palavra "weorf", ou rio sinuoso) tem cerca de 105 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o e, desde as suas nascentes em Green Field Beck e Oughtershaw, &eacute; raso e largo com uma dist&acirc;ncia m&eacute;dia entres as margens de nove metros. Por&eacute;m, ao chegar no Strid, essa dist&acirc;ncia entre margens cai para cerca de apenas um metro.
Esse estreitamento das margens cria uma esp&eacute;cie de gargalo que aumenta a press&atilde;o da correnteza fazendo com que a &aacute;gua corroa a parte inferior das rochas, criando um abismo profundo do qual n&atilde;o se sabe ao certo a extens&atilde;o. Especula-se tamb&eacute;m que a &aacute;gua tenha esculpido um labirinto subterr&acirc;neo sob as pedras.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/mCSUmwP02T8?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>A (m&aacute;) fama mundial</h2>
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/mais-lidas/">proje&ccedil;&atilde;o mundial</a> do Bolton Strid come&ccedil;ou em 2016, quando o youtuber ingl&ecirc;s Tom Scott postou um v&iacute;deo que chamou de "O trecho de &aacute;gua mais perigoso do mundo&rdquo;. Embora reconhe&ccedil;a no v&iacute;deo que h&aacute; muitas outras &aacute;guas turbulentas e mortais no planeta, &eacute; a apar&ecirc;ncia calma do Strid que o torna t&atilde;o enganoso e letal.
O nome "strid" &eacute; ir&ocirc;nico pois significa uma "passada" e isso acontece com muitas pessoas. "Geralmente voc&ecirc; pode v&ecirc;-los chegando, mas este &eacute; apenas um riacho de apar&ecirc;ncia inocente no meio da floresta", diz Scott. "Voc&ecirc; pode simplesmente pular sobre ele -- e algumas pessoas o fazem. Mas, se voc&ecirc; errar o pulo, ele te mata."
A &uacute;ltima trag&eacute;dia registrada no local ocorreu no ano de 2010, quando um garoto de 13 anos escorregou num banco rochoso, caiu na &aacute;gua e se foi para sempre. O curioso &eacute; que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/lendas-urbanas/mais-lidas">p&eacute;ssima fama</a> do local tem atra&iacute;do cada vez mais caminhantes e aventureiros.

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O riacho assassino da Inglaterra é o lugar mais perigoso do mundo

Imagem de DNA dos manuscritos do Mar Morto revelam pistas sobre sua origens no megacurioso

Desde sua descoberta há 80 anos, os pergaminhos vinham sendo analisados apenas visualmente. Agora surge uma nova tecnologia.

