Espécie sem machos, os rotíferos compensam a ausência de recombinação de genes parentais, alterando seu DNA com material de outros micróbios.

Um grupo de animais microscópicos presentes em água doce <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127017-cientistas-fazem-moscas-gerarem-filhotes-sem-relacao-sexual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vem se reproduzindo de forma assexuada</a> por cerca de 25 milhões de anos. No entanto, mesmo sem a tradicional troca de genes da reprodução sexual, os rotíferos bdeloides conseguiram desenvolver uma notável resistência a doenças.Segundo um estudo publicado recentemente na Nature Communications, essa tática para se proteger de infecções consiste em usar "receitas de antibióticos 'roubadas' de bactérias". Conforme os pesquisadores, essa apropriação de genes de outras espécies é feita por meio de transferência horizontal, um processo que não envolve sexo.&nbsp;Apesar disso, esses genes têm um nível de regulação (enriquecimento) duplamente maior do que aqueles adquiridos de forma sexuada. Isso ficou claro para a equipe quando, exposto a uma infecção com risco de morrer, um rotífero ativou centenas de genes copiados por seus ancestrais de bactérias que produziram poderosos agentes antimicrobianos.<h2>Como os rotíferos produzem antibióticos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/22/22222946971000.jpg" alt="x. (Fonte: Frank Fox/Wikimedia Commons)"><figcaption>Os genes dos rotíferos contêm receitas para antibióticos. (Fonte: Frank Fox / Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Ao pesquisar qual era a função dos genes "roubados" pelos rotíferos, os pesquisadores tiveram uma surpresa, segundo o autor principal do estudo, Chris Wilson, da Universidade de Oxford.&nbsp;Após traduzir o código de DNA, eles descobriram que "os genes principais eram instruções para produtos químicos que não achávamos que os animais pudessem fazer&nbsp;— <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128499-zosurabalpina-o-novo-antibiotico-que-pode-ser-super-heroi-contra-superbacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pareciam receitas para antibióticos</a>".Embora estudos anteriores já tenham descoberto que os rotíferos se apoderam de DNA de vizinhos há milhões de anos, essa é a primeira vez que uma pesquisa descobre esse material, usando-os para combater doenças. É possível que os rotíferos estejam produzindo novos antibióticos que podem ser menos tóxicos para animais, inclusive humanos, dizem os autores.<h2>Por que os rotíferos roubam genes de estranhos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/22/22211200703038.jpg" alt="Rotíferos bdeloides implantam genes biossintéticos adquiridos horizontalmente contra um patógeno fúngico"><figcaption>Rotíferos bdeloides implantam genes biossintéticos contra um patógeno fúngico. (Fonte: Reuben Newell el al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Conforme o coautor Tim Barraclough, do Imperial College London, o fato de os rotíferos serem os únicos animais a pegar essas grandes quantidades de genes de outros micróbios se deve a uma particularidade. “Ao contrário de outros animais, nunca vemos rotíferos machos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120843-macho-pra-que-conheca-as-femeas-que-conseguem-engravidar-sozinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As mães rotíferas põem ovos que eclodem em cópias genéticas de si mesmas</a>, sem precisar de sexo ou fertilização”, explica.&nbsp;De acordo com a chamada teoria da carga genética, animais que se clonam dessa forma acabam tão parecidos que, "se um pega uma doença, o resto também pegará", diz Barraclough. Isso porque na reprodução assexuada não há recombinação de genes parentais: o genoma da mãe rotífera é passado diretamente para seus descendentes, sem variações.&nbsp;Ou seja, se esses animais, com cabeça, boca, intestino, músculos e nervos, porém menores do que a largura de um fio de cabelo, não tivessem encontrado um jeito de mudar os seus genes, eles poderiam estar extintos, explica Barraclough. Além disso, o estudo dos antibióticos sintetizados pelos rotíferos podem nos dar pistas para novos remédios, conclui.

large_esses-pequenos-animais-roubam-antibioticos-de-bacterias-para-sobreviver-thumb.png

medium_esses-pequenos-animais-roubam-antibioticos-de-bacterias-para-sobreviver-thumb.png

small_esses-pequenos-animais-roubam-antibioticos-de-bacterias-para-sobreviver-thumb.png

thumbnail_esses-pequenos-animais-roubam-antibioticos-de-bacterias-para-sobreviver-thumb.png

esses-pequenos-animais-roubam-antibioticos-de-bacterias-para-sobreviver-thumb.png

Esses pequenos animais 'roubam' antibióticos de bactérias para sobreviver

A prática muito comum em várias cozinhas do mundo, de lavar o frango cru antes de prepará-lo, pode infectar outros alimentos através da contaminação cruzada.

