Pesquisadores da Universidade de Yale investigaram como o receptor de um açúcar específico, presente nas formigas, é ativado

Embora se trate de uma fonte de energia, o açúcar tem um lugar especial no coração de todos, dado o seu sabor atrativo. E se para nós, humanos, os doces podem apresentar nuances tão variadas, não é diferente para os insetos.Inclusive, dentro do mundo animal, as formigas possuem uma forma bastante especial de realizar a distinção de açúcares. Uma nova pesquisa que explorou essa capacidade foi publicada recentemente na revista Nature.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/10/10002818109000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Como as formigas sabem que açúcar é aquele? (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Um paladar especial</h2>Enquanto as formigas contam com uma série de receptores, cada um deles capaz de processar diferentes tipos de açúcares, os humanos possuem apenas um único receptor. Ou seja, não é exagero falar que elas possuem um paladar bastante seletivo.E assim como ocorre conosco, o sabor doce também é procurado por elas, dada a sensação prazerosa oferecida. No entanto, para as formigas, essa diferenciação possibilita a elas identificar com uma maior facilidade os nutrientes que necessitam. E isso pode ser percebido ainda quando a diferença entre as moléculas é bastante sutil.Mesmo sabendo da existência desse processo de identificação, até então, pouco se entendia a seu respeito. Por isso, pesquisadores da Universidade de Yale optaram por mapear um de seus receptores e entender como essa sensibilidade se manifesta neste grupo de insetos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/10/10002930952001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Formigas sabem escolher o açúcar preferido. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Atuação do receptor é observada no estudo</h2>Ao observar a interação entre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124096-o-que-acontece-com-nosso-corpo-quando-comemos-muito-acucar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">açúcar</a> e um receptor específico, capaz de se ligar à D-frutose, eles descobriram como ele era ativado. Ao contrário do que esperavam, foi constatado que outros açúcares podem se ligar a esse mesmo receptor — mas isso não é tudo.A diferença foi percebida nos detalhes, ou melhor, em escala atômica: na presença da D-frutose, a interação com uma ponte molecular que se conecta à bolsa de ligação, área em que o açúcar se fixa, desencadeou uma mudança que ativou o receptor.Já com um açúcar bastante semelhante, L-sorbose, embora aparentemente fixada na bolsa de ligação, não ocorreu o mesmo e o receptor se manteve inativo. Ou seja, a ponte molecular mencionada anteriormente não interagiu diante de outro tipo de açúcar.Joel Butterwick, um dos autores do estudo, comparou essa interação a uma espécie de mecanismo de seleção e completou: “Isso nos disse que a área onde esses açúcares se fixam, a bolsa de ligação, não é a única coisa que determina a ativação”. Para ele, "um receptor menos específico que este talvez possa se ligar a mais moléculas, ou talvez a sua ponte seja mais fácil de ativar."<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/10/10003124318002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A diferença é percebida nos detalhes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Pesquisadores compartilham suas expectativas</h2>Butterwick acredita que essa investigação pode oferecer um caminho para identificar como diversos cheiros e sabores são processados — tanto por humanos, quanto por outros animais —, um campo de estudo repleto de desafios, como lembrou o próprio pesquisador, em comunicado oficial.Avançar nesse campo seria útil para obter um maior entendimento de como funcionam os biossensores, a exemplo dos presentes nos cães. Uma vez treinados, esses animais são capazes de sentir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114827-7-coisas-curiosas-que-podem-ser-detectadas-por-caes-pelo-odor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cheiro de diversas doenças</a>, como o câncer. João Victor Gomes, que é brasileiro e também participou deste estudo, acompanha os desdobramentos da epidemia de dengue que se alastra por diversas regiões do país.João Victor acredita que esse trabalho de pesquisa ainda pode ser útil no estudo de outros insetos, incluindo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128471-segundo-a-oms-brasil-foi-o-pais-com-mais-casos-de-dengue-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aedes aegypti</a>: “se conseguirmos modular os receptores que afetam o comportamento alimentar dos insetos, talvez possamos desenvolver melhores estratégias contra os mosquitos transmissores de doenças”.

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Como as formigas identificam diferentes tipos de açúcar?

Essa orquídea foi descoberta há 15 anos, mas visando evitar sua extinção, pesquisadores adotaram medidas para preservar a flor.

