Imagem de 8 curiosidades sobre o peru (a ave, não o país!) no megacurioso

A ave que tem o nome de um país é rápida, inteligente e possui uma excelente visão

<head></head><body>Perus são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112210-10-aves-incriveis-e-assustadoras-que-voce-tem-que-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves muito interessantes</a>. São animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39743-10-fatos-sobre-os-corvos-que-vao-deixar-voce-fascinado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extremamente inteligentes</a>, com uma ótima visão e capazes de correr com certa agilidade. Apesar disso, eles já quase foram extintos devido ao seu alto consumo durante o jantar de ação de graças nos Estados Unidos.Confira abaixo oito curiosidades sobre essa ave.<h2>1. O nome da ave veio do país</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105548440223.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O peru é uma ave norte-americana, mas seu nome em português é o mesmo de um dos nossos vizinhos. E a explicação para isso é que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120695-por-que-o-peru-tem-esse-nome-se-ele-nao-e-peruano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os portugueses acreditavam que a ave tinha origem peruana</a>. O mais curioso é que esse mesmo erro aconteceu com o nome em inglês. Turkey é utilizado tanto para se referir à ave quanto à Turquia. E o motivo é que os ingleses acreditavam que o peru tinha origem na Turquia, e batizaram o animal com o nome do país.<h2>2. Os perus quase foram extintos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105828018237.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)No feriado de ação de graças, o peru costuma ser o prato principal da maioria das famílias nos Estados Unidos. Isso fez com que, no início do século 20, a combinação de caça excessiva e destruição do habitat diminuísse a população de perus selvagens para cerca de 30.000 aves. A situação só foi revertida depois de um rigoroso trabalho de conservação da espécie. O trabalho foi tão bem-sucedido, que a ave se tornou um incômodo em algumas partes dos Estados Unidos.&nbsp;<h2>3. Perus fêmeas não gorgolejam</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105927586239.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Perus de ambos os sexos cacarejam e emitem outros ruídos típicos da ave. Porém, apenas os machos gorgolejam. Esse som, tão característico, é a versão do peru para o rugido de um leão. Ele serve para avisar sua presença para as fêmeas e alertar seus rivais para ficarem longe. Para maximizar o alcance de seus cantos, os perus machos costumam gorgolejar em cima das copas das árvores.&nbsp;<h2>4. Os perus dormem nas árvores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17162550197617.jpg" alt="(Fonte: John H. Gavin/WickedLocal)">(Fonte: John H. Gavin/WickedLocal)E falando de árvores, os perus selvagens preferem subir nelas para dormir. Como eles têm muitos predadores naturais, como coiotes, guaxinins, águias e corujas, quando o sol se põe, os perus sobem nas árvores. Eles começam voando para um galho baixo, depois saltam desajeitadamente para cima, galho por galho, até atingirem uma altura segura.&nbsp;<h2>5. Ambos os perus machos e fêmeas têm barbela</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18105709517226.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A barbela é a característica pele vermelha pendurada sob o bico do peru. Ela ajuda os perus a regularem melhor a temperatura corporal. Como é uma região muito vascularizada, ela permite que as aves dissipem o calor do corpo com mais facilidade.<h2>6. Os perus têm uma visão excelente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18110020656240.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os perus estão no grupo de aves com uma visão muito nítida. Eles conseguem enxergar cores com uma melhor definição que nós, e também são capazes de ver a luz ultravioleta. Além disso, eles têm uma ótima visão periférica. Para se ter uma ideia, a visão humana tem cerca de 180 graus da esquerda para a direita. Já os perus, devido à posição dos seus olhos nas laterais de suas cabeças, podem ver 270 graus da esquerda para a direita.<h2>7. Perus podem ser rápidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18110317361242.png" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Nada nos perus sugere que eles podem ser rápidos. Mas a verdade é que eles são excelentes corredores. Em terra, um peru correndo pode atingir uma velocidade de até 40 km/h — tão rápido quanto um elefante durante um ataque. Além disso, em curtas distâncias eles são capazes de voar a 80 km/h.<h2>8. Os perus são pássaros inteligentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/18/18110414645243.png" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os perus tem várias habilidades importantes para sobreviver em ambientes selvagens. Eles são capazes de se planejar com antecedência e reconhecer padrões. Os perus também conseguem se reconhecer pelo som e podem visualizar um mapa de seu território.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:32.356Z

8 curiosidades sobre o peru (a ave, não o país!)

