Saúde/bem-estar
29/01/2018 às 10:00•2 min de leitura
A criatura esquisitinha que você vai ver a seguir está entre os animais marinhos mais raros que existem no mundo e consiste em um peixe da espécie Thymichthys politus — nativa da Tasmânia, uma ilha que faz parte da Austrália e fica situada a cerca de 240 quilômetros do litoral sudeste do continente australiano. Confira:
Até onde se sabia, existia apenas uma população desses peixes no planeta, composta por um número estimado entre 20 e 40 indivíduos apenas. No entanto, a criaturinha estranha que você viu no vídeo acima se tornou manchete nos últimos dias depois de um time de mergulhadores da Universidade da Tasmânia e do Reef Life Survey ter encontrado novos exemplares de T. politus — e essa façanha dobraria o número de espécimes conhecidos desse peixinho.
De acordo com as informações que acompanham o vídeo que incluímos acima, os T. politus costumavam ser bastante comuns e abundantes na região da Tasmânia, mas, ao longo das últimas décadas, o número de indivíduos caiu drasticamente, provavelmente devido a mudanças nas condições marinhas e da perda de habitat.
Ele não é meio bizarrinho? (Australian Geographic/Phil Malin)
Conforme mostra o clipe, esses peixinhos têm “mãos” e “patinhas” e, em vez de nadar, eles preferem se locomover “caminhando” — usando essas curiosas estruturas para agarrar e se deslocar pelo leito oceânico. Eles se alimentam de pequenos crustáceos e vermes marinhos e podem alcançar entre 6 e 13,5 centímetros de comprimento.
Um dos problemas relacionados com a redução no número desses peixes é que eles possuem um índice de reprodução bem baixo — e quando esses animais acasalam, as fêmeas põem seus ovos em pedaços de algas que, por sua vez, são frequentemente perturbados por humanos e barcos circulando pela região onde as criaturas habitam.
Outro perigo é que esses animais são superapreciados pela galera que curte ter espécies raras em seus aquários, e isso, por sua vez, estimula a captura dos T. politus, piorando ainda mais sua situação.
Esquisitinho e muito raro (Science Alert/Antonia Cooper)
Mas, voltando ao assunto da recém-descoberta da nova população, os peixes — em número estimado entre 40 e 60 — foram encontrados na Tasmânia mesmo, só que a vários quilômetros de distância de onde os indivíduos já conhecidos habitam. Os mergulhadores levantaram que os animais vivem em área de tamanho equivalente a uma quadra de tênis, mais ou menos, e o local exato onde eles se encontram não foi divulgado por razões óbvias.
A descoberta, conforme mencionamos no início na matéria, dobra o número de indivíduos dessa raríssima espécie no mundo, e os pesquisadores agora farão o monitoramento da área e do grupo de peixes para tentar garantir que a população aumente e essas criaturas não desapareçam.