Imagem de Os "Jardins dos Prazeres" que inspiraram os parques de diversão no megacurioso

Misturando fantasia e diversão, eles eram uma das formas de entretenimento europeu nos séculos XVIII e XIX

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/36905-conheca-8-fatos-curiosos-sobre-a-disneylandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Disneylândia</a>, localizada em Anaheim, Califórnia, foi inaugurado em julho de 1955 e se tornou uma revolução para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105836-as-cidades-com-os-melhores-parques-de-diversao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parques de diversão</a>. Misturando os mundos mágicos das animações, com um entretenimento na qual os visitantes poderiam fazer parte dos filmes, seu objetivo sempre foi permitir que as pessoas pudessem fugir da realidade.Mas as inspirações para Walt Disney vieram de parques com um tipo de entretenimento mais hedonista. Os Jardins dos Prazeres eram conhecidos como parques temáticos onde era possível deixar de lado a realidade e mergulhar na fantasia e diversão.<h2>Jardins dos Prazeres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23173544671434.jpg" alt="">Os Pleasure Gardens, ou Jardins dos Prazeres, de Londres, foram os responsáveis por popularizar o conceito de lazer. O primeiro deles foi inaugurado na década de 1630, e até o século XIX vários outros foram criados. Eles ofereciam um ambiente no qual era possível deixar de lado as normas sociais, e onde era possível passear por espaços diferentes que ofereciam algum tipo de entretenimento.Em pouco tempo, eles também começaram a aparecer em diversos países da Europa. Os Jardins dos Prazeres parisienses imitavam os ingleses, mas também tinham adições curiosas, como galos de briga. Depois da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Francesa</a>, eles se tornaram um espaço para confraternização entre os críticos da monarquia, além de serem o local das celebrações do Dia da Bastilha.Nos Estados Unidos, os principais Jardins dos Prazeres funcionaram entre o final do século XVIII e o final da Guerra Civil, em 1865. Os jardins ofereciam um ambiente de fantasia que misturavam modernidade com um ambiente agradável, com muita vegetação. Assim como acontecia na França, nos EUA esses jardins se tornaram palcos para celebrar a independência dos EUA.<h2>Dos Jardins dos Prazeres aos parques de diversão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23152453166312.jpg" alt="Castelo da Cinderela na Disneyland Paris — o parque completa 30 anos em 2022.">Castelo da Cinderela na Disneyland Paris — o parque completa 30 anos em 2022.Na metade do século XVIII, a linha entre os Jardins dos Prazeres e os parques de diversões foi ficando cada vez mais tênue. O Tivoli Park em Copenhague, inaugurado em 1841, foi o primeiro a inspirar Walt Disney na construção do seu parque. Além de jogos de azar, ele também possuía diversas atrações, incluindo uma montanha-russa de madeira.&nbsp;Mas o conceito de um parque de diversões fechado e permanente, surgiu em Coney Island. A famosa ilha em Nova York atraía visitantes desde 1800, mas de 1897 a 1904 criou três luxuosos mini-ambientes que transformaram para sempre o conceito de entretenimento. Porém, como os custos para a manutenção eram elevados, o parque acabou sendo abandonado aos poucos, até que um incêndio em 1911 levou a maior parte do esplendor de Coney Island.O primeiro parque da Disney, na Califórnia, surgiu em um momento oportuno. Depois da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, as pessoas pareciam estar dispostas a frequentar um ambiente parecido com os Jardins dos Prazeres. A ideia de Walt Disney era permitir que as pessoas pudessem entrar nos filmes, e não apenas ir em alguns brinquedos. Isso fez com que ele resgatasse a proposta de oferecer o seu parque como uma experiência única para o público.</body>

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Os 'Jardins dos Prazeres' que inspiraram os parques de diversão

Imagem de Frank Cullotta: o mafioso de Chicago que virou informante no megacurioso