“Os grandes porquês da humanidade” é uma série de matérias do Mega Curioso que pretende encontrar motivos plausíveis e científicos para perguntas que costumamos nos fazer, das mais óbvias às mais inusitadas. Confira no fim da matéria outras respostas incríveis para nossas maiores dúvidas!***Uma prática tradicional e intuitiva de muitos cozinheiros e cozinheiras, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122853-frango-6-questoes-sobre-a-carne-mais-consumida-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a de lavar o frango cru antes de levá-lo para a panela</a>, não apenas é inócua, mas pode também aumentar os riscos de intoxicação alimentar.&nbsp;Adotada por muitas pessoas, como o vencedor do último BBB, Davi Brito, a rotina de limpar carnes de frango, porco ou vaca em água corrente não é aconselhável, afirmou na época a Anvisa. Isso porque esses alimentos crus podem conter bactérias patogênicas que, sob a pressão da água, podem se espalhar pela pia, tábua de corte e outros utensílios e comidas.Essa transferência de microrganismos prejudiciais,&nbsp;chamada de contaminação cruzada, pode também acontecer se você utilizar a mesma tábua de corte ou faca para processar o frango cru e outros alimentos, e até mesmo se estes forem atingidos por gotículas de água, diz a agência reguladora.&nbsp;<h2>Por que as pessoas lavam o frango cru? &nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06181546015288.jpg" alt="X (Fonte: Getty images)"><figcaption>Água tira sujeirinhas, mas não mata bactérias. (Fonte: Getty images)</figcaption></figure></figure>Consequência de um hábito cultural passado de geração para geração, muitos “chefs” domésticos (e até alguns profissionais) <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/frangos-de-granja-tem-mais-chance-de-ter-salmonela-do-que-os-caipiras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acreditam que lavar as carnes antes do preparo pode ajudar a remover as bactérias Salmonella e Campylobacter</a>, principais causadoras das doenças transmitidas por alimentos (DTA), ou intoxicações alimentares.&nbsp;E, embora a água possa realmente remover algumas sujeirinhas visíveis no frango, a lavagem não remove as bactérias&nbsp;que, além de invisíveis a olho nu, estão espalhadas pela superfície e também dentro da carne.&nbsp;Dessa forma, "nadando" em condições ideais de calor e umidade (entre 5&nbsp;°C e 60&nbsp;°C, segundo a Anvisa), uma única bactéria presente em alimentos perecíveis, como carne, leite, iogurte, manteiga e outros, pode se multiplicar em 130 mil novos indivíduos em apenas seis horas.&nbsp;<h2>O que devo fazer então ao preparar frango?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06184233789294.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Temperaturas acima de 74&nbsp;°C matam as bactérias. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Cozinhe o frango completamente: A maneira mais segura de eliminar as bactérias do frango é cozinhá-lo completamente. Certifique-se de que a temperatura interna do frango atinja 74&nbsp;°C para aves inteiras e 71&nbsp;°C para peitos e coxas de frango. Acima dessa temperatura, a maioria dos patógenos causadores de DTA são eliminados, aí incluídos bactérias, vírus, protozoários e fungos.<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124720-10-erros-mais-comuns-na-cozinha-que-colocam-a-saude-em-risco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Outra recomendação óbvia, da qual muita gente se esquece até hoje</a>, mesmo depois da pandemia, é: lave as mãos. No caso do frango, use água quente e sabão pelo menos 20 segundos depois de manusear as carnes. Além disso, você deve limpar e desinfetar todas as superfícies e utensílios que tiveram contato com o frango cru, com água quente e sabão ou detergente desinfetante.Finalmente, é bom destacar a necessidade de uma refrigeração adequada, pois de nada adianta manuseio e cozimento suficientes se a carne processada estiver estragada. Por isso, os especialistas recomendam manter o frango cru na geladeira a uma temperatura sempre inferior a 5&nbsp;°C e, no máximo, por dois dias. Se não for cozinhar, congele a ave.***Confira outros grandes porquês da humanidade aqui no Mega Curioso:<ul><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-tantas-estatuas-gregas-romanas-e-egipcias-nao-tem-nariz">Por que tantas estátuas gregas, romanas e egípcias não têm nariz?</a></li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/por-que-alguns-remedios-sao-tomados-por-via-sublingual-colocados-debaixo-da-lingua">Por que alguns remédios são tomados por via sublingual, colocados debaixo da língua?</a></li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-mostrar-o-dedo-do-meio-se-tornou-uma-ofensa">Por que mostrar o dedo do meio se tornou uma ofensa?</a></li></ul>

large_1.jpg

medium_1.jpg

small_1.jpg

thumbnail_1.jpg

1.jpg

Por que não devemos lavar o frango cru?

Descubra como prevenir a leptospirose e manter seu cão seguro e saudável.

