Imagem de Como foi a origem do sangue quente nos mamíferos? no megacurioso

Estudo sugere que origem aconteceu há menos tempo do que se acreditava e de maneira mais rápida

<head></head><body>O momento em que nossos ancestrais evoluíram para ter sangue quente pode ter acontecido muito mais tarde — e muito mais rapidamente — do que os pesquisadores acreditavam. A descoberta foi feita estudando os minúsculos tubos do ouvido interno, e coloca a evolução do sangue quente dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121672-5-fatos-sobre-animais-mamiferos-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a> há cerca de 233 milhões de anos — 19 milhões de anos depois do que se imaginava antes.<h2>A hipótese do estudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26155500153013.jpg" alt="Embritópode, mamífero extinto semelhante aos rinocerontes atuais.">Embritópode, mamífero extinto semelhante aos rinocerontes atuais.No interior do ouvido dos vertebrados, existem canais semicirculares que são preenchidos com um fluido viscoso, chamado endolinfa. Esse líquido, quando entra em contato com pelos minúsculos que revestem os canais, provocam cócegas e transmitem mensagens ao cérebro, dando-lhe instruções de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bebidas-alcoolicas/100715-por-que-o-mundo-gira-quando-ficamos-bebados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como manter o corpo equilibrado</a>.Assim como acontece com a maioria dos fluidos, a endorfina reage à temperatura ficando mais ou menos densa. Em animais ectotérmicos (sangue frio) esse fluido do ouvido é mais frio — se comporta como melaço — e precisa de espaços mais amplos para fluir. Mas para animais endotérmicos (sangue quente) o fluido é mais aquoso e pequenos espaços são suficientes.Foi analisando essa propriedade que permitiu que os pesquisadores analisassem a temperatura do sangue, a partir dos minúsculos canais semicirculares. O estudo resultou em um artigo publicado em 20 de julho na revista Nature.<h2>A possível origem da endotermia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26153129418000.jpg" alt="Esqueleto de um cinodonte.">Esqueleto de um cinodonte.O estudo analisou três amostras do canal auditivo interno de 341 animais – 243 espécies vivas e 64 espécies extintas. Os pesquisadores descobriram que os 54 mamíferos extintos incluídos no estudo desenvolveram as estruturas do canal auditivo há 233 milhões de anos.A hipótese anterior dizia que os mamíferos herdaram o sangue quente dos cinodontes — um grupo de lagartos semelhantes a ratos que deram origem a todos os mamíferos atuais. Isso colocava o surgimento da endotermia há cerca de 252 milhões de anos.&nbsp;“Ao contrário do pensamento científico atual, nosso artigo demonstra que a endotermia parece ter surgido muito rapidamente em termos geológicos, em menos de um milhão de anos”, explicou Ricardo Araújo, geólogo da Universidade de Lisboa em Portugal e co-autor do estudo. “Não foi um processo gradual e lento ao longo de dezenas de milhões de anos, como se pensava anteriormente, mas talvez tenha sido alcançado rapidamente”.O estudo ainda precisa passar por novas análises, com diferentes metodologias e variáveis. Apesar disso, a equipe tem se mostrado bastante entusiasmada com a descoberta, que pode ajudar a responder a uma das perguntas mais antigas sobre a evolução dos mamíferos.“A origem da endotermia dos mamíferos é um dos grandes mistérios não resolvidos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119066-ovos-de-crocodilo-da-era-dos-dinossauros-sao-achados-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paleontologia</a>”, disse Kenneth Angielczyk, curador de paleomalogia do Field Museum e autor sênior do artigo. “Muitas abordagens diferentes foram usadas para tentar prever quando ela surgiu, mas achamos que nosso método mostra uma hipótese real porque foi validado usando um número muito grande de espécies modernas e sugere que a endotermia evoluiu em um momento em que muitas outras características corporais dos mamíferos também estavam aparecendo”.</body>

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Como foi a origem do sangue quente nos mamíferos?

Imagem de Bactéria potencialmente mortal foi encontrada nos EUA pela 1ª vez no megacurioso

Responsável por transmitir doença rara conhecida como melioidose, ela pode matar de 10% a 50% dos infectados

