Ao observar diversos detalhes das nuvens, fica muito mais fácil saber se deve chover em breve ou não; entenda

Independentemente se a previsão do tempo indica a ocorrência de um dia ensolarado, quando vemos uma nuvem ganhando maior espaço no céu, já ficamos em dúvida se irá chover ou não. Felizmente, também podemos recorrer diariamente à observação das nuvens e de alguns padrões para explorar a probabilidade de a chuva ocorrer.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/01/01122852621124.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Fonte: Getty Images/Reprodução</figcaption></figure></figure><h2>As diferentes nuvens que vemos no céu</h2>A formação de nuvens&nbsp;cumulus&nbsp;provam isso: num dia ensolarado e quente, parte desse calor que a terra recebe é refletido e retorna para o ar. Assim, nuvens que parecem ser feitas de algodão, de baixa altitude, surgem.Se essas nuvens que lembram as famosas ovelhinhas que contamos se apresentam planas no mesmo nível, não é necessário se alarmar. Mas como também&nbsp;estão mais presentes ao longo do verão, pode acontecer das cumulus darem vida às&nbsp;cumulonimbus.Ou seja: se as cumulus estão se agrupando e ficando numerosas e densas no céu, é sinal que há uma chuva forte e volumosa se formando. Isso porque é justamente o crescimento ativo que indica o potencial da chuva.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/01/01123005347128.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Fonte: Getty Images/Reprodução</figcaption></figure></figure>Para nós, as cumulonimbus parecem muito espessas, mas a verdade é que elas são mais finas na região das bordas. Inclusive, essa característica indica a presença de cristais de gelo nelas, que não evaporam tão rapidamente. Nesse tipo de nuvem, o topo é mais achatado e o ar quente se move para cima por convecção.Cirrus, por sua vez, são nuvens finas, formadas por cristais de gelo, e aparecem em áreas mais elevadas da nossa atmosfera. A depender de como os ventos sopram, essas nuvens podem adquirir um formato de gancho. Em geral, elas só indicam a ocorrência de precipitações em regiões de maior altitude.Se essas nuvens se abaixam, adquirindo um aspecto mais espesso em&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124444-para-que-servem-os-baloes-de-alta-altitude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">altitudes</a>&nbsp;mais baixas, por outro lado, é sinal de uma frente quente chegando, já que esse movimento caracteriza a transição. E por conta disso, também significa que chuvas podem ocorrer nas próximas 12 horas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04104506487081.jpg" alt="(Fonte: Getty IMages/Reprodução)"><figcaption>Fonte: Getty Images/Reprodução</figcaption></figure></figure>Já as nuvens&nbsp;stratus, mais finas, embora lembrem um nevoeiro, podem até provocar uma garoa, mas não são sinônimo de chuva. Naturalmente, há situações que podem dificultar a observação do céu, como quando essas nuvens bloqueiam a visão. Por isso, se tiver reparado como o céu se apresentava antes delas se formarem, fica mais fácil antecipar a chuva.Tanto é que, uma vez que desaparecem logo no início da manhã, deixam o dia ensolarado à vista. Mas se antes delas surgirem havia outras camadas de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124207-6-fenomenos-naturais-incriveis-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvens</a>&nbsp;mais altas se acumulando, poderá chover horas depois, durante a tarde.As nuvens altostratus, por outro lado, embora semelhantes às stratus, surgem em altitudes mais elevadas. Elas podem ser vistas no amanhecer e anoitecer, com seus belos tons avermelhados. Mas elas também indicam a aproximação de chuvas, e isso pode ser observado quando ocorre o acúmulo delas, muitas vezes até bloqueando a visão do sol.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04105345604085.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Fonte: Getty Images/Reprodução</figcaption></figure></figure><h2>Detalhes a serem considerados</h2>Assim como as cumulonimbus, as nimbostratus, nuvens escuras que adquirem uma grande extensão, encobrindo todo o céu, são associadas às&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119107-o-que-realmente-significa-ter-50-de-chance-de-chuva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuvas</a>. Mas é importante ter em mente que é a&nbsp;dinâmica ocorrida como um todo que deve ser considerada: são as&nbsp;nuvens que adquirem múltiplas camadas do céu ao mesmo tempo que resultam em tempestades.Identificar o tamanho e a altitude das nuvens, portanto, é bastante útil. E da mesma forma, ficar de olho na direção e velocidade do vento e eventuais sinais de crescimento ativo das nuvens é fundamental para conhecer os diferentes padrões climáticos e detectar se há alguma transição ocorrendo.

large_GettyImages-1263562386.jpg

medium_GettyImages-1263562386.jpg

small_GettyImages-1263562386.jpg

thumbnail_GettyImages-1263562386.jpg

GettyImages-1263562386.jpg

Como saber se vai chover apenas olhando para as nuvens?

A famosa erupção do Vesúvio, ocorrida em 79 d.C. em Pompeia, deixou muitas vítimas. Será que alguém conseguiu escapar daquele terrível desastre?

