Já reparou que os adolescentes de hoje demoram mais para crescer?

09/10/2017 às 04:012 min de leitura

Seus pais, tios e avós já devem ter falado sobre como era a juventude no passado e, possivelmente, a maioria das pessoas mais velhas hoje saiu de casa logo depois da adolescência, casou, começou a trabalhar e a ter responsabilidades bem mais cedo do que os jovens dos tempos atuais.

Hoje, não é nada difícil encontrar pessoas com 25 anos ou mais e que ainda vivem com os pais. A escolha geralmente tem a ver com questões financeiras, mas alguns jovens simplesmente parecem demorar mais para amadurecer mesmo e vivem sem saber ter responsabilidades e conhecer muito bem questões práticas que envolvem os cuidados de uma casa, por exemplo.

Um estudo realizado por pesquisadores da San Diego State University e da Bryn Mawr College revelou que, de fato, os adolescentes de hoje se comportam de maneira diferente. Em vez de ansiar por fins de semana cheios de festas, drogas e álcool, a galera de hoje gosta mesmo é de ficar em casa, curtindo seus amigos através das redes sociais.

Levantamento

adolescente celular

A pesquisa analisou respostas de 8,3 milhões de adolescentes norte-americanos, com idades entre 13 e 19 anos, que responderam um questionário entre os anos de 1976 e 2016. Os resultados revelaram que os adolescentes de hoje não fazem questão de aprender a dirigir nem de trabalhar para pagar as próprias contas, participar de encontros românticos, fazer sexo e pegar uma balada – seus pais e avós, pelo visto, faziam isso muito mais do que a galera de hoje!

A professora de psicologia da San Diego State University, Jean M. Twenge, que é também a principal autora da pesquisa, explicou que a trajetória de desenvolvimento dos adolescentes diminuiu muito e que os adolescentes de hoje demoram mais tempo mesmo para crescer.

Em termos comparativos, Twenge diz que os jovens de 18 anos atuais agem como os adolescentes de 15 anos das gerações anteriores. Se por um lado os jovens de hoje usam menos álcool e drogas, o que é bom, por outro, são pessoas sem interesse em ganhar seu próprio dinheiro, sair com os amigos, fazer sexo e viver de forma independente.

Diferenças entre gerações

Celular na banheira

A socialização dos adolescentes atualmente parece ocorrer mesmo através de seus celulares e das redes sociais, quando podem conversar com quem quiserem, mas sem sair de casa. “Nós não temos a escolha de conhecer qualquer vida sem iPads ou iPhones. Eu acho que nós gostamos de nossos telefones mais do que gostamos das pessoas de verdade”, revelou uma adolescente que participou da pesquisa.

Trancados em seus quartos e com um celular em mãos, é possível que esses adolescentes estejam mais seguros do que os que saem à noite, bebem e usam drogas. Porém, quanto mais tempo passamos em redes sociais, mais chances temos de desenvolver depressão, e isso precisa ser levado em conta.

“Psicologicamente, a geração nascida depois de 1995 é mais vulnerável do que os Millenials eram: as taxas de depressão adolescente e suicídio dispararam desde 2011. Não é exagerado descrever os iGen (geração de crianças e adolescentes superconectados) estando à beira da pior crise de saúde mental das últimas décadas. Muito dessa deterioração pode ser rastreada para seus celulares”, disse a psicóloga.

Como tirar os celulares dos adolescentes também não é a solução, porque só traria mais revolta e problemas; o ideal é que cada família mantenha o diálogo aberto em casa, que os pais encorajem seus filhos a procurar trabalho e independência e que crianças sejam educadas com limite de tempo para usar tecnologia.

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