<head></head><body>O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) emitiu um alerta nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119442-excepcionalismo-americano-porque-os-eua-se-acham-o-centro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a> para tentar evitar um possível surto com uma cepa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121443-6-doencas-causadas-por-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactéria</a> potencialmente mortal. Chamada Burkholderia pseudomallei, ela causa uma doença rara conhecida como melioidose, que mata de 10% a 50% dos infectados.Ela é considerada endêmica em países do sudoeste asiático, no norte da Austrália e em Porto Rico. Em outros países da América Central e do Sul, África e Oriente Médio existem relatos, mas com uma incidência menor. Apesar do alerta do CDC, as chances da doença se espalhar pelo país são baixas. O alerta foi emitido após a confirmação de dois casos em que os pacientes se contaminaram nos Estados Unidos.<h2>Sintomas variados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09104501698096.jpg" alt="">O principal motivo do alerta do CDC está na dificuldade de se diagnosticar a melioidose. Isso acontece porque os sintomas podem variar bastante de um caso para o outro. De maneira geral, os sintomas podem incluir febre, dor ou inchaço localizado, úlceras, abscessos, tosse, dor no peito, dificuldade em respirar, perda de apetite, perda de peso, desconforto estomacal, dores musculares ou articulares, confusão, dor de cabeça e convulsões.Outro fator que pode dificultar o diagnóstico é o tempo para que a doença se desenvolva no organismo. Normalmente, isso ocorre após um período de duas a quatro semanas após a exposição à bactéria. Em casos extremos, esse tempo pode ser reduzido para poucas horas. Em 5% dos casos, os sintomas se desenvolvem anos após a exposição, de acordo com o CDC.A infecção costuma acontecer através do contato direto por meio de cortes na pele, com solo ou água contaminados. Também existem casos de contágio por inalação ou ingestão, mas o CDC reforça que o risco de propagação de pessoa para pessoa é extremamente baixo.Algumas pessoas com determinados problemas de saúde, compõem um grupo de risco, estando mais propensas a adoecer ou morrer de melioidose. Pacientes com diabetes, doença pulmonar crônica, doença renal crônica e qualquer condição que enfraqueça o sistema imunológico, devem prestar mais atenção nos sintomas. Uso excessivo de álcool também pode ser um fator de risco.<h2>Contaminação local nos EUA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09104104573092.jpg" alt="">As duas pessoas nos EUA que foram contaminadas pela bactéria não viajaram para fora dos EUA. As bactérias foram identificadas no solo e na água na região da Costa do Golfo, no sul do Mississippi. Os dois casos de melioidose não estão relacionados e foram diagnosticados em 2020 e 2022, informou o CDC. Ambos os pacientes foram hospitalizados e se recuperaram após tratamento com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>.Por ano, os EUA registram cerca de 12 casos de melioidose. Porém, a maioria dos pacientes são infectados fora do país, em lugares onde a bactéria é endêmica. Nos dois casos do Mississippi, os pacientes não viajaram para fora dos EUA. Não está claro por quanto tempo e se ela se espalhou para outras partes dos EUA.</body>

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Bactéria potencialmente mortal foi encontrada nos EUA pela 1ª vez

Imagem de Como seria a Terra se os humanos modernos nunca existissem? no megacurioso

Se por um lado o planeta poderia ter uma megafauna mais diversa, outros humanoides poderiam ter ocupado o nosso lugar

