Imagem de Patógenos congelados no permafrost irão acordar, diz estudo no megacurioso

Simulação feita com vírus antigos mostra que 1% foi capaz de matar seus hospedeiros e interromper ecossistemas completos

<head></head><body>Patógenos antigos que estão presos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126888-verme-de-46-mil-anos-e-ressuscitado-no-permafrost-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">permafrost</a>, solo congelado há 46 mil anos, estão começando a emergir à medida que as mudanças climáticas se instalam no planeta. Segundo estudos feitos pela Universidade de Helsinque, cerca de 1% desses vírus podem representar um risco substancial para os ecossistemas modernos.Essa é a primeira vez que pesquisadores tentam criar modelos de simulação que projetam o potencial efeito ecológico dos invasores presos no gelo. Dessa forma, existe um medo dentro da comunidade científica sobre como esses patógenos podem nos afetar em um futuro próximo caso as temperaturas do planeta continuem aumentando. Entenda mais sobre o caso!<h2>Entendendo o permafrost</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03184403324459.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O permafrost nada mais é do que uma mistura de solo, cascalho e areia unida pelo gelo. Esse tipo de solo pode ser encontrado na superfície da Terra ou abaixo de regiões do Ártico, Alasca, Groenlândia, Rússia, China e norte e leste europeu. Quando o permafrost se forma, micróbios como bactérias e vírus podem ficar presos dentro dele e sobreviver em um estado de baixo metabolismo por milhares ou até milhões de anos.Períodos mais quentes no planeta podem dar início a processos metabólicos que permitem que esses micróbios adormecidos se reativem e se reproduzam rapidamente. Em meio ao aquecimento global, alguns desses micróbios, incluindo aqueles que apresentam potencial para causar doenças, estão sendo liberador à medida que o permafrost derrete.Em 2016, por exemplo, um surto de antraz ocorrido na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118213-7-obras-da-natureza-que-estao-escondidas-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sibéria</a> matou milhares de renas e afetou dezenas de pessoas. Na época, cientistas logo atribuíram a epidemia ao derretimento do permafrost. Tendo em vista que esses patógenos oferecem riscos reais para humanos e outros organismos vivos, é importante conseguir freá-los.&nbsp;<h2>Força dos patógenos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03184435144461.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O grande problema dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122780-7-motivos-para-o-aumento-de-doencas-infecciosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patógenos</a> presos no permafrost é que eles funcionam como "viajantes do tempo". E o que isso significa? Como esses micróbios estão congelados há milhares de anos, seres humanos e outras espécies não foram expostos a eles por muito tempo. Por consequência, isso pode dizer que os ecossistemas modernos não estão prontos para encará-los.Patógenos que convivem muito tempo ao lado de comunidades bacterianas, humanas ou animais, coevoluem com as espécies de forma que seus riscos são reduzidos. No entanto, quando um patógeno salta gerações, novos elementos de risco são introduzidos sem o sistema imunológico estar preparado.Na simulação feita em laboratório pelos pesquisadores, somente 1% dos patógenos virais encontrados no permafrost foram capazes de interromper substancialmente ecossistemas inteiros — causando a extinção de espécies semelhantes a bactérias. A equipe apelidou esses patógenos de "cisnes negros", pelo fato de ser evento raro e improvável, embora impactante.Os cientistas argumentam que, apesar da probabilidade desses vírus de fato emergirem e causarem estragos seja baixo, seu impacto seria catastrófico. Por isso, esses números precisam ser levados em consideração em cenários climáticos futuros. Contudo, como o estudo inteiro foi baseado em simulações de computador que modelam como os vírus atuam em bactérias, mais pesquisas ainda serão necessárias para a compreensão dos riscos reais apresentados para animais e humanos.</body>

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Patógenos congelados no permafrost irão acordar, diz estudo

Imagem de "Ameba devoradora de cérebros" é a culpada pela morte de criança de 2 anos nos EUA no megacurioso

Ameba devoradora de cérebros pode ter sido a causa da morte de um menino de dois anos; entenda