Sua vida também inspirou o filme 'Cassino', de Martin Scorsese

<head></head><body>Hollywood ajudou a popularizar — e até mesmo a glamourizar — a máfia durante muitas décadas. <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/44768-voce-sabia-que-a-mafia-tentou-impedir-a-producao-de-o-poderoso-chefao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">De O Poderoso Chefão</a> a <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/89435-descubra-como-al-capone-ganhou-sua-cicatriz-e-quanto-ele-faturava-por-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Scarface</a>, famílias que realmente existiram e criminosos que foram inventados apenas para o cinema, foram extremamente populares durante muitos anos. E há um desses nomes que teve importância tanto para o crime organizado, quanto para a sua representação na telona: Frank Cullotta.Um dos membros mais influentes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117931-albert-francis-brown-o-unico-filho-de-al-capone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chicago Outfit</a> — o nome da máfia de Chicago — Cullotta também acabou fornecendo à polícia informações importantes sobre as atividades da máfia em Las Vegas, onde ele teve uma importante participação. Ele também foi uma das principais fontes para o livro Cassino, que em 1995 virou o filme de Martin Scorsese.<h2>Entrando para a máfia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22154116308301.jpg" alt="Foto de Tony Spilotro preso em Las Vegas, 1983.">Foto de Tony Spilotro preso em Las Vegas, 1983.Frank Cullotta nasceu em Chicago, no dia 14 de dezembro de 1938. Desde pequeno ele trabalhou como engraxate, após a morte do pai quando tinha apenas 8 anos. Foi assim que ele conheceu Tony Spilotro, outro garoto que reivindicava aquela região como sua. Os dois acabaram se tornando amigos e passaram a cometer diferentes crimes para a máfia de Chicago nos anos seguintes.Mas foi em 1978 que a dupla ganhou influência quando Joey “The Clown” Lombardo convocou Cullotta para um trabalho. Nessa época, Spilotro vinha protegendo as operações de roubo de cassinos da Outfit em Las Vegas. Ele queria alguém de confiança como seu braço direito e, embora Cullotta tivesse resistido aos pedidos iniciais, Lombardo disse a ele que ele era o único em quem Spilotro confiava para isso.<h2>A vida em Las Vegas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22142923662220.jpg" alt="Frank Cullotta e a Gangue do Buraco na Parede em uma audiência em 1981.">Frank Cullotta e a Gangue do Buraco na Parede em uma audiência em 1981.Chegando na terra dos cassinos, Cullotta fez questão de formar uma equipe, e para isso levou antigos parceiros de Chicago com ele. Eles ficaram conhecidos como a Gangue do Buraco na Parede por entrar em relojoarias perfurando as laterais ou telhados dos edifícios. Spilotro e Cullotta tinham informantes sobre roubos em todos os lugares, desde funcionários do hotel até manobristas.A situação começou a declinar para a dupla quando Sherwin “Jerry” Lisner apareceu pedindo proteção de Cullotta em um esquema de fraude que atraiu empresários de Las Vegas para Washington, D.C. Lisner acabou sendo indiciado, e seu advogado revelou a um dono de restaurante ele iria testemunhar contra alguns grandes gângsteres — como Spilotro e Cullotta.Na noite de 11 de outubro de 1979, Lisner estava sozinho em sua casa, quando recebeu uma visita de Cullotta. O mafioso atirou várias vezes na cabeça dele e jogou seu corpo na piscina do quintal. Nos anos seguintes, o FBI começou a apertar as investigações para cima de Cullotta, que foi convencido a aceitar um acordo de cooperação.<h2>O declínio e o cinema</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;IMDb&nbsp;" data-fonte-url="https://www.imdb.com/title/tt0112641/mediaviewer/rm2205490944?ft0=name&amp;fv0=nm0898634&amp;ft1=image_type&amp;fv1=still_frame&amp;ref_=tt_ch"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22141306765203.jpg" alt="Joe Pesci e Frank Vincent em 'Cassino'.">Joe Pesci e Frank Vincent em 'Cassino'.Esse foi o começou do fim para a máfia em Las Vegas. Spilotro estava tendo um caso com a esposa de Frank "Lefty" Rosenthal, um executivo de cassino, que também tinha relações com o crime organizado. O próprio Rosenthal sobreviveu a um carro-bomba em 1982 graças a uma placa de metal duro sob o banco do motorista — um evento fielmente recriado no filme Cassino.Em 1986, Spilotro e seu irmão foram encontrados lado a lado em uma cova aberta em um campo de milho, brutalmente espancados até a morte. Spilotro foi interpretado por Joe Pesci em Cassino, e sua morte na vida real também foi retratada no filme. Cullotta foi condenado a oito anos de prisão, embora tenha cumprido apenas dois. Ele entrou no Programa de Proteção a Testemunhas.Cullotta foi consultor técnico no filme de Scorsese e seu papel foi interpretado pelo ator Frank Vincent. Anos depois, ele criou um canal no YouTube chamado Coffee With Cullotta, onde ele contava algumas histórias da máfia em Las Vegas. Ele faleceu pacificamente em 20 de agosto de 2020.</body>

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Frank Cullotta: o mafioso de Chicago que virou informante

Imagem de 4 vezes em que animais chaparam na natureza no megacurioso

Enquanto em algumas situações o uso acontece por acaso, em outras os animais sabem do efeito causado

