Imagem de A complexa inteligência dos polvos no megacurioso

Novas evidências sugerem que, além de inteligentes, estes animais são sencientes

<head></head><body>Em 2016, Inky, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121472-polvo-ancestral-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-no-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvo</a> que morava no Aquário Nacional da Nova Zelândia, aproveitou um descuido dos seus tratadores, e decidiu conhecer o mundo — ou o oceano. A tampa do seu aquário estava solta e o molusco conseguiu passar por ela quando os cuidadores saíram. Ele avançou cerca de 4 metros pelo aquário quando encontrou um dreno que desaguava no Pacífico.&nbsp;Toda essa jornada, na verdade, é o que os tratadores acreditam que aconteceu. A única testemunha ocular foi Blotchy, outro polvo que dividia o aquário com Inky. Mas com a ajuda de uma trilha molhada e algumas marcas de ventosas, os movimentos do polvo fujão foram descobertos pela equipe do Aquário Nacional.<h2>A inteligência dos polvos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26124715880159.jpg" alt="">A fuga de Inky é apenas mais uma evidência da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111858-confira-a-inteligencia-do-polvo-em-tres-exemplos-de-tatica-de-fuga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capacidade destes animais de lidarem com problemas complexos</a>. Eles são extremamente inteligentes, capazes de aprender novas tarefas e se orientar dos mais variados ambientes. Isso fez com que se criasse um consenso entre pesquisadores de que os polvos são provavelmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120805-insetos-tambem-tem-sentimentos-segundo-estudos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sencientes</a> — capazes de sentir sensações e sentimentos de forma consciente.Peter Godfrey-Smith, professor de história e filosofia da ciência da Universidade de Sydney, na Austrália, e autor do livro Outras Mentes: O Polvo e a origem da consciência, é um dos defensores dessa possibilidade. “Quando você está lidando com um polvo que está atento e curioso sobre algo, é muito difícil imaginar que ele não está consciente do que faz”.É difícil saber até que ponto os polvos são sencientes, uma vez que para nós é difícil até imaginar como é ser um polvo. Não é como se nós tivéssemos um para a mais de pernas e outro de braços. Como são invertebrados, esses animais são capazes de realizar movimentos que para nós seria impossível. Além disso, os membros do polvo são cobertos por ventosas que possuem sensores únicos que provam tudo o que tocam.“Os braços do polvo são, de certa forma, mais como lábios ou línguas do que mãos”, explica Godfrey-Smith. “Há toda uma grande cascata de informações sensoriais baseada no sabor que está chegando toda vez que o animal faz alguma coisa. Isso é muito diferente da nossa situação”.<h2>Sistema nervoso complexo e senciência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26124852755162.jpg" alt="">As coisas ficam ainda mais complexas quando analisamos o sistema nervoso do polvo. Seus tentáculos têm mais autonomia do que nossos braços e pernas. Cada um tem seu próprio cérebro em miniatura, dando-lhe um grau de independência do cérebro central do animal. É como se cada tentáculo fosse capaz de pensar por si, enquanto o cérebro central pode analisar o território ou tentar solucionar algum problema.Pensando nisso, um grupo de cientistas do Reino Unido decidiram avaliar o quão senciente são os polvos, a partir de oito critérios que levam em consideração as respostas a estímulos relacionados à dor e a situações de desconforto. O estudo revelou que os polvos obtiveram a pontuação mais alta entre as criaturas estudadas.A pesquisa foi usada como evidência para a criação de uma emenda à Lei de Bem-Estar Animal do Reino Unido para reconhecer que os moluscos cefalópodes e os crustáceos decápodes são sencientes.“Acho que é uma coisa boa, o fato de que no Reino Unido os polvos e também os crustáceos estão recebendo um novo tipo de reconhecimento nos direitos dos animais”, &nbsp;conclui Godfrey-Smith.</body>

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A complexa inteligência dos polvos

Imagem de Os insetos gigantes que habitavam a Terra antes dos dinossauros no megacurioso

Há cerca de 300 milhões de anos, milípedes com mais de dois metros e libélulas do tamanho de uma gaivota dominavam a Terra