<head></head><body>Uma tragédia recente em Nevada, nos EUA, trouxe à tona uma rara e mortal infecção causada por uma ameba conhecida como Naegleria fowleri. Um menino de apenas dois anos, chamado Woodrow Bundy, morreu após ser infectado por ela — comumente referida como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124518-ameba-zumbi-causa-morte-neuronal-e-e-fatal-em-97-dos-casos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">devoradora de cérebros</a>" — após uma visita a uma fonte termal natural no estado.O organismo é unicelular e vive livremente no ambiente, e não em associação com um hospedeiro. É encontrado em solo e na água doce quente, como lagos, rios, fontes termais e, às vezes, até mesmo em corpos aquáticos em parques aquáticos. Ele pode causar uma infecção cerebral rara, mas mortal, conhecida como naegleríase ou meningoencefalite amebiana primária (MAP).O acontecimento é extremamente raro, mas quase sempre fatal. De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), entre 1962 e 2021, foram relatadas 154 infecções nos Estados Unidos, com uma média de dois a três por ano. Apenas quatro pessoas sobreviveram.<h2>A devoradora de cérebros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26133153427245.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A Naegleria fowleri entra no corpo humano pelo nariz, geralmente durante atividades como natação ou mergulho. A partir daí, a ameba viaja até o cérebro através dos nervos na cavidade nasal, passando então a destruir o tecido cerebral, resultando em seu apelido nada carinhoso.Os sintomas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124503-ameba-comedora-de-cerebros-mata-pessoa-na-florida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">MAP</a> geralmente começam cerca de cinco dias após a exposição e podem incluir dores de cabeça, febre, náusea ou vômito. Em estágios mais avançados da doença, as vítimas podem apresentar rigidez no pescoço e confusão, além de mostrar falta de atenção às pessoas e ao ambiente ao redor. Elas também podem desenvolver convulsões ou alucinações, e até mesmo entrar em coma. Geralmente, o paciente morre cerca de cinco dias após o surgimento dos indícios da meningoencefalite amebiana primária.<h2>A infecção e seus desafios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26133241223247.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Crianças, como Bundy, estão no grupo de maior risco de infecção, em comparação com outros grupos demográficos. A razão para isso é incerta, mas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125223-primeiros-casos-de-supermicose-sao-diagnosticados-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CDC</a> sugere que pode ser porque jovens participam mais frequentemente de atividades aquáticas, como mergulho e brincadeiras no sedimento no fundo de lagos e rios.O organismo não pode ser transmitido de uma pessoa para outra — ele entra no corpo apenas através da exposição à água contaminada. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças ressalta que "a única maneira segura de prevenir uma infecção é evitar atividades relacionadas à água doce quente, especialmente durante os meses de verão". As pessoas que optam por nadar podem reduzir o risco impedindo que a água suba pelo nariz. Isso pode envolver evitar mergulhos, usar prendedores de nariz ou não colocar a cabeça debaixo d'água.Embora vários medicamentos sejam eficazes contra a Naegleria fowleri&nbsp;em laboratório, sua eficiência fora de um ambiente controlado é incerta, pois quase todas as infecções foram fatais, mesmo quando as pessoas receberam tratamento. A naegleríase é tratada com uma combinação de medicamentos que geralmente incluem anfotericina B, azitromicina, fluconazol, rifampicina, miltefosina e dexametasona.A morte de Woodrow Bundy é um lembrete trágico da existência de ameaças biológicas raras, mas extremamente perigosas, em nosso ambiente natural. Embora a infecção pela ameba devoradora de cérebros seja extremamente incomum, a gravidade de suas consequências ressalta a importância da conscientização e da prevenção.</body>

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'Ameba devoradora de cérebros' é a culpada pela morte de criança de 2 anos nos EUA

Imagem de Por que não é bom forrar o vaso sanitário de banheiros públicos com papel higiênico? no megacurioso

Especialistas afirmam que o papel higiênico pode estar mais contaminado que o assento da privada

<head></head><body>Tentando prevenir infecções, muitas pessoas que usam banheiros de shoppings, aeroportos, rodoviárias e outros locais movimentados costumam forrar o assento da privada. Porém, cobrir o vaso sanitário em banheiros públicos com papel higiênico não é uma boa ideia.Em vez de proteger o usuário, forrar o vaso com papel higiênico pode facilitar o contato com os germes daquele ambiente. O problema está no papel, áspero e absorvente, objeto perfeito para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123875-descubra-o-que-acontece-quando-voce-da-a-descarga-com-a-tampa-aberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias liberadas durante a descarga</a> se depositarem.Isso acontece principalmente quando o rolo fica muito próximo à privada e não possui qualquer tipo de proteção. Após a descarga, as bactérias fecais transportadas pelo ar caem diretamente no papel, onde são absorvidas e se acumulam com o uso constante do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105068-voce-sabe-o-quanto-sujo-e-um-banheiro-publico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banheiro público</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25185722580420.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Assim, quem forra o vaso sanitário pode aumentar as chances de contaminação ao entrar em contato com o papel que está há horas sendo “bombardeado” pelos micro-organismos. É possível amenizar o problema ao dar descarga com a tampa fechada, mas não há como saber se os usuários anteriores seguiram este procedimento.<h2>Mais limpo do que você imagina</h2>Se o uso do papel higiênico sobre o vaso sanitário nos expõe a mais bactérias, sentar diretamente na privada pode não ser tão ruim quanto parece. Quem garante é o professor de microbiologia e patologia do NYU Langone Medical Center, nos Estados Unidos, Philip Tierno.“O tampo do assento sanitário é muito mais limpo do que a pia da cozinha da maioria das pessoas”, afirmou o especialista, em entrevista à revista Self. O motivo está na superfície lisa da privada, projetada assim para repelir os germes que caem nela e morrem em seguida.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25185901427421.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Ainda de acordo com Tierno,&nbsp;a maioria das bactérias nos assentos dos banheiros públicos são "comuns" e não trazem grandes problemas. Os agentes causadores das i<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122468-dst-ou-ist-qual-e-a-nomenclatura-correta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nfecções sexualmente transmissíveis</a> (ISTs), por exemplo, sobrevivem poucos segundos fora do corpo e são dificilmente achados em tais locais.O especialista disse que os riscos são maiores apenas em situações específicas, como em feridas abertas na pele, que podem facilitar determinadas infecções. Para doenças transmitidas pelo sangue, os fluidos corporais de terceiros teriam que ser colocados diretamente sobre as lesões para a infecção.<h2>Agachamento e lenços desinfetantes</h2>Agachar surge como opção para evitar o contato com os germes ao sentar no banheiro público. Porém, a posição de cócoras pode ser problemática para as mulheres com o passar do tempo, levando à alteração da mecânica da micção e aumentando os riscos de infecção, segundo o Centro Médico Wexner da Universidade Estadual de Ohio (EUA).Outras alternativas são usar lenços desinfetantes para limpar o assento ou levar seu próprio protetor sanitário descartável. Além disso, é recomendável ter cuidado ao tocar em outras áreas do banheiro, que também funcionam como depósitos de micro-organismos, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118654-dia-mundial-de-higienizacao-das-maos-voce-ainda-mantem-o-habito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lavar as mãos</a> com frequência.</body>

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Por que não é bom forrar o vaso sanitário de banheiros públicos com papel higiênico?