Imagem de Casal tem gêmeos de embriões congelados há 30 anos no megacurioso

Este é o embrião congelado há mais tempo que resultou em um nascimento

<head></head><body>Um casal do Oregon recorreu ao Centro Nacional de Doação de Embriões (NEDC) em Knoxville, Tennessee, para tentar engravidar novamente. A doação deu certo e Rachel e Philip Ridgeway tiveram um casal de gêmeos.Teria tudo para ser mais um nascimento a partir de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/42008-trigemeos-nascem-com-diferenca-de-cinco-anos-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fertilização in vitro</a>, não fosse por um detalhe: os embriões foram congelados no dia 22 de abril de 1992. Ou seja, a concepção deles aconteceu há 30 anos.<h2>Congelados por três décadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22103213740132.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em 1992, um casal recorreu à fertilização in vitro para poder ter filhos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115966-quando-teremos-embrioes-humanos-com-genes-editados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Foram produzidos embriões</a> a partir dos espermatozoides do marido com os óvulos de uma doadora. Como o processo resultou em mais óvulos fertilizados do que o necessário, os embriões extras foram congelados para uso futuro.Eles foram congelados em 22 de abril daquele ano e, por quase três décadas, ficaram armazenados em nitrogênio líquido a quase 200 graus abaixo de zero. Os embriões foram mantidos em um laboratório de fertilidade na Costa Oeste até 2007. Sabendo que não iriam ter outro filho, o casal que criou os embriões fez uma doação ao NEDC em Knoxville, Tennessee, para que outro casal pudesse usá-los.&nbsp;O descongelamento aconteceu no dia 28 de fevereiro, pela Southeastern Fertility, uma clínica de fertilidade parceira do NEDC. Ao todo, dos cinco embriões, dois foram descartados por não serem viáveis. Os três restantes foram transferidos para Rachel e dois deles resultaram nos gêmeos: Lydia e Timothy Ridgeway.<h2>Filhos caçulas, porém, mais velhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21174137510528.png" alt="Philip e Rachel Ridgeway com a foto dos embriões congelados por 30 anos (Fonte: CNN).">Philip e Rachel Ridgeway com a foto dos embriões congelados por 30 anos (Fonte: CNN).Segundo o NEDC, os gêmeos Timothy e Lydia estabeleceram um novo recorde para um embrião congelado que resultou em um nascimento. Antes deles, o recorde pertencia a uma criança que nasceu em 2020, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a partir de embrião de 27 anos</a>.&nbsp;O novo recorde é tão peculiar, que por pouco o casal não deu à luz a embriões fecundados antes deles mesmos. Rachel e Philip Ridgeway tinham apenas três e cinco anos, respectivamente, quando seus gêmeos foram concebidos pelo casal anônimo.Enquanto procuravam nos bancos de dados de doadoras de óvulos, o casal focou em uma categoria chamada “consideração especial”. Essa escolha foi porque eles sabiam serem embriões mais difíceis de conseguir encontrar receptoras. Apesar disso, Philip afirma que não esperava bater um recorde. O próprio banco de dados não divulga por quanto tempo os embriões foram congelados.“Não queríamos obter os embriões que estão congelados há mais tempo no mundo”, disse Philip à CNN. “Só queríamos aqueles que estavam esperando há mais tempo”.Os Ridgeway já eram pais antes da fertilização in vitro. Eles têm outros quatro filhos — de oito, seis, três e dois anos. Os caçulas da família nasceram saudáveis no dia 31 de outubro. Philip comentou que "De certa forma, eles são nossos filhos mais velhos, embora sejam nossos filhos menores".</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:32.013Z

Casal tem gêmeos de embriões congelados há 30 anos

Imagem de As sementes de melancia que revelam o passado da humanidade no megacurioso

Há seis mil anos, pastores consumiam sementes de melancia ao invés da polpa da fruta, que era muito amarga