Pompeia se tornou sinônimo de um dos maiores desastres da antiguidade, porque diferente de grandes conflitos que envolveram o deslocamento de legiões de combatentes — como a Guerra do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peloponeso</a>, travada entre Atenas e Esparta entre 431 e 404 a.C., ou mesmo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110265-as-5-batalhas-mais-sangrentas-e-mortais-na-historia-das-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerras Púnicas&nbsp;</a>entre Roma e Cartago, de 264 a.C. e 146 a.C. —, a erupção do Vesúvio foi implacável e sobre-humana. Sem escolher nenhum lado, ela aniquilou todos que permaneceram no seu entorno.No entanto, não se deve concluir que essa expressiva capacidade destrutiva tenha resultado na aniquilação absoluta da população. Embora os moldes de gesso de Pompeia tenham deixado à vista a forma como muitos habitantes morreram, nem todos que ali viviam foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127193-vitimas-do-vesuvio-morreram-asfixiadas-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asfixiados</a> ou queimados pelas lavas.<h2>Desdobramentos da erupção do Vesúvio</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26111708610111.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>Quando um vulcão está prestes a entrar em erupção, há sinais que podem ser percebidos e que não dependem de tecnologias avançadas para tal, a exemplo dos tremores de menor impacto que se iniciam dias antes do desastre se tornar evidente.No entanto, para os povos da antiguidade romana, que não tinham um conhecimento difundido sobre a atividade vulcânica como nós temos atualmente, a não ser que alguma experiência tivesse propiciado essa noção, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127983-cidade-na-islandia-e-evacuada-apos-1-mil-terremotos-em-unico-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tremores</a> eram ignorados. O fato deles serem recorrentes naquele período também contribuiu para isso.Foi somente em 24 de agosto de 79 d.C., quando o Vesúvio entrou em erupção, que o perigo desse tipo de fenômeno se tornou evidente: quem escolheu sair dos limites da cidade imediatamente a partir daquele de momento teria, portanto, uma maior chance de sobreviver.Horas depois, o cenário se agravaria de tal forma que ficaria praticamente impossível escapar. Se antes a erupção se resumia a uma grande nuvem de cinzas que se espalhava no ar, dado certo ponto, pedras de maior dimensão também começaram a ser lançadas do vulcão em direção à cidade. Assim, as antigas construções romanas eram destruídas.<h2>Escapando do desastre em Pompeia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26112655579114.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>No dia seguinte, por fim, além do magma expelido, gases tóxicos em concentrações mais elevadas rapidamente tomaram conta da cidade, matando pessoas e outros animais instantaneamente. Ao mesmo tempo, os detritos se depositavam sobre os seus corpos, tudo isso em meio a temperaturas bem elevadas.Nos arredores de Pompeia, por outro lado, existiam outras cidades ocupadas. Para aqueles que escaparam da "chuva de pedras", elas se tornaram um refúgio. Plínio, o jovem, estava dentre as pessoas relativamente próximas ao desastre. Na ocasião, ele tinha 18 anos, mas ainda assim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121071-plinio-o-jovem-a-testemunha-ocular-da-erupcao-do-monte-vesuvio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seus relatos</a> ofereciam uma visão concreta do que ocorreu.Fora de Pompeia, em Miseno, situada a mais de 20 quilômetros do Vesúvio, ele conseguiu ver a nuvem de detritos ganhar forma e fugiu do local junto de sua mãe, retornando depois que o pior tinha passado. E assim como os que estavam mais próximos do vulcão, ele ouviu os gritos das pessoas em pânico nas ruas.<h2>Quantas pessoas sobreviveram à erupção do Vesúvio?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26112722575115.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>Evidências encontradas por estudiosos nos últimos anos reforçam a ideia que muitas famílias que escaparam de Pompeia se estabeleceram em outros locais da província italiana de Nápoles.Projetos de infraestrutura conduzidos no período também sugerem essa mesma hipótese de deslocamento populacional, considerando a necessidade de acolher desabrigados. Tal esforço, inclusive, teria sido coordenado pelo imperador do período, Tito.Vale ainda lembrar que aqueles que estavam em Herculano, no entanto, não tiveram a oportunidade de escapar com vida da fúria do Vesúvio, já que a cidade também foi destruída.Mas, afinal, existe alguma dimensão do número de pessoas que escaparam? Acredita-se que Pompeia e Herculano abrigavam, juntas, entre 20 e 30 mil habitantes, e que cerca de 2 mil pessoas morreram durante a erupção do Vesúvio. Apesar desse número de sobreviventes representar a maioria regionalmente, o desastre não se mostra menos impactante, mesmo quase dois mil anos depois.

large_GettyImages-534189523.jpg

medium_GettyImages-534189523.jpg

small_GettyImages-534189523.jpg

thumbnail_GettyImages-534189523.jpg

GettyImages-534189523.jpg

Afinal, alguém sobreviveu à erupção do Vesúvio em Pompeia?

Dois experimentos mostram a incrível capacidade que os animais possuem de diferenciar as nossas emoções a partir do cheiro; confira

