Megalodon: o peixão mais assustador que já rondou os mares da Terra

21/08/2018 às 12:313 min de leitura

O megalodon — espécie extinta de tubarão — voltou a virar notícia por conta do lançamento recente do longa “Megatubarão”, cujo enredo gira em torno do mergulhador Jonas Taylor (interpretado por Jason Statham), que é contratado para resgatar a tripulação de um submarino atacada pelo peixão pré-histórico.

Cena do filme MegatubarãoJá pensou? (Reel Advice Net)

No filme, Taylor é acionado por ser um profissional especializado em se aventurar por águas profundas — e por ter sido um dos poucos humanos a ter cruzado com uma dessas criaturas gigantes. Mas, e na vida real, qual é a probabilidade de que algum azarado encontre com um megalodon e, mais: o que se sabe sobre esse tubarão insano?

Dentinhos modestos

Até hoje existe um debate sobre o tamanho que os megalodons — cujo nome científico é Carcharocles megalodon — podiam alcançar, já que todas as estimativas foram feitas, principalmente, a partir de dentes desses megatubarões. Pois é, caro leitor, nenhum exemplar completo jamais foi descoberto e os modelos que existem por aí foram criados quase exclusivamente com base no tamanho dos dentinhos desses bichos.

Aliás, “Carcharocles megalodon”, o nome da espécie, significa “dente gigante”, o que, em nossa opinião, é bastante apropriado, considerando o tamanho dos dentinhos que preenchiam as bocas dos tubarões. Veja só que coisinha mais modesta a seguir:

Dente de megalodonPequeno... (I’m Curious Too)

O maior dente de megalodon de que se tem notícia mede impressionantes 17,8 centímetros de comprimento, ou seja, cerca de três vezes maior do que o dente de um grande-tubarão-branco. É claro que para comportar uma boca repleta de “dentinhos” dessa dimensão — eles tinham mais de 270 —, o bicho tinha que ser enorme!

Modelo de mandíbulaEsse modelo foi criado em 1909 (Wikimedia Commons/Domínio Público)

No entanto, estudos mais recentes apontam que os megalodons provavelmente não eram tão gigantes quanto apontaram algumas estimativas do passado — e certamente bem menores do que o monstro do filme! Enquanto alguns pesquisadores calcularam que os tubarões pré-históricos podiam alcançar por volta de 25 metros de comprimento, outras estimativas mais comedidas concluíram que os peixões podiam medir até 18 m.

Já os estudos mais atuais sugerem que os megalodons contavam com mais ou menos 10 metros, o que significa que eles eram maiores do que seus descendentes modernos, os grandes-tubarões-brancos, que podem chegar aos 6 metros, e praticamente do tamanho dos tubarões-baleia, que somam por volta de 9,5 m.

Reis dos mares

Mesmo que os megalodons não fossem tão colossais como o monstrão do filme, eles eram criaturas de respeito e provavelmente se encontravam no topo da cadeia alimentar de seu habitat natural. Os cientistas acreditam que esses animais se alimentavam de mamíferos marinhos, como golfinhos e baleias, criaturas como focas, leões-marinhos, tartarugas e possivelmente outros tubarões também.

Megalodon caçandoNão tinha pra ninguém! (Daily Motion)

Além disso, os pesquisadores ainda apostam que os megalodons eram predadores vorazes — e inclusive existem teorias de como eles caçavam suas presas! Uma possibilidade é a de que ele esses peixões atacassem as caudas e nadadeiras para que as vítimas não pudessem fugir e, só depois, abocanhassem seus corpos.

Outra coisa interessante é que dentes de megalodon já foram descobertos em todo o mundo — com exceção da Antártida — e, portanto, os cientistas pensam que, assim como ocorria com os dinossauros, esses tubarões preferiam locais de clima mais quente. Sendo assim, eles possivelmente buscavam as águas rasas e cálidas para caçar.

Foram extintos mesmo?

Como não existe um registro fóssil completo desses tubarões, ninguém sabe ao certo quando os megalodons entraram em extinção. Mas as análises realizadas nos fósseis encontrados sugerem que essas criaturas desapareceram da Terra entre o Mioceno e o Plioceno, isto é, entre 15,9 milhões e 2,6 milhões de anos atrás.

Dente de megalodonSe um bicho desses existisse, a gente saberia, não? (Wikimedia Commons/Kalan)

Isso significa que os megatubarões sumiram do planeta antes de os humanos evoluírem por aqui, uma vez que os ancestrais do gênero Homo sapiens mais antigos surgiram por volta de 2,5 milhões de anos atrás na Terra. Uma possibilidade é que eles tenham perecido como resultado da redução de habitat e fome, assim como de frio, por conta do resfriamento resultante da chegada de uma Era do Gelo.

Sobre a hipótese de ainda haver algum desses megatubarões nadando de forma sorrateira nas regiões abissais dos oceanos, como jamais foram encontradas carcaças, corpos inteiros, fósseis com menos de milhões de anos e nem qualquer sinal que atente sua sobrevivência, a chance de que exista algum megalodon vivo por aí é mínima. “Mínima” porque sempre vamos encontrar alguém convencido de que esses monstros dos mares não foram extintos, mas, até onde é possível garantir com certeza, para ver um deles, só assistindo aos filmes mesmo!

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