As orquídeas podem até ser consideradas uma variedade difícil de ser criada dentro de casa, mas são belíssimas. E isso, naturalmente, incentiva a não deixarmos de lado todos os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125378-5-dicas-para-manter-suas-plantas-sempre-saudaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cuidados</a> que elas exigem. Afinal, uma vez adotados, eles realmente ajudam a manter as espécies vivas e exuberantes por muito mais tempo.Em um estudo publicado no último dia 11 de março na Current Biology, uma publicação revisada por pares, estudiosos documentaram a existência de uma nova espécie de orquídea. Encontrada em Madagascar, ela se destaca por apresentar características singulares dentro do universo das flores.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20003113016001.jpe" alt="(Fonte: Missouri Botanical Garden/Reprodução)"><figcaption>Assim como a orquídea de Darwin, esta flor apresenta um esporão mais alongado. (Fonte: Missouri Botanical Garden/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Uma orquídea de Madagascar</h2>Chamada de Solenangis impraedicta, que significa imprevisível em latim, essa espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128610-orquidea-vermelha-descoberta-em-vulcao-extinto-surpreende-pesquisadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orquídea</a> partilha de uma característica percebida em poucas nesta porção do globo: um esporão mais alongado, de até 33 centímetros de comprimento.Essa estrutura maior, que contrasta com as pétalas menores, de até 2,5 centímetros, torna elas candidatas ideais para serem polinizadas por abelhas, mas também por outros insetos, como mariposas.Essa exceção consagra a espécie como detentora do terceiro maior esporão (região onde o néctar fica concentrado) entre as plantas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126955-as-6-flores-de-arvores-frutiferas-mais-belas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">flores</a> já documentadas. Mas ao considerar a proporção apresentada em relação ao tamanho da flor e do esporão, trata-se do caso com a maior variação.Pesquisadores acreditam que essa espécie, inclusive, tenha um laço estreito com a "orquídea de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42150-6-coisas-que-talvez-voce-nao-saiba-sobre-charles-darwin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Darwin</a>", a Angraecum sesquipedale.&nbsp;O famoso biólogo britânico acreditava que essa variedade seria polinizada por uma mariposa — o que foi confirmado somente muitos anos depois.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/20/20003220797002.jpeg" alt="(Fonte: Missouri Botanical Garden/Reprodução)"><figcaption>Pesquisadores investiram em medidas de preservação para assegurar que a orquídea não seja extinta. (Fonte: Missouri Botanical Garden/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Espécie foi descoberta há anos, mas descrição só ocorreu recentemente</h2>Essa característica, portanto, seria um traço evolutivo que favoreceu a sua adaptação ao habitat. No caso desta solenangis, por sua vez, as mariposas Coelonia solani e Xanthopan praedicta foram consideradas suas polinizadoras mais prováveis.Assim como outras espécies tão raras e belas, trata-se de uma flor ameaçada de extinção. O estudo revela outro fato: esta orquídea de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123043-passaro-elefante-a-ave-gigante-que-habitou-madagascar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madagascar</a> foi descoberta há 15 anos, e esse intervalo de tempo até que fosse descrita foi imposto visando protegê-la. Assim, medidas de conservação puderam ser postas em prática.Além do cultivo em diferentes locais protegidos, o desenvolvimento de um banco de sementes esteve no rol de medidas adotadas. Tariq Stévart, um dos autores do estudo, abordou essa preocupação existente entre os pesquisadores, apesar da alegria envolvendo a descoberta da espécie. Além da exploração, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128643-noruega-aprova-pratica-controversa-de-mineracao-em-alto-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mineração</a> figura entre uma das atividades que colocam estas flores em risco.“É necessária precaução ao publicar uma nova espécie tão espetacular. As populações selvagens devem ser protegidas e monitoradas e informações detalhadas sobre as suas coordenadas precisas devem ser mantidas fora do domínio público. Portanto, não nos peçam para revelar onde o encontramos”.

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Novo tipo de orquídea polinizada por mariposas é descoberto em Madagascar

Um método simples desenvolvido por cientistas chineses promete ser a solução para remover microplásticos da água que consumimos diariamente.