<head></head><body>Imagina a seguinte cena: você sai para comprar pão e ao atravessar a rua precisa esperar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120803-artropode-do-tamanho-de-um-carro-habitou-a-terra-ha-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milípede de 2,5 metros</a> passar. Mais tarde, ao chegar na padaria, você olha para cima e vê uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112059-nuvem-com-milhoes-de-libelulas-e-captada-por-radar-meteorologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">libélula</a> do tamanho de uma gaivota voando. Parece cena de algum filme de fantasia de baixo orçamento, mas era assim que eram os artrópodes há 300 milhões de anos.Esse grupo que além dos insetos também inclui os miriápodes (lacraias, piolhos-de-cobra, milípedes, entre outros), aracnídeos e crustáceos, conseguiu evoluir em um ambiente rico em oxigênio, que provavelmente foi um fator decisivo para o crescimento exagerado.De acordo com um estudo realizado por cientistas da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, foi a maneira como o oxigênio afeta as larvas desses animais que influenciou na evolução deles. “Achamos que não é apenas porque o oxigênio afeta os adultos, mas porque o oxigênio tem um efeito maior nas larvas”, comentou Wilco Verberk, um dos autores do estudo.<h2>O problema do oxigênio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12102636563086.jpg" alt="Cópia do fóssil de uma libélula com envergadura de 68 cm. (Fonte: Wikimedia Commons)">Cópia do fóssil de uma libélula com envergadura de 68 cm. (Fonte: Wikimedia Commons)Ter mais oxigênio disponível pode parecer uma vantagem inicialmente. O problema é que em altas concentrações, ele também pode ser um problema. Em humanos, por exemplo, o excesso de oxigênio pode causar danos celulares, levando a problemas de visão, dificuldade para respirar, náusea e convulsões.Insetos adultos podem regular sua ingestão de oxigênio abrindo ou fechando seus espiráculos — orifícios em seus corpos que são como válvulas. Como as larvas de insetos normalmente absorvem oxigênio diretamente através da pele, elas têm pouco ou nenhum controle sobre a quantidade de gás absorvido.A solução que a natureza encontrou para isso é a proporção entre área da superfície pelo volume. “Se você cresce, sua área de superfície diminui em relação ao seu volume”, explicou Verberk. &nbsp;Portanto, as condições da atmosfera terrestre durante o Carbonífero — entre cerca de 359 a 299 milhões de anos atrás — foram favoráveis às larvas maiores. O resto é <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119884-6-resultados-bizarros-da-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seleção natural e evolução</a>.Mas, se esses artrópodes foram tão bem-sucedidos durante um longo período, por que eles não existem atualmente? A resposta para isso traça o caminho contrário do que fez esses animais crescerem. Conforme os níveis de oxigênio foram diminuindo, animais que precisavam mais desse gás para se locomover foram ficando mais lentos, enquanto os animais menores passaram a ter um maior sucesso.“Com o tempo [a diminuição dos níveis de oxigênio] provavelmente fez com que o desempenho dos insetos maiores diminuísse. Tal desempenho reduzido acabou por possibilitar que outras espécies superassem os gigantes”, concluiu Verberk.</body>

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Os insetos gigantes que habitavam a Terra antes dos dinossauros

Imagem de 5 pontes incomuns no mundo para você precisa conhecer no megacurioso

Conheça algumas das pontes mais inusitadas do mundo para você conhecer em sua próxima viagem

<head></head><body>Pontes são construções relativamente comuns, presentes no dia a dia de muitas pessoas. Em alguns casos elas se destacam pelo seu visual gigantesco, como é o caso da Golden Gate em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116257-quarentena-modificou-o-canto-dos-passaros-em-sao-francisco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">São Francisco</a>. Porém, algumas pontes chamam a atenção por seu visual incomum ou pela beleza da sua construção.Abaixo nós apresentamos cinco pontes bastante diferentes para você conhecer.<h2>1. Ponte Moisés, Holanda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22104835293154.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Diferente da maioria das pontes, que são construídas sobre a água, a Ponte Moisés se destaca por estar dentro do rio. Ela foi construída como uma trincheira para servir de acesso ao Fort De Roovere. Para não prejudicar a aparência do local, a solução foi “esconder” a ponte no meio do fosso que cerca o forte.Ela foi construída em 2010 e recebeu o nome de Loopgraafbrug, mas com o tempo ela passou a ser conhecida como Ponte Moisés, em referência ao profeta bíblico. &nbsp;Para evitar que a ponte seja inundada durante uma chuva, a altura da água é controlada por barragens que mantém a linha d’água sempre na altura correta.<h2>2. Ponte Dourada, Vietnã</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22105052059158.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Ponte Dourada foi projetada para parecer que está sendo sustentada por duas mãos gigantes de pedra. A construção está localizada no resort Bà Nà Hills, perto da cidade de Da Nang, e liga os jardins a uma estação de teleférico. As mãos que parecem segurar a ponte foram acrescentadas apenas em 2018, e foram feitas com tela de arame e fibra de vidro, mas sua construção faz parecer que elas existem há séculos.<h2>3. Ponte Bastei, Alemanha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22105302840159.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Bastei é uma formação rochosa de 194 metros de altura que está localizada sobre o rio Elba, na Alemanha. O Castelo de Neurathen costumava ficar no topo das torres naturais até ser incendiado em 1484. Mesmo assim, o local recebe muitos turistas que querem contemplar as impressionantes rochas, e para isso elas utilizam uma ponte construída no início de 1800. O visual dos pilares, com o panorama das montanhas e do vale abaixo fazem com que o local pareça ter saído diretamente de O Senhor dos Anéis.<h2>4. Santuário de Las Lajas, Colômbia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22105435621161.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/102219-10-templos-religiosos-incriveis-que-existem-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santuário de Las Lajas</a> é uma igreja gótica em estilo renascentista que fica em um desfiladeiro na Colômbia e foi construída entre 1916 e 1949. Ela foi construída ao lado de um cânion com 100 metros de altura e para acessá-la, os turistas atravessam uma ponte de 49 metros de comprimento sobre o rio Guáitara.De acordo com uma lenda local, em 1754 uma mulher e a sua filha surda-muda procuraram abrigo durante uma tempestade em uma caverna e testemunharam a aparição da Virgem Maria. Após essa aparição, a criança teria voltado a ouvir e a falar. Essa lenda tornou o local muito famoso, sendo o destino de diversos peregrinadores todos os anos.<h2>5. As pontes de raízes vivas, Índia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22105635465162.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Construir pontes em regiões de mata fechada é uma tarefa praticamente impossível. Para contornar o problema, comunidades tribais no estado indiano de Meghalaya utilizam a própria vegetação <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/36155-pontes-vivas-sao-cultivadas-na-india-a-partir-das-raizes-de-figueiras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para criar pontes de raízes</a>. Elas são formadas esticando bambus ao longo do rio e depois colocando as raízes aéreas na posição correta. Conforme as árvores crescem ao longo dos anos, as pontes se tornam mais fortes e podem suportar um número cada vez maior de pessoas atravessando.Atualmente existem mais de 100 pontes vivas em Meghalaya, e elas estão atualmente na lista provisória da Unesco para o status de patrimônio mundial porque demonstram “uma jornada etnobotânica distinta enraizada em uma profunda reciprocidade e síntese cultura-natureza”.</body>