A leptospirose, uma doença causada por bactérias do gênero&nbsp;Leptospira, é uma preocupação séria para a saúde dos cães. Essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121261-as-bacterias-deram-origem-a-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a> sobrevivem por longos períodos em ambientes úmidos e aquáticos. Por isso, compreender a transmissão e os sintomas da doença é essencial para tomar medidas preventivas e garantir o bem-estar dos seus pets.<h2>Formas de transmissão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22114114598120.jpg" alt="O contato com água contaminada é a forma mais frequente de transmissão da leptospirose. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>O contato com água contaminada é a forma mais frequente de transmissão da leptospirose. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A leptospirose se transmite quando os cães entram em contato com água ou solo contaminados, seja bebendo água contaminada, seja nadando em lagos ou poças, ou por meio de feridas na pele. No Brasil, a leptospirose é endêmica e se torna epidêmica em períodos chuvosos, especialmente nas capitais e áreas metropolitanas. Alguns fatores aumentam significativamente o risco de contaminação: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/qual-e-a-diferenca-entre-enchente-inundacao-e-alagamento" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enchentes</a>, falta de saneamento adequado, aglomeração populacional e alta infestação de roedores infectados.A leptospirose é uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos. Isso torna a doença ainda mais preocupante, pois a infecção em cães ameaça não só a saúde deles, mas também a dos humanos que convivem com eles. Por isso, proteger os peludos contra a doença é uma medida crucial de saúde pública e essencial para o bem-estar dos animais.<h2>Principais sintomas e tratamento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/22/22114601502130.jpg" alt="A vacinação contra a leptospirose é o meio mais eficaz de evitar a doença. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>A vacinação contra a leptospirose é o meio mais eficaz de evitar a doença. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os sintomas da leptospirose em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128245-as-incriveis-vidas-de-6-caes-que-mudaram-o-rumo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> podem variar de leves a graves, incluindo letargia, febre, vômitos, diarreia, icterícia e dor abdominal. É essencial estar atento a sinais de agravamento, como sangramento (sangue na urina ou fezes), dificuldade respiratória, convulsões e coma, que requerem assistência veterinária imediata. Por isso, o diagnóstico precoce é crucial.Diante dos sintomas, o veterinário realizará exames clínicos e laboratoriais, e, em alguns casos, testes específicos para detectar a bactéria Leptospira. O tratamento geralmente envolve antibióticos para combater a infecção e terapia de suporte para controlar os sintomas e prevenir complicações. Em casos graves, como insuficiência renal ou hepática, pode ser necessária terapia intensiva, incluindo fluidoterapia, diálise e outros procedimentos para ajudar na recuperação do animal.A prevenção é a chave para proteger seu amigo de quatro patas contra a leptospirose. A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a infecção, e os tutores devem garantir que seus bichinhos estejam atualizados com as doses de reforço. O esquema vacinal inclui uma série inicial de duas doses, com intervalo de algumas semanas entre elas, seguida de doses de reforço anuais.Além da vacinação, outras medidas preventivas são importantes, como evitar o contato do animal com água e solo contaminados, controlar roedores ao redor da casa e estar atento aos sintomas da doença. Essas ações ajudarão a manter seu melhor amigo seguro e saudável, protegendo também a saúde dos humanos que convivem com ele.

large_leptospirose-em-caes-como-proteger-seu-melhor-amigo-de-quatro-patas-thumb.png

medium_leptospirose-em-caes-como-proteger-seu-melhor-amigo-de-quatro-patas-thumb.png

small_leptospirose-em-caes-como-proteger-seu-melhor-amigo-de-quatro-patas-thumb.png

thumbnail_leptospirose-em-caes-como-proteger-seu-melhor-amigo-de-quatro-patas-thumb.png

leptospirose-em-caes-como-proteger-seu-melhor-amigo-de-quatro-patas-thumb.png

Leptospirose em cães: como proteger seu melhor amigo de quatro patas

Investigadores finalmente parecem ter descoberto o que aconteceu com o Império Asteca 500 anos após o colapso da sociedade.

Em 1545, há quase cinco séculos, a nação asteca desmoronou de uma vez por todas. Seus cidadãos começaram a ter febre alta e dores de cabeça, passando a sangrar pelos olhos, boca e nariz pouco tempo depois. Com isso, eles foram morrendo aos poucos até sumirem do mundo. Em 1550, 80% da população asteca — de 15 milhões de pessoas — tinha sido exterminada.Durante os séculos, os cientistas têm lutado para compreender como um evento tão mortal pode ter acontecido e chegado ao México. Agora, quase 500 anos depois, as primeiras respostas parecem ter sido encontradas.<h2>Praga populacional</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07194638186012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</figure>Os habitantes locais descreveram a doença que acabou com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128458-5-impressionantes-invencoes-astecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Asteca</a> como "cocoliztli", que na língua asteca nahuatl significa “pestilência”. Usando evidências de DNA dos dentes de vítimas mortas há muito tempo, os cientistas conseguiram concluir que a causa da peste era provavelmente uma "febre entérica" semelhante à febre tifoide causada pela Salmonella enterica, especificamente uma subespécie conhecida como&nbsp;Paratyphi C.&nbsp;Essa subespécie é um patógeno bacteriano conhecido por causar a febre entérica, que se espalha por meio de alimentos ou água infectados. Além disso, ela também é semelhante à <a href="http://megacurioso" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Salmonella</a> que hoje associamos aos ovos cruz. Para a nossa sorte, no entanto, a variação moderna dessa bactéria raramente causa infecção em seres humanos.Usando o DNA antigo de 29 esqueletos encontrados em um cemitério de Cocoliztli, os cientistas conseguiram testar a presença dos patógenos bacterianos. O único germe detectado foi justamente o Parathyphi C., levando os pesquisadores a acreditar que seja o candidato mais provável ao ter causado a "extinção" do povo asteca.&nbsp;<h2>Origem do surto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07194709991014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</figure>Apesar dos dados obtidos recentemente, a equipe de investigação deixou claro que poderia haver outros patógenos presentes nos restos mortais astecas, mas que eram indetectáveis ou desconhecidos pelos seres humanos. Esses, por sua vez, ainda não podem ser completamente descartados. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Ecology and Evolution.&nbsp;Além da causa da peste, os pesquisadores também parecem ter encontrado a origem do surto: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonizadores europeus</a>. O cenário mais provável é que os animais portadores dessas doenças tenham sido levados ao México por colonos, cujo sistema imunológico já estava equipado para lidar com o germe. Os astecas, no entanto, nunca haviam sido expostos a tal doença e não conseguiram lidar com as consequências.Historicamente, isso é algo que dizimou diversos povos nativos nas Américas no período de colonização. No passado, doenças como gripe, varíola, sarampo e outros agentes patogênicos que se saiba terem sido trazidos da Europa também foram levados em consideração em tentativas de explicar o fim do Império Asteca. Porém, os dados recentes parecem descartar completamente essas hipóteses. Apesar do fim trágico, os astecas certamente deixaram para trás um legado impressionante sobre uma das sociedades antigas mais evoluídas que já existiram por essas terras.&nbsp;