Diversos estudos já demonstraram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272633-microplasticos-encontrados-aguas-nuvens-diz-estudo-japao.htm">como os microplásticos estão em todos os lugares.</a> Evitá-los, muitas vezes, parece ser uma tarefa impossível, dado o seu tamanho diminuto que possibilita altas concentrações nos mares, no ar, e mesmo nos alimentos que ingerimos.Como consequência disso, essas partículas também estão espalhadas por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125283-existem-microplasticos-em-nosso-cerebro-e-agora.htm">diversos pontos do nosso corpo, como no coração, no cérebro</a> e mesmo na placenta humana, dentre as gestantes. E os efeitos disso ainda não são totalmente compreendidos, o que torna esse cenário bastante preocupante.Mas nem tudo está perdido e já podemos dar um primeiro passo para evitar ingeri-las: cientistas chineses prometem ter uma solução simples para remover os microplásticos da água.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11112618199086.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A quantidade de microplásticos na água tem aumentado cada vez mais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Removendo microplásticos da água</h2>Dizem que as soluções mais incríveis também podem ser as mais simples, e segundo pesquisadores da Guangzhou Medical University e da Jinan University, na China, é exatamente esse um dos casos. As descobertas foram compartilhadas no periódico Environmental Science &amp; Technology Letters no final de fevereiro.Para a remoção de microplásticos de um copo de água, os estudiosos não recorreram a nenhum artifício muito elaborado, muito pelo contrário: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128437-5-curiosidades-sobre-a-agua-que-desafiam-a-ciencia.htm">o simples ato de ferver a água</a> proporcionou o resultado que eles estavam procurando, fazendo com que essas partículas ficassem isoladas após deixar o líquido esfriar por 10 minutos.Isso foi percebido quando ferveram a água que sai das torneiras. Na análise dos pesquisadores chineses, pelo menos 90% das micropartículas foram removidas da água a partir do processo de fervura e filtragem, reduzindo substancialmente a ingestão desse composto tão nocivo. Mas como isso foi possível?À medida que é aquecida, a amostra de água, que naturalmente apresenta uma leve presença de calcário, apresentou esse efeito. Ou seja, o carbonato de cálcio, na verdade, foi o segredo, sendo o responsável por envolver os microplásticos em uma espécie de crosta, deixando-os encapsulados e, portanto, separados da água.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/11/11113031598090.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mesmo quando mais micropartículas de plástico eram inseridas na água, cientistas puderam removê-las em grandes quantidades. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Experimento simples com resultados incríveis</h2>Assim, ao utilizar um filtro após aquecer a água, a exemplo do que adotamos para coar o café, é o suficiente para tornar a água segura para ser consumida. A eficácia desse método esteve relacionada apenas à concentração do carbonato de cálcio. Se havia mais dele presente em água, mais eficiente se tornava a separação do microplástico e a filtragem depois.<ul><li>Leia mais:<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127194-microplasticos-no-solo-podem-introduzir-superbacterias-em-alimentos.htm"> Microplásticos no solo podem introduzir superbactérias em alimentos</a></li></ul>Considerando que os microplásticos saem das torneiras, todo cuidado é pouco. Isso porque, para quem quer levar essa dica a sério, vale lembrar que não é nada recomendado colocar a água filtrada em uma garrafa de plástico depois!Segundo outro estudo divulgado no início deste ano, sobre o qual falamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128541-1-litro-de-agua-pode-abrigar-240-mil-pedacos-de-microplasticos-comprova-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nesta matéria</a>, uma simples garrafinha de plástico de 1 litro de água apresenta nada menos de 240 mil pedaços de microplásticos no seu interior.Dentre as partículas analisadas, o polietileno tereftalato (PET) se destacou, atingindo as maiores concentrações. Para quem se pergunta o que isso significa, esse valor é cem vezes superior ao que se estimava estar presente nas opções de águas engarrafadas que adquirimos no supermercado. Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos. Até breve! &nbsp;

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Como remover microplásticos da água? Cientistas chineses têm a resposta

Pesquisadores descobriram qual proteína está associada a terrível sensação de frio que pode nos dominar; confira.

Como somos capazes de sentir o frio? Embora seja uma capacidade comum a muitos animais, essa foi uma pergunta que, durante muito tempo, permaneceu sendo uma grande incógnita, motivando pesquisadores de todo o mundo a reunirem evidências. E considerando ainda que entre nós, humanos, essa sensação varia bastante, com pessoas mais sensíveis ao frio do que outras, definitivamente se trata de um tópico de interesse geral.Em um novo estudo publicado na revista Nature Communications, pesquisadores da Universidade de Michigan encontraram o motivo por trás dessa sensação de frio, ou melhor, detectaram qual <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128167-por-que-vitimas-de-queimadura-devem-comer-mais-proteina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proteína</a> que está associada a essa capacidade de perceber o frio mais intenso.Para que chegassem a esse resultado, vale destacar, que os caminhos traçados anos atrás foram cruciais. Como amostra disso, um estudo publicado em 2019 na revista Cell forneceu a primeira evidência da existência de uma proteína receptora da sensação de frio em <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/26372-estudo-sugere-que-envelhecemos-mais-lentamente-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caenorhabditis elegans</a>, que são vermes encontrados em países de clima temperado.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/14/14002056129003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Como somos capazes de sentir o frio? (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Um longo caminho até a descoberta</h2>Esse verme é considerado importante no ramo da biologia do desenvolvimento, especialmente do corpo humano, dada as muitas semelhanças compartilhadas entre esse e outros animais. Ao localizar um determinado gene na C. elegans, pesquisadores também notaram sua presença em outros mamíferos, como camundongos.A partir dessa descoberta, então, os pesquisadores da Universidade de Michigan seguiram pelo caminho que estava parcialmente trilhado e o termossensor de frio em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119832-17-mamiferos-dos-quais-voce-nunca-ouviu-falar-antes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a>&nbsp;foi finalmente descoberto. A responsável por essa função é uma proteína chamada GluK2 (Glutamate ionotropic receptor kainate type subunit 2, em inglês).Para comprovar isso, a equipe optou por avaliar como ratos que não tinham esse gene GluK2 se comportavam quando expostos a temperaturas diferentes. Enquanto diante de temperaturas quentes, mornas e amenas eles reagiam, diante do frio mais pronunciado, abaixo de 15&nbsp;°C, eles não apresentavam qualquer resposta. A proteína GluK2 pode ser encontrada no nosso cérebro, mais especificamente nos neurônios.Mas depois, foi constatado que ela também está presente em nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109491-7-coisas-interessantes-sobre-o-funcionamento-do-seu-intestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema nervoso</a> periférico, fora desse órgão. Isso significa que ela é expressa em neurônios sensoriais, e assim que sentimos essas temperaturas mais frias, o cérebro é rapidamente avisado.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/14/14002616222004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Uma coisa é certa: o frio não é psicológico. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Capacidade de sentir temperaturas mais frias pode ser bastante antiga</h2>Em comunicado oficial, Bo Duan, que é principal autor do estudo, comentou sobre o papel dessa proteína: "a GluK2 desempenha uma função totalmente diferente no sistema nervoso periférico, processando sinais de temperatura em vez de sinais químicos para sentir o frio".Ele ainda acredita que sua presença seja um resquício deixado por outras espécies em meio ao processo de evolução: "uma bactéria não tem cérebro, então por que desenvolveria uma forma de receber sinais químicos de outros neurônios? Mas ela teria grande necessidade de sentir o seu ambiente, e talvez tanto a temperatura como os produtos químicos".“Acho que a detecção de temperatura pode ser uma função antiga e que acabou sendo integrada à medida que os organismos evoluíram em sistemas nervosos mais complexos”, completou o pesquisador.Entender por que sentimos o frio com tanta intensidade é especialmente importante considerando que esse é um efeito percebido em pacientes durante o tratamento contra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/vacina-contra-o-cancer-para-caes-apresenta-bons-resultados-em-testes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a>, sendo uma consequência da quimioterapia. A expectativa é que esse conhecimento, portanto, poderá ser aproveitado futuramente no desenvolvimento de formas de amenizar esse tipo de desconforto durante a terapia.