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5 pontes incomuns no mundo para você precisa conhecer

Imagem de 6 das maiores raças de cachorro do mundo no megacurioso

Podendo passar dos dois metros quando ficam sobre as patas traseiras, vários desses gigantes também são dóceis e ótimos companheiros

<head></head><body>Quem já viu de perto um São Bernardo, um Dogue Alemão ou um Mastim Napolitano, sabe que esses animais são verdadeiros gigantes sobre quatro patas. Essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116699-veja-algumas-mudancas-em-7-racas-de-cachorros-nos-ultimos-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raças de cachorro</a> podem passar dos dois metros quando ficam sobre as patas traseiras e alguns podem chegar a pesar quase 100 quilos.Abaixo nós apresentamos estas e outras das maiores raças de cães do mundo.<h2>1. Mastim Napolitano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15120636163215.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Esse gigante também é conhecido por ser um cachorro inteligente e tranquilo. A raça tem origem no sul da Itália, onde era utilizado para guardar casas. Eles são facilmente reconhecidos pela sua aparência incomum com pele grossa, pesada e enrugada, que serve para protegê-los em caso de ataque. Os machos podem chegar a 77 cm de altura sobre as quatro patas e pesar mais de 70 kg, enquanto as fêmeas costumam medir 70 cm e podem pesar 60 kg.<h2>2. Terra-nova</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15120517741214.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Os machos desta raça podem variar entre 69 e 71 cm de altura e podem pesar cerca de 80 kg, enquanto as fêmeas chegam a 66 cm e 65 kg. O Terra-nova é um cachorro conhecido, não apenas pelo seu porte, mas principalmente por serem exímios nadadores. Tradicionalmente usados como salva-vidas, eles possuem os pés palmados para dar uma vantagem na água. É um animal de natureza incrivelmente amorosa e sua aparência o deixa ainda mais amigável.<h2>3. São Bernardo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15120337366213.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O São Bernardo se tornou famoso por ser utilizado no resgate de pessoas na região dos Alpes na Suíça e no norte da Itália. Originalmente criado por monges — daí o nome São Bernardo — para proteger os mosteiros, seu comportamento dócil e seu porte físico acabaram fazendo dele uma ótima opção para resgatar viajantes que se perdiam (até hoje eles são utilizados em missões de resgate). Quanto ao tamanho, a altura varia de 80 cm e 64 kg nas fêmeas e 90 cm e 82 kg nos machos.<h2>4. Mastim Inglês&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15115953382209.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112446-cao-de-quase-90-kg-precisa-ser-resgatado-nas-montanhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mastim Inglês</a> é oficialmente a maior raça de cães do mundo, pesando até 100 kg e medindo cerca de 91 cm (as fêmeas podem ter a mesma altura, mas seu peso costuma chegar aos 80 kg). Essa raça tem origem nos cães usados em guerra e ainda hoje a polícia e o exército opta por esses animais em algumas partes do mundo. Em 1981 o Guinness World Records reconheceu um cão Mastim Inglês chamado Zorba que pesava 142,7 kg e tinha 68,58 cm de altura como o maior cão do mundo.<h2>5. Lébrel Irlandês&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15114858735197.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outro gigante sobre quatro patas é o Lébrel irlandês. Assim como o Mastim Inglês, essa raça tem origem nos cães usados para caça e foi muito utilizada em guerras — &nbsp;por serem muito fortes, também eram utilizados para conduzir pequenas carruagens. Podem chegar aos 77 cm de altura, com os machos podendo pesar até 54 kg e as fêmeas chegando a 40 kg.<h2>6. Dogue Alemão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15115745194204.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Se essa raça parece ser levemente familiar, é porque ela foi eternizada em um dos mais populares desenhos da Hanna-Barbera: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104591-confira-15-curiosidades-que-nem-todo-mundo-conhece-sobre-o-scooby-doo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Scooby-Doo</a>. O Dogue Alemão é o resultado do cruzamento entre o Mastim Inglês com o Lébrel Irlandês. Ele foi criado por nobres alemães com o objetivo de caçar grandes animais, como javalis, e também para proteger as propriedades de seus donos. Atualmente, o Guinness World Records reconhece o Dogue Alemão Zeus, que vive no Texas, como o cão mais alto do mundo. Medindo 1,046 metros, quando fica sobre as patas traseiras ele chega a 2,26 metros (20 cm a mais que LeBron James).</body>

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6 das maiores raças de cachorro do mundo