large_GettyImages-956031618-min.jpg

medium_GettyImages-956031618-min.jpg

small_GettyImages-956031618-min.jpg

thumbnail_GettyImages-956031618-min.jpg

GettyImages-956031618-min.jpg

Quase 500 anos depois, cientistas confirmam o que matou os astecas

Imagem de Lagoas de micróbios são descobertas no deserto do Atacama no megacurioso

Pesquisadores descobriram um ecossistema impressionante de lagoas cristalinas e planícies salgadas na Argentina, que pode oferecer uma janela para o início da vida na Terra e em Marte

Diversas lagoas cristalinas e vastas plan&iacute;cies de sal foram encontradas no deserto argentino de Puna de Atacama, formando um ecossistema sobrenatural e diferente de tudo que qualquer cientista j&aacute; viu. As lagoas nunca antes vistas abrigam montes de rochas repletas de micr&oacute;bios que, &agrave; primeira vista, lembram algumas das primeiras formas de vida conhecidas na Terra.
Os pesquisadores descobriram este mundo perdido por acaso depois de detectar uma rede de piscinas estranhas em imagens de sat&eacute;lite do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125061-por-que-os-desertos-sao-tao-secos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto</a> no noroeste da Argentina. Puna de Atacama &eacute; um planalto gigante a mais de 3,6 km acima do n&iacute;vel do mar. Na altitude elevada, as condi&ccedil;&otilde;es extremamente secas e o sol escaldante se combinam para formar um ambiente hostil onde poucas plantas e animais sobrevivem.
<h2>Paisagem diferenciada</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/a-13131954800192.jpg" alt="a" />(Fonte: Brian Hynek/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Para analisar esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127033-ecossistema-ate-entao-desconhecido-e-descoberto-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecossistema</a> de perto, o professor de ci&ecirc;ncias geol&oacute;gicas da Universidade do Colorado Boulder, Brian Hynek, e a microbi&oacute;loga e cofundadora da consultoria ambiental PunaBio, Maria Far&iacute;as, caminharam v&aacute;rios quil&ocirc;metros pela paisagem &aacute;rida antes de avistarem as lagoas. &ldquo;&Eacute; diferente de tudo que eu j&aacute; vi ou, na verdade, parecido com tudo que qualquer cientista j&aacute; viu&rdquo;, disse Hynek em comunicado oficial.
Ao todo, 12 piscinas de &aacute;gua rasa e cristalina cercadas por montanhas constituem o rec&eacute;m-descoberto "ecossistema alien&iacute;gena", que se estende por 10 hectares de deserto, segundo os pesquisadores. Abaixo da superf&iacute;cie das lagoas, os investigadores tamb&eacute;m avistaram pequenas colinas cobertas de crescimento microbiano verde.&nbsp;
&ldquo;&Eacute; simplesmente incr&iacute;vel que ainda se possam encontrar coisas n&atilde;o documentadas como esta no nosso planeta&rdquo;, ressaltaram os cientistas. Esses "montes vivos", que medem cerca de 4,6 metros de di&acirc;metro e v&aacute;rios metros de altura, oferecem uma janela para o est&aacute;gio inicial da vida na Terra e, potencialmente, at&eacute; mesmo para a vida antiga em Marte.
<h2>Busca por novas informa&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/a-13132010690193.jpg" alt="a" />(Fonte: Brian Hynek/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Observa&ccedil;&otilde;es preliminares indicam que o ecossistema no deserto do Atacama pode ser composto por estromat&oacute;litos &mdash; comunidades complexas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124762-microbios-alienigenas-prosperam-em-ambiente-inospito-de-mina-abandonada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micr&oacute;bios</a> cujas excre&ccedil;&otilde;es se solidificam em camadas de rocha &mdash; semelhantes aos que existiram durante um per&iacute;odo da hist&oacute;ria da Terra denominado Arqueano (2 a 4 bilh&otilde;es de anos atr&aacute;s), quando a atmosfera n&atilde;o continha oxig&ecirc;nio.
Os estromat&oacute;litos ainda se formam hoje em v&aacute;rios habitats marinhos e de &aacute;gua doce, mas s&atilde;o muito menores do que os seus hom&oacute;logos antigos. Os montes nas lagoas do Atacama, por sua vez, tinham tamanho pr&oacute;ximo aos estromat&oacute;litos arqueanos. &ldquo;Achamos que esses montes est&atilde;o realmente crescendo a partir de micr&oacute;bios, que &eacute; o que acontecia nos mais antigos&rdquo;, disse Hynek.&nbsp;
De acordo com os pesquisadores, se a vida alguma vez tivesse evolu&iacute;do em Marte ao n&iacute;vel de f&oacute;sseis, &eacute; assim que as coisas teriam acontecido. Compreender estas comunidades modernas na Terra poderia trazer mais informa&ccedil;&otilde;es sobre o que dever&iacute;amos procurar ao buscarmos caracter&iacute;sticas semelhantes nas rochas marcianas. Por&eacute;m, como a atual &aacute;rea de estudos foi alugada para a explora&ccedil;&atilde;o de l&iacute;tio no futuro, os pesquisadores ter&atilde;o pouco tempo para confirmar suas observa&ccedil;&otilde;es iniciais antes que esse ecossistema &uacute;nico potencialmente desapare&ccedil;a.&nbsp;
<div id="gtx-trans" style="position: absolute; left: 193px; top: 1719.8px;">
<div class="gtx-trans-icon"></div>
</div>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.316Z