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Por que somos capazes de sentir frio? Pesquisadores têm a resposta!

Estudiosos analisaram como os mamíferos se comportam durante as diferentes fases da Lua; enquanto algumas espécies aumentaram suas atividades, outras apresentaram fobia lunar

Na natureza, há elementos que para nós, humanos, são encarados como vantagens, enquanto para outros animais são tidos como um empecilho ou mesmo uma variável que os inibe. E a Lua é uma delas — ou melhor, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123389-por-que-podemos-ver-a-lua-durante-o-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz do sol</a> que se reflete sobre ela, sobretudo durante a Lua cheia.Como esse tipo de impacto foi pouco analisado até então, muitos comportamentos passam despercebidos ou são incompreendidos. Pensando nisso, pesquisadores foram investigar em diferentes habitats a relação entre a atividade dos animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119832-17-mamiferos-dos-quais-voce-nunca-ouviu-falar-antes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a> e o ciclo lunar.Nesse sentido, seria de se esperar que a copa da floresta seria o local onde boa parte dessas mudanças seriam percebidas, mas o estudo mostra como abaixo dela também se desdobram muitas outras dinâmicas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06101111295089.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Impactos do ciclo lunar entre os mamíferos</h2>Para descobrir quais animais apresentam fobia a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104271-voce-conhece-todas-as-oito-fases-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz lunar</a>, uma equipe de pesquisadores analisou 88 espécies de mamíferos presentes em 17 florestas de três continentes. A partir de capturas fotográficas, alguns padrões foram percebidos. Tanto animais que vivem em florestas temperadas quanto em tropicais foram acompanhados.Foi identificado que 20 espécies eram noturnas e nove diurnas. Além disso, 14 apresentaram fobia lunar. Ao ponderar o que poderia estar por trás disso, a redução da atividade é encarada como uma forma de autopreservação para muitos animais.Uma das conclusões do artigo, que ainda não foi revisado por pares, é que dentre as espécies mais ativas à noite, maior era a chance de serem mais ativas na Lua nova. E o inverso também foi percebido, quanto menos ativas as espécies eram durante a noite, mais ativas ficaram durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111992-a-lua-cheia-realmente-deixa-as-pessoas-loucas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua cheia</a>.Dentre estas 14 espécies de animais que tinham fobia lunar, 11 delas reduziram os níveis gerais de atividade durante a noite de luar e oito se tornaram "menos noturnas", reduzindo parcialmente a atividade. Três delas apresentaram fobia lunar mais acentuada, com redução total das atividades à noite. São elas: Philander opossum, Hoplomys gymnurus e Tylomys watsoni.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06101215425092.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Padrões considerados no estudo</h2>Vale destacar que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roedores</a> fizeram parte do grupo animal que mais manifestou essa fobia, independente da região, com uma perceptível redução das atividades nesse período noturno mais luminoso. Além disso, a fobia foi mais evidente entre os mamíferos de pequeno e médio porte que são presas de onças-pintadas e jaguatiricas.Houve casos que, devido ao menor número de registros coletados para análise, as espécies foram consideradas como indiferentes ao ciclo lunar. &nbsp;Mas como o próprio estudo destaca, por si só, isso não é o bastante para apontar a ausência de fobia lunar. O esquilo gigante da floresta (Protoxerus stangeri), por outro lado, foi o único a apresentar maior atividade durante as fases lunares intermediárias, de transição.Considerando que o estudo ainda pode ser utilizado para estimar os impactos da iluminação artificial, os resultados obtidos se mostram promissores. Isso porque já tem sido observado como a luz artificial está, cada vez mais, desencadeando mudanças na rotina e no comportamento de diversos animais selvagens.