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As bactérias do tártaro encontrada em dentes dos neandertais podem ajudar a desenvolver uma nova classe de remédios

Os pesquisadores descobriram bact&eacute;rias desconhecidas preservadas nos dentes dos neandertais que um dia poder&atilde;o auxiliar no desenvolvimento de novos antibi&oacute;ticos. Um estudo publicado na revista Science&nbsp;utilizou placas dent&aacute;rias de humanos antigos e modernos para investigar a evolu&ccedil;&atilde;o dos micr&oacute;bios presentes na boca.
Cada pessoa possui seu pr&oacute;prio microbioma oral, composto por centenas de esp&eacute;cies de organismos microsc&oacute;picos que colonizam a cavidade bucal. O microbioma oral &eacute; diversificado e varia de acordo com o ambiente de vida de cada indiv&iacute;duo.
A fim de estudar o microbioma oral humano ancestral, Christina Warinner, uma arque&oacute;loga biomolecular da Universidade de Harvard, desenvolveu novas t&eacute;cnicas para analisar o c&aacute;lculo dent&aacute;rio pr&eacute;-hist&oacute;rico, tamb&eacute;m conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120060-quais-os-riscos-de-dormir-sem-escovar-os-dentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t&aacute;rtaro</a>.
<h2>Pesquisa de DNA no t&aacute;rtaro dos dentes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15101938255082.jpg" alt="(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O c&aacute;lculo dent&aacute;rio &eacute; a &uacute;nica parte do corpo que se fossiliza rotineiramente enquanto uma pessoa ainda est&aacute; viva e cont&eacute;m a maior concentra&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125142-dna-antigo-revela-dona-de-pingente-de-20-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA antigo</a> de qualquer parte de um esqueleto antigo. Com apenas alguns miligramas de c&aacute;lculo dent&aacute;rio, Warinner conseguiu isolar bilh&otilde;es de fragmentos curtos de DNA de centenas de esp&eacute;cies diferentes.
A an&aacute;lise de restos antigos apresenta um desafio adicional, pois o DNA encontrado pode pertencer a micr&oacute;bios j&aacute; extintos. Os cientistas analisaram os dentes de 12 neandertais, bem como de 34 humanos arqueol&oacute;gicos e 18 humanos contempor&acirc;neos que viveram de 100 mil anos atr&aacute;s at&eacute; o presente na Europa e na &Aacute;frica.
<h2>Descoberta de bact&eacute;rias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15102021069083.jpg" alt="(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foram sequenciados mais de 10 bilh&otilde;es de fragmentos de DNA, dos quais 459 genomas bacterianos foram reconstru&iacute;dos, sendo cerca de 75% mapeados para bact&eacute;rias bucais conhecidas.
Os pesquisadores concentraram sua aten&ccedil;&atilde;o em duas esp&eacute;cies de um g&ecirc;nero de bact&eacute;ria chamado Chlorobium, encontradas em sete indiv&iacute;duos do per&iacute;odo do Pleistoceno Superior (de 126 mil a 11.700 anos atr&aacute;s). Essas esp&eacute;cies n&atilde;o correspondem exatamente a nenhuma esp&eacute;cie conhecida, mas s&atilde;o semelhantes a C. limicola, encontrada em cavernas.
Por isso, os cientistas acreditam que essas pessoas tenham entrado em contato com essas bact&eacute;rias por meio da &aacute;gua pot&aacute;vel em cavernas. As esp&eacute;cies de Chlorobium&nbsp;foram quase completamente ausentes do t&aacute;rtaro em pessoas que viveram nos &uacute;ltimos 10 mil anos.
<h2>Potencial uso em rem&eacute;dios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15102107570084.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A descoberta das bact&eacute;rias nos dentes dos neandertais tem o potencial de levar ao desenvolvimento de novos antibi&oacute;ticos. Isso ocorre porque as bact&eacute;rias s&atilde;o uma fonte importante de compostos bioativos, incluindo subst&acirc;ncias com propriedades antibacterianas.
No estudo mencionado, os pesquisadores identificaram agrupamentos de genes biossint&eacute;ticos (BGCs) nas esp&eacute;cies descobertas que, inseridos em bact&eacute;rias vivas, produziram duas novas enzimas relacionadas &agrave; fotoss&iacute;ntese. Essas enzimas podem ter propriedades ben&eacute;ficas para o desenvolvimento de medicamentos.
A pesquisa sugere que explorar o potencial das bact&eacute;rias encontradas nos dentes dos neandertais pode levar ao desenvolvimento de novas classes de antibi&oacute;ticos. Isso &eacute; importante, pois a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112278-bacterias-mutantes-desafiam-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resist&ecirc;ncia aos antibi&oacute;ticos</a> &eacute; um problema crescente, e encontrar novas op&ccedil;&otilde;es &eacute; essencial para combater infec&ccedil;&otilde;es bacterianas cada vez mais resistentes.

