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Confira o fenômeno da “descida de Kukulkán” em Chichén Itzá

21/03/2018 às 13:473 min de leitura

Como você sabe, ontem ocorreu o Equinócio — de Outono aqui no Hemisfério Sul, e de Primavera no Norte —, data em que o dia e a noite tem a mesma duração e que marca a chegada das novas estações. Mas esse dia não é representativo apenas do ponto de vista astronômico, uma vez os equinócios também estão associados com uma porção de celebrações religiosas e culturais.

Engenhosidade

Pois uma coisa muito legal que pode ser testemunhada durante os equinócios é a descida de Kukulkán em Chichén Itzá, no México. Para quem não sabe, Kukulkán era uma divindade maia representada na figura de uma serpente emplumada e que estava relacionada com o vento, a água e o trovão.

El Castillo em Chichén Itzá“El Castillo” (Wikimedia Commons/Liss 4567)

O mais fascinante é que os maias construíram seus templos com base no avançado conhecimento astronômico que tinham — já naquela época! —, visto que é possível ver uma serpente descendo pelas escadarias desses edifícios. E, entre eles, o mais famoso é o conhecido como popularmente como “El Castillo”, uma pirâmide retangular com 24 metros de altura, 55,5 m de largura e quatro escadarias, uma em cada face, com 91 degraus cada e um extra que leva ao templo que se encontra no topo da estrutura, somando 365 degraus, um para cada dia do ano.

Impressionante a engenhosidade dos maias, você não concorda? E isso que não contamos sobre o fenômeno da descida de Kukulkán ainda! No dia do equinócio, um pouco antes de o sol se pôr em Chichén Itzá, é possível ver uma sombra composta por sete triângulos de luz invertidos que se formam na escadaria norte do templo, coincidindo com a cabeça da serpente — que consiste em uma escultura de pedra situada na base da pirâmide. Veja a seguir:

Pirâmide de Kukulkán (Wikimedia Commons/ATSZ56)

Veja outro registro:

Segundo explicou a arqueóloga Melissa Valles, os maias tinham verdadeira obsessão por registrar todos os eventos celestes que observavam, já que, com base nessas observações, eles podiam “editar” o calendário que eles tomaram “emprestado” dos olmecas e prever eventos astronômicos. O interessante é que os maias não acompanhavam a movimentação dos astros só porque achavam legal ficar olhado para o céu.

Essa era uma cultura agrícola e, portanto, as observações ajudavam os maias a prever quando as estações do ano mudariam, quais eram as épocas de chuva e estiagem e definir qual era o melhor momento para preparar a terra e iniciar as colheitas. Assim, templos como os que existem em Chichén Itzá e outros sítios arqueológicos eram espécies de marcadores do tempo.

Chichén Itzá durante equinócio(National Geographic/Israel Leal)

Outro fato curioso é que os arqueólogos só descobriram essas coisas todas e a história da descida da serpente depois de restaurar a Pirâmide de Kukulkán — ou El Castillo —, um trabalho que só foi iniciado em 1927. A primeira descrição oficial do fenômeno redescoberto data de 1969, e legiões de turistas vão até Chichén Itzá nos equinócios para ver o evento. Incrível, né?

El Castillo(El País/Verne)

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