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Como o ciclo lunar impacta a vida selvagem de mamíferos?

Em novo estudo, pesquisadores descobriram a relação entre dois genes e o desenvolvimento da bioluminescência em vaga-lumes.

Aqueles que apreciam os vaga-lumes iluminando a noite não hesitam em visitar os locais que exibem esses espetáculos. Aqui no Brasil, por exemplo, os vaga-lumes dão um ar especial ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104359-confira-as-melhores-fotos-de-vida-selvagem-de-2017.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Parque Nacional das Emas</a>, no estado de Goiás.Ainda hoje, o mecanismo por trás da bioluminescência, por mais que consista na liberação de energia em forma de luz, é tão incrível e envolto em mistérios quanto aparenta. Isso porque estudiosos continuam tentando entender a função de determinados genes presentes nesses animais e sua relação com as luzes emitidas.E, graças a um novo estudo, publicado na revista Nature Communications, cientistas estão cada vez mais próximos das respostas que tanto procuram.<h2>De onde surge o brilho dos pirilampos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/10/10231417764052.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Vaga-lumes possuem muitas características que os tornam especiais, dentre elas, a capacidade de emitir luzes em diferentes cores. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>&nbsp;</figure>Os órgãos fosforescentes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124716-por-que-os-vaga-lumes-estao-desaparecendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaga-lumes</a> estão localizados em seu abdômen. Nos animais adultos, esse órgão que emite luz é formado por três camadas: cutícula, camada luminosa e camada dorsal. Embora os insetos apresentem o órgão de luz já na sua fase larval, depois que se tornam adultos, um novo órgão fosforescente se desenvolve e rapidamente passa a cumprir exclusivamente essa função.E como o próprio estudo destaca, essa última etapa de evolução dos pirilampos foi pouco estudada até então. Considerando isso, os pesquisadores chineses envolvidos no trabalho optaram por analisar uma espécie de vaga-lume <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128597-como-as-baleias-passaram-de-animais-terrestres-para-marinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquático</a> em específico, a Aquatica leii. Ela pode ser encontrada em arrozais espalhados pelo gigante asiático.Ao investigar os genes que atuam no desenvolvimento do órgão de luz durante a fase de pupação, os estudiosos notaram que dois deles, que sequer eram associados a essa função até então, conhecidos como Alabd-B e AlUnc-4, eram ativados. É justamente graças a esses genes, portanto, que a luminescência dos vaga-lumes se desenvolve de forma adequada posteriormente, quando esses animais atingem a fase adulta.<h2>Analisando a atuação dos genes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/10/10231512235053.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Além dessa atuação no desenvolvimento do órgão luminoso, estudiosos buscaram compreender melhor como se dá a regulação da bioluminescência. Os pesquisadores descobriram que os genes AlAntp, AlRepo e AlAp2 atuam no controle dos flashes.Ainda foi possível realizar o sequenciamento do genoma de um vaga-lume macho dessa espécie aquática, o que representa um avanço significativo, dado que muitas vezes ocorrem falhas nesse processo, dificultando o estudo de características presentes no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a>. E uma vez concluído, uma das vantagens é que se torna possível sanar lacunas na árvore filogenética dos animais.Vale lembrar que, apesar do estudo ter se concentrado em uma única espécie e ter se mantido mais restrita à análise de animais machos, as descobertas oferecem informações importantes. Como exemplo disso, a partir do sequenciamento, os pesquisadores também identificaram que A. leii e Abscondita terminalis,&nbsp;que são integrantes da subfamília Luciolinae, são vaga-lumes de linhagens irmãs.

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Afinal, como os vaga-lumes emitem luz? Cientistas encontram novas pistas

Afinal, qual é a expectativa de vida dos pássaros? A resposta é mais complicada do que parece; entenda o que impacta na longevidade das aves.