Lagoas de micróbios são descobertas no deserto do Atacama

Imagem de Como evitar que bactérias criem resistência a antibióticos? no megacurioso

Com o aumento de bactérias resistentes aos antibióticos nas últimas décadas, um desafio crítico para os cuidados de saúde para o futuro deverá ser superado

<head></head><body>Os antibióticos podem representar talvez a maior conquista da medicina moderna. Afinal, ao longo do século XX, essa classe vital de medicamentos ofereceu proteção contra infecções anteriormente letais e transformou o cenário terapêutico pelo mundo todo. No entanto, o aumento de bactérias resistentes aos antibióticos agora ameaça todo o avanço que tivemos.Porém, antes mesmo de debatermos como podemos lutar contra as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127252-novo-antibiotico-que-mata-superbacterias-e-descoberto-no-solo-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superbactérias</a> emergentes, precisamos entender como os antibióticos foram descobertos e como o seu uso indevido levou às circunstâncias críticas atuais.&nbsp;<h2>Surgimento dos antibióticos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29014254962006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os humanos têm tratado infecções com vários extratos de plantas e fungos há milênios. Povos antigos na China, na Grécia e na Sérvia chegaram até mesmo a usar pão mofado como remédio para feridas. Foi apenas na primeira década do século XX que as coisas mudaram por completo. Na virada do século, o Dr. Paul Ehrlich desenvolveu o primeiro antibiótico moderno.Esse remédio chamava-se arsfenamina, ou Salvarsan, um tratamento para sífilis. Antes disso, essa doença era tratada através da aplicação de metais tóxicos, como mercúrio e bismuto. No entanto, o uso desse novo antibiótico ainda era desagradável e ainda era frequentemente utilizado com tratamentos antigos.O desenvolvimento mais significativo na história dos antibióticos ocorreu no final da década de 1920, quando o Dr. Alexander Fleming percebeu que o mofo criava uma substância química como mecanismo de autodefesa que matava bactérias. Essa substância foi chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122007-como-a-penicilina-foi-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a>, que passou a ser produzida em massa e salvou milhões de vidas desde então.<h2>Começo dos problemas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29014316910008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O sucesso dos antibióticos no combate às infecções foi também o que causou sua queda. O aumento do uso dessas drogas em humanos, bem como usos não terapêuticos em animais, eventualmente levou ao surgimento de patógenos resistentes e antibacterianos. Infelizmente, a batalha contra estes microrganismos resistentes continua e ainda estamos longe de vencer.Quando as bactérias são expostas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>, os organismos mais fracos morrem, o que faz com que os sobreviventes transmitam qualquer resistência às gerações subsequentes. Mas as bactérias também podem trocar partes do seu material genético entre outras bactérias. Esse é um importante impulsionador da evolução microbiana.Então, como podemos revidar para que essas bactérias resistentes deixem de se multiplicar? Para lidar com esta ameaça, os cientistas estão explorando uma série de novas opções de tratamento. Um exemplo disso é o uso de extinção de quorum, uma técnica que interrompe a capacidade de comunicação das bactérias — tornando elas menos nocivas e mais suscetíveis aos antibióticos tradicionais.&nbsp;Outra abordagem incluiria o uso de bacteriófagos, conhecidos como vírus "assassinos de bactérias". Essa abordagem existe há quase um século, mas só tem sido levada a sério agora. Por último, há a imunoterapia, o mesmo método que revolucionou os tratamentos contra o câncer. De todo modo, a guerra promete ser longa e exigirá o esforço de todos nós, seja ao evitar o consumo de antibióticos sem prescrição médica ou simplesmente se prevenindo de infecções.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:20.301Z

Como evitar que bactérias criem resistência a antibióticos?