<head></head><body>Numa declaração feita no início deste mês (2) ao site EurekAlert, o professor Oded Rechavi, da Tel Aviv University, em Israel, afirmou que os mais de 25 mil fragmentos de antigos pergaminhos conhecidos como os Manuscritos do Mar Morto apresentam dois grandes desafios para a ciência.O primeiro é que a maioria deles não foi achada inteira, mas desintegrada em milhares de fragmentos que tiveram que ser montados como um grande quebra-cabeça com muitas peças perdidas para sempre, e outras, no caso das composições não bíblicas, das quais não se tem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/novidades/">menor ideia</a> de como o texto deve ser ordenado.O segundo desafio refere-se à origem dos pergaminhos, pois a maioria deles não foi obtida diretamente das 11 cavernas de Qumran perto do mar Morto, mas sim de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114631-reliquia-iraquiana-adquirida-ilegalmente-sera-devolvida-ao-pais.htm">antiquários</a>. Como essa origem dos fragmentos não está clara, torna-se muito difícil reuni-los e "montá-los" em seu contexto histórico original.A metáfora do quebra-cabeça não é imprópria, pois desde o descobrimento dos manuscritos nas décadas de 1940 e 1950, o que os estudiosos têm feito é tentar encaixar as peças pelas suas propriedades visíveis e até utilizando técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114610-novas-inscricoes-sao-descobertas-nos-manuscritos-do-mar-morto.htm">imagem multiespectral</a>. Porém, ficam sempre limitados à comparação visual dos elementos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Israel Antiquities Authority/Shai Halevi&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.iflscience.com/images/3c2b2901-b23e-5c36-99d3-fd094f10bbdc/content-1590777201-this-image-shows-one-of-the-qumran-caves-where-the-dead-sea-scroll-fragments-were-found-credit-courtesy-of-the-israel-antiquities-authority-photographer-shai-halevi-1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10144355293107.jpg" alt="Uma das cavernas de Qumran onde os pergaminhos foram encontrados">Uma das cavernas de Qumran onde os pergaminhos foram encontrados<h2>Pesquisando o DNA</h2>O que Rechavi está propondo, num estudo realizado com seu colega de universidade Noam Mizrahi e com o sueco Mattias Jakobsson da Universidade de Upsala, são outras pistas. De cada peça, eles extraíram o antigo DNA dos animais cuja pele foi utilizada para fazer os pergaminhos. Depois, como nas análises forenses do tipo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107147-quanto-tempo-a-policia-tem-para-usar-um-morto-e-desbloquear-seu-celular.htm">CSI</a>, eles correlacionam características dos animais com a linguagem dos textos.Um fato inicial que ainda não era cientificamente comprovado é que a maioria dos pergaminhos é feita de pele de ovelhas. Os pesquisadores então perceberam que peças feitas com a pele da mesma ovelha deveriam estar correlacionadas, assim como de outras ovelhas intimamente ligadas, rejeitando-se outras espécies de ovelhas e outros animais.Rechavi reconhece que, embora essas evidências do <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/novidades/">DNA</a> aumentem a compreensão, elas são capazes apenas de "revelar parte da imagem e não resolver todos os mistérios".Porém, à medida que mais amostras sejam testadas, o que se espera é um "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112933-populacao-brasileira-tera-o-genoma-mapeado-pela-primeira-vez.htm">genoma</a>" completo dos pergaminhos do Mar Morto que pode ajudar a desvendar — ou pelo menos esclarecer mais — esse mistério milenar.</body>

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DNA dos manuscritos do Mar Morto revelam pistas sobre sua origens

Imagem de Homem na Bélgica recebe pizzas que nunca pediu há quase 10 anos no megacurioso

Acuado no isolamento social em sua casa, um homem diz não conseguir mais dormir e, se escuta o barulho de uma scooter de entregas, começa a ter um colapso nervoso

O cidad&atilde;o Jean Van Landeghem de 65 anos, morador de Turnhout, uma cidade da prov&iacute;ncia belga da Antu&eacute;rpia, recebe regularmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113638-pizzaria-incentiva-a-adocao-colocando-imagens-de-caes-em-caixas.htm">pizzas&nbsp;</a>entregues em sua casa h&aacute; quase dez anos. O que torna curioso esse fato, no entanto, &eacute; que ele jamais pediu nenhuma delas.
A princ&iacute;pio, ele n&atilde;o reclamou pensando se tratar apenas de uma confus&atilde;o de endere&ccedil;o ou do pr&oacute;prio entregador. Por&eacute;m, com o passar do tempo a situa&ccedil;&atilde;o foi se tornando "pior", pois outros tipos de alimentos, como kebabs ou pittas, espetinhos e p&atilde;es &aacute;rabes, tamb&eacute;m come&ccedil;aram a aparecer
Logicamente, Van Landeghem nunca teve de pagar por essas entregas, n&atilde;o apenas porque n&atilde;o solicitou, mas tamb&eacute;m porque sempre se recusou a receb&ecirc;-las. Por&eacute;m, ter sistematicamente um bando de pessoas batendo na sua porta em diversas horas do dia &mdash; e tamb&eacute;m da noite &mdash; para entregar coisas n&atilde;o pedidas foi se tornando uma experi&ecirc;ncia bem inc&ocirc;moda.
Reconstituindo sua primeira experi&ecirc;ncia de recebimento de "pizzas fantasmas", o belga descreve: &ldquo;Come&ccedil;ou h&aacute; nove anos. De repente, um entregador de pizza veio me entregar um mont&atilde;o de pizzas. Mas eu n&atilde;o tinha pedido nada &rdquo;.
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<h2>Uma conspira&ccedil;&atilde;o?</h2>
Em entrevista ao jornal holand&ecirc;s Het Laatste Nieuws, Van Landeghem descreve o seu calv&aacute;rio gastron&ocirc;mico: &ldquo;Pode ser em um dia de semana ou nos finais de semana e a qualquer hora do dia", diz o homem, que j&aacute; chegou a receber encomendas n&atilde;o solicitadas &agrave;s duas horas da manh&atilde;.
O mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/mais-lidas">bizarro&nbsp;</a>sobre este evento &eacute; que um amigo de Jean, morador de uma cidade vizinha, experimentou um problema parecido que teve in&iacute;cio exatamente no mesmo per&iacute;odo em que as entregas come&ccedil;aram para ele. Isso os fez acreditar se trata de uma esp&eacute;cie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/mais-lidas">pegadinha</a> bolada por algum "amigo" ou conhecido em comum.
Os dois chegaram at&eacute; a combinar de se comunicarem na hora das entregas e perceberam que elas ocorrem nas duas cidades exatamente nas mesmas horas.
Devido a essa poss&iacute;vel intencionalidade, os dois recebedores compuls&oacute;rios de pizzas entraram com uma queixa no departamento de pol&iacute;cia das duas cidades. Por&eacute;m, Van Landeghem reconhece que n&atilde;o h&aacute; um empenho das autoridade em resolver o caso e que, para usar uma express&atilde;o brasileira, tudo sempre acaba em pizza!