Existem, no mundo, mais de 11 mil espécies de aves, cada uma com características singulares, e que volta e meia nos chamam a atenção. Inclusive, quando nos deparamos com um belo pássaro, não raramente nos perguntamos como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123409-9-especies-de-animais-estranhos-que-estao-ameacadas-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal</a> que parece tão frágil e delicado pode sobreviver por conta própria.Outra dúvida comum é: afinal, quantos anos um pássaro pode viver? A resposta é que, na verdade, depende bastante da espécie. Sabemos que as aves envelhecem de forma bem diferente dos humanos. Mas ainda assim, pode-se dizer que muitos pássaros vivem por muito mais tempo do que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128870-as-racas-de-caes-com-a-vida-mais-longa-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos e cachorros</a>.<h2>A expectativa de vida das aves</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/14/14030217633002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Quando a plumagem das aves se desenvolve por completo, é sinal de que chegaram à fase adulta. Por outro lado, quando envelhecem, os pássaros não ficam grisalhos, e as mudanças são tão imperceptíveis — por isso a dificuldade de estimar a idade deles.Mas sobre algo já temos certeza, a longevidade de um pássaro está relacionada ao seu tamanho: quanto maior a ave, mais tempo ela tende a viver. Há espécies, a exemplo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126827-papagaio-que-nao-voa-reaparece-na-nova-zelandia-apos-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papagaios</a> domésticos (que, na verdade, representam uma grande gama de variedades de pássaros), que apresentam um maior tempo de vida e podem alcançar os 60 anos.Vale destacar que este sequer se trata do caso mais excepcional, já algumas espécies podem chegar aos 70 anos, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128402-ave-selvagem-mais-velha-do-mundo-retorna-para-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a albatroz-de-laysan, Wisdom</a>, que detém o título de ave selvagem mais velha do mundo.O pica-pau, por exemplo, pode viver por 15 anos, em média, enquanto o famoso bem-te-vi vive entre 8 e 12 anos. O sabiá-laranjeira costuma ter expectativa de vida de 10 anos — podendo chegar aos 20 em cativeiro. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123008-por-que-passaros-colocam-pedacos-de-papel-em-suas-penas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calopsita</a>, da mesma forma, vive entre 10 e 15 anos na natureza, e 20 quando em ambiente doméstico.<h2>Fatores que explicam a longevidade dos pássaros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/14/14030243442003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Uma resposta mais generalista para a dúvida seria que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128913-por-que-os-passaros-cantam-antes-do-sol-nascer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pássaros</a> vivem, em média, entre 3 e 5 anos. Isso porque grande parcela deles apresenta um tamanho menor, e diferente das espécies de maior porte, lida com um número maior de predadores.Partindo dessa linha de raciocínio, as espécies que voam também sobrevivem por um período maior. E aí entra um outro ponto sensível, a expectativa de vida continua bastante relacionada ao habitat e como os pássaros vivem. Isso porque a mortalidade destes animais está mais associada a acidentes de percurso do que à idade elevada.Por exemplo, se comparar as aves migratórias com as que permanecem toda a vida numa determinada região, fica nítido que as primeiras costumam apresentar uma maior taxa de mortalidade.Quanto ao clima, não é diferente: as espécies que vivem em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122741-por-que-ha-tanta-biodiversidade-nas-regioes-tropicais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regiões tropicais</a> também costumam viver por mais tempo que os pássaros de zonas temperadas. Ainda vale lembrar que, quanto aos motivos por trás das diferenças climáticas, a maior possibilidade de socialização e a maior facilidade para adquirir alimentos também são associadas à maior biodiversidade.

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Por até quantos anos os pássaros podem viver?

Estudo publicado na Nature Metabolism oferece uma visão dos efeitos que podem ser percebidos após um adulto ficar sete dias sem comer nada.