Imagem de Por que dar carne crua para cães pode infectar humanos com bactéria super-resistente? no megacurioso

Presença de bactéria resistente a antibiótico foi associada ao consumo de carne crua; estudo alerta sobre os cuidados que devem ser adotados na dieta dos pets

<head></head><body>A necessidade de cozinhar bem os alimentos e manuseá-los de acordo com as melhores práticas de higiene são fundamentais para evitar a ocorrência de uma série de doenças. Essas ações, recorrentes no nosso dia a dia, também devem se estender ao servir alimentos aos cachorros, conclui um estudo.Em busca de motivos que explicariam a presença da bactéria <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121368-6-curiosidades-sobre-a-escherichia-coli-a-bacteria-da-diarreia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escherichia coli</a> nas fezes dos cães, pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriram que essa recorrência estava associada ao consumo de carne crua. O estudo que explorou os riscos envolvendo esse tipo de contaminação foi publicado na revista One Health.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21164402986323.jpg" alt="Pesquisadores descobriram forte associação entre consumo de carne crua e a presença de uma bactéria resistente a antibiótico nas fezes de cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Pesquisadores descobriram forte associação entre consumo de carne crua e a presença de uma bactéria resistente a antibiótico nas fezes de cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Estudo detecta presença da bactéria E. Coli em fezes de cães</h2>Embora a Escherichia coli&nbsp;possa permanecer no intestino humano sem provocar infecção, ela é associada a uma série de complicações, como diarreia, intoxicação alimentar e até mesmo infecção urinária e da corrente sanguínea. E pior: ela ainda apresenta resistência a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>, incluindo a ciprofloxacina, comumente receitada para o tratamento de infecções.Ao analisar a excreção dessa bactéria em cães, em particular, pesquisadores constataram a presença dessa da E. Coli resistente à ciprofloxacina nas fezes de 7,3% dos cães situados em zonas rurais e 11,8% dos cães que viviam nas áreas urbanas.Ao considerar que os animais podem, acidentalmente, serem uma porta de entrada para essa bactéria, fica fácil entender a dimensão do problema que temos, dado que os alimentos dos animais também passam pelas nossas mãos. Isso num contexto em que a carne crua, comumente usada na refeição dos cães, está contaminada.Para chegar a essa conclusão, foram analisadas as amostras fecais de 600 cães saudáveis, sendo 303 rurais e 297 que viviam em cidades. Além de dados sobre a dieta, ambientes que eles frequentam e uso de medicações também foram avaliados.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21164456053327.jpg" alt="Mais de 600 cães foram analisados em estudo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Mais de 600 cães foram analisados em estudo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Cuidados com a alimentação dos cães</h2>Ao explorar fatores de risco, é importante lembrar que o elevado uso de antibióticos contribui para que as bactérias desenvolvam resistência. Por outro lado, elas ainda podem, eventualmente, passar por mutações que as tornem mais agressivas ao organismo.E na busca por promover uma dieta saudável aos cães, muitos tutores recorrem à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127114-6-alimentos-que-jamais-devem-ser-dados-a-um-cao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne crua</a> por ser uma fonte de alimento altamente proteica e livre de conservantes e compostos industrializados.No entanto, uma vez que muitos patógenos podem estar presentes na carne crua servida, o estudo destaca a necessidade de redobrar os cuidados ao servir esse alimento. Para aqueles que pensam em reavaliar a dieta, é fundamental fazê-lo sempre com auxílio especializado, afinal, os alimentos não devem oferecer riscos aos pets.Uma vez que tenha sido liberado o consumo de carne cozida para o cachorro, o próprio processo de preparo, que mantém os alimentos em temperaturas altas, é o suficiente para eliminar os patógenos que oferecem risco à saúde dos humanos e dos animais. Mas ainda assim, é essencial se atentar ao manuseio, lavando as mãos antes e depois de ter contato com os alimentos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:18.917Z

Por que dar carne crua para cães pode infectar humanos com bactéria super-resistente?