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Bactérias de dentes de neandertais podem ser fonte de novo remédio

Imagem de 6 alimentos mais propensos a causar intoxicação alimentar no megacurioso

Alimentos consumidos cotidianamente podem ser o ponto de partida para uma terrível intoxicação alimentar

<head></head><body>Quem já teve o desprazer de enfrentar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124720-10-erros-mais-comuns-na-cozinha-que-colocam-a-saude-em-risco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intoxicação alimentar</a> sabe o quão desagradável são as reações. Curiosamente, ainda que tenhamos medo do que comemos fora de casa, é nos lares que as infecções mais ocorrem no Brasil, segundo o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan).Essa plataforma do Ministério da Saúde registra dados de doenças e suas motivações em todo território nacional. Os dados disponíveis desde o ano 2000 mostram que quase metade das pessoas infectadas não soube apontar a origem do mal. Todavia, médicos sanitaristas sabem bem os alimentos mais propensos a causar males. Confira a lista.<h2>1. Folhas verdes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09205533185011.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)As folhas verdes, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119208-7-beneficios-da-alface-para-o-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alfaces</a>, rúcula e couve, por exemplo, são grandes fontes de intoxicação alimentar. Nos Estados Unidos, a título de curiosidade, é a categoria de alimentos que mais causou mortes nos últimos cinco anos, de acordo com relatório da Consumer Reports.Isso ocorre por diferentes razões, mas uma delas está ligada à qualidade da água usada na irrigação das plantações. Muitas vezes, ela entra em contato com fezes de animais, contaminando a água com bactérias de fezes que podem acabar na sua salada.Especialistas recomendam que as primeiras folhas, as mais externas, sejam descartadas, bem como seja feita uma boa higienização do alimento antes do consumo, privilegiando as que podem ser cozidas no lugar de comê-las cruas.<h2>2. Queijos e embutidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09205621774012.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Acontece com mais frequência do que seria ideal os recolhimentos de lotes de produtos embutidos como salames, presuntos e linguiças, além de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121546-5-dos-queijos-mais-esquisitos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queijos</a>, em virtude de contaminação com Listeria monocytogenes, bactéria causadora da listeriose.A doença atinge principalmente crianças, grávidas e idosos. Costuma causar hospitalização, e pode levar a que gestantes tenham abortos. É considerada uma doença silenciosa, já que resiste a baixas temperaturas da geladeira.<h2>3. Carne moída</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/73/Hakket_kalvek%C3%B8d_16-22%25_i_Bilka_Ish%C3%B8j.JPG/640px-Hakket_kalvek%C3%B8d_16-22%25_i_Bilka_Ish%C3%B8j.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09210140087015.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118957-6-fatos-preocupantes-sobre-o-consumo-de-carne-bovina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carne moída</a> de má procedência pode estar contaminada com bactérias oriundas de fezes de animais, fazendo dela fonte para cepas perigosas de E. coli e salmonela. Dentre todos os cortes de carne, a versão moída é considerada a mais perigosa, já que as bactérias podem ser misturadas em toda a embalagem, espalhando-se amplamente em frigoríficos onde ela é processada.A carne já é, naturalmente, predisposta à multiplicação de agentes infecciosos. No caso da carne moída, seu processo de moagem eleva o risco, já que aumenta a superfície de contato com o meio ambiente e a consequente contaminação microbiana.<h2>4. Cebola</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09210222762016.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Esse item pode pegar muita gente de surpresa, mas a cebola é um alimento que pode ser atingido por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121443-6-doencas-causadas-por-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a> diferentes. Recentemente, surtos de salmonela têm sido reportados, tendo como origem o consumo de variedades de cebolas.Em geral, elas acabam contaminadas por duas principais razões: água utilizada para irrigação de plantações carregada de bactérias e mau armazenamento. Como a principal forma de consumo de cebolas é cozida, o calor mata a maioria das bactérias que as atinge. Ou seja, sempre que possível, evite consumi-las cruas.<h2>5. Frango</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09210356057017.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122853-frango-6-questoes-sobre-a-carne-mais-consumida-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frango</a> é um dos alimentos que mais causa intoxicações no Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, 18% da carne de frango manipulada nos frigoríficos em território nacional apresentam algum tipo de contaminação por salmonela. A legislação brasileira tolera até 20% de contaminação, número que pode chegar a 25% nos Estados Unidos.Por esta razão, o mais seguro é não consumir frango cru ou mal cozido, e não lavar antes de cozinhá-lo, já que aumenta o risco de espalhar eventuais bactérias pela pia e toda área de cozimento.<h2>6. Farinha de trigo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09210459292018.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Outro alimento que pode ser fonte de intoxicação alimentar é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121852-10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-o-gluten.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">farinha de trigo</a>. Não são tão incomuns as contaminações por salmonela ligadas à ingestão de massa crua, razão pela qual é importante que todos os alimentos feitos utilizando farinha estejam bem cozidos, como pizzas, pães e macarrão, por exemplo.Como você deve ter notado, a atenção ao bom cozimento vale mesmo para alimentos que não levam ovo no seu preparo. O tratamento térmico em altas temperaturas até o cozimento é suficiente para eliminar qualquer eventual bactérias presente na farinha.</body>

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6 alimentos mais propensos a causar intoxicação alimentar

Imagem de "Viróvoro": descoberto organismo que se alimenta de vírus no megacurioso