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112550-analise-de-esgoto-revela-as-drogas-mais-usadas-em-diversos-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uso de subst&acirc;ncias alucin&oacute;genas</a> para fins recreativos n&atilde;o &eacute; uma exclusividade do ser humano. Existem in&uacute;meros relatos de animais que gostam de se chapar, e em alguns casos isso pode ter at&eacute; um contexto cultural.&nbsp;
Esse tipo de situa&ccedil;&atilde;o chamou a aten&ccedil;&atilde;o nas redes sociais recentemente, quando uma ursa decidiu comer um mel alucin&oacute;geno na Turquia. Quer conhecer esse e outros casos &mdash; alguns bem inusitados &mdash; de animais que chaparam na natureza? Abaixo listamos quatro vezes em que isso j&aacute; aconteceu.
<h2>1. A ursa e o "mel louco"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/17/17200658811125.jpg" alt="" />
Come&ccedil;ando pelo caso da ursa. Batizada de Balkiz, a jovem invadiu uma fazendo que produz deli bal, o "mel louco" que &eacute; feito a partir da flor de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/85298-10-coisas-que-voce-nao-deve-comer-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rododendro</a>. Em grandes quantidades, esse mel pode ter efeitos alucin&oacute;genos, e foi a&iacute; que a ursa experimentou a viagem mais alucinante da sua vida.
Ap&oacute;s ingerir o mel, Balkiz ficou desorientada. O filhote de urso foi registrada na ca&ccedil;amba de uma caminhonete, balan&ccedil;ando e choramingando. Ela foi levada at&eacute; um veterin&aacute;rio, que fez exames para garantir que estava tudo certo com o animal. Alguns dias depois ela foi solta em uma floresta novamente.
<h2>2. Passa o baiacu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/17/17131305582151.jpg" alt="" />
Um dos casos mais interessantes <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117807-golfinhos-chapados-toxinas-de-baiacus-esta-causando-o-efeito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acontece com golfinhos</a> que utilizam toxinas presentes em baiacus para entrar em um estado de transe. O que h&aacute; de mais curioso aqui, &eacute; que os golfinhos compartilham os peixes. Ap&oacute;s um deles apertar delicadamente o baiacu com sua boca, ele entrega o peixe para um golfinho que est&aacute; pr&oacute;ximo. Isso indica que este comportamento possui um fator cultural entre esses mam&iacute;feros aqu&aacute;ticos.
Al&eacute;m disso, os golfinhos demonstram saber como utilizar o baiacu de modo a causar o efeito desejado. Em grandes quantidades, a toxina liberada pelo baiacu &eacute; fatal. Em um document&aacute;rio feito para a BBC, o zo&oacute;logo Robert Pilley comentou que ap&oacute;s todo o grupo usar o baiacu, os golfinhos demonstraram um comportamento peculiar, nadando com os focinhos do lado de fora da superf&iacute;cie.
<h2>3. "Ch&aacute;" de cogumelos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/18/a-18153355270134.jpg" alt="a" />
Cogumelos psicod&eacute;licos s&atilde;o usados por diferentes comunidades para os mais diferentes fins. Mas n&atilde;o s&atilde;o apenas os humanos que usam fungos para ficar chapados. Alces e caribus s&atilde;o conhecidos por procurar na neve, cogumelos que em determinadas concentra&ccedil;&otilde;es podem causar alucina&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
Os caribus que est&atilde;o sob a influ&ecirc;ncia desses cogumelos, costumam se separar de seus rebanhos, o que pode ter um custo alto. Como eles ficam em um estado vulner&aacute;vel, sua intoxica&ccedil;&atilde;o facilita o ataque por predadores.&nbsp;
A urina desses animais tamb&eacute;m tem um interesse para humanos. Na Sib&eacute;ria, Escandin&aacute;via e outras regi&otilde;es onde caribus s&atilde;o comuns, as pessoas utilizam a urina dos animais que consumiram os cogumelos. Depois de passar pelo sistema do caribu, os agentes psicoativos dos fungos s&atilde;o mais potentes que o efeito mais poderoso dos cogumelos.
<h2>4. O pulo do &oacute;pio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/18/a-18153523580136.jpg" alt="a" />
A papoula &eacute; uma planta muito utilizada no mundo para a produ&ccedil;&atilde;o de morfina e outros analg&eacute;sicos. &Eacute; do seu fruto que &eacute; extra&iacute;do o &oacute;pio, que al&eacute;m do efeito analg&eacute;sico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tamb&eacute;m pode ser usada como uma droga</a>.
Na Austr&aacute;lia &mdash; que produz cerca de 50% do &oacute;pio legal do mundo &mdash; cangurus &agrave;s vezes s&atilde;o vistos nas fazendas de papoula e se alimentando do seu fruto. Em 2009, a procuradora-geral da Tasm&acirc;nia, Laura Giddings, relatou que os cangurus est&atilde;o causando grandes problemas para a seguran&ccedil;a das planta&ccedil;&otilde;es.
O mais curioso &eacute; que depois de consumir a papoula, os animais foram vistos andando em c&iacute;rculos pela fazenda, completamente desorientados. Al&eacute;m disso, como o &oacute;pio causa depend&ecirc;ncia, existem relatos de cangurus retornando aos campos para se alimentar novamente.

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4 vezes em que animais chaparam na natureza

Imagem de Castores e lobos podem ajudar na recuperação de ecossistemas nos EUA no megacurioso

Animais são considerados espécies-chave, e podem ajudar a recuperar vegetação e fauna nativa

<head></head><body>Já é bem conhecida pela biologia a importância ecológica que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120379-falta-de-coco-de-baleia-nos-oceanos-traz-impactos-ao-ecossistema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas espécies possuem para a conservação e manutenção</a> de determinados <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118744-qual-a-importancia-dos-ecossistemas-costeiros-para-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecossistemas</a>. As chamadas espécies-chave, são aquelas que ao serem removidas de um determinado ambiente, podem provocar um desequilíbrio enorme — e até mesmo acabar com outras várias espécies.Um estudo publicado em 9 de agosto na revista BioScience destaca a importância de castores e lobos em diferentes territórios dos Estados Unidos. O estudo também sugere a reintrodução destas duas espécies em um plano de três etapas. O processo começa com o fim do pastoreio de gado nas áreas identificadas, devolvendo primeiramente os lobos cinzentos às florestas e, finalmente, adicionando castores americanos aos mesmos locais.<h2>Controle de espécies por lobos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/17/17192236174099.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Em meados da década de 1990, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45688-voce-conhece-o-conceito-de-repovoamento-com-animais-selvagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobos foram reintroduzidos no parque de Yellowstone</a>. O impacto positivo dessa ação foi tamanho, que até mesmo a vegetação teve um crescimento natural com o tempo. Parte disso ocorre porque os lobos se estabeleceram como predadores de topo de cadeia naturais em seus respectivos ecossistemas. Eles ajudam a manter a saúde dos rebanhos selvagens, geram alimento para os animais carniceiros e evitam a superpopulação nas camadas inferiores da cadeia alimentar.Porém, para que esse plano possa dar certo, é necessário impedir que os lobos dividam espaço com gado e regiões de fazenda. Em partes, foi a proteção do gado que impulsionou o declínio histórico do lobo cinzento e atualmente é o maior obstáculo para reintroduzi-los.O estudo aponta que apenas 2% da carne produzida nos EUA é criada em terras públicas. A proposta dos autores tiraria cerca de 70 milhões de acres, ou cerca de um terço, das áreas federais arrendadas a fazendeiros a cada ano fora de comissão. É uma mudança lenta e gradual, mas importante para que grandes áreas possam ser recuperadas naturalmente.<h2>Regulação do ecossistema com castores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16010808361003.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os castores são animais famosos pelo seu impacto ambiental. Conhecidos como “engenheiros do ecossistema”, eles são capazes de represar córregos, criar pântanos e corpos d'água mais rasos e de movimento mais lento, que por sua vez se tornam espaços de vida e reprodução para várias outras espécies. Como os castores precisam de árvores e materiais lenhosos para a construção de suas represas, eles entrariam apenas na terceira fase do plano de conservação sugerido pelo estudo.&nbsp;Mas, além desse impacto positivo para a biodiversidade, o estudo cita pesquisas que mostram que os ecossistemas criados pelos castores resistem melhor às secas e podem retardar ou até impedir incêndios florestais. Apenas isso já se mostra como uma justificativa econômica para a preservação desses animais, uma vez que reintroduzi-los seria mais barato que os gastos para controle e combate &nbsp;de incêndios.</body>