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.174Z

Homem na Bélgica recebe pizzas que nunca pediu há quase 10 anos

Imagem de Droga para tratamento do câncer tem sucesso contra a covid-19 no megacurioso

Alguns pacientes com casos moderados e graves de covid-19 demonstraram uma reação 'excessiva' de resposta imunológica devido a grande liberação de citocinas

<head></head><body>Um estudo publicado na revista científica Science Immunology&nbsp;na última sexta-feira (05) revelou que uma uma droga conhecida como acalabrutinibe, bloqueadora de uma proteína tirosina quinase de Bruton (BTK), normalmente utilizada no tratamento de vários tipos de câncer no sangue, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113951-so-noticias-boas-sobre-o-coronavirus.htm">revelou-se promissora</a> no tratamento de alguns pacientes com covid-19.Os autores do artigo, todos pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer do Instituto Nacional do Câncer norte-americano explicaram o funcionamento da referida substância no organismo humano.Segundo eles, a BTK atua no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114767-pesquisadores-italianos-desvendam-chave-que-controla-covid-19.htm">sistema imunológico</a> regulando a produção de citocinas, proteínas que funcionam como mensageiras químicas que auxiliam o comportamento imune do organismo. No pequeno grupo de pacientes com a covid-19, o que perceberam é que uma grande quantidade de citocinas é liberada de uma só vez, mais prejudicando do que ajudando o organismo. &nbsp;O que os pesquisadores fizeram foi tentar reduzir essa reação exagerada do sistema imune causada pela "inundação" de citocinas, o que foi feito testando-se a eficácia da acalabrutinibe para esse fim.&nbsp;Para isso, selecionaram 19 pacientes com diferentes graus de covid-19 hospitalizados. Todos tinham níveis de oxigênio reduzido no sangue e processos inflamatórios. Do total, 11 pacientes apresentaram estado moderado e os nove restantes, pela gravidade do quadro, precisaram utilizar respiradores ao menos em uma ocasião.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09110151675079.jpg" alt="Fonte: Pfarma/Divulgação">Fonte: Pfarma/Divulgação<h2>Resultado da Pesquisa</h2>Nos Resultados da pesquisa, constatou-se que, dos 11 pacientes com quadros moderados da covid-19 tratados com a droga, oito voltaram a respirar sozinhos e obtiveram suas altas em menos de uma semana após iniciado o tratamento. Daqueles em estado grave, quatro saíram dos ventiladores, dois tiveram alta e os dois restantes faleceram.Os resultados obtidos indicaram que "direcionar a resposta inflamatória excessiva com inibidores BTK é uma estratégia terapêutica para casos graves de covid-19, e obteve uma confirmação positiva no ensaio clínico aleatorizado".&nbsp;Porém, alertam os pesquisadores, isso não significa a descoberta de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114690-covid-19-empresa-paulista-espera-ter-a-vacina-no-comeco-de-2021.htm">nova droga</a>, pois a acalabrutinibe não está aprovada para combater diretamente o novo coronavírus. Trata-se de um medicamento aprovado no tratamento de alguns tipos de câncer que foi utilizado com sucesso em alguns sintomas da covid-19.O objetivo geral do presente estudo foi estimular <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/novidades/">novas pesquisas&nbsp;</a>com a nova droga.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.081Z