A descoberta pode mudar o ciclo de carbono global como conhecemos

<head></head><body>Em dezembro de 2022, o microbiologista John DeLong, da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, publicou seu estudo final no PNAS sobre um micróbio que se alimenta apenas de vírus.Da classe dos viróvoros, o organismo, até então desconhecido, é um ciliado unicelular que vive em água doce e pode se alimentar apenas com vírus e prosperar. &nbsp;Uma vez que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124437-eua-afirmam-que-covid-19-surgiu-de-vazamento-em-laboratorio-chines.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus</a> são feitos de ácidos nucleicos, muito nitrogênio e fósforo, DeLong observa que faz sentido que a natureza tenha aprendido a comê-los, pois são matérias-primas realmente boas.<h2>O bônus nutricional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/15/15231014173466.jpg" alt="(Fonte: IFLScience/Reprodução)">(Fonte: IFLScience/Reprodução)DeLong e sua equipe chegaram a essa conclusão ao adicionar clorovírus à água de um pequeno lago cheio de micróbios. Eles observaram que o número da população de um micróbio do gênero Halteria em particular aumentou com o tempo, enquanto a quantidade de clorovírus na água despencou.Para se certificar de que o organismo estava mesmo consumindo os vírus, seu DNA foi preenchido com corante fluorescente, que apareceu no micróbio como confirmação. O Halteria não apenas devora o vírus, como também cresce mais forte e saudável ao fazê-lo.Cada Halteria&nbsp;conseguiu ingerir entre 10 mil e 1 milhão de clorovírus em um dia. Após mais de 48 horas de exposição, a carga viral despencou 100 vezes na lagoa, sendo que a população protistas cresceu uma média de 15 vezes no mesmo período.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/15/15231054811467.jpg" alt="(Fonte: WION/Reprodução)">(Fonte: WION/Reprodução)O ecologista Joshua Weitz, líder de um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia sobre o papel das entidades virais no ciclo da vida, argumenta que os vírus são potencialmente nutritivos se engolidos por um micróbio que os digere e não é infectado por eles.O crescimento saudável dos micróbios é explicado porque, em geral, vírus são compostos de material genético (DNA ou RNA) e os genomas virais são densamente embalados. E pelo material genético ser rico em fósforo, os vírus têm maior teor desse elemento do que os micróbios típicos, se tornando um bônus nutricional.<h2>O que muda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/15/15231145921468.jpg" alt="(Fonte: Mashable India/Reprodução)">(Fonte: Mashable India/Reprodução)Esse fenômeno já muda tudo, forçando os biólogos a reexaminarem tudo o que é conhecido sobre o ciclo da vida até o momento e qual seu papel no meio ambiente, visto que, ao infectar todos os tipos de seres vivos, os vírus estouram, liberando matéria orgânica e nutrientes na atmosfera, podendo afetar os níveis de carbono e a função que desempenha nas cadeias alimentares.Quando os clorovírus infectam as algas, fazendo com que elas explodam e liberem o carbono contido nelas de volta à água, isso impede que os herbívoros absorvam energia na cadeia alimentar por manter o carbono baixo em um tipo de camada de sopa microbiana.Quando o vírus foi consumido pelo Halteria, o carbono armazenado dentro dele foi trabalhado de volta na cadeia alimentar conforme os organismos maiores consomem o ciliado, ajudando a equilibrar os níveis de carbono na cadeia alimentar por meio de um tipo de reciclagem natural do carbono. Ou seja, isso resulta em uma quantidade imensurável de movimento de energia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/15/15231301401469.jpg" alt="(Fonte: NOAA/Reprodução)">(Fonte: NOAA/Reprodução)No momento, mais pesquisas estão em andamento para confirmar que o mesmo comportamento de ingestão de vírus acontece na natureza igual em um ambiente controlado como o laboratório.Ainda assim, como ressalta Weitz, essa pesquisa já é um passo importante no avanço da ciência na compreensão das maneiras como as partículas virais estão envolvidas na movimentação de energia (e nutrientes) tanto para cima quanto para baixo nas teias alimentares microbianas – muito embora quantificar o papel do vírus como transmissor de energia e nutrientes não seja uma tarefa fácil.</body>

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'Viróvoro': descoberto organismo que se alimenta de vírus

Imagem de Cutucar o nariz pode aumentar risco de Alzheimer e demência no megacurioso

Novo estudo sugere que o hábito 'inofensivo' de enfiar o dedo no nariz pode corroborar para o surgimento de doenças no cérebro

