O que será que é mais perigoso: solidão ou obesidade?

28/01/2019 às 05:002 min de leitura

Colecionar milhares de amigos no Facebook ou de seguidores no Instagram não impede que a sensação de solidão se faça presente em sua vida. Ter pessoas ao seu redor, seja virtual ou fisicamente, não nos garante que a solidão não exista.

Na verdade, milhões de pessoas em todo o mundo agora vivem o que os especialistas têm chamado de “epidemia de solidão” – nos EUA, são mais de 42 milhões de pessoas que sofrem de solidão crônica, e isso é uma coisa realmente séria.

Uma pesquisa recente, divulgada pelo IFL Science, comparou os impactos que a solidão e a obesidade têm na saúde de uma pessoa, e, por mais que a gordura corporal em excesso nos cause problemas como diabetes e hipertensão, o pior mesmo é se sentir sozinho.

Epidemia moderna

Entre os fatores que contribuem para o lado nocivo da solidão estão a diminuição do número de crianças em cada família, a queda dos casamentos e o número cada vez maior de pessoas idosas.

“Ser conectado socialmente é amplamente considerado uma necessidade humana fundamental – crucial para o bem-estar e a sobrevivência. Exemplos extremos mostram que os bebês em custódia que não têm contato humano não conseguem prosperar e, muitas vezes, morrem”, explicou a professora de Psicologia da Brigham Young University, Julianne Holt-Lunstad.

Ainda que não seja saudável viver sem a companhia de ninguém, é isso o que está acontecendo cada vez mais. Essas conclusões foram apresentadas em um evento sobre Psicologia, e os pesquisadores utilizaram um grande número de estudos anteriores para criar os mais diversos paralelos.

Dados

Um dos estudos envolveu a análise de 148 publicações que, ao total, contaram com a participação de 300 mil pessoas dos EUA. Outra análise envolvendo 70 estudos reuniu dados de 3,4 milhões de pessoas da América do Norte, da Europa, da Ásia e da Austrália.

Tanto o isolamento social quanto o ato de viver sozinho são fatores que aumentam consideravelmente os riscos de morte prematura. Em contrapartida, pessoas com boas conexões sociais têm esse risco de morte prematura reduzido em até 50%.

A solidão crônica, que acomete pessoas que vivem realmente isoladas e que não têm contato próximo com outros indivíduos, está relacionada a problemas de sono, demência, doenças cardiovasculares e também do sistema imunológico.

Com todos esses levantamentos, a ideia dos pesquisadores é esclarecer a sociedade sobre a importância do convívio social e afetivo e o perigo do isolamento. A recomendação é que as pessoas façam planos em longo prazo, pensem em suas aposentadorias e não deixem de visitar o médico com frequência. Além disso, manter contato com os amigos, familiares e pessoas queridas parece ser realmente fundamental.

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