Imagem de Os 200 anos de Mendel, o pai da Genética no megacurioso

Seus estudos foram fundamentais para a compreensão da hereditariedade

Considerado o Pai da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120461-as-origens-e-a-incrivel-historia-da-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gen&eacute;tica</a>, Mendel fez estudos que foram fundamentais para a compreens&atilde;o da hereditariedade. E &eacute; para celebrar a vida e as descobertas desse cientista, que as empresas Mendelics e do meuDNA decidiram comemorar em 20 de julho, o Dia da Gen&eacute;tica.
<h2>Mendel e as ervilhas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/25/25160734369372.jpg" alt="" />
Gregor Johann Mendel nasceu em 20 de julho de 1822 na pequena vila de Hyncice, no imp&eacute;rio Austr&iacute;aco. Ele nasceu em uma fam&iacute;lia de camponeses e desde pequeno j&aacute; tinha o costume de observar as plantas da sua casa. Na &eacute;poca, sua fam&iacute;lia n&atilde;o tinha condi&ccedil;&otilde;es de bancar os estudos, o que fez com que Mendel optasse por se juntar &agrave; Ordem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122043-5-santos-que-viveram-longe-da-santidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santo Agostinho</a> em 1843, aos 21 anos.
A vida no monast&eacute;rio permitiu que o jovem tivesse acesso aos estudos, ampliando assim os seus conhecimentos. Em 1851, Mendel ingressou na Universidade de Viena, onde estudou hist&oacute;ria natural, matem&aacute;tica e f&iacute;sica por dois anos. Ao retornar ao mosteiro, ele passa a dar aulas no local e decide iniciar o seu famoso estudo com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108201-5-alimentos-falsificados-que-voce-consome-sem-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ervilhas</a>.
Tentando compreender como funcionava a hereditariedade, Mendel analisou sete caracter&iacute;sticas da planta: altura da planta, posi&ccedil;&atilde;o da flor, cor da flor, cor da semente, forma da semente, cor da vagem e forma da vagem. A op&ccedil;&atilde;o por analisar ervilhas foi pelo r&aacute;pido desenvolvimento das plantas e pela facilidade de observar as caracter&iacute;sticas.
O que Mendel descobriu ao fazer os cruzamentos foi a domin&acirc;ncia de uma determinada caracter&iacute;stica sobre outras. Com as ervilhas, o que aconteceu foi que os cruzar plantas puras de caracter&iacute;sticas diferentes, resultava em descendentes com as caracter&iacute;sticas de apenas um dos parentais. J&aacute; em um cruzamento desses descendentes, era poss&iacute;vel observar uma terceira gera&ccedil;&atilde;o com todas as caracter&iacute;sticas, embora algumas em menor concentra&ccedil;&atilde;o. Foi assim que Mendel descobriu que algumas caracter&iacute;sticas s&atilde;o dominantes em rela&ccedil;&atilde;o a outras.
<h2>Legado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/25/crawly-25130453385217.jpg" alt="" />
Mendel continuou seus estudos por muitos anos e chegou a enviar seus trabalhos para v&aacute;rios pesquisadores &mdash; inclusive Charles Darwin &mdash;, mas n&atilde;o recebeu a aten&ccedil;&atilde;o de nenhum deles. Ele faleceu em 6 de janeiro de 1884 sem o devido reconhecimento, que s&oacute; aconteceu anos mais tarde quando os pesquisadores europeus Hugo de Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg encontraram os estudos de Mendel.
Com as suas descobertas, o estudo de hereditariedade se tornaram amplamente conhecidos, permitindo que a hist&oacute;ria da gen&eacute;tica pudesse avan&ccedil;ar muito. Entender sobre &nbsp;hereditariedade nos permite saber se um determinado grupo possui alguma predisposi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica para desenvolver determinados tipos de doen&ccedil;a, como c&acirc;ncer e diabetes.
Estes estudos tamb&eacute;m s&atilde;o importantes para compreender o grau de parentesco entre indiv&iacute;duos de uma mesma esp&eacute;cie (teste de paternidade) e at&eacute; entre esp&eacute;cies distintas, o que oferece uma melhor compreens&atilde;o sobre a evolu&ccedil;&atilde;o.
Hoje a gen&eacute;tica j&aacute; evoluiu muito, com t&eacute;cnicas moleculares que facilitam esses estudos. Mas tudo isso s&oacute; foi poss&iacute;vel, gra&ccedil;as ao trabalho precursor de Mendel.

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Os 200 anos de Mendel, o pai da Genética

Imagem de Bobbi Gibb: a primeira mulher a participar da Maratona de Boston no megacurioso

Com roupas masculinas e um sapato de enfermeira, Bobbi Gibb entrou para a história ao concluir a corrida em 1966

