Artes/cultura
25/04/2018 às 05:31•2 min de leitura
Desde o seu lançamento em março de 2004, a sonda espacial Rosetta — projetada pelo pessoal da Agência Espacial Europeia — conquistou alguns marcos importantes para a exploração espacial. Foi ela que, em 2014, se tornou o primeiro dispositivo de fabricação “terráquea” a acompanhar a órbita de um cometa. Também nesse mesmo ano, Philae, um dos módulos da Rosetta, se separou da espaçonave e pousou com sucesso no astro, feito que foi largamente celebrado pela comunidade científica.
(Wikimedia Commons/ESA)
A missão da sonda — que acompanhou o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em sua órbita pelo Sistema Solar (que passa entre as órbitas da Terra e Júpiter) — durou por cerca de dois anos e terminou com seu “suicídio” na superfície do astro, em setembro de 2016. No entanto, mesmo depois de tanto tempo, dados e imagens capturados pela espaçonave continuam maravilhando os cientistas. Tanto que os astrônomos seguem trabalhando com as informações coletadas pela sonda e divulgando novidades.
A última delas é esse videozinho que foi compartilhado no Twitter pelo usuário “landru79” no início da semana e que mostra imagens coletadas por um dos instrumentos da Rosetta da superfície do cometa. O dispositivo em questão, conhecido pela sigla OSIRIS — de Optical, Spectroscopic, and Infrared Remote Imaging System —, registrou a sequência de fotos no dia 1 de junho de 2016, no decorrer de um sobrevoo que durou por volta de 25 minutos, e landru79 processou as capturas e “costurou” todas elas para criar o clipe. Veja:
#ROSETTA ?? OSIRIS #67P/CHURYUMOV-GERASIMENKO new albums ??--ROSETTA EXTENSION 2 MTP030-- Miércoles 1 Junio 2016 all filters stacked pic.twitter.com/Bf173Z5g79
— landru79 (@landru79) 23 de abril de 2018
O que parece ser uma tempestade de neve na sequência que você acabou de ver acima são partículas de gelo flutuando sobre a superfície do cometa, enquanto que os “chuviscos” em primeiro plano são raios cósmicos atingindo os sensores da Rosetta. Ademais, ao fundo, se você prestar atenção, existe um campo de estrelas que fica visível conforme o cometa se move pelo Sistema Solar.
(Wikimedia Commons/ESA/Rosetta/NAVCAM)
Aliás, só para você ter uma melhor ideia do que as imagens mostram, o 67P/Churyumov-Gerasimenko é um cometão que está viajando pelo cosmos a uma velocidade de 135 mil quilômetros por hora e que é formado por dois lóbulos — sendo o maior com 4,1 x 3,2 x 1,8 quilômetros, enquanto o menor possui 2,6 x 2,3 x 1,8 km. Portanto, a sequência de imagens “costuradas” no vídeo mostra um baita de um paredão presente no astro!
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