<head></head><body>Há cerca de 6 mil anos, um grupo de pastores recolheu suas ovelhas em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119353-caverna-com-obras-de-arte-neandertais-e-descoberta-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> no norte da África — mais especificamente em Uan Muhuggiag, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119761-como-era-o-saara-antes-de-ser-um-deserto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saara</a> da atual Líbia — para passar a noite. Tudo o que se sabe sobre a estadia é baseado no que foi encontrado por arqueólogos, milênios mais tarde.O grupo provavelmente estava se alimentando de melancias não domesticadas, com a polpa amarga, mas com sementes saborosas. O principal indício disso é que no local, as poucas sementes fossilizadas encontradas não foram cuspidas, mas caíram sem que os pastores tivessem percebido.<h2>Conhecendo hábitos do passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16183856367023.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Encontrar restos de alimentos neste local específico só foi possível devido ao ar seco e salgado da caverna, que preservou os restos esquecidos ou deixados pelos pastores. Para entender o que fazia das sementes daquela antiga melancia tão especiais, uma equipe de cientistas sequenciou o DNA de uma delas — o código genético mais antigo recuperado de uma planta.O genoma revelou que as sementes pertenciam a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119324-de-onde-vieram-as-melancias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melancia selvagem</a>, que provavelmente tinha a polpa amarga. O que a equipe de arqueólogos acredita é que os antigos saarianos consumiam as sementes de melancia muito antes de a fruta evoluir para a doce e domesticada que temos atualmente (Citrullus lanatus).<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16183619895016.jpg" alt="(Fonte: Christie Images LTD 2015/Reprodução)">(Fonte: Christie Images LTD 2015/Reprodução)Para eles, os restos de plantas — como as sementes de melancia — fornecem informações sobre dietas e estilos de vida das sociedades passadas. Um dos estudos feitos com as sementes consistia em digitalizá-las com raios-X de alta resolução. Foi com essas imagens detalhadas que a equipe descobriu rachaduras nas sementes, sugerindo que elas haviam sido mordidas por dentes humanos.Os estudos genéticos com estas sementes revelaram que elas vieram de uma melancia sem as mutações-chave para a doçura e para a cor vermelha. Era, com certeza, uma fruta muito diferente da que nós consumimos atualmente, com um interior amargo e branco.<h2>Sementes saborosas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16183858528024.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Com todas essas informações, é plausível admitir que os saarianos mastigavam essas sementes. Porém, o destino da polpa é incerto. Eles poderiam descartar o material de gosto ruim, usar para alimentar o gado ou para cozinhar algum tipo de ensopado.&nbsp;Porém, até o momento, os arqueólogos não encontraram vestígios de polpa da fruta — que poderiam ter sido preservados em panelas ou presos no tártaro dos dentes. Os estudos genéticos também procuraram cruzar o DNA de sementes de melancias encontradas em outros lugares da África, para tentar entender como a fruta evoluiu para a que temos hoje.Até o momento, os resultados apenas conseguiram documentar a diversidade perdida de plantas de melancia usadas para alimentação durante alguns milhares de anos. Também é possível inferir que os primeiros cultivadores parecem ter trabalhado com tipos doces e amargos da fruta, bem como com o cruzamentos entre espécies da planta.O próximo passo é tentar entender em que momento as várias espécies de melancia começaram a deixar de existir. Além disso, enquanto não forem encontrados os vestígios de polpa da melancia de Uan Muhuggiag, o seu destino continuará sendo um mistério.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.400Z

As sementes de melancia que revelam o passado da humanidade

Imagem de Kynam: a madeira mais cara do mundo é criada por envenenamento no megacurioso

Quando contaminada, a árvore produz uma resina que deixa a madeira com um aroma usado em incenso e perfume

<head></head><body>Uma curiosa terapia intravenosa chamou a atenção dos usuários do Facebook na Ásia. Imagens de árvores recebendo um estranho líquido fez com que os internautas discutissem o que poderia estar acontecendo ali.&nbsp;Entre as teorias, havia quem acreditasse se tratar de uma intervenção artística para aumentar a conscientização sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115424-chances-de-um-colapso-social-irreversivel-dentro-40-anos-e-de-90.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento desenfreado ocorrendo em escala global</a> — ou sobre a poluição causada pelo homem matando a vida vegetal. Outros afirmaram ser algum método de tratamento para salvar as árvores de fungos ou parasitas.Houve ainda aqueles que disseram se tratar de um ato de vandalismo, e que os sacos estavam cheios de urina humana. Mas como sempre costuma acontecer quando essas teorias surgem na internet, todas estavam erradas.<h2>A madeira mais cara que ouro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16173950145732.jpg" alt="(Fonte: Road Observation Academy/Facebook/Reprodução)">(Fonte: Road Observation Academy/Facebook/Reprodução)As imagens mostravam um tratamento intravenoso feito com veneno em árvores de aquilaria para conseguir a madeira mais cara do mundo. O Kynam — ou kyara como é conhecido na Ásia — é um tipo extremamente raro de pau-de-águila, uma árvore utilizada na produção de incenso e perfume.Há alguns anos foi descoberto que é ao ser infectada pelo fungo Phialophora parasitica que a aquilaria passa por um estresse biológico para se defender do parasita. E é isso que faz com que ela desenvolva seu aroma tão específico — quando não infectada, ela é uma madeira comum.Esse uso faz do pau-de-águila uma madeira extremamente cara. Dependendo da origem, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119791-6-itens-bizarros-que-sao-mais-valiosos-do-que-ouro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ela pode custar mais que o ouro</a>, principalmente quando infectada com um tipo específico de mofo. Nesses casos, ela pode levar décadas para desenvolver a madeira perfumada, o que eleva bastante seu valor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16185728317027.jpg" alt="Com 625 gramas, esse pedaço de Kynam custa R$ 3.27 milhões. (Fonte: Oud_learner/Ouddict/Reprodução)">Com 625 gramas, esse pedaço de Kynam custa R$ 3.27 milhões. (Fonte: Oud_learner/Ouddict/Reprodução)As imagens que viralizaram nas redes sociais eram de árvores passando por este processo. As bolsas estavam com um líquido venenoso, feito com esse parasita, para estimular a produção da preciosa resina. Atualmente, existem plantações de pau-de-águila em toda a Ásia, indo da Indonésia até Mianmar.O processo consiste em pendurar dezenas de bolsas intravenosas nos galhos das árvores e conectá-las à madeira por tubos com grandes agulhas. Conforme o líquido venenoso penetra na árvore, ele ativa o mecanismo de autodefesa dela. E é assim que se cria a madeira mais cara do mundo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.419Z