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Castores e lobos podem ajudar na recuperação de ecossistemas nos EUA

Imagem de Como as enchentes e as secas acontecem ao mesmo tempo? no megacurioso

Mudanças climáticas têm deixado chuvas e secas mais extremas e frequentes

<head></head><body>No final de 2021 o Brasil enfrentou dois cenários que pareciam bastante improváveis e contraditórios. Enquanto os estados do sul, sudeste e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121433-seca-de-quase-75-da-agua-do-pantanal-indica-escassez-do-bioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">centro-oeste</a> encaravam uma&nbsp;forte estiagem, que fez reservatórios secarem e deixou a população sem água, estados do nordeste passaram por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119765-populacao-atingida-por-enchentes-aumenta-24-desde-o-final-de-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades devastadoras</a>. Enquanto uma parte do país precisou lidar com a falta de água, a outra estava sendo prejudicada pelo excesso.&nbsp;E o Brasil <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120674-6-lugares-que-nao-existem-por-conta-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não é o único país a lidar com o problema</a>. Recentemente, os Estados Unidos passaram por inundações recordistas que atingiram o centro-oeste do país no final de julho e início de agosto, deixando pelo menos 35 mortos e centenas desaparecidos. Enquanto isso, do outro lado do país, o Lago Mead — maior reservatório dos EUA — estava em um nível historicamente baixo, enfrentando seu terceiro ano de seca.<h2>Um problema conhecido da ciência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10110126459088.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A situação que faz lugares relativamente próximos enfrentarem situações tão opostas e extremas é uma consequência direta das mudanças climáticas. Conforme a Terra esquenta, a atmosfera passa a acumular mais vapor d’água, e isso cria uma situação perfeita tanto para tempestades quanto para estiagens. “Esta têm sido uma crise em câmera lenta há duas décadas, está apenas convergindo neste momento”, disse Michael Crimmins, climatologista da Universidade do Arizona.A atmosfera da Terra pode armazenar cerca de 7% mais água por?°C de aquecimento. Agora, considere que a temperatura atual do nosso planeta subiu cerca de 1,2 °C acima das temperaturas pré-industriais. Isso faz com que a atmosfera leve mais tempo para ficar saturada de água. O resumo dessa variação é que nós estamos tendo cada vez menos tempestades, mas quando ocorrem, elas despejam mais água de uma só vez, resultando em inundações.Por outro lado, as temperaturas mais altas também fazem com que a água evapore mais rápido. Isso propicia que certas regiões se tornem secas com mais facilidade, se tornando mais propensas a incêndios florestais e menos capazes de reter água. Além disso, o acúmulo excessivo de água favorece tempestades e diminui a probabilidade de neve, que em muitos casos funcionam como reservatório de água, que depois derrete e alimenta os grandes rios.<h2>Futuro incerto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10112846062109.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)À medida que as mudanças climáticas se intensificam, veremos mais eventos extremos de chuva em todo o país e no mundo. Também veremos secas mais intensas. Crimmins explica que “lugares secos tenderão a ficar mais secos e lugares úmidos tenderão a ficar mais úmidos”.É praticamente um consenso entre especialistas que essas são as consequências das mudanças climáticas. É fundamental que trabalhemos para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Existem medidas a médio e longo prazo pensando no problema, mas elas apenas o aliviam. É preciso pensar em como minimizar os impactos do que já estamos vivendo enquanto nos readaptamos.</body>

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Como as enchentes e as secas acontecem ao mesmo tempo?

