Vitamina B3 pode impedir abortos espontâneos e má-formação fetal

11/08/2017 às 08:232 min de leitura

Um estudo realizado ao longo de 12 anos pelo Instituto de Cardiologia de Sidney, na Austrália, avaliou os efeitos do uso da vitamina B3 durante a gestação de diversas mulheres. Os resultados revelaram que esse suplemento reduz os riscos de má-formação fetal e de abortos espontâneos.

Atualmente, 25% das mulheres que engravidam sofrem abortos espontâneos, e, dos bebês que nascem em todo o mundo, 7,9 milhões apresentam má-formação de nível grave. Para os cientistas envolvidos na pesquisa, esse estudo pode mudar completamente essas estatísticas.

De acordo com a líder do estudo, Sally Dunwoodie, o uso da vitamina B3 tem o poder de diminuir significativamente tanto os casos de abortos espontâneos quanto os de má-formação fetal.

A pesquisa analisou aspectos genéticos de famílias que passaram por abortos espontâneos ou que tiveram filhos com má-formação. A análise revelou que essas pessoas têm uma mutação genética que afetou a produção de uma molécula chamada nicotinamida adenina dinucleótida (NAD), uma enzima fundamental para produção de energia, reparo do DNA e comunicação celular.

Pesquisa

Em camundongos, os cientistas removeram os dois genes relacionados a esse problema, para descobrir se isso provocaria má-formação. Inicialmente, não foi observada qualquer alteração, e o NAD ainda era produzido pelos ratinhos – depois, os cientistas perceberam que essa normalidade se devia à dieta dos ratos, rica em vitamina B3.

Ao retirar essa vitamina da dieta dos animais, muitos acabaram morrendo antes mesmo de nascer e, dos que nasceram, boa parte teve má-formação.

Esse estudo foi um teste e os resultados ainda precisam ser aplicados em seres humanos antes que os médicos comecem a recomendar a suplementação da vitamina B3 para gestantes. Ainda assim, os resultados alcançados são muito promissores e nos dão grandes esperanças para tratamentos pré-natais.

“É extremamente raro descobrir o problema e fornecer uma solução preventiva ao mesmo tempo. Na verdade, é um duplo avanço. Isso mudará a maneira como as mulheres grávidas são cuidadas em todo o mundo”, disse o diretor executivo do Instituto de Pesquisa, professor Robert Graham, em declaração publicada no IFL Science.

De qualquer forma, vale sempre frisar que o acompanhamento pré-natal é fundamental para a saúde de toda mulher grávida e, claro, do bebê.

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