<head></head><body>No dia 19 de abril de 1966, Bobbi Gibb entrou para a história ao correr a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118616-rosie-ruiz-enganou-uma-nacao-na-maratona-de-boston-de-1980.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maratona de Boston</a>. Se hoje isso pode parecer algo quase banal, há quase cinquenta anos era praticamente impensável. Naquela época, as mulheres eram proibidas de participar de corridas de longa distância.A primeira edição dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119469-historia-das-olimpiadas-da-antiguidade-aos-tempos-modernos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos</a> a contar com uma prova feminina de maratona aconteceu em 1984, em Los Angeles. Antes disso, algumas provas passaram a autorizar a presença de mulheres — na Maratona de Boston, isso aconteceu a partir de 1972. Porém, até Bobbi Gibb se esconder para poder participar da corrida, isso era um feito inimaginável.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fred Kaplan/Sports Illustrated/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.espn.com/espnw/culture/feature/story/_/id/15190954/50-years-later-paying-tribute-bobbi-gibb-first-woman-run-boston-marathon"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22154152278480.jpg" alt="(Fonte: Fred Kaplan/Sports Illustrated/Getty Images)">(Fonte: Fred Kaplan/Sports Illustrated/Getty Images)<h2>A Maratona de Boston</h2>Quando Gibb se inscreveu para participar da Maratona de Boston, sua presença foi negada pela direção da prova. A justificativa era que mulheres seriam fisicamente incapazes de correr longas distâncias e a autorização seria uma irresponsabilidade médica.Gibb já planejava participar da maratona há dois anos. Ela vinha treinando, sem saber da proibição, mesmo sem treinador ou um calçado apropriado. Como mulheres não costumavam participar de provas de atletismo, não existiam tênis adequados para elas. Por isso, ela optou por utilizar um sapato de enfermeira, que era o mais confortável que encontrou na época.No dia da prova, sabendo que se fosse vista no meio dos participantes homens, ela seria removida do local, Gibb se escondeu em um arbusto e esperou o início da prova. Ela estava vestindo bermudas de seu irmão e um moletom com capuz para que fosse mais difícil de ser reconhecida. Quando a corrida começou, ela pulou na multidão de homens correndo e se juntou a eles.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/07/07112230337149.jpg" alt="Bobbi Gibb após concluir a Maratona de Boston.">Bobbi Gibb após concluir a Maratona de Boston.Conforme avançava na prova, Gibb começou a sentir muito calor, mas não tirou o moletom. “Eu sabia que se eles me vissem, tentariam me impedir. Até pensei que poderia ser presa”, ela afirmou durante uma entrevista. Mas, mesmo com o seu disfarce, não demorou para que os homens ao seu redor percebessem que Gibb era uma mulher. Seu medo é que eles fossem hostis e a empurrassem para fora. Para seu alívio, isso não aconteceu e eles a incentivaram a permanecer na prova.Se sentindo mais confiante, Gibb tirou o moletom e, para sua surpresa, quando os espectadores perceberam uma mulher correndo, começaram a aplaudir. Conforme a notícia se espalhou, as pessoas — principalmente mulheres — foram até a linha de chegada para vê-la concluir a prova. O então governador de Massachusetts, John Volpe, a cumprimentou após a corrida.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Maddie Meyer/Getty Images North America&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/bobbi-gibb-the-first-woman-to-run-the-boston-foto-jornalistica/522265704"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22153847262478.jpg" alt="(Fonte: Maddie Meyer/Getty Images North America)">(Fonte: Maddie Meyer/Getty Images North America)“Eu sabia que a pior coisa que poderia acontecer seria não terminar a prova… Eu estava fazendo aquela declaração pública. Se eu tivesse desmaiado ou não tivesse terminado, teria atrasado as mulheres por mais 50 anos”, ela disse depois. Já no ano seguinte, em 1967, <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/102362-kathrine-switzer-50-anos-de-historia-na-maratona-de-boston.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kathrine Switzer</a> se tornou a primeira mulher a participar oficialmente — com um número — da prova. Mas foi apenas em 1972 que a Maratona de Boston foi oficialmente aberta para mulheres. Apesar disso, Gibb retornou em 1967 e 1968 junto com outras competidoras.</body>

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Bobbi Gibb: a primeira mulher a participar da Maratona de Boston

Imagem de O parque dos dinossauros da Inglaterra vitoriana no megacurioso

Em 1855, os ingleses puderam ver pela primeira vez uma exibição tridimensional de dinossauros

<head></head><body>Em novembro de 1853, ninguém menos que a rainha Vitória interrompeu alguns dos seus deveres para ir até um terreno enlameado no sul de Londres e entrar em um galpão de madeira. Ali, estava sendo montada a primeira exposição do mundo com réplicas em tamanho real — ou algo próximo disso — de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116719-fosseis-do-dinossauro-bico-de-pato-na-africa-surpreendem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>. E tudo só foi possível, graças ao trabalho de Benjamin Waterhouse Hawkins.Hawkins foi um escultor que passou anos construindo suas esculturas de dinossauros. Com poucos registros fósseis e materiais de referência que existiam na época, ele precisou se basear em ilustrações bidimensionais. Embora tenha sido muito celebrado pela sociedade londrina, ele também foi criticado por imprecisão científica, em uma época que a paleontologia começava a ganhar cada vez mais espaço entre os cientistas.<h2>Um Steven Spielberg vitoriano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05121102569248.jpg" alt="Megalossauro no Crystal Palace Park.">Megalossauro no Crystal Palace Park.Benjamin Waterhouse Hawkins nasceu em Londres em 8 de fevereiro de 1807. Naquela época, o estudo da paleontologia ainda estava longe de ser algo bem estabelecido — a palavra dinossauro foi usada pela primeira vez em 1840, por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121089-como-sao-escolhidos-os-nomes-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Richard Owen</a> (depois de Darwin, ele foi o naturalista <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120850-6-mitos-sobre-a-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vitoriano</a> mais importante da Inglaterra). Apesar disso, Hawkins já demonstrava interesse por estudos de anatomia animal.Nesta época em que a paleontologia ainda nem havia adquirido um nome, Owen era visto como um dos principais especialistas na área. Foi por esse motivo que ele e Hawkins foram convidados pelos organizadores do Crystal Palace a criar uma atração pré-histórica de 33 animais extintos em tamanho natural. Owen seria o conselheiro, enquanto Hawkins seria o designer, arquiteto, artista e engenheiro, planejando a melhor maneira de "ressuscitar" os dinossauros.<h2>A abertura do parque</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/13/13141650432248.jpg" alt="Reconstituição do jantar de comemoração às primeiras reconstruções de dinossauros.">Reconstituição do jantar de comemoração às primeiras reconstruções de dinossauros.Hawkins trabalhou de setembro de 1852 ao início de 1855 em um estúdio no Crystal Palace — que era pouco mais do que um grande galpão cercado por lama — para criar as esculturas. Foram utilizados moldes de barro, gesso, barras de ferro, concreto e tijolos para dar vida aos dinossauros.Ao todo, quatro dinossauros foram criados, além de algumas dezenas de animais menores. Na véspera de Ano Novo de 1853, Hawkins convidou mais de 20 cientistas, jornalistas e pessoas notáveis para um jantar dentro de uma das esculturas do Iguanodon. O modelo foi aberto na parte de trás para acomodar uma mesa e cadeiras, com mais espaço criado em torno dele para convidados adicionais que não podiam encaixar diretamente no interior.O Crystal Palace Park foi aberto oficialmente em 1854 pela rainha Vitória (que já havia visto as peças algum tempo antes). A cerimônia contou com 40 mil convidados boquiabertos. Era a primeira vez que uma paisagem tridimensional continha um grupo de dinossauros gigantes.O sucesso do Crystal Palace Park foi tão grande, que em pouco tempo Hawkins foi convidado a viajar aos Estados Unidos fazer palestras sobre a exposição. Ele também foi convidado a criar esculturas semelhantes que ficariam expostas no Central Park, mas o material foi destruído e Hawkins nunca mais trabalhou criou outras peças.Anos depois, quando a paleontologia começou a ganhar mais destaque e fósseis eram descobertos, o trabalho impreciso de Hawkins começou a ser criticado. Ele morreu em 1894, a suas contribuições para a paleontologia não foram mencionadas por muito tempo.</body>