Kynam: a madeira mais cara do mundo é criada por envenenamento

Imagem de Rjukan: a cidade que usa espelhos para ter luz solar no inverno no megacurioso

Cidade norueguesa passa seis meses com o sol bloqueado pelas montanhas ao seu redor

<head></head><body>O dia 28 de setembro é uma data que todos os moradores de Rjukan conhecem muito bem. Esse é o dia que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123483-6-lugares-na-terra-onde-o-sol-nao-se-poe-no-verao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os raios do sol deixam de iluminar a pequena cidade norueguesa</a>, localizada a oeste da capital Oslo.E por muito tempo, os moradores de Rjukan precisavam esperar por cinco meses e meio, até que o sol voltasse a iluminar a cidade no dia 12 de março. Construída no meio de um vale, as montanhas que a cercam impedem que a luz do sol chegassem até o local. Até que um morador decidiu colocar em prática um desejo muito antigo: usar espelhos para refletir os raios solares para o centro de Rjukan.<h2>A cidade no vale</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/15/15183719338047.jpg" alt="Cidade de Rjukan fica dentro de um vale. (Fonte: Wikimedia Commons)">Cidade de Rjukan fica dentro de um vale. (Fonte: Wikimedia Commons)Rjukan foi fundada entre 1905 e 1916 pelo engenheiro norueguês Sam Eyde para acomodar os trabalhadores da sua nova usina hidrelétrica. O local pareceu uma escolha óbvia, porque fica perto da cachoeira Rjukanfossen.Porém, em pouco tempo, todos perceberam que a falta de iluminação por quase meio ano poderia ser um sério problema. Ainda em 1913, Eyde já havia sugerido a construção de um espelho para redirecionar a luz do sol para o centro da cidade no inverno. O problema é que o custo e a dificuldade do projeto o tornaram inviável.A solução encontrada foi construir um teleférico para transportar os moradores para fora do vale e para as montanhas. Assim, ficava mais fácil absorver a tão estimada vitamina D necessária. O teleférico funciona até hoje e é mais uma das atrações da cidade.<h2>Sol espelhado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/15/15184035256048.jpg" alt="(Fonte: Tore Meek/The Atlantic)">(Fonte: Tore Meek/The Atlantic)A solução definitiva para o problema da falta de sol só começou a nascer em 2005. Martin Andersen, um dos moradores de Rjukan percebeu que a ideia dos espelhos não era mais um projeto futurista.&nbsp;Andersen visitou Viganella, uma vila italiana que instalou um espelho solar semelhante. A partir desse momento, ele se concentrou em resolver o problema da falta de sol na cidade norueguesa.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/39736-vilarejos-europeus-instalam-espelhos-gigantes-para-roubar-raios-de-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Em Viganella foi instalado um único espelho de aço polido</a>. Embora ele ilumine uma área até maior do que a de Rjukan, sua luz é muito mais fraca e difusa. "Eu queria um pedaço menor e concentrado de luz solar: um local especial iluminado pelo sol no meio da cidade, onde as pessoas pudessem passar cinco minutos rápidos ao sol", explicou Andersen.&nbsp;A escolha foi a praça central da cidade, cercada de um lado pela biblioteca e pela prefeitura, e do outro pelo posto de turismo. A região, com cerca de 600 m², onde também fica o mercado de Rjukan, se tornou um ponto de encontro dos moradores durante os invernos. E onde antes havia apenas uma sombra e o sol só conseguia manter o céu iluminado, agora tem um feixe focado de luz solar, com um brilho de 80 a 90% da intensidade do original.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.573Z

Rjukan: a cidade que usa espelhos para ter luz solar no inverno

Imagem de O vilarejo na Guatemala que está se tornando uma obra de arte no megacurioso

Projeto criou uma cidade com casas e comércios com cores vibrantes e relacionadas com a comunidade local