<head></head><body>É praticamente impossível ir para algum lugar na Terra que não carregue alguma marca da humanidade. Sejam as grandes cidades, as ruínas de antigos impérios, as florestas que viram pastos e áreas para a agricultura ou o lixo que se acumula em oceanos, montanhas e até em florestas. O progresso que a nossa espécie construiu também causou muito estrago.Mas como seriam as coisas se nós não tivéssemos evoluído para o que somos atualmente? E se nós tivéssemos continuado a viver como caçadores-coletores, em pequenos grupos localizados e não nos espalhássemos por todos os continentes?Não há um consenso sobre como seria esta realidade hipotética, mas alguns cientistas defendem a ideia de um planeta com a natureza (quase) intocada e uma diversidade maior de espécies animais. Por outro lado, um mundo sem os humanos modernos também poderia significar que nossos parentes extintos, como os neandertais, ainda estariam por aqui. E eles, sem dúvida, também teriam mudado a paisagem.<h2>Um enorme Serengeti</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28121359016141.jpg" alt="">Um exemplo do impacto deixado pelos humanos modernos em sua trajetória evolutiva é a extinção de várias espécies de animais. Foi o que aconteceu com as moas, um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45601-9-passaros-enormes-que-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pássaros gigantes</a>, semelhantes aos avestruzes, que podiam medir até 3,6 metros de altura. Todas as nove espécies dessas aves que habitaram a Nova Zelândia por milhões de anos, desapareceram em cerca de 200 anos com a chegada dos humanos.&nbsp;E elas se juntam a pelo menos outras 25 espécies de vertebrados, incluindo as águias gigantes de Haast que caçavam as moas. Esse exemplo ilustra um problema que acompanhou o desenvolvimento dos seres humanos modernos: <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44406-conheca-7-dos-mais-incriveis-animais-ja-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a extinção de grandes animais</a>.Sören Faurby, professor sênior de zoologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acredita que os humanos desempenharam um papel fundamental no desaparecimento de grandes mamíferos. Em 2015, ele e sua equipe publicaram um estudo na revista Diversity and Distributions, sugerindo que, sem humanos, a Terra poderia ser atualmente um grande Serengeti, um ecossistema africano repleto de vida.“Em um mundo sem humanos, haveria uma diversidade muito maior de grandes mamíferos e, se você vir uma diversidade maior de grandes mamíferos, tende a ver um habitat muito mais aberto”, explicou Faurby. Ele se baseia nas extinções de grandes mamíferos que aconteceram no continenteeuropeu e nas Américas, após a chegada dos humanos modernos, há alguns milhares de anos.<h2>Mais espécies de seres humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05165515920272.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Chris Stringer, professor no Museu de História Natural de Londres, também acredita que sem os humanos modernos, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104294-e-se-os-neandertais-nunca-tivessem-entrado-em-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> poderiam estar por aí ainda. Segundo Stringer, esses nossos primos distantes levavam vidas complexas na Europa, semelhantes aos humanos modernos, mas tinham dificuldade em lidar com as mudanças climáticas. Como eles também eram pouco numerosos, havia também uma baixa diversidade genética.E eles não foram os únicos. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112137-rosto-de-denisovano-e-recriado-pela-1-vez-gracas-a-amostra-de-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">denisovanos</a> foram uma linhagem próxima dos neandertais e que provavelmente cruzaram o caminho dos nossos antepassados. Caso esses dois grupos tivessem sobrevivido por mais tempo, talvez eles tivessem se tornado os humanos modernos e mudado o cenário do planeta no nosso lugar.“Não há razão para que neandertais ou os denisovanos não pudessem ter feito isso eventualmente”, disse Stringer. “Eles poderiam ter superado qualquer eventual deficiência intelectual através da evolução e poderiam estar cometendo os mesmos erros que cometemos desde então”.</body>

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Como seria a Terra se os humanos modernos nunca existissem?

Imagem de A solução atômica para padronizar o tempo no megacurioso

Com precisão de nanossegundos, os relógios atômicos nos permitem usar GPS e são fundamentais para tecnologias como o 5G

<head></head><body>Muitas vezes a gente não para pra pensar no quão importante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121845-4-fatos-fascinantes-sobre-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempo</a> é em nossas vidas. Toda a nossa existência está ligada a ele, e apesar disso, sua existência se baseia no que a humanidade define que é o tempo. É por esse motivo que, para tentar “universalizá-lo”, foi desenvolvido uma maneira de deixá-lo mais preciso.Em Londres, no Laboratório Nacional de Física (NPL), está presente um dos mais importantes masers de hidrogênio — ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104236-o-relogio-atomico-mais-preciso-do-mundo-pode-funcionar-por-bilhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relógios atômicos</a>. Ele se soma a outros 400 espalhados por todo o mundo, que nos permitem definir (ou algo próximo a isso) as horas com precisão de nanossegundos. E sem esses relógios, a nossa vida atual poderia ser muito mais caótica.<h2>A solução atômica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05165622341275.jpg" alt="(Fonte: NPL/Reprodução)">(Fonte: NPL/Reprodução)Até o início do século XX, o tempo era medido a partir da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121205-relogio-de-sol-entenda-por-que-ele-foi-uma-revolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">posição do Sol</a>. Porém, como a rotação da Terra nunca é constante, foi preciso definir um padrão melhor para algo tão essencial nas nossas vidas. No início daquele século, então, físicos quânticos sugeriram que os átomos poderiam ser a resposta para esse problema.Esses relógios aplicam uma frequência específica de radiação eletromagnética a um átomo, fazendo seus níveis de energia mudarem. Com um contador eletrônico para acompanhar essas transições, é possível criar padrões infinitamente mais precisos que a rotação da Terra.Os masers de hidrogênio no NPL em Londres são alguns dos relógios atômicos mais importantes do mundo, e existem algumas centenas deles ao redor do mundo. Mas isso não significa que eles são perfeitos, e também existem algumas variáveis que precisam ser consideradas.Os metrologistas, portanto, precisam resolver esses problemas. Eles registram e refinam as informações de tempo de seu banco de relógios atômicos, e aplicam a correção ocasional se o relógio parecer estar se desviando. Depois o NPL envia esses dados para o Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), em Paris. Lá, os cronometristas criam uma média das medições de vários relógios, dando peso extra aos relógios de melhor desempenho. Esse processo gera o que é chamado de Tempo Atômico Internacional (TAI).<h2>A padronização do tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/03/03144344460215.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Uma vez por mês, o BIPM envia o TAI em um documento extremamente importante chamado "Circular-T". Com este documento, os órgãos nacionais podem orientar seus relógios e padronizar os horários do país. Para o Reino Unido, esse é o trabalho da NPL, no Brasil é o Conmetro quem faz isso, e há muitos outros ao redor do mundo. Com isso, os países podem ter uma base sempre atualizada para o horário, com precisão de nanossegundos.Embora a maioria das pessoas não precise saber o tempo com tamanha precisão, sem isso, muitas indústrias e tecnologias poderiam não funcionar. "A navegação por satélite é provavelmente um dos requisitos de alta precisão mais onipresentes, mas existem outros", diz o metrologista Patrick Gill da NPL. "Sincronização de comunicação, distribuição de energia e negociação financeira exigem tempo de alta precisão". Além disso, tecnologias como a rede 5G é construída em sincronização precisa, assim como a tecnologia de navegação que orienta os veículos autônomos.</body>