Imagem de Quais são as partes do corpo que acumulam mais germes? no megacurioso

Os micróbios podem causar eczema e acne, entre outras doenças de pele

<head></head><body>Partes do corpo que podem ser “esquecidas” durante o banho, como atrás das orelhas, a região entre os dedos dos pés e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104064-por-que-e-tao-estranho-tocar-em-seu-proprio-umbigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">umbigo</a>, não recebendo a mesma higienização que as demais, são as mais propensas a acumular germes prejudiciais à saúde. É o que diz um novo estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology, em setembro.A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade George Washington (GW), nos Estados Unidos, objetivava investigar a “hipótese da avó”. Segundo o professor da instituição, Keith Crandall, sua avó sempre instruiu os netos a não se esquecerem de lavar as partes citadas ao tomar banho, o que segundo ela ajudava a evitar certas doenças.O diretor do Instituto de Biologia Computacional da GW decidiu, então, verificar a composição do microbioma — conjunto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/62035-confira-10-equivocos-sobre-germes-e-higiene-que-costumamos-acreditar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micróbios</a> que vivem no corpo humano — da pele. Para testar a hipótese defendida pela avó, a equipe liderada por Crandall analisou os germes presentes nas áreas úmidas, secas e oleosas da pele.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24210035977480.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Ele reuniu 129 estudantes de graduação e pós-graduação da instituição, que coletaram suas próprias amostras, esfregando pontos úmidos e oleosos da pele, além de partes secas como panturrilhas e antebraços. O material teve o DNA extraído e sequenciado, com o resultado confirmando o que a vovó já sabia.<h2>Problemas de pele</h2>Ao comparar o microbioma de diferentes áreas da pele, os cientistas descobriram que as regiões não negligenciadas no banho, como antebraços e panturrilhas, têm um microbioma muito mais diverso do que as demais partes. Isso significa “uma coleção potencialmente mais saudável de micróbios”, segundo Crandall, em comunicado.Por outro lado, os pontos críticos, como foram chamadas as áreas lavadas com menos frequência, apresentam a combinação perfeita para o acúmulo de germes causadores de problemas. O estudo afirma ainda que as bactérias prevalentes nestas partes são originárias de ambientes aquáticos e úmidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25093508254035.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Como elas geralmente têm a função de decompor matéria morta e, em determinados casos, atuar na fermentação de bebidas, podem gerar odores desagradáveis nas áreas impactadas. O problema afeta as partes oleosas (atrás das orelhas) e úmidas (entre os dedos dos pés e umbigo).O autor principal do estudo cita ainda que o acúmulo de germes prejudiciais é capaz de causar doenças como o eczema, caracterizado por erupções cutâneas e coceira. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122540-de-urina-a-mercurio-como-a-acne-era-tratada-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acne</a> também pode ser resultado da presença dos germes que desequilibram o microbioma da pele.<h2>Mudando os hábitos de limpeza</h2>Para evitar os problemas mencionados pela pesquisa, o primeiro passo é seguir as recomendações da avó. Ou seja, não se esquecer de lavar bem atrás das orelhas, a área entre os dedos e o umbigo, assim como todo o corpo, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120376-com-que-frequencia-pessoas-de-diferentes-paises-tomam-banho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hora do banho</a>.Segundo Crandall, a opção por hábitos de limpeza mais completos é capaz de alterar a qualidade dos micróbios que vivem na pele, melhorando o seu estado de saúde.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.663Z

Quais são as partes do corpo que acumulam mais germes?

Imagem de Uma parte crucial de nosso corpo segue viva depois que morremos; você sabe qual é? no megacurioso

Micróbios do intestino cumprem um importante função para a natureza após nossa morte 

<head></head><body>A pesquisadora Jennifer DeBruyn, professora de microbiologia ambiental da Universidade do Tennessee, tem estudado uma parte do corpo humano que continua viva após a morte. Não, não estamos falando de nada espiritual ou metafísico, mas de uma coisa bem mais “terrena” — os micróbios.DeBruyn pincelou pontos importantes da sua pesquisa sobre as bactérias que habitam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109491-7-coisas-interessantes-sobre-o-funcionamento-do-seu-intestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intestino&nbsp;</a>e seu papel na decomposição do corpo humano após a morte em artigo do site The Conversation.O corpo humano hospeda trilhões de importantes micróbios que cumprem funções fundamentais para a sobrevivência. Este tipo de relação chama-se simbiose — o ser humano oferece um ambiente estável, com alimento, e as bactérias cumprem funções como ajudar na digestão de alimentos, proteger de infecções e muito mais.Quando o ser humano <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122617-4-equivocos-sobre-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morre</a>, era de se esperar que esses micróbios morressem juntos, mas não é isso que acontece. Estes microrganismos se adaptam e começam a cumprir um novo e importante papel na decomposição do corpo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04204607821470.jpg" alt="Micróbios do intestino ganham novas funções após a morte do corpo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Micróbios do intestino ganham novas funções após a morte do corpo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)<h2>O que acontece com após a morte?</h2>Quando o coração para, o sangue deixa de carregar oxigênio para o corpo e as células, sem esse combustível fundamental, começam a digerir a si mesmas. Enzimas destas células ficam sem os “alimentos” tradicionais, como carboidratos e gorduras, e assim começam a consumir partes da própria célula, como membranas, proteínas e DNA.Este produto da decomposição celular é um ótimo alimento para os micróbios, que habitam majoritariamente o intestino. Sem o sistema imunológico para controlá-los, eles se espalham pelo corpo se alimentando dessas células. Esta digestão do corpo de dentro para fora é chamada de putrefação.Sem o oxigênio do corpo, as bactérias anaeróbicas dependem de processos como a fermentação para gerar energia. Isto gera os gases da decomposição e o cheiro forte.<h2>O destino dos micróbios</h2>Para as bactérias do corpo, a morte do hospedeiro é como um navio afundando — logo eles vão precisar abandonar o ambiente. Por isso, a reprodução ocorre em grandes proporções, numa tentativa evolutiva de manter a espécie viva no novo ambiente que as recebeu.Quando se é enterrado no solo, essas bactérias e os restos dos fluidos corporais seguem para esse caminho, encontrando diversas outras comunidades de bactérias existentes na natureza. Boa parte das bactérias não se adapta ao novo ambiente, que tem uma composição química e uma temperatura bem diferente do corpo.O estudo liderado por DeBruyn, porém, fez descobertas curiosas. Pesquisadores conseguiram detectar traços do DNA do hospedeiro falecido por meses no solo onde foram enterrados. Isto significa que os micróbios do corpo atuam em cooperação com micróbios já existentes na natureza para decompor todos os tecidos.A pesquisa também demonstrou que os micróbios que saem do corpo cumprem um papel fundamental ao se associarem a outros para aumentar a ciclagem do nitrogênio no solo. O nitrogênio é o macronutriente mais exigido pelas plantas, e desse modo sabe-se um pouco mais do papel que a decomposição do corpo cumpre na renovação da natureza.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:13.036Z