<head></head><body>“O que é aquela cidade com os prédios azuis?”, se perguntam os turistas que estão passeando pelas águas azuis do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107609-conheca-12-dos-lagos-mais-belos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lago Atitlán</a> na Guatemala. O vilarejo de Santa Catarina Palopó, que por muitos anos passou despercebido, hoje tem recebido a atenção das pessoas que decidem conhecer as comunidades locais do lago.<h2>Turismo regional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16105115760362.jpg" alt="Lago Atitlán com duas crateras de vulcão ao fundo. (Fonte: Wikimedia Commons)">Lago Atitlán com duas crateras de vulcão ao fundo. (Fonte: Wikimedia Commons)Todos os dias, lanchas que funcionam como táxis, pegam e transportam os moradores locais a caminho do trabalho. Mulheres vestindo trajes tradicionais maias também utilizam o transporte para vender seus artesanatos, assim como os turistas que pretendem explorar a região.&nbsp;O Lago Atitlán fica em uma cratera vulcânica. Ao seu redor estão três <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109215-18-fatos-interessantes-sobre-vulcoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulcões</a> perfeitamente cônicos e 11 <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122434-maias-os-5-maiores-enganos-a-respeito-dessa-civilizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vilarejos maias</a>, o que forma uma espécie de complexo turístico natural e cultural. Cada uma das vilas é conhecida por alguma coisa — têxteis, cerâmica, chocolate — e todas competem pela atenção dos turistas que vão até o local para conhecer o lago.Santa Catarina Palopó está entre os vilarejos que dependem do turismo para se manter economicamente. Porém, por muito tempo os cerca de 5.000 indígenas que vivem lá dependeram quase que exclusivamente da pesca e da agricultura. Como essas fontes de renda não vinham conseguindo disputar com as demais aldeias, o turismo por lá não estava conseguindo sustentar a crescente população da cidade.&nbsp;A solução para este problema surgiu dos próprios moradores locais. Percebendo que muitas pessoas deixavam o vilarejo para tentar emprego na Cidade da Guatemala, no México ou nos Estados Unidos, um grupo de trabalhadores, artesãos, empregadas domésticas e donas de casa criou o projeto Pintando Santa Catarina Palopó em 2016. O objetivo inicial do projeto era simples: pintar todas as 850 casas e comércios em cores vibrantes, na tentativa de transformar a cidade serrana em um destino cultural.<h2>A cidade colorida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16104914918359.jpg" alt="(Fonte: Pintando Santa Catarina Palopó project)">(Fonte: Pintando Santa Catarina Palopó project)O projeto surgiu como uma mistura de atrair mais turistas, revitalizar o vilarejo e reforçar as tradições locais. Para isso, o artista guatemalteco Diego Olivero foi convidado para organizar oficinas de design social com líderes comunitários. Isso iria garantir que os moradores pudessem participar ativamente do processo.Olivero, ao mesmo tempo que explicava como poderia ser feito um trabalho artístico e atrativo, também aprendeu a importância da comunidade local estar ligada à natureza e ao local onde nasceram. O resultado foi que a escolha das cores veio do próprio meio cultural dos moradores e teve como principal fonte de inspiração o huipil, uma vestimenta tradicional deles.Stephany Blanco, a diretora executiva do projeto, queria pintar as casas com as cores e figuras que representassem a comunidade. Para isso, foram criadas uma variedade de designs para que as famílias pudessem escolher qual queriam para suas casas e que melhor representassem a família.As principais cores foram inspiradas no Lago Atitlán, nos vulcões e nas plantas. A equipe criou uma paleta de cores com nomes como “água”, “lama” e “pedra verde”. E assim, os moradores começaram a ver o azul vívido, roxo intenso e verde vibrante tomando conta de Santa Catarina Palopó. As cores laranja, amarelo e rosa completam o esquema principal de cores.Nos últimos cinco anos, o turismo no vilarejo subiu 74%, estimulando o comércio local. Já foram abertos 17 novos negócios, como um centro cultural, cafés, restaurantes, galerias de arte e centros de artesanato. Das 850 casas, 749 já foram pintadas. O que fez com que, além do turismo, os próprios moradores se interessassem mais pela sua própria localidade.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.499Z

O vilarejo na Guatemala que está se tornando uma obra de arte

Imagem de Baunilha: de onde vem um dos sabores mais populares da culinária? no megacurioso

Original de uma planta que desabrocha durante um único dia no ano, a baunilha se tornou um dos aditivos mais comuns em alimentos