A sensibilidade que os animais demonstram ter em situações variadas muitas vezes nos pega de surpresa. E isso não se aplica somente aos cães e gatos, que estão entre os pets de estimação mais comuns, mas também a muitas outras espécies.Além de possuírem uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128637-como-animais-de-diferentes-especies-conseguem-se-comunicar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forma própria de se comunicar</a>, há diversos aspectos que os animais observam em nós para identificar o que sentimos. E será que o cheiro poderia ser um deles?<h2>Uma percepção bastante especial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27100812392074.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>Muito se especulou que as capacidades de processar e expressar emoções fossem restritas aos seres humanos. Mas, na convivência diária com os pets, é possível perceber que eles estão de olho em um milhão de aspectos, independentemente da espécie; e quando se trata das nossas emoções, isso não é diferente.Essa percepção, do ponto de vista de um cachorro, por exemplo, é usada para nortear seu comportamento e até mesmo ajustar algumas das suas ações. Com isso, nossas expressões faciais e postura, além do tom de voz, estão entre os traços que eles monitoram. Assim, eles evidenciam sua grande capacidade de adquirir informações bastante subjetivas e de responder a elas.Segundo um estudo publicado na Animal Cognition em 2018, essa percepção também está relacionada a outros tipos de sinais químicos, como os aromas que emitimos. Para provar isso, um experimento bastante interessante foi conduzido. Ao deixar um cão da raça <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125027-por-que-labradores-sao-geralmente-utilizados-como-cao-guia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">labrador</a> ou golden retriever em um ambiente junto ao seu tutor e uma pessoa estranha, pesquisadores avaliaram como os animais se comportavam em diferentes circunstâncias.<h2>Resposta dos cachorros às emoções dos seus tutores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27101010470077.jpg" alt="(Fonte: Getty IMages/Reprodução)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>Para que pudessem pôr à prova essa capacidade de sentir o odor de uma emoção específica, foram recolhidas amostras que tinham partículas do suor de seus tutores após estes assistirem a vídeos que despertavam alegria ou tristeza. A amostra com o cheiro das axilas, então, era colocada na sala em que o cão e as duas pessoas estavam presentes.Nas vezes em que os cães sentiam o odor de quando o seu tutor expressou alegria enquanto assistia ao vídeo, eles reagiam de uma forma mais aberta quando em comparação às amostras do cheiro do humano assustado ou triste. Naturalmente, isso se refletia na forma como os cachorros se comportavam com a pessoa estranha, aumentando as interações quando os cheiros percebidos pelos animais eram de emoções positivas.No cenário oposto, os doguinhos tentavam sair da sala ou permaneciam junto à porta. Incrível, não é mesmo? O interessante é que essa percepção se refletiu até mesmo na frequência cardíaca dos cachorros, que sofreu variações.Já em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123888-cavalos-7-curiosidades-que-voce-provavelmente-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalos</a>, um outro estudo, publicado na Scientific Reports no ano passado, apresenta um resultado que não deixa dúvidas de que os animais realmente possuem poderes especiais.<h2>Odores de emoções distintas são percebidos por cavalos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27101059404079.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>Um teste diferente foi aplicado para os cavalos: pesquisadores reuniram um grupo de pessoas para que assistissem a diferentes vídeos de comédia e terror. Amostras de suor, coletadas no algodão que ficou em contato com a axila de cada um dos participantes, foram expostas aos animais.Assim, os cavalos conseguiram demonstrar que são capazes de distinguir os aromas das emoções. Nas amostras com algodão que tinham o cheiro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121747-4-sons-capazes-de-mudar-seu-estado-emocional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emoções alegres</a>, eles usavam a narina esquerda para percebê-la, denotando que uma determinada região do cérebro era ativada para processá-la de forma positiva.Já com as emoções negativas, as duas narinas eram usadas. Além disso, nesse cenário, os cavalos reagiam de forma diferente, cheirando a amostra por mais tempo. Claro, só isso não significa que todos os animais possuem essa habilidade de interpretar nossos sentimentos, mas prova que eles conseguem perceber sinais químicos e diferenciá-los.E, entre as espécies que possuem uma capacidade mais acurada, definitivamente nossas emoções são analisadas com atenção.

large_GettyImages-1465311007.jpg

medium_GettyImages-1465311007.jpg

small_GettyImages-1465311007.jpg

thumbnail_GettyImages-1465311007.jpg

GettyImages-1465311007.jpg

Os animais realmente sentem o cheiro de medo em humanos?

Ceratocone é uma doença genética rara, mas o hábito de coçar os olhos também oferece o risco de lesionar esses órgãos tão sensíveis

