Empresa de análise genética não diferenciou humano de cachorro

08/05/2018 às 09:012 min de leitura

O mapeamento do DNA humano já é uma realidade, e agora as pesquisas são direcionadas também na alteração de partes do código genético, com o objetivo de corrigir problemas ou alterar o funcionamento de determinadas estruturas do organismo. Parece filme de ficção científica, mas não é. Você pode ler mais sobre o CRISPR aqui.

Nos EUA, existem empresas que, por preços acessíveis, oferecem análises genéticas simples, relacionadas a questões superficiais. Para isso, é necessário que você envie seu material genético por correio, e após a análise o laboratório fornece as informações que você solicitou. O repórter Phil Rogers, da NBC Chicago, resolveu testar 5 dessas empresas, enviando amostras de DNA de seu cão, a labradora Bailey.

Não é a BaileyNão é a Bailey, mas poderia ser

Os cães possuem muitas semelhanças com nós, inclusive no DNA, mas uma análise simples provavelmente conseguiria diferenciar um do outro. Correto? Não foi bem isso que aconteceu. A maioria das empresas analisou a saliva do animal e acusou que o material genético era ilegível, mas uma delas forneceu os resultados normalmente.

Orig3n

A empresa Orig3n fornece três opções de testes um chamado super-herói, para determinar seus pontos fortes (inteligência, força, velocidade), outro para descobrir quais alimentos são mais recomendados para o seu perfil genético, e o último analisa como seus genes afetam seu potencial atlético.

Bailey foi submetida ao primeiro, e os resultados não foram tão surpreendentes assim: sua força muscular era eficaz em movimentos rápidos, sendo recomendada a prática de boxe ou basquete, e sua capacidade cardiorrespiratória era propícia a longos trajetos de bicicleta ou corrida. Por fim, foi dada a sugestão de que Bailey se exercitasse com o auxílio de um personal trainer.

Cão e seu personal trainerCão e sua personal trainer

A empresa já possuía suspeitas de irregularidades, tendo sido investigada pelo governo dos EUA por vender testes sem as devidas certificações laboratoriais. Após o recebimento dos resultados, Rogers tentou entrar em contato com a Orig3n, mas não obteve retorno.

A confiabilidade dos testes

Segundo a conselheira de genética dos hospitais da Universidade de Chicago Jessica Stoll, “a maioria dos testes genéticos ainda são uma área cinzenta, e sempre existe a possibilidade de resultados incorretos”. Ela diz também que testes como os feitos pela reportagem não apresentam nenhum risco, pelo fato de os resultados não influenciarem diretamente na saúde das pessoas. O que a deixa preocupada são os testes que apontam predisposições a doenças graves, como Parkinson ou Alzheimer.

Para saber melhor sobre a possibilidade de desenvolvimento dessas doenças, além de um exame genético realmente preciso, é necessário levantar todo o histórico médico do paciente e de sua família. Então, caso você tenha a oportunidade de fazer um teste desses, considere essas limitações técnicas que possuímos atualmente.

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