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123421-6-coisas-nojentas-que-voce-come-e-nao-sabe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baunilha</a> tem um dos sabores mais conhecidos do mundo. Ela está presente em diversos alimentos e por ter se tornado tão popular, acabou se tornando um sinônimo para algo comum. E isso não poderia estar mais distante da sua origem.A baunilha vem de uma planta (Vanilla planifolia) nativa das florestas montanhosas do México. Por muitos anos, os indígenas Totonacs eram, provavelmente, os únicos humanos a conhecê-la. Eles a chamam de caxixanto, que significa “flor escondida”.Esse nome faz referência à flor da baunilha, que desabrocha durante um único dia do ano. Depois que os espanhóis conquistaram os povos originários do México e descobriram essa planta de sabor e aroma únicos, eles decidiram levá-la até a Europa.Em pouco tempo, a baunilha se tornou um aditivo popular nos doces da elite. Os europeus gostaram tanto do sabor, que sua demanda cresceu rapidamente. O problema é que na Europa a baunilha <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69961-como-seriam-as-nossas-vidas-sem-os-polinizadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não possuía polinizadores naturais</a>, o que fez com que ela não conseguisse se reproduzir e, consequentemente, dar frutos.&nbsp;<h2>A polinização de Albius</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16122451087429.jpg" alt="Edmond Albius. (Fonte: Wikimedia Commons)">Edmond Albius. (Fonte: Wikimedia Commons)Até 1841, a baunilha cultivada fora do México era usada principalmente como um ornamento nos jardins e estufas dos ricos. Quem possibilitou a mudança foi Edmond Albius, um negro que nasceu escravizado e foi acolhido por um nobre e ainda criança passou a estudar botânica.Albius decidiu adaptar à planta de baunilha, um método de polinização manual usado em melancias. O resultado foi tão bem-sucedido, que a técnica de polinização manual de Albius é usada até hoje. E foi com ela que a baunilha passou a ser produzida em outros países do mundo (apesar disso, Albius <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122328-vicente-lusitano-o-compositor-negro-esquecido-pela-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acabou morrendo em quase total anonimato</a>, sem nunca ter recebido o mérito pela descoberta).Mas foi apenas em 1874 que a baunilha passou a ser produzida em larga escala. Mesmo com a técnica de polinização manual de Albius, a Vanilla planifolia é muito difícil de ser produzida. A solução definitiva para esse problema veio com o desenvolvimento da baunilha sintética de outras fontes — a polpa de madeira e, mais recentemente, produtos petroquímicos.&nbsp;<h2>A 'banalização' da baunilha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16122624610430.jpg" alt="Flor da baunilha. (Fonte: Wikimedia Commons)">Flor da baunilha. (Fonte: Wikimedia Commons)A produção sintética da baunilha foi responsável por criar novas possibilidades para o seu uso. Ela também permitiu que mais pessoas tivessem acesso a ela, incluindo a população mais pobre da Europa.&nbsp;Até hoje a maioria da baunilha consumida é sintética — e a maior parte dela é derivada de produtos petroquímicos. Conforme ela se tornou mais popular — e cada vez mais presente em diferentes alimentos —, o que antes dependia de uma fruta difícil de polinizar, se tornou algo comum.&nbsp;O termo baunilha surgiu no final do século XIX, e no início do século XX já era bastante usado em receitas. Nas décadas seguintes, a baunilha se tornou sinônimo de coisas simples, devido ao seu uso recorrente. E assim, o que por muito tempo era raro e precioso, virou um sinônimo para lugar-comum.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.489Z

Baunilha: de onde vem um dos sabores mais populares da culinária?

Imagem de Os 6 alimentos com mais agrotóxicos que compramos no mercado no megacurioso

Saiba quais frutas e hortaliças merecem mais cuidado na hora da limpeza, para que o consumo seja mais saudável

Em um mundo perfeito, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122910-mst-qual-e-a-historia-e-o-que-querem-os-integrantes-do-movimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">todas as pessoas se alimentariam apenas de alimentos org&acirc;nicos</a>. Por&eacute;m, como essa n&atilde;o &eacute; a realidade para a maioria das pessoas, &eacute; importante saber que alguns alimentos costumam receber doses mais pesadas de pesticidas, fungicidas e herbicidas para que os produtores consigam controlar as pragas.
Para que voc&ecirc; n&atilde;o abra m&atilde;o de fibras, vitaminas e minerais essenciais, a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; lavar bem os alimentos antes de consumi-los. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123106-qual-e-o-papel-do-agronegocio-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Brasil &eacute; o pa&iacute;s que mais utiliza agrot&oacute;xicos</a>, o que significa que &eacute; muito importante dar a devida aten&ccedil;&atilde;o &agrave; limpeza de frutas e verduras. E, embora todos os alimentos devem ser lavados, confira seis dos que mais costumam receber agrot&oacute;xicos.&nbsp;
<h2>1. Morango</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/11/14/a-14182550205022.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
O morango &eacute; a fruta que mais costuma receber pesticidas. A raz&atilde;o disso &eacute; que existem v&aacute;rias esp&eacute;cies de insetos e pat&oacute;genos que podem atacar essa fruta durante todos os est&aacute;gios do seu crescimento. Para combat&ecirc;-los, a maioria dos produtores utiliza uma pulveriza&ccedil;&atilde;o mais pesada de v&aacute;rios produtos qu&iacute;micos. A melhor solu&ccedil;&atilde;o para isso seria conseguir priorizar morangos org&acirc;nicos. Por&eacute;m, como essa n&atilde;o &eacute; uma realidade para a maioria das pessoas, recomenda-se lavar bem a fruta antes de consumi-la.&nbsp;
<h2>2. Espinafre</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/11/14/a-14182644120026.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
A maioria das folhas verdes que a gente encontra nos supermercados, costumam conter uma grande concentra&ccedil;&atilde;o de agrot&oacute;xicos. Isso acontece porque elas s&atilde;o um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118941-comer-uma-fruta-ou-verdura-com-larvas-faz-mal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alvo comum de larvas</a> de diferentes tipos de insetos. A menos que voc&ecirc; consiga encontrar produtores de espinafre org&acirc;nico, a recomenda&ccedil;&atilde;o &eacute; sempre a mesma: lavar muito bem as folhas antes de consumi-las.
<h2>3. Couve</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/11/14/a-14182746650027.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Assim como acontece com o espinafre, a couve tamb&eacute;m &eacute; comumente atacada pela larva de v&aacute;rios tipos de insetos, al&eacute;m de fungos. Grandes produtores costumam recorrer a fungicidas e pesticidas para tentar controlar as pragas &mdash; embora, nesse caso, n&atilde;o &eacute; muito dif&iacute;cil encontrar couve de pequenos produtores, que conseguem fazer um controle de praga sem os defensivos agr&iacute;colas.
<h2>4. Ma&ccedil;&atilde;</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/11/14/a-14182816725028.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Al&eacute;m de ter inspirado Isaac Newton a formular a Leia da Gravita&ccedil;&atilde;o Universal, a ma&ccedil;&atilde; &eacute; tamb&eacute;m uma das frutas mais consumidas no mundo. Apenas nos Estados Unidos s&atilde;o quase 8 mil produtores desta fruta. E todos eles precisam lidar com ataques de pulg&otilde;es, larvas e muitas outras pragas. O cultivo de ma&ccedil;&atilde;s org&acirc;nicas at&eacute; cresce em v&aacute;rios lugares do mundo, mas a maioria das produ&ccedil;&otilde;es s&atilde;o feitas com o uso de pesticidas e outros agrot&oacute;xicos.&nbsp;
<h2>5. Uva</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/11/14/a-14182846695031.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
A uva &eacute; uma das frutas mais apreciadas no mundo &mdash; e ao longo da hist&oacute;ria da humanidade. Mas isso tamb&eacute;m &eacute; v&aacute;lido para v&aacute;rios animais, que tamb&eacute;m gostam de se alimentar com essa fruta doce. No s&eacute;culo XIX, uma infesta&ccedil;&atilde;o de filoxeras &mdash; um inseto parecido com os pulg&otilde;es &mdash; destruiu vinhedos na Fran&ccedil;a, causando um enorme preju&iacute;zo para os produtores de vinho. A forma de evitar isso &mdash; al&eacute;m de produzir uva org&acirc;nica &mdash; &eacute; utilizar agrot&oacute;xicos que mantenham essas pragas longe das parreirais.
<h2>6. P&ecirc;ssego</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/11/14/a-14182923209035.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
N&atilde;o somos apenas n&oacute;s que gostamos de um doce e suculento p&ecirc;ssego. Mariposas, besouros e outros insetos tamb&eacute;m gostam de se alimentar dessa fruta. Por isso, apesar da sua grossa casca, os produtores de p&ecirc;ssego geralmente precisam pulverizar agrot&oacute;xicos nas planta&ccedil;&otilde;es para obter um produto comest&iacute;vel. Por isso, a regra se aplica aqui tamb&eacute;m: se voc&ecirc; n&atilde;o pode conseguir p&ecirc;ssegos org&acirc;nicos, &eacute; necess&aacute;rio lav&aacute;-los bem antes de sabore&aacute;-los.