As doenças oculares impactam bastante no dia a dia, mesmo quando se apresentam nas suas formas mais leves. E enquanto algumas condições são transmitidas geneticamente ou se desenvolvem de forma agressiva, ainda há doenças raras que podem se originar a partir do simples e aparentemente inocente ato de coçar os olhos repetidamente. Seria este o caso do ceratocone?<h2>Ceratocone: origem da doença e evolução</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26151202806199.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images)</figure>O ceratocone é uma doença que evolui gradualmente, caracterizada pelo afinamento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127282-de-que-sao-feitos-os-nossos-olhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">córnea</a>. Ela ocorre justamente quando esta camada fina e transparente que recobre o globo ocular é projetada para fora, ficando com o formato que se assemelha ao de um cone.Sua origem é variada, mas por se tratar de uma condição rara e que pode ser geneticamente adquirida, ela não surge exclusivamente a partir do ato de esfregar os olhos com frequência. No entanto, tal hábito não deve ser mantido, pois representa um risco para o seu desenvolvimento.Uma vez transmitido, o ceratocone geralmente se manifesta entre os 10 e 25 anos, mas dada a sua evolução lenta, pode progredir até que a pessoa atinja uma idade mais avançada, por volta dos 40 anos. Ele também pode deixar de evoluir e até mesmo se apresentar de forma assimétrica, afetando mais a um dos dois olhos.<h2>Fatores de risco</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26151328753202.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images)</figure>Segundo um artigo publicado no International Journal of Ophthalmology, a fricção dos olhos realmente contribui para o desenvolvimento do ceratocone, variando conforme o período e mesmo a força aplicada em tal ato. Essa conclusão foi obtida a partir da análise de 24 estudos que abordavam o surgimento e agravamento da condição.Ou seja, por mais que tal associação pareça improvável, ela foi confirmada por pesquisadores. Além do ato de coçar provocar edemas e deixar cicatrizes, ocorre a redução da acuidade visual. Isso significa ainda que aqueles que apresentam alergias precisam ter cuidado redobrado no dia a dia para não agredir essa região tão sensível.Outro estudo, compartilhado na Review of Optometry, foi além de investigar essas causas mais comuns. Ele associa o tabagismo (ou exposição à fumaça), que tem como um dos efeitos deixar os olhos mais secos e irritados, e mesmo a pressão exercida sobre os olhos ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126721-como-fazer-sua-mente-relaxar-para-conseguir-dormir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dormir</a>, como outros dois potenciais fatores de risco.<h2>Impactos do ceratocone</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26151832167208.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images)</figure>Apesar de haver diversos fatores associados ao seu surgimento, entende-se que alterações na estrutura da córnea, relacionadas a perda de elementos estruturais, como o colágeno, também ocasionem o problema. Da mesma forma, pessoas com alterações oculares congênitas, como a catarata, possuem um risco mais elevado de desenvolver o ceratocone.Nas fases iniciais, a doença pode se manifestar com uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124248-5-mitos-sobre-os-olhos-que-voce-precisa-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">visão</a> borrada e distorcida, representando uma leve perda no campo de visão. Essa dificuldade acontece tanto na observação daquilo que está mais próximo, quanto de objetos mais distantes. Assim, as pessoas acabam mudando o grau dos óculos por mais de uma ocasião.A sensibilidade à luz, a redução da capacidade de observar em locais escuros ou durante a noite, e visão dupla também são outros sintomas que surgem.<h2>Tratamento do ceratocone</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26152039277212.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images)</figure>Em casos mais leves, os óculos oferecem uma solução satisfatória. Mas considerando que essa deformação provocada pelo ceratocone pode progredir, com efeito análogo ao do <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/45106-10-condicoes-muito-estranhas-que-podem-acontecer-em-seus-olhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astigmatismo</a>, embora irregular, as lentes de contato também são recomendadas. Assim, elas ajustam o formato da córnea.Nos cenários em que ambos não se mostram eficientes, há outros procedimentos que podem auxiliar na regularização do formato da córnea. O transplante de córnea, inclusive, figura entre uma das soluções mais adotadas para o tratamento do ceratocone nos quadros mais graves.E diante da necessidade de promover uma maior conscientização sobre a doença, visto que 1 a cada 2000 pessoas no mundo é afetada por ela, no ano de 2016 foi instituído o 10 de novembro como Dia Mundial do Ceratocone.

small_e-verdade-que-cocar-os-olhos-pode-causar-ceratocone-thumb.png

thumbnail_e-verdade-que-cocar-os-olhos-pode-causar-ceratocone-thumb.png

e-verdade-que-cocar-os-olhos-pode-causar-ceratocone-thumb.png

É verdade que coçar os olhos pode causar ceratocone?

Estudo mostra qual tipo de cenário pode aumentar a chance de sobreviver quando o corpo é atingido por um raio; confira

Nem todos conseguem encontrar um refúgio para escapar dos raios depois que a chuva começa, e a verdade é que mesmo antes que as gotas comecem a cair do céu, há pessoas que sequer conseguem avistar o perigo das descargas elétricas se aproximando.Buscando ir além de estudos anteriores que não consideraram a influência da chuva sob a pele, pesquisadores resolveram conduzir um experimento para analisar como acontece a distribuição da corrente no corpo humano em diferentes cenários.Tudo isso para responder a uma pergunta: afinal, existe alguma coisa que pode aumentar a chance de sobrevivência quando um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124891-mineral-nunca-antes-visto-surge-em-queda-de-raio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raio</a> atinge uma pessoa diretamente na cabeça?<h2>Explorando as probabilidades</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/14/14112009551072.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images)</figure>Há muitos fatores que atuam conjuntamente na formação da descarga elétrica e a maneira como ela é distribuída pelo corpo. Cientes disso, pesquisadores recorreram a um método para estabelecer uma conexão entre a chuva e a sua capacidade de atenuar os efeitos dos raios.Para isso, eles utilizaram bonecos que simulam o corpo humano. Compostos por materiais que representam o couro cabeludo e até mesmo o nosso cérebro, esses "fantoches modernos" foram submetidos a algumas descargas elétricas em diferentes cenários.Segundo o estudo, publicado na Scientific Reports, o tempo seco oferece o maior risco de morte quando o corpo é atingido por um raio. Ou seja, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119107-o-que-realmente-significa-ter-50-de-chance-de-chuva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuva</a>, na prática, fornece uma espécie de proteção, evitando que a descarga elétrica atinja a cabeça de uma pessoa com toda a sua intensidade.Como o próprio trabalho destaca, 5% das lesões nesse tipo de cenário catastrófico são ocasionadas por raios diretos. Raios laterais, por sua vez, respondem por cerca de 30% dos casos. Parada cardiorrespiratória e danos no sistema nervoso central respondem pelas causas de morte mais frequentes a partir desse fenômeno.<h2>Resultados do experimento com raios</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/14/14112213535073.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images)</figure>Foi observada uma maior quantidade de corrente elétrica no couro cabeludo do boneco que estava molhado, em comparação com o que estava seco. No entanto, algo surpreendente foi percebido: a cabeça molhada teve uma exposição da corrente 12,5% menor. Os danos decorrentes dos raios, da mesma forma, foram mais recorrentes nas cabeças que permaneceram secas ao longo do experimento.A conclusão do estudo é que a chuva pode contribuir com uma taxa de sobrevivência aos raios que gira em torno de 70% a 90%. Dois motivos são apontados para isso: a menor exposição da corrente na região do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> e a redução de danos térmicos e mecânicos.No entanto, como esses bonecos não eram cobertos por cabelo real, e também não possuíam outras características humanas, o estudo ficou limitado. Ainda assim, levantou possibilidades que podem ser exploradas mais a fundo em outros estudos.Na dúvida, não deixe de tomar todos os cuidados possíveis no dia a dia. Em qualquer situação de risco, para evitar ser <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261013-proteger-raios-durante-tempestades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atingido por um raio</a>, não se abrigue embaixo de árvores, permaneça distante de estruturas metálicas e procure um local coberto imediatamente.