<head></head><body>Cutucar o nariz, limpar o salão ou enfiar o dedo nas narinas para tirar uma "melequinha" sempre foi visto como uma atividade desagradável e nem um pouco higiênica. No entanto, novos estudos feitos pela Griffith University, da Austrália, sugerem que essa prática pode não ser tão "inofensiva" quanto acreditávamos anteriormente.Segundo a pesquisa publicada na Nature Scientific Reports, danos na cavidade nasal de camundongos abriram espaço para que bactérias entrassem no cérebro através do nervo olfativo — algo que potencialmente também aconteceria com humanos. Uma vez no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>, certas bactérias estimulam a deposição da proteína beta-amiloide, ligada ao desenvolvimento da doença de Alzheimer.<h2>Entrada pelo nariz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21130331999133.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O beta-amiloide é uma proteína que forma placas que acredita-se serem responsáveis por muitos sintomas do Alzheimer, como a perda de memória, problemas de linguagem e comportamento imprevisível. Mas como cutucar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123622-cirurgioes-transplantam-nariz-que-cresceu-em-braco-de-mulher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nariz</a> pode ser responsável por causar todos esses problemas?O nervo olfativo é quem liga diretamente a cavidade nasal ao cérebro. Portanto, qualquer bactéria que entra no nervo olfativo pode, portanto, contornar a barreira hematoencefálica que os impede de chegar ao cérebro usando desse caminho. De acordo com o estudo australiano, a bactéria Chlamydia pneumoniae, causadora de infecções respiratórias, como a pneumonia, é uma das que usa esta via para obter acesso ao sistema nervoso central.Para responder à invasão bacteriana, as células do cérebro passam a depositar a proteína beta-amiloide, que vai se acumulando em placas — uma característica da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença de Alzheimer</a>. No entanto, os pesquisadores garantem que precisam de análises mais aprofundadas para estabelecer uma relação de causalidade.<h2>Bactérias e distúrbios cerebrais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21130349605134.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para entender o surgimento de distúrbios cerebrais, o estudo acrescentou evidências de várias outras pesquisas que sugeriram uma ligação entre patógenos e demência. Por exemplo, um estudo de 2008 feito por pesquisadores da Filadélfia sugeriu que a infecção pela bactéria C. pneumoniae pode desencadear a doença de Alzheimer de início tardio.Dois anos depois, um artigo publicado na BMC Neuroscience&nbsp;relacionou a infecção por C. pneumoniae com a patogênese da doença de Alzheimer, encontrando a bactéria, depósitos de amiloides e emaranhados neurofibrilares juntos no cérebro de pessoas doentes.&nbsp;Os pesquisadores acreditam que uma série de microrganismos pode contribuir para o aparecimento de distúrbios cerebrais, incluindo o vírus da herpes. Como as mãos humanas carregam uma grande quantidade de bactérias, enfiar o dedo no nariz seria uma forma de facilitarmos o surgimento de tais problemas.Uma vez que a imunidade do indivíduo está debilitada e sua mucosa danificada, os micróbios ganham espaço livre para se locomoverem até o cérebro. Porém, enquanto os pesquisadores não obtêm dados mais robustos em humanos sobre o caso, ainda não há motivos para se preocupar. De todo modo, fica o recado: enfiar o dedo no nariz não é nada higiênico e pode também ser ainda mais problemático!</body>

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Cutucar o nariz pode aumentar risco de Alzheimer e demência

Imagem de “Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos no megacurioso

Microorganismo infecta o cérebro através do nariz e não há tratamentos eficazes contra ela

O caso de um homem n&atilde;o identificado que&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124503-ameba-comedora-de-cerebros-mata-pessoa-na-florida.htm" target="_blank" title="Ameba 'comedora de c&eacute;rebros' mata pessoa na Fl&oacute;rida">faleceu devido &agrave; infec&ccedil;&atilde;o causada por uma ameba</a> conhecida como &ldquo;comedora de c&eacute;rebros&rdquo;, chamada Naegleria fowleri, gerou medo em muitas pessoas, principalmente pela forma como o cont&aacute;gio ocorre: pela higiene nasal.
A Naegleria fowleri &eacute; um microorganismo encontrado na terra e no ar, mas mais comumente na &aacute;gua doce, geralmente em temperaturas mais elevadas, por volta de 46 &deg;C, normalmente presente em lagos ou rios de &aacute;gua morna, &aacute;guas termais, &aacute;gua de torneira, aquecedores e, mais raramente, em piscinas e po&ccedil;os de &aacute;gua n&atilde;o tratados.
As infec&ccedil;&otilde;es por Naegleria fowleri s&atilde;o consideradas raras e n&atilde;o h&aacute; estudos suficientes para entend&ecirc;-la melhor e identificar medicamentos eficazes, por isso ela possui altas taxas de mortalidade, superior a 97% &mdash; dos 111 casos j&aacute; registrados nos EUA apenas um sobreviveu &agrave; infec&ccedil;&atilde;o.
<h2>Como ocorre a infec&ccedil;&atilde;o da ameba "comedora de c&eacute;rebros"?</h2>
Geralmente, sua infec&ccedil;&atilde;o ocorre pelo nariz, seja por pr&aacute;ticas religiosas, higieniza&ccedil;&atilde;o do local ou nata&ccedil;&atilde;o. Assim, a ameba chegar at&eacute; o c&eacute;rebro por meio do nervo olfat&oacute;rio em uma placa &oacute;ssea do cr&acirc;nio, causando uma infec&ccedil;&atilde;o chamada PAM (meningoencefalite amebiana prim&aacute;ria).
A Naegleria fowleri entra no organismo na forma de trofozo&iacute;to &mdash; um est&aacute;gio adulto de microrganismos utilizado para a alimenta&ccedil;&atilde;o. Esse estado lhe confere estruturas capazes de permitir a ingest&atilde;o de tecidos do corpo humano, o que lhe possibilita &ldquo;comer&rdquo; o tecido cerebral da pessoa infectada.
A ameba possui adesinas na sua superf&iacute;cie, componentes que facilitam a sua ades&atilde;o &agrave;s c&eacute;lulas do organismo, e ao acessar as c&eacute;lulas nervosas, a Naegleria fowleri consegue absorv&ecirc;-las por meio uma estrutura conhecida como &ldquo;copos de comida&rdquo;. Al&eacute;m disso, ela expressa uma prote&iacute;na citol&iacute;tica formadora de poros que despolariza o potencial de membrana da c&eacute;lula, causando-lhe danos.
A ameba tamb&eacute;m &eacute; capaz de liberar enzimas hidrol&iacute;ticas, como neuraminidases, esfingosina e colina, que danificam a membrana das c&eacute;lulas, formada majoritariamente por lip&iacute;dios, provocando perda de fun&ccedil;&otilde;es nos tecidos nervosos.
<h2>Como o corpo enfrenta a&nbsp;Naegleria fowleri?</h2>
O organismo apresenta uma forte resposta imunol&oacute;gica, que associada aos efeitos da ameba resulta em graves danos ao sistema nervoso central, gerando sintomas que podem ir de dores de cabe&ccedil;a, v&ocirc;mito, perda de equil&iacute;brio e desorienta&ccedil;&atilde;o &mdash; similares aos causados por meningite &mdash;, a problemas mais graves, como convuls&otilde;es, rigidez no pesco&ccedil;o, alucina&ccedil;&otilde;es e coma.
Normalmente, o diagn&oacute;stico de PAM &eacute; feito em pessoas que apresentam sintomas que afetam o sistema nervoso central e tenham hist&oacute;rico de contato com &aacute;gua contaminada. Tamb&eacute;m podem ser utilizados exames de imagem, como tomografia computadorizada e resson&acirc;ncia magn&eacute;tica, al&eacute;m da utiliza&ccedil;&atilde;o da pun&ccedil;&atilde;o cerebral para obter amostras de l&iacute;quido cefalorraquidiano para testagem, mas mais de 75% dos diagn&oacute;sticos s&oacute; s&atilde;o feitos ap&oacute;s a morte do paciente.
No entanto, se for ingerida &aacute;gua contaminada com Naegleria fowleri, n&atilde;o h&aacute; riscos de infec&ccedil;&atilde;o, pois o &aacute;cido estomacal mata o microorganismo. Por isso, a principal preven&ccedil;&atilde;o &eacute; evitar o contato da &aacute;gua com o nariz, e quando for necess&aacute;rio, optar por &aacute;gua destilada ou est&eacute;ril e usar prendedores para o nariz durante a pr&aacute;tica de nata&ccedil;&atilde;o. A m&eacute;dia de idade de indiv&iacute;duos afetados &eacute; de 12 anos, por isso &eacute; importante ter aten&ccedil;&atilde;o a crian&ccedil;as brincando em rios e lagos.
Atualmente, apesar de em casos da doen&ccedil;a alguns medicamentos, como azitromicina, fluconazol e rifampicina, possam ser administrados por via intravenosa ou oral, seus efeitos s&atilde;o limitados, o que pode ser ainda mais dificultado, pois em grande parte dos casos a morte ocorre de um a 18 dias ap&oacute;s o in&iacute;cio da manifesta&ccedil;&atilde;o dos sintomas.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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“Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos