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Os relógios atômicos que conseguem precisar o tempo

Imagem de Diários de Merer: os registros da construção das Pirâmides do Egito no megacurioso

Papiros com informações sobre o processo de construção das pirâmides foram considerados 'as maiores descobertas do Egito no século XXI'

<head></head><body>A construção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105545-camara-oculta-na-grande-piramide-de-gize-guardaria-trono-feito-de-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Pirâmide de Gizé</a> ainda é um enigma da humanidade. No entanto, uma descoberta feita em 2013 pode nos ajudar a compreender melhor como foi o processo de construção dessa maravilha da humanidade.Durante uma escavação, os arqueólogos Pierre Tallet e Gregory Marouard <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/110630-5-misterios-arqueologicos-que-podem-ser-desvendados-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobriram rolos inteiros de papiro</a> — alguns com vários metros de comprimento e outros em fragmentos. O que se descobriu ali foram diversos registros de como a construção aconteceu.<h2>Os diários de construção das pirâmides</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01085040813031.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Estes papiros foram escritos em hieróglifos e também em hierático — uma das escritas cursivas que os antigos egípcios usavam no dia a dia. Uma das descobertas mais surpreendentes foi que eles foram escritos por pessoas que participaram da construção da Grande Pirâmide. Alguns são equivalentes às nossas planilhas de Excel e detalham até a quantidade de comida necessária para alimentar as mais de 20.000 pessoas que trabalharam na construção da pirâmide.Zahi Hawass, arqueólogo egípcio e ex-inspetor-chefe do local da pirâmide, acredita que estes documentos são “as maiores descobertas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a> no século XXI”. A data nos papiros também coincide com o final do reinado de Quéops. Isso indica que os cadernos e os livros de contabilidade foram abandonados com o fim dos trabalhos.&nbsp;<h2>O mestre de obras das pirâmides</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01085105407032.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Um dos documentos mais interessantes foi escrito por um “inspetor” chamado Merer. Ele liderou uma equipe de cerca de 200 homens que trabalhavam com recolhimento e entrega de mercadorias. Durante a construção das pirâmides, sua equipe realizou o transporte de blocos de calcário de uma pedreira para Gizé — uma viagem de cerca de 20 km de distância.&nbsp;Os registros de Merer descrevem sua tripulação utilizando barcos para levar as pedras pelo Nilo. A viagem de ida durava dois dias, enquanto a volta, sem a carga, levava apenas um. Merer também descreve que sua tripulação completava de duas a três viagens de ida e volta a cada dez dias. Isso também indica que a maior parte do transporte aconteceu durante a época da inundação anual do Nilo, quando as águas do rio eram mais navegáveis para embarcações muito carregadas.&nbsp;Calculou-se que os barcos poderiam transportar uma carga de 70-80 toneladas, ou cerca de 30 dos blocos de 2,5 toneladas usados para revestir a pirâmide de Quéops. Isso significa que a equipe de Merer teria movimentado cerca de 200 quarteirões por mês, chegando a 1.000 no período em que o rio e os canais eram navegáveis.Os registros de Merer também mencionam Ancafe como diretor da “entrada da Piscina de Quéops” — provavelmente um lago artificial. Ancafe era meio-irmão de Quéops e, de acordo com os papiros, era o “gerente de projeto” da pirâmide. Esta foi a primeira vez que uma pessoa foi identificada como supervisora de uma parte da construção da Grande Pirâmide. O diário também menciona o nome original da Grande Pirâmide — Akhet-Khufu, que significa “Horizonte de Quéops”.</body>

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Diários de Merer: os registros da construção das Pirâmides do Egito