Uma parte crucial de nosso corpo segue viva depois que morremos; você sabe qual é?

Imagem de Superbactérias: como evitar a resistência aos antibióticos no megacurioso

A resistência aos antibióticos é um problema crescente e complexo que ameaça a eficácia dos medicamentos usados para tratar infecções bacterianas

<head></head><body>Superbactérias, ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125171-bacterias-de-dentes-de-neandertais-podem-ser-fonte-de-novo-remedio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a> resistentes a antibióticos, são cepas microbianas que desenvolveram a capacidade de resistir a um ou mais antibióticos. Essa resistência pode ocorrer devido a mutações genéticas aleatórias, ou pode ser adquirida devido ao uso inadequado de antibióticos.<h2>Ameaça à eficácia dos antibióticos convencionais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02195853859438.jpg" alt="Medicamentos antimicrobianos">Medicamentos antimicrobianosO que torna essa situação tão preocupante é que, à medida que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos convencionais, as opções de tratamento para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122780-7-motivos-para-o-aumento-de-doencas-infecciosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infecções bacterianas</a> se tornam limitadas, tornando algumas infecções mais difíceis de tratar e potencialmente mais letais. Superbactérias representam uma séria ameaça à saúde pública, pois podem se espalhar facilmente em ambientes como hospitais e comunidades, aumentando a taxa de mortalidade associada a essas infecções.<h2>Estratégias para combater a resistência aos antibióticos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02200122634439.jpg" alt="Uso de estratégias eficazes na área da saúde">Uso de estratégias eficazes na área da saúdeA ameaça das superbactérias e a resistência aos antibióticos estão em ascensão, tornando essencial adotar medidas decisivas para preservar a eficácia dos medicamentos que combatem esses microrganismos. Algumas estratégias eficazes para isso são:<ul><li>Uso responsável de antibióticos, restrito às situações em que são realmente necessários e prescritos por profissionais de saúde qualificados;</li><li>Educação e conscientização do público sobre a importância do uso adequado de antibióticos;</li><li>Manutenção de boas práticas de higiene e prevenção de infecções, prevenindo a disseminação de infecções bacterianas;</li><li>Desenvolvimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127252-novo-antibiotico-que-mata-superbacterias-e-descoberto-no-solo-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novos antibióticos</a> para substituir aqueles que se tornaram menos eficazes devido à resistência;</li><li>Monitoramento e vigilância, para rastrear a resistência aos antibióticos e identificar tendências emergentes;</li><li>Exploração de alternativas à antibioticoterapia, como tratamentos imunológicos, para reduzir o uso de antibióticos.</li></ul><h2>Desenvolvimento de novas terapias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02200323608440.jpg" alt="Estudo contínuo para desenvolver novos medicamentos">Estudo contínuo para desenvolver novos medicamentosPara combater a crescente ameaça das superbactérias e a obsolescência dos antibióticos, é essencial investir no desenvolvimento de novas terapias antimicrobianas. A pesquisa contínua e a inovação são fundamentais para enfrentar os desafios da resistência aos antibióticos.Além de buscar alternativas aos remédios tradicionais, como terapias baseadas em imunidade, é preciso investir em novos medicamentos que possam enfrentar as superbactérias emergentes. Esses avanços podem proporcionar esperança na luta contra as infecções resistentes a antibióticos e garantir um futuro mais saudável e seguro para todos.<h2>Desafios na luta contra a resistência antibiótica</h2>Além das estratégias já mencionadas, é preciso reconhecer que a resistência a antibióticos é um problema em constante evolução. Conforme as superbactérias continuam a surgir e a adaptar-se, a pesquisa contínua, o desenvolvimento de novas terapias e a adaptação de políticas e práticas são necessários para enfrentar este desafio constante.A prevenção da obsolescência dos antibióticos e a contenção das superbactérias exigem esforços coordenados em todas as frentes. O compromisso de diversos setores da sociedade e a conscientização de cada indivíduo desempenham um papel importante na luta contra a resistência aos antibióticos. É preciso um envolvimento global, pois as bactérias resistentes não reconhecem fronteiras.</body>

Bactérias e Protozoários

Novidades