Ficar sem se alimentar por um único dia já parece terrível, mas, e por sete? Sabemos que a sobrevivência nessa condição, muitas vezes por mais de uma semana, fez parte da evolução humana ao longo da história, e infelizmente ainda hoje prejudica severamente populações afetadas por guerras e pela pobreza extrema.Mas, para quem se pergunta como o corpo é capaz de suportar tanto tempo em jejum e quais efeitos podem ser percebidos, pesquisadores do Queen Mary’s Precision Healthcare University Research Institute e do Norwegian School of Sports Sciences conduziram um experimento em um grupo de participantes.Por mais que essa redução brusca na alimentação possibilite uma rápida perda de peso, ela oferece riscos ao organismo, riscos estes que se agravam à medida que os dias passam. Partindo dessa constatação, o experimento ofereceu outras perspectivas envolvendo a adoção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128009-pesquisa-mostra-que-jejum-intermitente-pode-ser-mais-eficiente-que-dieta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jejum intermitente</a>.<h2>Efeitos do jejum prolongado observados a nível molecular</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04164406889283.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Durante sete dias, 12 voluntários foram analisados enquanto ingeriram apenas água, mostrando como o nosso organismo atua promovendo algumas adaptações durante o jejum. Mas elas não foram tão nítidas a princípio, começando pelo fato que apenas depois de três dias houve alterações significativas nos níveis de proteínas do corpo, que somam mais de três mil.Um efeito já bastante conhecido também aconteceu: já nos dois primeiros dias sem alimentos, o corpo trocou a fonte de energia, deixando de utilizar a glicose e fazendo uso das reservas de gordura armazenadas. Assim, as pessoas acabaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122494-por-que-perder-peso-rapido-demais-faz-mal-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perdendo muito peso</a>: em média, 5,7kg — algo que não mudou mesmo após eles voltarem a se alimentar normalmente depois dos sete dias.Enquanto a massa magra (tecido muscular) foi rapidamente reposta, a massa gorda (tecido adiposo) se manteve em níveis baixos. Ainda segundo o estudo, publicado na&nbsp;Nature Metabolism, uma em cada três proteínas sofreu alterações, o que dá uma visão de como foi possível observar esses efeitos ao nível molecular.<h2>Associação entre o jejum prolongado e o desenvolvido de doenças</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04164454531284.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Como resultado disso, pesquisadores notaram a redução dos níveis plasmáticos de uma proteína associada à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124326-cafe-com-leite-tem-acao-anti-inflamatoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artrite reumatóide</a> (SWAP70). Curiosamente, é justamente essa diminuição que contribui com uma menor ocorrência dos episódios de dor, sugerindo como o jejum intermitente pode ser benéfico para os portadores dessa condição.Outro benefício foi percebido: a proteína 1 regulada por hipóxia (HYOU1) também apresentou redução dos seus níveis, o que, na prática, significa um menor risco de desenvolver doença arterial coronariana para os participantes.Mas, naturalmente, permanecer tanto tempo sem se alimentar oferece riscos que não podem ser ignorados. Como exemplo disso, a coagulação dos voluntários aumentou, o que contribui com um maior risco de desenvolver trombose. E se fosse mantido, esse jejum resultaria em uma rápida deterioração do organismo.<h2>Conclusões do estudo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04164614847286.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Por outro lado, o estudo fornece evidências de que a adoção do jejum intermitente, praticada com a devida orientação de um médico especializado, somada a uma dieta saudável, pode contribuir com uma melhor qualidade de vida.Claudia Langenberg, que é diretora do&nbsp;Precision Health University Research Institute, abordou essa possibilidade: "Dietas populares que incorporam jejum – como o jejum intermitente – trazem benefícios à saúde que vão além da perda de peso.""Os resultados fornecem evidências dos benefícios do jejum para a saúde além da perda de peso, mas estes só foram visíveis após três dias de restrição calórica total – mais tarde do que pensávamos anteriormente", completa Langenberg.

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O que acontece com o nosso corpo após 7 dias em jejum?

Graças ao mimetismo, há espécies que se mantêm protegidas sem precisar se esconder na natureza. E há uma mariposa que oferece um exemplo bastante curioso de como isso ocorre.

A famosa expressão “lobo em pele de cordeiro” pode ganhar uma dimensão bem diferente quando posta em prática no mundo animal, especialmente quando estamos nos referindo a algum caso de mimetismo presente na natureza.Nesse tipo de ocorrência, os animais dão uma prova real da sua capacidade de evoluir. Mas é importante destacar que, diferente da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119926-como-a-camuflagem-ajudou-na-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camuflagem</a>, o mimetismo implica na aquisição de características presentes em outras espécies, sem que esse animal fique totalmente escondido em seu habitat.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06120906531204.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Sesia apiformis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Mimetismo entre as mariposas</h2>Nesse tipo bastante intrigante de adaptação, além da aparência, o comportamento de outro animal também pode ser "copiado", ainda que parcialmente, de modo que ele afaste seus predadores. E isso pode ser observado não apenas entre espécies animais, como vegetais.Em um dos casos clássicos, temos o peixe tropical Chaetodon capistratus. Ele apresenta uma grande mancha na parte posterior do seu corpo, que parece ser um olho, e essa característica é o suficiente para ele se manter mais seguro nas águas. Entre as mariposas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126954-5-animais-que-usam-mimetismo-para-escapar-de-predadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mimetismo</a> se manifesta de forma incrível.No caso de mimetismo batesiano, a vespa-europeia (Vespa crabro), foi quem serviu de "inspiração". Por isso, diferente dela, a mariposa Sesia apiformis não é nada ameaçadora. Como sabemos bem, as espécies podem variar muito de uma região a outra, por isso é natural que esse inseto inofensivo seja motivo de preocupação.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06121452893205.jpg" alt="Nessa imagem, aparece a vespa-europeia, que de fato apresenta algumas diferenças em relação a mariposa vespa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Nessa imagem, aparece a vespa-europeia, que de fato apresenta algumas diferenças em relação à mariposa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Encontrada na Europa e em regiões do Oriente Médio e da América do Norte, a S. apiformis&nbsp;é uma integrante da família Sesiidae. Além dessa aparência, com um corpo onde se destacam os tons de preto e amarelo — cores que no mundo animal são indicativos de picadas tóxicas —, as suas asas podem enganar aos que não percebem as sutilezas.Essas mariposas aperfeiçoaram de tal forma a arte da imitação que até mesmo o voo delas ocorre de uma forma semelhante ao das vespas. Na prática, isso prova como o mimetismo pode contribuir com a proteção de algumas espécies.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06121612973206.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mas ao reparar bem, os detalhes denunciam a farsa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Diferenças entre a mariposa e a vespa</h2>Mas ao reparar bem, os detalhes denunciam a farsa, a exemplo das cores das patas da mariposa, do formato da cabeça e da própria cintura, que são diferentes da vespa-europeia. Além da ausência de ferrão, as S. apiformis&nbsp;não possuem mandíbulas feitas para morder e cortar.Ainda há casos fascinantes de mimetismo observados entre outros insetos, como o presente nas mariposas-beija-flor que imitam os belíssimos colibris. Além das asas, sua língua se assemelha bastante ao bico do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128056-como-os-beija-flores-consegue-voar-em-espacos-tao-pequenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">beija-flor</a>, isso sem falar na cauda e na presença de uma listra branca no dorso.E antes que tal diferenciação ocorresse, os biólogos ficaram confusos, pois ao que tudo indica, não se trata de um caso de mimetismo batesiano, como o manifestado nas mariposas, que permite que animais inofensivos se assemelhem a outros mais perigosos, ou mülleriano, quando espécies compartilham características indesejadas pelos seus predadores, evitando o ataque.