Imagem de Simba: conheça o cabrito paquistanês com orelhas gigantes no megacurioso

Simba já chamou a atenção de colecionadores de cabras da Arábia Saudita, Omã e Paquistão

<head></head><body>Carachi é uma das cidades mais importantes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113184-paquistao-cazaquistao-e-mais-entenda-o-istao-dos-paises-da-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Paquistão</a>. Embora não seja a capital, é o centro financeiro, comercial e portuário do país, além de ser uma das maiores cidades do mundo. Nos últimos meses, ela ganhou ainda mais destaque por um motivo bastante inusitado: Simba, o cabrito com orelhas gigantes.O bebê cabra nasceu em 4 de junho deste ano, e chamou a atenção do seu dono, Hassan Narejo, pelas orelhas maiores que o normal. As <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/102473-entenda-por-que-algumas-cabras-desmaiam-de-susto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabras</a> anglo-núbias normalmente têm orelhas compridas, mas as de Simba são muito maiores que o normal. De acordo com Narejo, Simba nasceu com orelhas de 48 cm.<h2>A fama de Simba</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24221459839032.jpg" alt="(Fonte: Asif Hassan/AFP/Getty Images)">(Fonte: Asif Hassan/AFP/Getty Images)Em pouco tempo, o pequeno cabrito começou a chamar a atenção de pessoas em todo o mundo. Narejo é funcionário da Qatar Airways e trabalha como membro da equipe de terra no aeroporto de Karachi. Em seu tempo livre ele cria cabras, e a fama de Simba fez com que ele tivesse um aumento de ofertas para comprar.Narejo acredita que a atenção trouxe mais respeito para a profissão, que ele diz ser muitas vezes desprezada no Paquistão. “A criação de cabras é considerada uma profissão apenas para pessoas sem instrução. Isso não é mais o caso agora. Simba deu a esta profissão um novo significado e respeito”, explicou ele.Colecionadores de cabras da Arábia Saudita, Omã e Paquistão já fizeram ofertas pelo cabrito e aceitam pagar fortunas por ele. Apesar disso, Narejo não está interessado em vender Simba, pois possui uma “ligação emocional” com ele. Enquanto suas outras 35 cabras vivem ao ar livre, Simba mora na casa de Narejo.O paquistanês também tem demonstrado preocupação com o que outros criadores de cabras podem fazer e desejar para Simba. “Recitamos versos do Alcorão e sopramos nele para afastar o mau-olhado”, disse Narejo.Mas existe outra preocupação que pode afetar mais o cabrito. De acordo com especialistas, o comprimento da orelha da cabra pode ser perigoso para ele. Simba corre o risco de tropeçar nelas ou arrastá-las no chão, o que pode ser ruim para sua saúde, pois podem machucar e causar dor. A solução que Narejo encontrou foi fazer uma bolsa para guardar as orelhas de Simba. Ele também limpa as orelhas do cabrito com um pano de veludo.<h2>Do Paquistão para o mundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24221738745033.jpg" alt="(Fonte: Asif Hassan/AFP/Getty Images)">(Fonte: Asif Hassan/AFP/Getty Images)Narajo quer que o jovem Simba fique marcado para sempre pelas suas grandes orelhas. Ele já solicitou para que uma equipe do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120539-6-recordes-completamente-sem-sentido-do-guinness-book.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guinness World Records</a> coloque o cabrito no livro. Uma avaliação deve acontecer nos próximos meses, e, apesar de não existir uma categoria para orelhas de cabra, Simba pode mudar isso.</body>

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Simba: conheça o cabrito paquistanês com orelhas gigantes

Imagem de Ancestral recém-descoberto dos polvos tinha 10 tentáculos no megacurioso

Animais também podem apresentar preferência por usar braços do lado esquerdo ou direito, apesar de serem considerados ambidestros