Imagem de Filmes de terror: o poder terapêutico do medo na saúde mental no megacurioso

O gênero pode ter vários benefícios para a nossa saúde mental e nos ajuda a enfrentar situações estressantes

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109698-13-curiosidades-sobre-filmes-de-terror-famosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinema de horror</a> nasceu quase junto com o pr&oacute;prio cinema. H&aacute; mais de um s&eacute;culo, diretores s&atilde;o respons&aacute;veis por causar os mais variados tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/69478-e-possivel-morrer-de-medo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medo</a> e terror nas pessoas ao redor do mundo. De Dr&aacute;cula a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109687-12-curiosidades-sobre-o-filme-o-exorcista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Exorcista</a> e de Sexta-feira 13 a O Chamado, o terror &eacute; um dos g&ecirc;neros que mais consegue mexer com os nossos sentimentos.
Mas por que n&oacute;s somos t&atilde;o fascinados em nos submetermos a isso? Embora cada um tenha sua pr&oacute;pria motiva&ccedil;&atilde;o, alguns estudos da psicologia sugerem que filmes de terror podem nos ajudar a enfrentar momentos de dificuldade.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120094-por-que-gostamos-tanto-da-sensacao-de-ver-filmes-de-terror.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que gostamos tanto da sensa&ccedil;&atilde;o de ver filmes de terror?</a>
<h2>O poder terap&ecirc;utico do terror</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05122118601074.jpg" alt="O Massacre da Serra El&eacute;trica (1974). (Fonte: Vortex/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O Massacre da Serra El&eacute;trica (1974). (Fonte: Vortex/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim como acontece atualmente com <a href="https://www.megacurioso.com.br/games/102077-games-violentos-nao-afetam-a-empatia-revela-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jogos violentos</a>, acreditava-se que os filmes pudessem estimular as pessoas a se tornarem, de alguma forma, nos vil&otilde;es que elas assistiam nos cinemas. Andrew Scahill, professor do departamento da Universidade do Colorado, lembra que essa era uma interpreta&ccedil;&atilde;o muito comum, mas que hoje j&aacute; foi superada. Ao contr&aacute;rio do que se imaginava, a influ&ecirc;ncia do horror pode ser muito positiva para n&oacute;s.
&ldquo;Parece contra-intuitivo, para qualquer imagem evolutiva da humanidade, que o terror possa nos ajudar de alguma forma&rdquo;, disse o professor. &ldquo;Hoje, temos o que chamamos de &lsquo;teoria da barriga de aluguel&rsquo;, que diz que filmes de terror nos permitem controlar nosso medo da morte, dando-nos uma experi&ecirc;ncia substituta. Nosso corpo est&aacute; nos dizendo que estamos em perigo, mas sabemos que estamos seguros nos assentos confort&aacute;veis do cinema. Permitir-se ter essas experi&ecirc;ncias em um ambiente seguro pode realmente ser um processo de terap&ecirc;utico&rdquo;, conclui Scahill.
<h2>Construindo resili&ecirc;ncia a cada grito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05122608898075.jpg" alt="Ring: O Chamado (1998). (Fonte: Kadokawa Shoten/Omega Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Ring: O Chamado (1998). (Fonte: Kadokawa Shoten/Omega Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A&nbsp;terapia de exposi&ccedil;&atilde;o&nbsp;submete um paciente a uma situa&ccedil;&atilde;o estressante para ele. Como a pessoa &eacute; colocada em um ambiente controlado, &eacute; poss&iacute;vel reduzir o desconforto com o tempo. Kurt Oaklee, fundador da Oaklee Psychotherapy em San Francisco, acredita que filmes de terror oferecem uma experi&ecirc;ncia parecida.
&ldquo;[O horror] pode realmente nos ensinar como lidar melhor com o estresse do mundo real&rdquo;, disse Oaklee. &ldquo;Durante um filme estressante, estamos nos expondo intencionalmente a est&iacute;mulos produtores de ansiedade. Normalmente, n&atilde;o nos envolvemos nos mesmos mecanismos de enfrentamento prejudiciais que utilizamos na vida real. Essa pr&aacute;tica pode se traduzir em nos ajudar a gerenciar os estressores e medos do dia a dia&rdquo;.
Por&eacute;m, o pr&oacute;prio Oaklee destaca que pessoas com problemas de ansiedade ou com fobias espec&iacute;ficas podem reagir de maneira oposta. Como elas s&atilde;o mais sens&iacute;veis a certas situa&ccedil;&otilde;es, os filmes podem aumentar os sentimentos de estresse e p&acirc;nico.
Mesmo assim, &eacute; interessante observar como um g&ecirc;nero que nos perturbou longo das &uacute;ltimas d&eacute;cadas pode tamb&eacute;m ser uma resposta para lidar com as dificuldades do dia a dia. De acordo com o Business Insider, em maio de 2020, durante o auge da pandemia de covid-19, filmes digitais de terror tiveram um aumento de 194% em rela&ccedil;&atilde;o a maio anterior. Em um momento em que o mundo enfrentava seus pr&oacute;prios horrores, foi este g&ecirc;nero que ajudou muitas pessoas a lidarem com parte do problema.

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Filmes de terror: o poder terapêutico do medo na saúde mental

Imagem de 6 curiosidades sobre os gigantes tubarões da Groenlândia no megacurioso

Os vertebrados mais longevos da atualidade são venosos, ótimos nadadores e não costumam nos atacar