Imagem de Ameba "comedora de cérebros" mata pessoa na Flórida no megacurioso

Os casos desta infecção são gravíssimos e levam ao desenvolvimento de uma doença chamada meningoencefalite amebiana primária.

<head></head><body>Uma pessoa residente da Florida, nos Estados Unidos, morreu após ser infectada por uma ameba unicelular rara capaz de comer o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a>. Segundo especialistas em saúde do condado de Charlotte, localizado no sudoeste da Florida, a vítima foi provavelmente contaminada ao lavar as narinas com água da torneira.O caso da infecção foi reportado pelo Departamento de Saúde da Florida no dia 23 de fevereiro. Uma semana depois, um porta-voz da agência estadual de saúde informou que o paciente havia morrido por conta da contaminação.<h2>O que é esta ameba?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06141204366228.jpg" alt="(Fonte: Mais Goiás)">(Fonte: Mais Goiás)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/37603-ameba-zumbi-ataca-novamente-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ameba</a> capaz de comer o cérebro leva o nome científico de Naegleria fowleri.&nbsp;Trata-se de um organismo unicelular encontrado nos Estados Unidos, mas também em outros países — incluindo o Brasil. Ela costuma viver no solo e em locais com água doce quente, como lagos, rios e fontes termais. A contaminação por essa ameba acarreta o desenvolvimento de uma doença gravíssima chamada meningoencefalite amebiana primária.Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, cerca de três pessoas são infectadas anualmente por esta ameba, e os casos geralmente vão a óbito. A contaminação costuma ocorrer pelo nariz - por exemplo, durante a prática da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123127-ciclismo-corrida-ou-natacao-qual-e-o-melhor-exercicio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">natação</a> ou na lavagem dos seios nasais. Curiosamente, a ingestão da ameba pela boca não é grave, pois o ácido estomacal mata o organismo vivo.A chance de sobrevivência para este tipo de contaminação por ameba comedora de cérebro é baixa. Estima-se que apenas quatro para cada 154 pessoas contaminadas tenham conseguido se salvar. Em 2022, um menino morreu após ser infectado ao nadar no lago Mead. Outra criança morreu no Nebraska e um homem faleceu após visitar uma praia em Iowa.Os sintomas da infecção geralmente são a ocorrência de dores de cabeça muito fortes, febre, náuseas e vômitos. Mas podem evoluir para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118042-jovem-alega-ter-10-convulsoes-por-dia-e-perda-de-memoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">convulsões</a>, alucinações e coma, por fim levando à morte.<h2>Como evitar as infecções?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06141033495227.jpg" alt="(Fonte: IStock)">(Fonte: IStock)Já que esta é uma doença contraída pelo nariz, a forma de prevenir a infecção é nunca fazer a lavagem das narinas com água de torneira não tratada. Ao invés disso, deve-se usar água potável ou destilada, ou soro fisiológico. Recomenda-se também ferver a água da torneira antes de usar.Para aumentar o cuidado, as pessoas também estão sendo aconselhadas a não mergulhar o nariz na água em piscinas, lagos ou mesmo no banho. Contudo, não há motivo para pânico, pois este parasita é facilmente retirado do ambiente com os cuidados de saúde adequados.No caso da infecção, o tratamento é feito com o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>. A doença não é contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra. A gravidade dos casos se deve à dificuldade de chegar a um diagnóstico.Especialistas dizem que existem amebas de vida livre no Brasil — incluindo a Naegleria fowleri.&nbsp;No entanto, não há registros de casos de contaminação em humanos por aqui. Em 2009, foi confirmada na Paraíba a morte de um bezerro por meningoencefalite.</body>