Polvos s&atilde;o conhecidos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117044-polvo-raro-de-9-bracos-e-encontrado-na-costa-do-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por seus oito tent&aacute;culos</a> &mdash; seis usados como bra&ccedil;os e dois como pernas. Mas isso nem sempre foi assim. H&aacute; milh&otilde;es de anos, um ancestral desses animais apresentava um par de bra&ccedil;os extra que foi perdido durante a hist&oacute;ria evolutiva desses animais.
<h2>Um f&oacute;ssil raro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/27/27105719470086.jpg" alt="Reconstru&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do rec&eacute;m-descrito vampiropode de 328 milh&otilde;es de anos. (Fonte: AMNH/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Reconstru&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do rec&eacute;m-descrito vampiropode de 328 milh&otilde;es de anos. (Fonte: AMNH/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um novo estudo realizado por pesquisadores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/98940-como-seria-passar-a-noite-nesses-6-museus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural</a> (AMNH) revelou que os ancestrais mais antigos dos polvos provavelmente tinham 10 tent&aacute;culos. Apesar de atualmente esses animais apresentarem seis bra&ccedil;os e duas pernas, um f&oacute;ssil de 328 milh&otilde;es de anos com 10 bra&ccedil;os carregados de ventosas sugere que eles perderam um dos pares em sua hist&oacute;ria evolutiva.
O estudo foi publicado em mar&ccedil;o deste ano na revista Nature Communications, e descreve uma nova esp&eacute;cie de vampiropode &mdash; o grupo que inclui polvos e lulas vampiras. Como os vampiropodes t&ecirc;m corpos moles, eles normalmente n&atilde;o produzem bons f&oacute;sseis. O novo estudo &eacute; relevante porque analisa um f&oacute;ssil de lula-vampiro bem preservado que pertence &agrave;s cole&ccedil;&otilde;es do Royal Ontario Museum (ROM).
&ldquo;Este &eacute; o primeiro e &uacute;nico vampiropode conhecido a possuir 10 ap&ecirc;ndices funcionais&rdquo;, disse Christopher Whalen, pesquisador na Divis&atilde;o de Paleontologia do Museu e professor da Universidade de Yale.
&ldquo;H&aacute; muito entendemos que os polvos atingem a contagem de oito bra&ccedil;os atrav&eacute;s da elimina&ccedil;&atilde;o dos dois filamentos da lula vampiro e que esses filamentos s&atilde;o bra&ccedil;os vestigiais&rdquo;, continuou Whalen. &ldquo;No entanto, todos os vampiropodes f&oacute;sseis relatados anteriormente que preservam os ap&ecirc;ndices t&ecirc;m apenas 8 bra&ccedil;os, ent&atilde;o este f&oacute;ssil &eacute; a primeira confirma&ccedil;&atilde;o da ideia de que todos os cefal&oacute;podes possu&iacute;am ancestralmente 10 bra&ccedil;os&rdquo;.
<h2>Bra&ccedil;os e pernas</h2>
Outro estudo, este realizado por pesquisadores do Sea Life&nbsp;em 2008, constatou que os polvos possuem seis bra&ccedil;os e duas pernas. Isso significa que os membros desses animais n&atilde;o s&atilde;o todos usados igualmente e, por isso, n&atilde;o podem ser considerados como oito tent&aacute;culos. Ao todo, foram realizadas cerca de 2.000 observa&ccedil;&otilde;es de polvos comuns.
O estudo foi feito analisando o comportamento dos polvos em ambiente mar&iacute;timo. O que foi verificado &eacute; que esses animais utilizam as patas traseiras para passar por cima das rochas e para se deslocar no fundo do mar. Para nadar ou se impulsionar pelo oceano, eles utilizam os membros restantes.
Al&eacute;m disso, o estudo tamb&eacute;m revelou que os polvos t&ecirc;m prefer&ecirc;ncia na hora de decidir qual bra&ccedil;o eles usam para comer. Embora esses moluscos possam ser considerados ambidestros, os pesquisadores descobriram que os polvos que possuem um olho fraco tendem a favorecer o lado oposto dos bra&ccedil;os.

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Ancestral recém-descoberto dos polvos tinha 10 tentáculos

Imagem de Angkor: a antiga capital que se desenvolveu e sucumbiu devido à água no megacurioso

Conhecida como 'Cidade Hidráulica', Angkor teve a água como elemento fundamental para o seu nascimento e morte