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.163Z

Os 6 alimentos com mais agrotóxicos que compramos no mercado

Imagem de Arqueólogos descobrem joias da Era Viking na Suécia no megacurioso

Joias e moedas em bom estado de conservação oferecem detalhes sobre a relação entre os Vikings e outros povos da Europa

<head></head><body>Um grupo de pesquisadores dos Museus Históricos Nacionais da Suécia estavam trabalhando em um sítio arqueológico <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Viking</a> localizando em Viggbyholm, um bairro ao norte de Estocolmo, quando se depararam com verdadeiro tesouro. Em um pequeno pote de cerâmica, eles descobriram mais de 20 joias em condições quase intocadas, que remontam a cerca de 1.000 anos da Era Viking.O material estava escondido sob os restos do piso de madeira de um prédio. Oito anéis de pescoço, um anel de dedo, duas pérolas e dois anéis de braço são alguns dos itens encontrados. Junto destas joias, a equipe também descobriu uma bolsa que continha 12 pingentes de moedas — que são moedas usadas como joias.<h2>Uma descoberta inesperada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11231913494003.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian)">(Fonte: Smithsonian)Os arqueólogos estavam trabalhando em um assentamento da Era Viking localizado no norte da capital Estocolmo. Eles acreditam que o local foi habitado inicialmente por volta de 400 d.C. e permaneceu assim até o início da Idade Média (800 d.C.–1050 d.C.). O sítio possui mais de 20 casas e edifícios, além de uma série de outros artefatos, incluindo joias e armas, principalmente flechas.Segundo uma das pesquisadoras, essa é uma descoberta muito difícil de se conseguir fazer. Maria Lingström afirmou em nota que “Quando comecei a remover cuidadosamente os anéis de pescoço, um por um, tive essa sensação extraordinária de que eles continuavam vindo”. Após a descoberta, os arqueólogos enviaram as peças para uma empresa de conservação em Estocolmo, para limpeza.<h2>Moedas raras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11231802411002.jpg" alt="Moeda rara cunhada na Normandia. (Fonte: Smithsonian)">Moeda rara cunhada na Normandia. (Fonte: Smithsonian)Embora toda a descoberta tenha fascinado os pesquisadores, o que mais se destacou para eles foram 12 moedas. Elas têm diferentes origens e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104348-nome-de-ala-e-encontrado-em-roupa-viking-do-seculo-9.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ajudam a explicar uma parte da dinâmica da Europa no início da Idade Média</a>. Algumas das moedas provavelmente são de regiões como Boêmia, Baviera e Inglaterra. Outras são chamadas dirhams e vem de uma região mais distante — possivelmente do Oriente Médio —, e eram comuns entre os árabes.Uma das moedas europeias é particularmente rara. Ela foi cunhada em Rouen, uma cidade na Normandia, na França, e data do século X. Ela é especial, porque até então os pesquisadores só sabiam da sua existência a partir de desenhos em um livro do século XVIII.Ter encontrado tantas moedas distintas, com origens de vários lugares, sugere que as pessoas que viviam na Escandinávia durante a Era Viking realizavam comércio com outros povos. Não é possível saber <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116165-os-vikings-nao-eram-tao-loiros-quanto-se-imaginava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o tamanho dessa rede de relações</a>, mas é uma evidência de que os povos dessa região eram bastante conectados.O próximo passo dos pesquisadores é tentar descobrir o que fez com que as pessoas que moravam ali decidissem enterrar as joias. Até o momento não é possível afirmar se foi um evento ambiental ou político, mas essas são as duas principais possibilidades. Novas escavações devem oferecer mais detalhes em breve sobre esse mistério.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.073Z