<head></head><body>O tubarão da Groenlândia é um dos maiores peixes do mundo. Apesar disso, a espécie que habita os mares gelados do Atlântico, desde a costa norte dos Estados Unidos até a Groenlândia e também boa parte da costa europeia, é pouco conhecida pela maioria das pessoas.E mesmo estando presente por toda essa área, ele só foi registrado em vídeo pela primeira vez em 1995 — e levou mais 8 anos para que alguém conseguisse um vídeo em seu ambiente natural. Abaixo nós apresentamos outras seis curiosidades sobre esse animal.<h2>1. Eles são muito, muito grandes</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;dottedhippo/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/plastic-contamination-in-the-ocean-endangered-imagem-royalty-free/1254847939"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10140452632253.jpg" alt="(Fonte: dottedhippo/Getty Images)">(Fonte: dottedhippo/Getty Images)Os tubarões são peixes que podem variar muito de tamanho, indo de muito pequenos até <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/21284-confira-os-10-maiores-bichos-aquaticos-ja-capturados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gigantes dos oceanos</a>. E o tubarão da Groenlândia está mais próximo deste último grupo.Eles estão entre os maiores tubarões do mundo, tendo exemplares da espécie que chegaram a medir 6,4 metros e pesar uma tonelada. Apesar disso, o padrão é pesar cerca de 400 kg e variar entre 2,4 a 4,8 metros de comprimento.<h2>2. E também são ótimos mergulhadores</h2><span class="img-fc" data-fonte="Avalon.red/Oceans Image/Alamy" data-fonte-url="https://www.alamy.com/stock-photo-greenland-shark-22396254.html?imageid=0DA88B18-312A-4B60-9D7A-4BF8121CC5C1&amp;p=738522&amp;pn=1&amp;searchId=b96c37f587c290ce5af8644e7f95fddb&amp;searchtype=0"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01083649750027.jpg" alt="(Fonte: Avalon.red/Oceans Image/Alamy)">(Fonte: Avalon.red/Oceans Image/Alamy)Uma das principais razões pelas quais os tubarões da Groenlândia são vistos tão raramente é sua capacidade de mergulhar em profundidades extremas. Pesquisadores os registraram chegando a 2.200 metros de profundidade, e às vezes podem ser encontrados relaxando nas encostas e plataformas bem abaixo da superfície do oceano.<h2>3. "Matusalém dos oceanos"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01082738906018.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Analisando os olhos dos tubarões da Groenlândia, os cientistas descobriram a possibilidade de que esses peixes possam viver 400 anos ou mais. Ao longo da sua vida, esses animais ganham “novas camadas” de tecido na lente dos olhos, que ajudam a estimar a idade deles, assim como os anéis de uma árvore.As estimativas de idade dos dois maiores tubarões os colocaram em torno de 335 a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99952-incrivel-pesquisadores-descobrem-tubarao-com-392-anos-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">392 anos</a>, sendo que a vida deles pode variar entre 252 e 512 anos, sendo 390 a média mais provável. Isso faz deles os vertebrados mais longevos atualmente.<h2>4. A carne é venenosa, mas deliciosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01082004328015.jpg" alt="Carne de tubarão da Groenlândia sendo preparada. (Fonte: Wikimedia Commons)">Carne de tubarão da Groenlândia sendo preparada. (Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119987-hakarl-a-repugnante-iguaria-islandesa-venenosa-e-apodrecida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A carne de tubarão da Groenlândia</a> pode causar sintomas semelhantes à embriaguez grave em humanos. Isso acontece devido ao óxido de trimetilamina presente no tecido da carne desses animais, que auxilia na estabilização de suas enzimas e proteínas contra os efeitos debilitantes do frio severo e da alta pressão da água.Apesar disso, a carne do tubarão da Groenlândia é também um prato muito apreciado na Islândia. Ele é feito através de um processo de fermentação que remove o óxido de trimetilamina pendurando a carne do tubarão por até cinco meses, eliminando assim os efeitos adversos das neurotoxinas.<h2>5. Os tubarões da Groenlândia não atacam humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01083121500024.jpg" alt="(Fonte: Doug Perrine/Reprodução)">(Fonte: Doug Perrine/Reprodução)A maioria dos tubarões não oferece risco algum para os humanos, e o tubarão da Groenlândia é um deles. Existem algumas lendas inuítes relatando ataques desses peixes a caiaques. Porém, até o momento não há um caso documentado de tal encontro.O tubarão da Groenlândia é grande o suficiente para devorar um ser humano, e com seus dentes afiados não teria muita dificuldade para fazer isso. Mas, felizmente, nós não fazemos parte do seu cardápio.<h2>6. Dieta variada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01083410641025.jpg" alt="(Fonte: Doug Perrine/Reprodução)">(Fonte: Doug Perrine/Reprodução)Assim como os abutres, conhecidos como os depósitos de lixo da natureza por se alimentarem de todo o tipo de carne que encontram, os tubarões da Groenlândia fazem algo parecido nos oceanos.Eles podem se alimentar de focas e peixes, mas pesquisadores acreditam que os tubarões da Groenlândia são principalmente necrófagos, nutrindo-se de qualquer carne que encontrem pelo caminho. Seja vivo ou morto, nenhum prato é rejeitado por um tubarão da Groenlândia.</body>

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6 curiosidades sobre os gigantes tubarões da Groenlândia

Imagem de Alaqai Beki: a rainha mongol que governou a Rota da Seda no megacurioso

Filha de Genghis Khan, Alaqai Beki foi fundamental para o avanço do Império Mongol na China