<head></head><body>O templo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122346-quanto-custariam-estas-7-antigas-construcoes-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Angkor Wat</a> é um dos lugares mais visitados do mundo anualmente. Além dos turistas de diferentes países, o local também é o destino de peregrinações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/oriente-bizarro/98995-4-realidades-obscuras-e-pouco-conhecidas-de-paises-asiaticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cambojanos</a>, que vão até o local parte dos rituais de Ano Novo Khmer.Mas Angkor também já foi a capital de um antigo império asiático por mais de cinco séculos. De 802 até o início do século XV, a cidade foi um importante local para o império Angkor. E tudo começou e terminou devido à água.<h2>Angkor, a "Cidade Hidráulica"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05163824497248.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)O início do império Angkor tem início quando Jayavarman II realizou um ritual nas águas sagradas do Lago Tonle Sap. Com isso, ele se declarou o devaraja — o deus-rei —, e dá início ao Império de Angkor (esse ritual passou a ser repetido pelos seus sucessores).Dan Penny, pesquisador da Universidade de Sydney, na Austrália, explica que o lugar é propício para ser escolhido como uma capital. "As planícies de Angkor são ideais para o florescimento de um império. Há vastos recursos, como solo bom para [plantio de] arroz perto do Lago Tonle Sap. O lago é um dos locais de pesca continental mais produtivos do mundo, e Angkor fica bem na costa norte desta enorme tigela de comida. Angkor cresceu e se tornou um sucesso apoiada nestes recursos".Para que uma cidade como Angkor pudesse ser criada no local, foi necessário a construção de canais artificiais que direcionavam a água da montanha Phnom Kulen para as planícies da cidade. Posteriormente eles foram usados para transportar os tijolos que construíram a cidade.E os canais também serviram para que não faltasse água ao longo do ano, que era utilizada para abastecer a população, a agricultura e a pecuária e, principalmente, para sustentar as fundações dos templos. Como o solo no local é muito arenoso, ele não é suportaria sozinho o peso das pedras.Para contornar o problema, os engenheiros da época perceberam que a mistura da areia com a água poderia deixar o solo mais estável. Ao longo dos séculos, esse sistema de canais foi ampliado com diques, fossos, e reservatórios. Isso tudo fez com que o arqueólogo francês Bernard Philippe Groslier batizasse Angkor como "Cidade Hidráulica".<h2>A queda de Angkor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05164049763251.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Durante muitos anos, acreditou-se que a queda de Angkor aconteceu como uma consequência da invasão dos siameses — povo oriundo de Sião, na atual <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/52360-proxima-parada-tailandia-um-pais-exotico-fascinante-e-historico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tailândia</a> —, em 1431. Porém, hoje a ideia de que o sucesso da cidade também foi a causa da sua morte tem se tornado mais aceita pelos historiadores.De acordo com uma pesquisa recente, entre o final do século 14 e início do século 15, uma mudança climática acentuada fez com que a região passasse por um longo período de chuvas de monções, seguido de uma intensa seca.Isso teria contribuído para que a cidade ficasse fragilizada, facilitando o ataque dos siameses. Assim, os habitantes não tiveram escolha senão abandonar Angkor.</body>

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Angkor: a antiga capital que se desenvolveu e sucumbiu à água

Imagem de O curioso surto de riso de 1964 em Tanganyika no megacurioso

Problema que começou em uma escola se espalhou por vários vilarejos, atingiu mil pessoas e durou mais de dois anos

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/74206-por-que-o-riso-e-contagioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">riso</a> é comumente associado a momentos de alegria e diversão. Embora ele realmente seja uma reação natural para esses momentos, em alguns casos ele pode ser uma manifestação de problemas psicológicos. Foi o que aconteceu em Tanganyika — atual Tanzânia — em 1962.O que começou com algumas alunas de uma escola rindo descontroladamente, se tornou um surto que atingiu cerca de mil pessoas durante dois anos e meio. Crises de riso são relativamente comuns, mas a psicologia ainda discute como elas podem se tornar coletivas. Mesmo assim, casos semelhantes já foram relatados em vários lugares do mundo.<h2>O início do contágio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01110147348063.jpg" alt="">No dia 30 de janeiro de 1962, três alunas de um internato em Kashasha, no oeste de Tanganyika, começaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121236-5-casos-de-histeria-coletiva-completamente-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rir histericamente</a>. Incapazes de parar, em pouco tempo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107990-voce-consegue-diferenciar-uma-risada-falsa-de-uma-verdadeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">risadas</a> se espalharam pelo internato, atingindo 95 das 159 alunas. A situação ficou tão descontrolada, que a escola foi forçada a fechar porque as demais estudantes não conseguiam se concentrar nas aulas.&nbsp;Os ataques de risos eram constantes, podendo durar algumas horas e chegando a 16 dias nos casos mais extremos. O internato chegou a ser reaberto em 21 de maio, mas precisou ser fechado novamente quando 57 alunas foram contaminadas. Conforme a epidemia de riso se espalhava, outras 14 escolas também precisaram ser fechadas.Também não demorou muito para que o surto chegasse aos vilarejos próximos. Em Nshamba, a 12 quilômetros de Kashasha, mais de 200 pessoas foram contaminadas. A situação só foi controlada em junho de 1964, quando todas as vilas com pessoas rindo compulsivamente foram colocadas em quarentena. Ninguém tinha autorização para entrar ou sair dos locais, até que não fosse mais registrado pessoas rindo de maneira descontrolada.<h2>As causas do surto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01110304772065.jpg" alt="">Christian Hempelmann, da Texas A&amp;M University, que fez pesquisas sobre o incidente, descreve a epidemia do riso como um caso de doença psicogênica ou sociogênica. Esse tipo de doença pode ter várias causas, mas está normalmente relacionada ao estresse. No caso do surto de 1962, sua origem pode ter origem no processo de independência de Tanganyika, que aconteceu um mês antes do incidente.Em um artigo de 2007, Hempelmann apresentou explicações de outros autores para o surto. Além dos tempos sociais politicamente turbulentos, as alunas também podem ter iniciado seus risos porque estavam em um ambiente rígido de internato. Até hoje as causas que desencadearam o surto são debatidas.O caso serve para demonstrar a complexidade dos surtos psicológicos. Ele também reforça o quanto nós somos criaturas sociais e como podemos ser facilmente influenciadas pelas ações de outras pessoas.</body>