large_tempo-seco-ou-chuvoso-qual-cenario-torna-os-raios-mais-perigosos-thumb.png

medium_tempo-seco-ou-chuvoso-qual-cenario-torna-os-raios-mais-perigosos-thumb.png

small_tempo-seco-ou-chuvoso-qual-cenario-torna-os-raios-mais-perigosos-thumb.png

thumbnail_tempo-seco-ou-chuvoso-qual-cenario-torna-os-raios-mais-perigosos-thumb.png

tempo-seco-ou-chuvoso-qual-cenario-torna-os-raios-mais-perigosos-thumb.png

Tempo seco ou chuvoso: qual cenário torna os raios mais perigosos?

Imagem de Ovo de 1.700 anos ainda possui líquido em seu interior, aponta análise no megacurioso

Uma nova reviravolta envolvendo um antigo ovo intacto, de 1700 anos atrás, encontrado em 2010: pesquisadores descobriram que ele ainda possui líquido preservado em seu interior

A descoberta de objetos em excelente estado de preserva&ccedil;&atilde;o &eacute; motivo de alegria para arque&oacute;logos e entusiastas.&nbsp;Mas quando o objeto descoberto em quest&atilde;o ainda apresenta algum conte&uacute;do improvavelmente preservado em seu interior, uma s&eacute;rie de quest&otilde;es e hip&oacute;teses come&ccedil;am a ser formuladas.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/28/28103433348080.jpeg" alt="(Fonte: Oxford Archaeology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Oxford Archaeology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Um ovo misterioso de 1700 anos atr&aacute;s</h2>
&Eacute; exatamente esse &uacute;ltimo cen&aacute;rio que descreve parte do dilema de pesquisadores da Oxford Archaeology. Tudo isso porque um antigo ovo, encontrado em uma localidade situada a 80 quil&ocirc;metros de Londres, est&aacute; absolutamente intacto, contrariando todas as probabilidades disso ocorrer.
Esse assentamento j&aacute; foi palco de in&uacute;meras descobertas que remontam &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiguidade romana</a>. Assim, artefatos que datam de 270 e 300 d.C. foram achados por l&aacute;. Com este ovo, no entanto, &eacute; diferente.
Encontrado h&aacute; alguns anos, cientistas j&aacute; sabem que ele possui 1700 anos. E mais recentemente, uma tomografia realizada revelou que no seu interior h&aacute; bastante l&iacute;quido, o que &eacute; um mist&eacute;rio, j&aacute; que materiais org&acirc;nicos geralmente n&atilde;o ficam preservados por muito tempo, quanto mais por mais de um mil&ecirc;nio e meio!
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/28/28102717179075.jpg" alt="(Fonte: Oxford Archaeology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Oxford Archaeology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>O que contribuiu para a preserva&ccedil;&atilde;o natural do antigo ovo</h2>
Pesquisadores apontam que a presen&ccedil;a de um solo mais &uacute;mido, de natureza argilosa, impediu que a oxida&ccedil;&atilde;o ocorresse, de modo que acidentalmente tenha sido mantida uma esp&eacute;cie de barreira protetora natural. Curiosamente, esse mesmo ovo corresponde &agrave; primeira evid&ecirc;ncia da habita&ccedil;&atilde;o romana na atual Gr&atilde;-Bretanha. Trata-se do ovo mais antigo intacto e naturalmente preservado.
Apesar dessa constata&ccedil;&atilde;o quanto &agrave; presen&ccedil;a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128719-materia-organica-achada-em-asteroide-pode-explicar-origem-da-vida-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">material org&acirc;nico</a>, ainda n&atilde;o se sabe se o ovo teria sido ou n&atilde;o fertilizado. Pesquisadores est&atilde;o recorrendo &agrave; an&aacute;lise de cole&ccedil;&otilde;es semelhantes, mas ainda n&atilde;o conseguem determinar o que de fato h&aacute; no seu interior.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/28/28103130523078.jpeg" alt="(Fonte: Oxford Archaeology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Oxford Archaeology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Investiga&ccedil;&otilde;es envolvendo os antigos itens romanos encontrados</h2>
Caso n&atilde;o consigam descobrir, ser&aacute; necess&aacute;rio perfurar a superf&iacute;cie do ovo para avan&ccedil;ar na an&aacute;lise. Para isso, &eacute; poss&iacute;vel recorrer a m&eacute;todos que permitam que um pequeno furo seja realizado na casca para permitir a passagem do l&iacute;quido. A partir disso, ser&aacute; poss&iacute;vel apontar, afinal, a qual esp&eacute;cie pertence o ovo.
E embora exames de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> sejam imprescind&iacute;veis para tal, existe a suspeita que se trate de um ovo de galinha. Encontrado em 2010, ele estava pr&oacute;ximo de outros objetos: uma cesta de tecido, sapatos de couro, ferramentas de madeira, ossos de animais e vasos de cer&acirc;mica, al&eacute;m de outros tr&ecirc;s ovos.
E para dar uma amostra do tipo de desafio que os arque&oacute;logos lidam em seu trabalho: na ocasi&atilde;o da coleta, dois dos tr&ecirc;s ovos intactos ovos quebraram, liberando um odor extremamente desagrad&aacute;vel. Por ora, este ovo intacto que restou est&aacute; preservado no Discover Bucks Museum, na cidade inglesa de Aylesbury.

thumb-image-2024-02-29T14:07:28.946Z

Ovo de 1.700 anos ainda possui líquido em seu interior, aponta análise

Imagem de Peixe nativo da Amazônia é encontrado em lago na Irlanda no megacurioso

Na Irlanda, um pescador encontrou um peixe nativo da Amazônia morto em um lago. O que será que aconteceu?