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Ameba 'comedora de cérebros' mata pessoa na Flórida

Imagem de Parasita controlador de mentes torna lobos líderes da matilha no megacurioso

Pesquisadores do Parque Nacional de Yellowstone identificaram mudanças de comportamento em lobos infectados por curioso parasita

Um fato impressionante desperta o interesse de um grupo de pesquisadores no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Nos &uacute;ltimos anos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122707-castores-e-lobos-podem-ajudar-na-recuperacao-de-ecossistemas-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobos</a> infectados pelo parasita unicelular Toxoplasma gondii demonstraram maior probabilidade de se tornarem l&iacute;deres de suas matilhas.&nbsp;
Segundo os pesquisadores, isso acontece porque esses parasitar alteram o comportamento de seu hospedeiro, incitando-os a tomar atitudes de alto risco. O estudo tamb&eacute;m indica que esse tipo de comportamento pode ter impactos dram&aacute;ticos na aptid&atilde;o e distribui&ccedil;&atilde;o do lobo cinzento em territ&oacute;rio nacional. Entenda a situa&ccedil;&atilde;o!
<h2>Lobos manipulados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/01/01173647354503.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Conforme explica o artigo publicado na revista Communications Biology, foi poss&iacute;vel identificar um aumento substancial nas chances de dispers&atilde;o e de se tornar um l&iacute;der da matilha entre os lobos com sinais de infec&ccedil;&atilde;o por T. gondii no sangue. O estudo tamb&eacute;m ressalta que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116362-parasita-controlador-de-mentes-pode-nos-tornar-mais-impulsivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">toxoplasmose</a>, doen&ccedil;a causada pelo parasita, est&aacute; em toda parte em Yellowstone.&nbsp;
Embora o T. gondii s&oacute; possa se reproduzir sexualmente e completar seu ciclo de vida em felinos, esse tipo de parasita se sente extremamente bem dentro de qualquer hospedeiro de sangue quente. Indiv&iacute;duos com o sistema imunol&oacute;gico em dia normalmente conseguem manter os sintomas da doen&ccedil;a sob controle. No entanto, esse &eacute; um parasita de impacto duradouro e que pode levar a aumento dos n&iacute;veis de testosterona e mudan&ccedil;as comportamentais at&eacute; mesmo em humanos com infec&ccedil;&otilde;es cr&ocirc;nicas.
Inclusive, esse tipo de infec&ccedil;&atilde;o faz com que ratos tenham menos medo de gatos, hienas estejam mais propensas a brigar com le&otilde;es africanos e chimpanz&eacute;s com leopardos &mdash; o que ajudaria o parasita a completar seu ciclo de vida. No caso dos lobos de Yellowstone, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118365-4-doencas-horriveis-que-vieram-de-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;a</a> costuma surgir pelo contato com pumas infectados na regi&atilde;o.&nbsp;
<h2>Coleta de dados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/01/01173649455504.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para entender mais sobre a situa&ccedil;&atilde;o que ocorre no parque, os pesquisadores examinaram quase tr&ecirc;s d&eacute;cadas de dados sobre lobos que foram capturados, soltos e monitorados na regi&atilde;o. Ent&atilde;o, eles descobriram que os lobos infectados eram mais propensos a se envolver em comportamentos de risco do que aqueles que estavam com a sa&uacute;de em dia.
O comportamento nocivo inclu&iacute;a abandonar suas fam&iacute;lias para come&ccedil;ar novas matilhas, onde teriam duas vezes mais chances de se tornarem l&iacute;deres &mdash; o que muitas vezes implicava em brigas violentas com outros candidatos. Por&eacute;m, &eacute; preciso ressaltar que a toxoplasmose n&atilde;o oferece apenas gl&oacute;ria para essas criaturas.&nbsp;
Lobas gr&aacute;vidas que sofrem com uma infec&ccedil;&atilde;o aguda podem abortar um aninhada inteira. Al&eacute;m disso, a redu&ccedil;&atilde;o do medo entre infectados os torna mais propensos a sofrer ferimentos fatais durante lutas. Segundo os autores, tamb&eacute;m existe a probabilidade dos lobos doentes colocarem suas matilhas em risco, os levando destemidamente para outros lobos ou para o territ&oacute;rio de pumas.&nbsp;
O artigo ressalta que analisar as implica&ccedil;&otilde;es das infec&ccedil;&otilde;es parasit&aacute;rias dentro da vida selvagem &eacute; algo essencial para entendermos mais sobre os impactos dessas criaturas em indiv&iacute;duos, grupos, popula&ccedil;&otilde;es e at&eacute; mesmo em processos ecossist&ecirc;micos.&nbsp;

Bactérias e Protozoários

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