Arqueólogos descobrem joias da Era Viking na Suécia

Imagem de Entenda a aurora boreal rosa vista no céu da Noruega no megacurioso

Fenômeno raro é consequência de uma tempestade solar que abriu uma fenda no campo magnético da Terra

<head></head><body>Imagine a seguinte situação: uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112248-tempestade-solar-cataclismica-pode-atingir-a-terra-em-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestade solar</a> atinge a atmosfera terrestre, abrindo uma fenda no campo magnético do nosso planeta. Parece coisa saída de algum livro de ficção científica, mas foi exatamente isso que aconteceu no dia 3 de novembro deste ano, e que resultou em uma explosão de auroras boreais rosas no céu da Noruega.&nbsp;O evento é extremamente raro e fez com que partículas solares altamente energéticas penetrassem mais profundamente na atmosfera do que o normal. O resultado foi um show de luzes ainda mais incrível do que normalmente é possível ver.<h2>Turismo boreal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10074458010005.jpg" alt="(Fonte: Greenlander Tromsø)">(Fonte: Greenlander Tromsø)Todos os anos, durante o outono e o inverno no hemisfério norte, os países situados acima do Círculo Polar Ártico recebem turistas de todo o mundo para ver o show de luzes no céu noturno —, também é possível ver auroras no hemisfério sul, mas a região é de mais difícil acesso. O fenômeno, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112616-pesquisadores-encontram-registro-mais-antigo-de-aurora-boreal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhecido como aurora boreal</a>, acontece quando partículas dos ventos solares se encontram com os gases presentes na atmosfera do nosso planeta.A alta demanda de curiosos que querem apreciar as luzes no céu deu origem a diversas empresas de turismo especializadas em auroras boreais. E foi durante uma das viagens organizadas por Markus Varik, um guia turístico da empresa Greenlander Tromsø, que a aurora boreal rosa foi avistada.Segundo os relatos, as luzes vibrantes surgiram por volta das 18 horas e duraram cerca de 2 minutos. Varik, que trabalha no local há mais de uma década, já havia visto o fenômeno outras vezes, mas nunca testemunhou nada tão forte como desta vez.<h2>Uma fenda no campo magnético</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10075226374008.jpg" alt="(Fonte: Greenlander Tromsø)">(Fonte: Greenlander Tromsø)O campo magnético do planeta nos protege da radiação cósmica que chega o tempo todo na Terra. Porém, nas regiões polares esse escudo é mais fraco, o que permite que uma parte dos ventos solares entrem na nossa atmosfera.A maioria das auroras boreais costumam ter uma coloração esverdeada porque os ventos que passam pela magnetosfera na região dos polos costumam se concentrar entre 100 e 300 quilômetros acima da superfície da Terra. Nessa região o oxigênio é o gás em maior concentração e o seu contato com as partículas solares faz com que nós vejamos a aurora boreal na cor verde.Porém, como a tempestade solar abriu uma fenda no campo magnético, o vento solar ficou abaixo dos 100 quilômetros, onde o nitrogênio é o gás mais abundante. Isso resultou na aurora boreal com um brilho rosa neon. A rachadura na magnetosfera da Terra também gerou auroras verdes mais fortes durante a noite.O buraco gerado pela tempestade solar na magnetosfera fechou depois de cerca de 6 horas. Além da aurora boreal rosa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122289-aurora-boreal-buraco-azul-chama-atencao-para-vila-na-suecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma faixa de luz azul também surgiu nos céus acima da Suécia</a>. Segundo relatos, a faixa se diferenciava de uma aurora, porque ficou imóvel no céu por cerca de 30 minutos. Até o momento os especialistas não chegaram a uma conclusão sobre o que teria causado esse segundo fenômeno incomum.</body>

Robinson Samulak Alves