<head></head><body>Um dia típico de pescaria acabou se resumindo a um evento estranho: Steve Clinch, de 68 anos, é empresário e vive na Irlanda. Certo de que encontraria um peixe de água doce no Lago Garadice, que fica a 140 quilômetros da capital, Dublin, esse experiente pescador não fazia ideia do que aconteceria.Steve encontrou um peixe que nunca tinha visto antes. O animal já estava sem vida, nas margens do lago. E até aquele momento, ninguém poderia imaginar, mas se tratava de uma espécie nativa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a>: o pacu.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/28/28091520559033.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Um peixe amazônico em um lago irlandês</h2>O fato ocorreu no último final de semana e não passou nada despercebido. Intrigado, após retirar o animal das águas, Steve alertou o ocorrido às autoridades, que consideraram não se tratar de uma espécie local.A partir disso, identificaram que se tratava do peixe pacu. Foi assim que o empresário e pescador descobriu que, de fato, a espécie teria uma origem bem distante. Mas ainda há algumas perguntas sem respostas, e com a grande repercussão que o acontecimento ganhou, muitos querem saber como isso foi acontecer.O Inland Fisheries Ireland, que é uma organização encarregada de atuar na proteção e conservação das espécies de água doce e pesca na Irlanda, está conduzindo uma investigação. O animal está sendo mantido refrigerado em um laboratório para que uma análise mais detalhada seja conduzida.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/28/28091544060034.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>O que está sendo considerado</h2>Em entrevista à BBC, o instituto apontou sua suspeita de que o pacu teria sido liberto de um tanque particular de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128927-peixe-alienigena-pode-ter-tido-maior-mandibula-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a>, já que por ora, apenas um peixe desta espécie foi encontrado. Em nota enviada à reportagem do veículo, o Ibama ainda informou que não há registro da exportação de peixes nativos do Brasil para a Irlanda nos últimos 12 meses, sendo muito pouco provável que uma população seja encontrada por lá.Não há, na Irlanda, a proibição de criação de peixes que não sejam nativos. Mas tal prática é regulamentada, cabendo às autoridades buscar meios de controlar e proteger espécies, sobretudo as exóticas ou ameaçadas, o que é importante para manter o meio aquático em equilíbrio. A introdução de um animal a um habitat diferente do qual ele pertence pode acarretar uma série de problemas.Os animais podem competir por recursos, e mesmo serem favorecidos ou prejudicados pela nova dinâmica, o que eventualmente se desdobra na mudança da cadeia alimentar das espécies. Da mesma forma, doenças também podem ser transmitidas, oferecendo maior perigo aos peixes que não estão adaptados ou possuem resistência. E uma vez que afeta a pesca local, tais desdobramentos também se refletem em danos econômicos.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/28/28092038339038.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Humor envolvendo a viagem internacional do peixe</h2>E o que vem a seguir não é surpresa para nós: o fato do pacu ser uma espécie brasileira, e ter sido encontrado num lago tão pequeno, de quatro quilômetros quadrados, foi encarado com certo humor.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128763-considerada-destruida-por-mais-de-um-seculo-tumba-de-4-mil-anos-e-reencontrada-na-irlanda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Irlanda</a> é um dos principais destinos procurados pelos brasileiros que migram para a Europa, seja para fazer intercâmbio, estudar ou trabalhar. Assim, não demorou para aparecer vários comentários nas redes sociais em que apelidavam o peixe de intercambista, já que o pacu teria supostamente ido parar no país para aprender inglês.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:28.924Z

Peixe nativo da Amazônia é encontrado em lago na Irlanda

Imagem de Neandertais tinham métodos refinados e usavam cola para fazer ferramentas no megacurioso

Desenvolvida há mais de 40 mil anos, uma cola descoberta se mostrou ser uma solução perfeita para produzir ferramentas, dando uma amostra das altas habilidades desenvolvidas pelos neandertais