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O parque dos dinossauros da Inglaterra vitoriana

Imagem de Os animais radioativos que espalham a radiação de Chernobyl no megacurioso

Vida selvagem faz com que autoridades se preocupem com os índices de radiação, mesmo a milhares de quilômetros da antiga usina

<head></head><body>Quase quatro décadas depois do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117223-chernobyl-cientistas-reanalisam-doses-de-radiacao-30-anos-depois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente nuclear de Chernobyl</a>, a radiação ainda é um problema. A explosão, que aconteceu no dia 26 de abril de 1986, obrigou a URSS a estabelecer uma zona de segurança de 30 quilômetros ao redor da usina. Milhares de pessoas tiveram que deixar o local, e com a cidade abandonada, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118761-chernobyl-por-que-o-desastre-nuclear-foi-bom-para-a-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a vida selvagem pode voltar a se estabelecer por ali</a>.Enquanto isso, a quase dois mil quilômetros de onde ficava a usina nuclear, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/45103-javalis-contaminados-por-cesio-137-sao-descobertos-no-norte-da-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">javalis selvagens têm se tornado um problema</a> cada vez mais comum na Alemanha. Isso porque eles se alimentam de cogumelos que absorveram parte da radiação que foi espalhada pelo ar. E se em Chernobyl a vida selvagem não precisa disputar espaço com as pessoas, em outro lugares os animais têm cada vez menos floresta e precisavam invadir cidades para conseguir comida.<h2>Radiação acumulada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06112230195139.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A explosão do reator 4 da usina de Chernobyl espalhou césio-137 pelo ar, que atravessou uma boa parte do continente europeu. Com o tempo esse material chegou ao solo, e contaminou plantas e fungos. E é dos cogumelos contaminados que os javalis se alimentam, gerando um problema de saúde e econômico para vários países.Isso acontece porque a carne de javali é muito consumida em países como a Alemanha e a República Tcheca. Todos os anos, os governos desses países precisam ressarcir caçadores que abatem javalis contaminados, para evitar que essa carne chegue à população. Mas o problema vai muito além do consumo da carne.Em busca de comida, os javalis chegam às cidades em grupos, vasculhando lixeiras de parques e residências. Hoje, esses animais servem como um alerta para os riscos do material radioativo, que continuará sendo um problema para os europeus por muitos anos. Como o tempo de meia-vida do césio-137 é de aproximadamente 30 anos, somente em 2016 a sua concentração caiu pela metade. E apenas em 2046 ela chegará em 25% do total despejado pela usina.<h2>Um problema mundial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06112741289140.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Mas não são apenas os europeus que sofrem com a radiação sendo disseminada por animais selvagens. Nos Estados Unidos, antigas instalações nucleares também serviram para contaminar o solo, rios, a flora e a fauna. Um exemplo particularmente preocupante é o da usina nuclear de Hanford, no estado de Washington. Hanford é o local do primeiro reator nuclear e foi a instalação que forneceu plutônio à bomba lançada em Nagasaki, no Japão.&nbsp;Em 1988, o reator de Hanford foi desativado, mas deixou para trás milhões de toneladas de resíduos sólidos e galões de resíduos líquidos de suas décadas de produção de plutônio. Atualmente, este material radioativo está enterrado no subsolo em poços escuros e reservatórios. O problema é que os resíduos líquidos penetram no solo.&nbsp;Para entender a dimensão do problema, armadilhas são instaladas nas imediações de onde ficava a usina. Os animais apanhados são analisados e a sua condição é igualmente alarmante. Eles mostram que a radiação em alguns deles é superior aos níveis considerados seguros, o que significa que eles também podem espalhar radiação pelos Estados Unidos. Mas mais do que isso, eles servem de alerta para os perigos a longo prazo que usinas nucleares podem oferecer, quando seus dejetos são descartados de qualquer maneira.</body>

