
Ciência
16/08/2017 às 05:19•2 min de leitura
Geralmente, quando consideramos a timidez, pensamos em interação e comportamento de criaturas do reino animal, não é mesmo? No entanto, surpreendentemente, entre as plantas existe o que na botânica se chama “timidez entre árvores” — um fenômeno observado em indivíduos de algumas espécies e que se caracteriza pela formação de brechas entre as copas que vão criando fascinantes padrões. Veja um exemplo a seguir:
(Flickr/Dag Peak)
Como você acabou de ver na imagem acima, o fenômeno causa um efeito visual muito interessante e bonito — onde as copas das árvores não se tocam, mas criam fendas bem definidas entre si que lembram os meandros de um rio. Confira outra imagem mostrando a timidez entre árvores:
(Wikimedia Commons/Patrice78500)
Segundo o que se sabe sobre a timidez entre árvores, esse “comportamento” foi descrito pela primeira vez pela Ciência na década de 20 e costuma ser observado em árvores frondosas e com mais frequência em indivíduos da mesma espécie, embora também tenha sido registrado em plantas de espécies diferentes.
(The Colossal)
Já com relação ao que desencadeia o fenômeno, existem algumas teorias, mas ninguém sabe com certeza o motivo de algumas árvores se “sentirem tímidas” diante de outras. Uma das explicações seria que se trata de um comportamento adaptativo que surgiu para dificultar o trânsito de larvas e insetos que se alimentam das folhas de uma copa para outra.
(The Colossal)
Outra possibilidade seria que a “timidez entre árvores” seria um mecanismo para evitar a sobreposição das copas e, dessa forma, garantir que mais áreas das plantas e suas folhas fiquem expostas à luz solar, e a fotossíntese ocorra de forma mais eficiente.
(The Colossal)
Também existe a teoria de que as brechas vão se formando simplesmente como resultado de contato, atrito, colisões e “enroscos” entre os galhos de indivíduos vizinhos que são promovidos pela ação dos ventos e que causam a poda natural. Seja qual for a explicação correta para a timidez entre árvores, o fato é que o fenômeno é pra lá de intrigante e prova que as plantas guardam mais mistérios do que imaginamos.
(The Colossal)