<head></head><body>O estudo dos neandertais oferece um caminho para compreender como o Homo sapiens&nbsp;se desenvolveu, visto que em cada região do planeta diferentes habilidades foram cultivadas. Isso é especialmente verdadeiro considerando que, embora uma espécie tenha sido sucedida pela outra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambas coexistiram</a> e até mesmo se relacionaram ao longo da história.Nesse sentido, uma cola produzida por neandertais que viviam na Europa, utilizada na produção de ferramentas, oferece uma visão inédita deles, mostrando como detinham mais conhecimentos do que o imaginado.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26101503450066.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Uma cola bastante refinada</h2>A cola identificada por pesquisadores é fruto da mistura de diferentes materiais. Produzida entre 120 mil e 40 mil anos atrás, ao longo do Paleolítico Médio, ela foi usada na confecção de ferramentas portáteis e feitas de pedra, evidenciando um domínio considerável sobre esse tipo de objeto.A partir da análise dos itens produzidos pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128357-pessoas-matinais-podem-ser-descendentes-de-neandertais-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>, pesquisadores descobriram que essa cola seria útil de duas formas: para unir a pedra ao cabo, e também para ficar aderente à pedra ou lâmina. Uma vez modelada, ela serviria como cabo.Apesar de já haver evidências envolvendo o uso de outros tipos de cola com finalidades semelhantes, trata-se da primeira vez que esse tipo de produto, fruto de misturas mais refinadas, é encontrado. Ao todo, cinco artefatos foram considerados no estudo, publicado na Science Advances.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26101330917063.png" alt="Imagem mostra detalhes dos artefatos analisados que apresentavam a cola em pontos da sua superfície. (Fonte: Science Advances/Reprodução)">Imagem mostra detalhes dos artefatos analisados que apresentavam a cola em pontos da sua superfície. (Fonte: Science Advances/Reprodução)<h2>Mistura que deu origem à cola foi testada</h2>A análise química forneceu detalhes sobre a composição, e a fim de testar a utilização desse antigo produto, ainda foi verificado como ele seria preparado, de modo que diferentes métodos foram aplicados na cola para averiguar a sua real eficácia.Fruto da mistura de ocre e betume, essa cola traz à tona alguns fatos interessantes. O betume é um hidrocarboneto obtido diretamente do solo, produzido também a partir do petróleo bruto, enquanto o ocre é um pigmento natural. Por serem extraídos em locais distantes, a descoberta dessa cola denota que havia um conhecimento consolidado acerca das propriedades desses dois materiais.Tal constatação é reforçada considerando que a cola não pode ser produzida de qualquer maneira. Como exemplo disso, foi comprovado que o cozimento do betume por mais de 107 minutos resulta no endurecimento da massa instantaneamente, impossibilitando sua utilização.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26102559930075.png" alt="Imagem mostra dosagem necessária para obter a mistura desenvolvida pelos neandertais, capaz de tornar a lâmina envolvida facilmente utilizável. (Fonte: Science Advances/Reprodução)">Imagem mostra dosagem necessária para obter a mistura desenvolvida pelos neandertais, capaz de tornar a lâmina envolvida facilmente utilizável. (Fonte: Science Advances/Reprodução)<h2>Conclusões de estudo</h2>Da mesma forma, diferentes proporções testadas ofereciam resultados variados na resistência da cola, o que se relaciona a uma necessidade sanada pelos neandertais: era importante tornar essa cola menos pegajosa ao toque, com uma estrutura mais sólida. E com uma proporção de 55% de ocre, essa aderência foi obtida e se mostrava ideal para usar a mistura como empunhadura depois de seca.Como o próprio estudo destaca, tanto os neandertais, quanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128806-artefatos-de-45-mil-anos-revelam-presenca-do-homo-sapiens-no-leste-da-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> traçaram caminhos que os levaram ao desenvolvimento desse tipo de ferramenta. Mas a partir das descobertas propiciadas pelas análises destes antigos objetos, fica evidente que os neandertais da Europa, assim como os da África, embora relativamente distantes, tinham domínio do ambiente em que estavam, dos recursos disponíveis, e também de métodos refinados para aproveitá-los em prol de suas necessidades.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:28.744Z

Neandertais tinham métodos refinados e usavam cola para fazer ferramentas

Imagem de Pneumonite: o que é a doença que causou a morte de Abilio Diniz? no megacurioso

Entenda o que é a doença que matou o fundador do Grupo Pão de Açúcar

No último dia 18, morreu Abilio Diniz, com 87 anos. Famoso no mundo corporativo, o empresário fundou o Grupo Pão de Açúcar (GPA) e esteve no comando da BRF, além de ter sido um dos maiores acionistas do Grupo Carrefour.A morte foi decorrente de uma pneumonite e ocorreu após Abilio passar um mês internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Entenda o que é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124318-as-5-doencas-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença</a> e por que ela não deve ser confundida com a pneumonia.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21101951917045.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>O que é pneumonite?</h2>A pneumonite é uma inflamação pulmonar que ocorre devido à exposição a substâncias que causam irritação aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123351-e-possivel-ter-um-pulmao-saudavel-apos-anos-fumando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulmões</a>. Essa condição atinge, em específico, a região que fica entre os alvéolos pulmonares. Estes, por sua vez, possuem um papel vital, transformando o gás carbônico em oxigênio para o sangue.Quando há a inalação de substâncias nocivas é onde o problema começa, com risco de inflamação e formação do quadro de pneumonite. Nesse cenário, geralmente decorrente de uma hipersensibilidade, partículas extremamente pequenas acabam invadindo o canal pulmonar e são absorvidas por ele.Em casos graves, como o observado no caso do famoso empresário, o pulmão tende a ficar enrijecido. Essa mudança, fruto de cicatrizes que se formam nos pulmões, caracteriza a fibrose pulmonar e, por sua vez, dificulta bastante a atividade dos órgãos, levando à insuficiência respiratória.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21102233234048.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Diferença entre pneumonia e pneumonite</h2>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127876-existem-varios-tipos-de-pneumonia-voce-conhece-cada-um-deles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pneumonia</a>, há diferença tanto na causa por trás do seu surgimento, quanto na forma como a inflamação se desenvolve no organismo. Diferente da pneumonite, a pneumonia é consequência da ação de agentes patológicos, como vírus, bactérias e fungos, e não de inalação de produtos químicos.Na pneumonite, são diversos os sintomas observados, como tosse seca, chiado no peito, dor ao respirar, além de irritação no nariz e na garganta, falta de ar e febre.Essa doença também pode ser decorrente do uso de produtos químicos e medicamentos, incluindo os quimioterápicos, adotados no tratamento contra o câncer. Identificar a causa é um grande desafio, e muitas vezes, isso acaba não ocorrendo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21102359561049.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Evolução da pneumonite</h2>A hipersensibilidade a algumas partículas específicas, como as presentes em penas de pássaros, também podem ocasionar o problema. As operações agrícolas ainda são outro fator de risco sob o ponto de vista ocupacional, já que os trabalhadores localizados em áreas rurais são expostos a pesticidas e produtos utilizados nas plantações.Uma vez não detectada ou devidamente tratada, a pneumonite pode desencadear um quadro de fibrose pulmonar. E assim como pode ser difícil ter fôlego para realizar uma caminhada, subir um lance de escadas ou praticar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124570-qual-a-quantidade-minima-de-exercicio-para-se-manter-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividades físicas</a>, a dificuldade para respirar pode se fazer presente mesmo em períodos de inatividade. Por isso, existe a necessidade de não ignorar os sintomas percebidos e buscar auxílio médico quanto antes.