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Os animais radioativos que espalham a radiação de Chernobyl

Imagem de Conheça 5 animais que não costumam atacar humanos no megacurioso

Apesar da fama de assassinos, estes animais não são nossos predadores naturais e preferem evitar o contato com humanos

O caso de uma sucuri-verde morta por moradores de um pequeno munic&iacute;pio do Amazonas ganhou destaque nas redes sociais na &uacute;ltima semana. Embora seja um animal bastante comum na regi&atilde;o, muitas pessoas desconhecem que esta esp&eacute;cie oferece pouco risco para os humanos. Seja por filmes ou por lendas populares, as sucuris ainda s&atilde;o vistas como animais extremamente perigosos, quando, na verdade, n&atilde;o &eacute; bem este o caso.
E n&atilde;o s&atilde;o apenas estas cobras que possuem uma m&aacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119354-7-animais-da-america-do-sul-que-possuem-uma-pessima-reputacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reputa&ccedil;&atilde;o</a>. Existem v&aacute;rios animais que ficaram conhecidos como predadores vorazes, que podem at&eacute; devorar humanos, sendo que na maioria das situa&ccedil;&otilde;es, eles preferem evitar o contato. Abaixo, listamos cinco deles!
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119354-7-animais-da-america-do-sul-que-possuem-uma-pessima-reputacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 animais da Am&eacute;rica do Sul que possuem uma p&eacute;ssima reputa&ccedil;&atilde;o</a>
<h2>1. Tubar&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06165949644452.jpg" alt="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubar&atilde;o</a> &eacute; certamente um dos animais que mais sofrem com uma propaganda ruim. N&atilde;o apenas pelo cl&aacute;ssico filme de Steven Spielberg, mas tamb&eacute;m pela divulga&ccedil;&atilde;o exagerada feita pela m&iacute;dia ap&oacute;s um ataque.&nbsp;
De fato, eles podem atacar seres humanos e o resultado pode ser fatal, mas de maneira geral eles preferem evitar isso. Para se ter dimens&atilde;o, em 2020 foram registrados apenas 52 ataques, sendo que 10 foram fatais. Humanos n&atilde;o s&atilde;o presas naturais dos tubar&otilde;es, por isso a maioria dos ataques acontecem quando eles nos confundem com alguma presa.
<h2>2. Puma</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06170130957453.jpg" alt="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117084-primeiro-puma-com-leucismo-no-mundo-e-confirmado-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Puma</a>, le&atilde;o da montanha, cougar, jaguaruna, su&ccedil;uarana, le&atilde;o-baio, on&ccedil;a-parda ou on&ccedil;a-vermelha... Esse grande felino tem todos esses nomes por um motivo: ele est&aacute; presente em todo o continente americano, desde a patag&ocirc;nia argentina, at&eacute; o sul do Canad&aacute;. Com uma abrang&ecirc;ncia t&atilde;o grande, n&atilde;o &eacute; muito dif&iacute;cil encontr&aacute;-lo ao fazer uma caminhada em alguma trilha.
E mesmo sendo um predador eficiente, desde 1890, foram registradas apenas 25 mortes humanas por ataques de puma. Hoje, a maioria dos contatos entre estes animais e humanos acontece quando eles s&atilde;o avistados em fazendas, atr&aacute;s de uma presa, dado que seu territ&oacute;rio tem constantemente diminu&iacute;do.
<h2>3. Gavial</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06170324785456.jpg" alt="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
Este simp&aacute;tico parente dos crocodilos &eacute; v&iacute;tima da fama ruim dos seus primos mais agressivos. Por&eacute;m, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/48007-9-dos-repteis-mais-incriveis-e-bizarros-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gavial</a> &eacute; um r&eacute;ptil bastante inofensivo. O seu focinho, longo e estreito, chama bastante aten&ccedil;&atilde;o e pode parecer perigoso mas, na verdade, as mand&iacute;bulas finas do gavial s&atilde;o fr&aacute;geis e incapazes de consumir um animal grande.
Eles s&atilde;o adaptados para ca&ccedil;ar pequenos peixes, sapos e insetos, e preferem evitar totalmente as pessoas, embora isso n&atilde;o impe&ccedil;a que eles sejam considerados uma amea&ccedil;a. Por isso mesmo, esse animal &eacute; criticamente amea&ccedil;ado de extin&ccedil;&atilde;o.
4. Arraia
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06170625223457.jpg" alt="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
Em 2006, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117666-steve-irwin-conheca-sua-tragica-morte-e-como-ela-foi-gravada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Steve Irwin</a>, conhecido como O Ca&ccedil;ador de Crocodilos, morreu tragicamente ap&oacute;s ser picado no peito por uma arraia. Isso acabou impulsionando uma lenda de que esses peixes s&atilde;o agressivos e podem nos atacar. Mas esta trag&eacute;dia foi um grande acaso.
As arraias s&atilde;o criaturas passivas que s&oacute; picam quando se sentem amea&ccedil;adas e, mesmo assim, s&atilde;o respons&aacute;veis apenas por uma a duas mortes humanas por ano, em m&eacute;dia. Vale lembrar que a cauda das arraias cont&ecirc;m veneno, e mesmo que raramente mate, ele causa uma dor muito forte.
<h2>5. Urso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06170723457458.jpg" alt="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
Os ursos n&atilde;o s&atilde;o animais muito amig&aacute;veis, mas isso n&atilde;o significa que eles sejam assassinos vorazes de humanos. Na maioria dos casos, os ursos preferem nos evitar, atacando apenas quando se sentem amea&ccedil;ados &mdash; por isso, se voc&ecirc; encontrar um, n&atilde;o tente se aproximar.
Outro detalhe &eacute; que das oito esp&eacute;cies de ursos, apenas duas s&atilde;o consideradas mais agressivas: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121588-por-que-nao-existem-ursos-polares-na-antartida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urso-polar</a> e o urso-pardo (que pode medir mais de 3 metros e &eacute; considerado o maior carn&iacute;voro terrestre).
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120462-5-animais-que-comem-seres-humanos.htm" target="_blank">5 animais que comem seres humanos</a>