<head></head><body>Alakhai Bekhi não é um nome conhecido pela maioria das pessoas. Apesar disso, ela foi uma importante governante de uma nação aliada dos mongóis, seu povo original. Ela também dominou a equitação e o tiro com arco — habilidades esperadas de uma mulher mongol durante os séculos XII e XIII —, e ainda na adolescência, era habilidosa o suficiente para acompanhar seu pai na batalha.Filha de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119425-a-misteriosa-morte-de-genghis-khan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Genghis Khan</a>, um homem que a história não lembra principalmente por suas visões progressistas. Alakhai Bekhi foi fundamental para que os mongóis mantivessem seu império. E, embora Genghis Khan não seja lembrado como um dos grandes pais da história, ele acreditava que as mulheres eram capazes de governar.Sempre que uma de suas filhas se casava, Khan decretava que ela governaria a nação e declarava seu marido um príncipe consorte. Os maridos também eram obrigados a se divorciar de todas as esposas anteriores.<h2>Um modelo para o Império Mongol</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09144723553249.jpg" alt="Mulheres mongóis são treinadas no tiro com arco até os dias atuais.">Mulheres mongóis são treinadas no tiro com arco até os dias atuais.Alakhai Bekhi tinha apenas 16 anos quando entrou para a nação Onggut ao se casar. Aos 20, assassinos mataram seu marido durante uma rebelião contra seu governo. Ela conseguiu fugir, junto de dois de seus enteados, e com o apoio do pai conseguiu acabar com a situação instável. Como vingança, Khan queria matar todos os homens Onggut, mas Alakhai o convenceu a punir apenas os assassinos.Essa decisão foi fundamental para o seu sucesso como governante, por lhe garantir a lealdade da nação. Para se manter no trono, ela se casou com seu enteado Jingue e teve um filho com ele. Depois que Jingue morreu, ela se casou com seu outro enteado, Boyaohe.&nbsp;Os Ongguts viviam na fronteira com a China e protegiam o Império Chinês de seus invasores. Com Alaqai estando à frente dos Ongguts, os mongóis puderam derrotar os chineses, durante as campanhas de 1211–1215 e 1217–1223 de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120629-o-reinado-de-genghis-khan-foi-uma-verdadeira-onda-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Khan contra a Dinastia Jin</a>. Alakhai forneceu comida às tropas de seu pai, os cavalos que ela criou e uma base estratégica. Em troca, ele também deu a ela o território recém-conquistado na China para que ela governasse.Alakhai também foi autodidata e aprendeu a ler sozinha, com obras de religião e de medicina. Além de instalar campos médicos em todo o seu reino, ela também enviou médicos para as campanhas de seu pai, o que fez com que a medicina chinesa chegasse aos muçulmanos e em parte do ocidente.Alakhai — assim como suas irmãs —, também eram treinadas em comércio e finanças. Khan fazia questão que suas filhas desenvolvessem essas habilidades, para poder prosperar e renovar as rotas comerciais do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115172-acampamento-perdido-de-genghis-khan-e-identificado-na-mongolia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Mongol</a>. Essas rotas contavam com oásis criados artificialmente nos desertos e nas regiões montanhosas. Fontes de água foram desviadas, criando estações de descanso com animais de socorro e um serviço postal.&nbsp;Alakhai governou até sua morte em 1230, sem enfrentar outra rebelião. Depois que seu pai morreu, o Império Mongol passou por um período de instabilidade política com diversas lutas pelo poder. Com isso, as contribuições das rainhas irmãs foram apagadas da história.</body>

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Alaqai Beki: a rainha mongol que governou a Rota da Seda

Imagem de A linguagem de origem desconhecida e sem palavras para "sim" e "não" no megacurioso

O Kusunda é um idioma nepalês e possui apenas uma falante fluente

<head></head><body>Nas colinas do Terai, uma planície do <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/69954-proxima-parada-nepal-o-pais-com-as-montanhas-mais-altas-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nepal</a>, habitam os Kusunda, um pequeno grupo indígena que vive espalhado pelo centro-oeste do país. Essa comunidade é originária daquela região, e atualmente representam um grupo cultural sem precedentes.&nbsp;Linguistas acreditam que o seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118031-10-beneficios-de-aprender-um-novo-idioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idioma</a> — também chamado de Kusunda — não tem relação com nenhuma outra <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/42206-conheca-4-das-linguas-mais-interessantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua</a> do mundo. Não se sabe ao certo como o idioma se originou, e ele possui uma variedade de elementos incomuns, incluindo a falta de indicativos para negar uma frase, palavras para "sim" ou "não", palavras para indicar uma direção ou até mesmo uma estrutura gramatical definida.<h2>Uma perda do ponto de vista linguístico também</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10225308117018.jpg" alt="Estudantes nepaleses aprendendo Kusunda.">Estudantes nepaleses aprendendo Kusunda.Nos últimos 15 anos, estudos estão sendo feitos para tentar documentar a língua Kusunda. Já foram realizadas tentativas de procurar alguma ligação com diversos idiomas, como o Burushaski do norte do Paquistão e o Nihali da Índia, para encontrar a possível origem. Porém, até o momento, não foi possível chegar a uma resposta conclusiva.Todas as demais línguas nativas do Nepal já foram rastreadas até a sua origem, exceto pelo Kusunda. Embora ainda precise de mais evidências, alguns linguistas acreditam que o idioma possa ser um sobrevivente de uma antiga língua aborígene falada nas regiões sub-Himalaias.Mas o que mais chama a atenção e desperta a curiosidade destes pesquisadores, é a falta de alguns padrões linguísticos. Não existe uma maneira padrão de negar uma sentença, por exemplo, e há poucas palavras que implicam algo negativo. Em vez disso, as pessoas dependem do contexto, que é normalmente definido por um verbo, que indica se a pessoa quer muito ou não quer fazer determinada ação.O Kusunda também não tem palavras para direções, como esquerda ou direita, nem possui regras ou estruturas gramaticais para se referir ao passado, presente ou futuro. Para indicar uma direção, o falante precisa sugerir um lado, a partir de onde ele está. Já para saber se uma ação já aconteceu, é necessário descrevê-la como uma experiência diretamente relacionada ao falante. Se for uma ação futura, ela deve ser expressa de maneira mais geral.<h2>Uma linguagem em risco de extinção</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/11/11073418169006.jpg" alt="Kamala Khatri, a última falante fluente de Kusunda.">Kamala Khatri, a última falante fluente de Kusunda.De acordo com os dados do último censo nepalês de 2011, existem apenas 273 Kusunda no país. Destes, apenas uma mulher é conhecida por compreender todo o idioma. Kamala Khatri, de 48 anos, é a última falante fluente. Ela não ensinou a língua Kusunda para seus próprios filhos, pois acreditava que era mais importante que eles falassem o nepalês.&nbsp;“Achei que eles deveriam aprender nepalês porque é útil”, explica ela. “As pessoas zombavam da nossa língua e diziam que não era normal. Os falantes de Kusunda enfrentaram muito estigma. Mas agora me arrependo de não poder conversar com meus próprios filhos em nossa própria língua”.Hoje Khatri trabalha com a Comissão de Idiomas, ensinando Kusunda para 10 membros da sua comunidade. Essa iniciativa é uma tentativa do governo do Nepal de fazer com que grupos indígenas não percam suas raízes históricas e culturais.</body>