thumb-image-2024-02-29T14:07:28.717Z

Pneumonite: o que é a doença que causou a morte de Abilio Diniz?

Imagem de Por que os pássaros cantam antes do sol nascer? no megacurioso

Afinal, o que explica o hábito dos pássaros cantarem antes do amanhecer?

<head></head><body>Dependendo de onde você mora, o canto dos pássaros é uma das primeiras coisas percebidas assim que acorda. Isso é comum tanto entre aqueles que apreciam o som antes que as ruas se tornem mais barulhentas, quanto entre as pessoas que têm um sono mais leve e sofrem com a cantoria, sobretudo no período de acasalamento das aves.Mas por que os pássaros começam a cantar antes mesmo do sol nascer? Há diferentes razões para isso, considerando que a depender de cada local e cenário, elas variam.<h2>Os motivos por trás da cantoria</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/23/23122211433096.jpg" alt="De tão familiar, o canto do bem-te-vi já virou meme. (Fonte: Getty Images)">De tão familiar, o canto do bem-te-vi já virou meme. (Fonte: Getty Images)Alegria? Desejo de atrair parceiras? Nem sempre. O chamado "coro do amanhecer", que pode começar a partir das 4h da madrugada e perdurar por horas, tem outro motivo para ser tão recorrente: os cantos são uma demonstração de força. Ao estabelecer domínio territorial, o som serve de alerta e evita que outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123008-por-que-passaros-colocam-pedacos-de-papel-em-suas-penas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pássaros</a> se aproximem.E como para muitos animais não é vantajoso sair para procurar alimentos no escuro, durante a madrugada é quando as aves desfrutam da oportunidade de se comunicarem de uma forma mais efetiva. É nesse período em que o barulho de vozes, máquinas e veículos passando finalmente cessa.Isso permite que o canto alcance maiores distâncias, sendo percebido por aqueles que estão longe. Dessa forma, os animais gastam menos energia realizando a cantoria. Mas isso não significa que eles cantem com menos vigor em outros horários.<h2>Atraindo pássaros</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/23/23133617779133.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como muitos já suspeitam, é durante os períodos de acasalamento que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118132-passarinho-que-esqueceu-canto-de-acasalamento-pode-ser-extinto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canto</a> tem como uma das principais funções aumentar a visibilidade do animal e atrair parceiras. Por mais que o canto faça parte da natureza desses animais, há muitas informações que são trocadas entre os mais experientes e seus filhotes.E ainda que cada espécie apresente suas próprias particularidades, dentro de famílias de aves, há todo um universo particular sendo cultivado com dialetos próprios. Assim, os pássaros podem compartilhar com o mundo cantos que estão sendo transmitidos há gerações, o que explica até mesmo as diferenças de sonoridade percebidas.Para aqueles que crescem sozinhos, por outro lado, trilhar esse caminho pode ser mais difícil do que imaginamos, de modo que esses pássaros emitem sons menos refinados. E vale destacar: engana-se quem pensa que apenas os machos desempenham esse papel ativo, já que as fêmeas também cantam bastante.<h2>Competindo por atenção no espaço urbano</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/23/23133535017130.jpg" alt="O sabiá-laranjeira está entre os pássaros que os brasileiros mais se acostumaram a ouvir quando acordam de manhã cedinho. (Fonte: Getty Images)">O sabiá-laranjeira está entre os pássaros que os brasileiros mais se acostumaram a ouvir quando acordam de manhã cedinho. (Fonte: Getty Images)Da mesma forma que há espécies que simplesmente cantam ao entardecer por hábito, há pássaros que recorrem à madrugada por uma mera questão de adaptação. Por conta disso, nas grandes cidades, já tem sido percebido um fenômeno preocupante: as aves estão cantando cada vez mais cedo, como no caso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113019-conheca-passarinho-que-canta-antes-do-despertador-tocar-em-sp.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sabiá-laranjeira</a>.A espécie, encontrada em várias porções do país, é híbrida, ou seja: acorda de madrugada, embora seja diurna. E tal fato pode ser percebido com uma maior intensidade a partir do mês de setembro, visto que o período reprodutivo destas aves se dá ao longo da primavera e do verão.Assim, enquanto os maratonistas de séries se preparam para dormir por volta das 3h, ou mesmo antes, às 2h da madrugada, as aves já começam a cantar. E provavelmente, assim como nós, elas gostariam de poder acordar mais tarde.</body>

Mychelle Araújo