E se transformássemos ar em combustível?

08/06/2018 às 04:392 min de leitura

Basta refletir um pouco sobre os eventos das últimas semanas para ficar claro o quão dependentes ainda somos dos combustíveis. Embora impactem nosso ambiente em diferentes intensidades, ainda não somos capazes de encontrar uma solução definitiva para essa questão. Mas quão longe estamos disso?

Já existe uma tecnologia capaz de retirar o dióxido de carbono do ar e reciclá-lo, produzindo novo combustível. E este processo pode ser feito repetidamente, levando a um maior equilíbrio ambiental. O problema é se trata de uma técnica bastante custosa — cerca de R$ 2,3 mil reais por tonelada de CO. No entanto, um novo estudo promete baratear o preço para pouco menos de R$ 400.

Novas tecnologias

Como sabemos, o nosso planeta está passando por mudanças climáticas e corre o risco de sofrer um aquecimento catastrófico dentro de poucas décadas. Estudiosos declaram que, para que tenhamos alguma esperança, os países devem praticamente zerar as suas emissões de dióxido de carbono e, então, remover o que já foi emitido. Para isso, estratégias que poderiam ser postas em prática seria o plantio de espécies vegetais com longos ciclos de vida para produção de biocombustíveis, assim como o sequestro de carbono do solo.

Ventiladores gigantes(Science Mag/Carbon Engineering)

Outra técnica atraente consiste na captura direta de ar através da ação conjunta de diversos ventiladores — que sopram o ar diretamente em uma solução que contém um produto químico capaz de remover o gás carbônico dele. Uma vez extraído e purificado, o CO2 pode ser injetado no solo e usado para a produção de combustíveis e plásticos comerciais. Este processo tem sido aperfeiçoado por David Keith, pesquisador da Universidade de Harvard, nos EUA, e seu grupo. Além de baratear o processo como um todo, o grupo já conseguiu produzir gasolina, diesel e até querosene de aviação com sua tecnologia.

A maior e melhor novidade, no entanto, é o preço. Com cerca de 1 dólar (por volta de R$ 4), é possível produzir cerca de 1 litro de combustível sintético. Embora o custo de produção seja maior do que o de extração de combustíveis atualmente, o processo ainda está em aperfeiçoamento e apresenta um custo de carbono baixo e é renovável. Dessa forma temos, então, uma alternativa possível para manter os estoques de combustível com danos bem menores ao meio ambiente.

*Este texto é de autoria de Marcus Cattem, professor de Ciências e Biologia.

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