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O curioso surto de riso de 1964 em Tanganyika

Imagem de Por que a Pedra de Roseta tem 3 tipos de escrita? no megacurioso

Pedra foi fundamental para que pesquisadores pudessem decifrar os hieróglifos egípcios antigos

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102096-pedra-de-roseta-a-chave-que-desvendou-os-segredos-da-civilizacao-egipcia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Roseta</a> foi um documento fundamental para que nós pudéssemos compreender a escrita egípcia. Ela contém três textos antigos — dois egípcios e um grego — e ajudou os pesquisadores a decifrar os hieróglifos egípcios antigos. Mas por qual motivo foram incluídos três tipos diferentes de escrita nesta pedra?<h2>A descoberta da pedra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28230508933016.jpg" alt="Uma réplica da Pedra de Roseta em Rashid, no Egito">Uma réplica da Pedra de Roseta em Rashid, no EgitoPor séculos nunca se soube da existência da Pedra de Roseta. Ela foi descoberta durante a invasão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a> por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napoleão</a>, em uma expedição militar francesa em 1799 na cidade de Rashid — Rosetta é o nome francês de Rashid.A pedra estava enterrada e apenas uma parte sua foi localizada. Apesar disso, a mensagem esculpida em três tipos diferentes de escrita serviu de base para que historiadores pudessem compreender melhor os manuscritos deixados pelos egípcios. Além do grego antigo, a pedra possui um registro feito com hieróglifos egípcios e outro utilizando a escrita demótica egípcia — uma escrita cursiva que os egípcios usaram entre o século VII a.C. e o século V d.C.A escrita demótica egípcia era usada no dia a dia, tanto na fala cotidiana quanto em documentos administrativos. Já a gramática hieroglífica imita o egípcio médio — a fase da língua egípcia associada ao período do Império Médio do Egito (2044 a.C. até 1650 a.C.).<h2>Os 3 tipos de escrita da pedra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28230314493015.jpg" alt="">O motivo pelo qual a pedra tem os três tipos de escrita tem ligação com um dos generais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104773-confira-20-fatos-aleatorios-relacionados-com-alexandre-o-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a>. O texto grego na pedra está ligado à dinastia ptolomaica do Egito, que foi fundada por Ptolomeu I. Alexandre conquistou o Egito em 332 a.C. e Ptolomeu I assumiu o controle do país nove anos depois (a Cleópatra &nbsp;foi a última governante da linha ptolomaica).Porém, o texto não está relacionado ao Ptolomeu I, mas a seu descendente Ptolomeu V. A mensagem na Pedra de Roseta foi provavelmente escrita por um conselho de sacerdotes e os textos foram esculpidos em 196 a.C., durante o nono ano do reinado de Ptolomeu V e seguiu um padrão anterior para pronunciamentos oficiais.&nbsp;“Decretos trilíngues semelhantes foram promulgados antes, como os de Ptolomeu IV após a batalha de Raphia em 217 a.C., e por Ptolomeu III no decreto Canopus de 238 a.C.”, explicou Foy Scalf, pesquisador do Instituto Oriental da Universidade de Chicago. “Assim, embora tal decreto não fosse necessariamente um assunto padrão, seguia um precedente bem estabelecido”.Durante o período ptolomaico, o egípcio médio foi usado em inscrições formais. Isso acontecia pois os escribas egípcios acreditavam que uma versão clássica de sua língua reforçava o tom de autoridade de um texto. É por esse motivo que a Pedra de Roseta conta com duas variações do egípcio, sendo uma da fala do cotidiano, enquanto a outra atribuía formalidade ao documento.Finalmente, o grego antigo passou a ser amplamente usado no Egito antigo durante a dinastia ptolomaica. Isso fez com que fosse natural a sua escolha como o terceiro idioma da pedra. E foi através do grego que os pesquisadores puderam decifrar os hieróglifos egípcios e a escrita demótica, que são duas escritas diferentes para um mesmo idioma.</body>

Robinson Samulak Alves