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Parece vespa, mas é uma mariposa. Afinal, o que explica isso?

Iniciativa disponibiliza gratuitamente imagens 3D de mais de 13 mil espécies de animais vertebrados; confira.

Para quem se interessa pelo mundo animal, uma iniciativa que reuniu diversos materiais produzidos em uma série de estudos está disponível, permitindo que o conhecimento esteja acessível a todos, e o melhor, sem sair de casa. O projeto openVertebrate (oVert) oferece imagens 3D com detalhes incríveis de mais de 13 mil animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109836-devastador-60-dos-vertebrados-desapareceram-da-terra-nos-ultimos-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vertebrados</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12103808482224.jpg" alt="(Fonte: openVertebrate/Reprodução)"><figcaption>Esse riquíssimo material, digitalizado entre 2017 e 2023, pode facilitar a vida de pesquisadores. (Fonte: openVertebrate/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>OpenVertebrate Project</h2>Liderado pelo Florida Museum of Natural History, inicialmente, o objetivo era criar uma comunidade de digitalização, mas é possível ver como o projeto já se tornou algo maior. Fruto da colaboração de estudiosos de 25 instituições de ensino, incluindo a Universidade de Harvard, Universidade do Texas, Universidade de Chicago e Universidade da Flórida, foi questão de tempo para outras parcerias serem firmadas.Esse riquíssimo material, digitalizado entre 2017 e 2023, pode facilitar a vida de pesquisadores, uma vez que muitas dessas imagens obtidas contaram com o uso de recursos que não estão amplamente disponíveis.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12103917970225.jpg" alt="(Fonte: openVertebrate/Reprodução)"><figcaption>Estudantes e público geral podem ser igualmente beneficiados por esses recortes e amostras raras. (Fonte: openVertebrate/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além disso, por não estar restrito a análise de espécies locais, pesquisadores podem se aprofundar no estudo de animais de outras porções, usufruindo também do conhecimento já produzido, reduzindo as barreiras financeiras, temporais e geográficas.Estudantes e público geral podem ser igualmente beneficiados por esses recortes e amostras raras. Esse trabalho ainda é útil para análise de espécies frágeis e, ao mesmo tempo, evita o desgaste das amostras, bem como reduz a necessidade de retrabalho.Em um artigo publicado na Bioscience no último dia 6, os pesquisadores envolvidos nesse esforço compartilharam detalhes desse projeto, que aumentou em larga escala o alcance dos museus de história natural espalhados pelo mundo.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/12/12104009134227.jpg" alt="(Fonte: openVertebrate/Reprodução)"><figcaption>Além de contribuir com a difusão do conhecimento, projeto amplia a visibilidade de diversos trabalhos já realizados. (Fonte: openVertebrate/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Em busca de novas descobertas</h2>Não se trata de substituir totalmente a necessidade de realizar visitas em diferentes espaços, mas de aproveitar os recursos empregados online para ampliar o acesso: mais da metade dos gêneros de répteis, anfíbios, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121672-5-fatos-sobre-animais-mamiferos-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a>, aves e peixes existentes estão dispostos em tomografias de altíssima qualidade.Ou seja, a visualização pode ser bastante esmiuçada, tanto do interior quanto do exterior do animal. Dessa forma, torna-se virtualmente possível abrir a boca de um sapo e explorar detalhes, seja dos dentes, ou mesmo dos ossos, vasos e tecidos musculares. A expectativa é que o OpenVertebrate também ajude a sanar muitas lacunas.Em meio a esse trabalho de análise, vale lembrar, muitas conclusões interessantes podem surgir, como a que houve a partir de um estudo massivo que se concentrou em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126949-especie-minuscula-de-sapo-e-descoberta-em-sc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapos</a>. Fazendo uso das tomografias computadorizadas disponíveis na oVert, estudiosos puderam comprovar que ao longo do processo de evolução, os sapos perderam seus dentes mais de 20 vezes, o que mostra como esses processos não são tão lineares e definitivos quanto aparentam.

Mychelle Araújo