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A linguagem de origem desconhecida e sem palavras para 'sim' e 'não'

Imagem de Mortar Wreck: o mais antigo naufrágio quase intacto da Inglaterra no megacurioso

Embarcação do século XIII ainda está com restos do casco ainda visíveis

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109690-acharam-navio-de-2-4-mil-anos-totalmente-preservado-no-fundo-do-mar-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Embarcações naufragadas</a> dificilmente conseguem resistir por séculos no fundo do mar. De modo geral, navios feitos com madeira costumam ter sua estrutura completamente destruída ao longo de poucos séculos. Isso fez com que uma embarcação do século XIII relativamente bem preservada, chamasse a atenção de pesquisadores da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido.Uma equipe liderada pelo capitão do barco de mergulho Trevor Small descobriu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120997-como-o-naufragio-mais-profundo-da-historia-foi-encontrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufrágio</a> em 2019, e Tom Cousins, oficial de mergulho e arqueologia marítima da Universidade de Bournemouth, passou a liderar uma série de mergulhos recentemente para tentar descobrir mais detalhes sobre a embarcação.<h2>Lápides, cerâmicas, copos e vasos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09182418576402.jpg" alt="Utensílios encontrados no Mortar Wreck. (Fonte: Bournemouth University)">Utensílios encontrados no Mortar Wreck. (Fonte: Bournemouth University)Batizado de Mortar Wreck, o navio de carga foi encontrado perto do porto de Poole, no sul da Inglaterra. Ele está com os restos do casco ainda visíveis, o que é bastante raro para algo no fundo do mar há tanto tempo. Por esse motivo, o governo britânico concedeu ao naufrágio o mais alto nível de proteção oficial.Até o momento, já foram encontrados diversos itens como potes, cerâmicas, copos, vasos e outros objetos de cozinha. Também foram descobertas duas <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/86825-site-mostra-como-sao-as-lapides-de-celebridades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lápides</a> de pedra gótica e mármore bruto da Ilha de Purbeck. O que mais chama a atenção é o estado de conservação do material, que resistiu praticamente intacto por mais de sete séculos.Os primeiros estudos feitos a partir das madeiras expostas do casco, indicam que ele foi feito de carvalho irlandês. A datação sugere que as árvores foram derrubadas entre 1242 e 1265, durante o reinado de Henrique III. A análise inicial também mostrou que o navio provavelmente tinha cerca de 20 metros de comprimento.O Mortar Wreck provavelmente estava transportando sua carga de pedra para cidades e estabelecimentos religiosos mais ao leste da Inglaterra. As causas do naufrágio ainda são desconhecidas, mas é provável que a carga pesada tenha contribuído para isso durante uma tempestade.<h2>O segredo da preservação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09182544545403.jpg" alt="Uma das lápides encontradas na Mortar Wreck. (Fonte: Bournemouth University)">Uma das lápides encontradas na Mortar Wreck. (Fonte: Bournemouth University)É raro que a madeira submersa sobreviva por muito tempo e chamou a atenção da equipe que estudo o navio. Aparentemente, o estado de preservação do naufrágio se deve à areia macia no fundo da Baía de Poole, que cobriu o casco logo após o naufrágio.Porém, agora que as areias descobriram várias partes do casco, a madeira pode começar a se deteriorar rapidamente. Para evitar que isso aconteça, os mergulhadores estão "ensacando" as partes expostas do casco. Isso é feito cobrindo a madeira com sacos de areia para que a areia do fundo do mar se acumule sobre o casco novamente e proteja os destroços até que os arqueólogos possam retornar ao local para uma escavação completa.Apesar de ser o mais antigo, o Mortar Wreck não é o único naufrágio a receber a proteção do governo britânico. Outras duas embarcações também foram encontradas no sul da Inglaterra. Um deles pode ter estado envolvido na Batalha de Portland em 1653 — um combate naval durante a Primeira Guerra Anglo-Holandesa. Já o segundo deve se tratar dos restos de um navio mercante do mesmo período.</body>

Robinson Samulak Alves