Droga para tratamento do câncer tem sucesso contra a covid-19

Imagem de O que é gás lacrimogêneo? no megacurioso

Utilizado para conter e dispersar tumultos, os efeitos futuros do gás lacrimogêneo ainda não são completamente entendidos

<head></head><body>Durante a atual onda de protestos pela morte brutal de George Floyd por policiais nos Estados Unidos e contra o racismo sistêmico, milhares de pessoas foram às ruas, e em alguns casos foram reprimidas por forças de segurança que utilizaram o gás lacrimogêneo.&nbsp;Também no Brasil, em manifestações realizadas pela democracia no final do mês passado (31), milhares de pessoas foram expostas à substância e tiveram a sensação de ardência, picada e asfixia do "gás". Quem estava de máscara para se proteger da covid-19, teve que arrancá-la para respirar.A agência de jornalismo investigativo norte-americana ProPublica, que se dispõe a "expor abusos de poder e traições da confiança pública", lançou um alerta na última quinta-feira (4) sobre os perigos do agente químico.Após ouvir especialistas, eles afirmam que o gás lacrimogêneo não é seguro e pode trazer sérios danos à <a href="https://www.megacurioso.com.br/nutricao-e-saude/novidades/">saúde</a> em longo prazo. Pior: os irritantes químicos prejudicam mesmo aqueles que não são alvos, como as pessoas que estão dentro de casa ou em locais próximos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/07/07112439877038.webp" alt="Fonte: Mark Makela/Getty Images-Reprodução">Fonte: Mark Makela/Getty Images-Reprodução<h2>Que gás é esse?</h2>A verdade é que não existe um gás lacrimogêneo. Este é só um nome genérico para um grupo de substâncias químicas irritantes que, ao causar uma sensação imediata de queimação, são capazes de dispersar multidões.Esses agentes químicos (nos EUA se usa o 2-clorobenzilideno malononitrilo) causam irritação nas mucosas e nos olhos, com lacrimejamento (daí o nome do gás), espasmos nas pupilas, tosse, dificuldade para respirar e ardência na pele.O desconforto acontece quando os químicos atingem um receptor cerebral específico chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105188-voce-sabe-o-que-exatamente-e-o-wasabi.htm">TRPA1</a>, que dispara uma sensação de dor no sistema nervoso. Os órgãos reagem e tentam "afogar" o invasor com fluidos corporais, principalmente lágrimas e muco.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/07/07112932125039.jpg" alt="Fonte: Jose Carlos Fajardo/Getty Images - Reprodução">Fonte: Jose Carlos Fajardo/Getty Images - Reprodução<h2>Gás lacrimogêneo é uma arma química?</h2>A Convenção Internacional de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114723-detector-de-bombas-pode-identificar-casos-graves-de-covid-19.htm">Armas Químicas</a>, assinada em Genebra no ano de 1993, proibiu a utilização do gás lacrimogêneo em locais onde <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/novidades/">força militares</a> estiverem em guerra. &nbsp;Isso se deve ao fato de que suas concentrações em altos níveis e em espaços fechados podem ser letais.No Brasil, as Forças Armadas e de segurança pública podem usar o gás lacrimogêneo em situações extremas como briga de torcidas, tumulto generalizado e rebeliões em presídios como recurso último, após frustrados outros recursos, como presença ostensiva e armas de efeito moral.Na última terça-feira (2) um grupo de 1.300 profissionais da saúde dos Estados Unidos assinou um pedido para que as polícias não usem o gás lacrimogêneo ou outros irritantes <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/mais-lidas/">durante a pandemia</a> "por tornar o trato respiratório mais suscetível à infecção".</body>

Jorge Marin