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Conheça 5 animais que não costumam atacar humanos

Imagem de A mumificação dos mortos já era usada muito antes dos egípcios no megacurioso

Os Chinchorros habitaram o norte do Chile e suas múmias são consideradas5 'verdadeiras obras de arte pré-hispânicas'

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121411-mumias-encontradas-em-portugal-podem-ser-as-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Múmias</a> fazem parte da cultura de diversas sociedades há milênios. Elas também estão presentes na cultura popular em filmes, livros e jogos, principalmente por influência dos egípcios. Mas mais de 2.000 anos antes deles, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122067-6-fatos-curiosos-sobre-mumias-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os Chinchorros já mumificavam seus mortos</a>.Esse povo viveu no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120381-o-cemiterio-de-baleias-no-chile-que-ha-10-anos-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do&nbsp;Atacama</a>, no Chile — o lugar mais seco da Terra —, entre 5.450 a.C. a 890 a.C., e é considerado a primeira sociedade conhecida no mundo a mumificar seus mortos. Diferente dos egípcios, esse processo não era destinado apenas à classe alta da sociedade, mas era um ritual para todos.<h2>Uma arte pré-hispânica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/29/29112054404135.jpg" alt="Representação de uma mumificação Chinchorro. (Fonte: Wikimedia Commons)">Representação de uma mumificação Chinchorro. (Fonte: Wikimedia Commons)As múmias dos Chinchorros foram encontrados nas regiões de Arica e Parinacota, no norte do Chile. Em 2021, estes cemitérios foram inseridos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120751-conheca-6-patrimonios-da-unesco-que-voce-nunca-imaginaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lista do Património Mundial da Unesco</a>, em reconhecimento pelo imenso valor arqueológico que proporcionam. O mais interessante é que além de nos permitir entender detalhes das práticas mortuárias e funerárias daquele povo, as múmias também oferecem uma visão das estruturas sociais e espirituais da comunidade.Como o processo de mumificação era destinado a todos, centenas de múmias já foram descobertas, incluindo as de bebês e crianças. Em entrevista à BBC, a bioarqueóloga da Universidade de Tarapacá, Vivien Standen, explicou que o solo da região contém muito arsênico. Isso provavelmente contribuiu para uma alta taxa de mortalidade da população, além de um grande número de abortos espontâneos.&nbsp;Outro detalhe importante é que os Chinchorros pintavam seus corpos com manganês. Não se sabe ao certo porque eles faziam isso, mas como o manganês é tóxico, eles também estavam se intoxicando sem saber.Bernardo Arriaza, antropólogo da Universidade de Tarapacá, complementa afirmando que “A [cultura] Chinchorro é relevante em muitos aspectos: são os primeiros praticantes funerários, e os primeiros a habitar esta região. E os corpos que conhecemos hoje como Chinchorro, são verdadeiras obras de arte pré-hispânicas. São as expressões artísticas dos sentimentos, das emoções das populações antigas”.<h2>Uma cidade dos mortos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Chinchorro_culture#/media/File:Chinchorro_mummy,_south_coast_of_Peru_or_north_coast_of_Chile,_5000-2000_BC_-_San_Diego_Museum_of_Man_-_DSC06921.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/29/29113143638139.jpg" alt="Múmia Chinchorro. (Fonte: Wikimedia Commons)">Múmia Chinchorro. (Fonte: Wikimedia Commons)Embora o reconhecimento da Unesco tenha acontecido há pouco tempo, os moradores de Arica conhecem as múmias da região há anos: como foram enterradas muito perto da superfície, elas literalmente fazem parte da fundação da cidade. Em 2004, durante uma escavação para a fundação de um hotel, os trabalhadores encontraram ossos a menos de 1 metro de profundidade. O local acabou sendo transformado em um museu.Essa proximidade dos moradores de Arica com os restos mortais dos Chinchorros acabou fazendo com que eles criassem uma espécie de identidade com os antigos habitantes. “Sinto que somos a continuação dos Chinchorros”, disse Alfredo Guerrero, um morador de Arica. “Nos últimos 10 anos, senti e disse à minha família [isso] que não vou deixar este lugar. Sempre vou ficar, então sempre vou visitá-los”.“Eles eram pescadores como nós, e eles estavam neste lugar”, completou Jorge Ardiles, um pescador local. “E depois de milhares de anos, viemos nos estabelecer aqui. Então nós, como comunidade de pescadores, nos consideramos como seus herdeiros, e é por isso que queremos [preservar] os restos que eles deixaram, como um grande legado para a comunidade atual. Nós somos os Chinchorros contemporâneos neste exato momento”.</body>

Robinson Samulak Alves