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Você sabia que é possível fazer uma bomba nuclear no quintal de casa?

04/10/2018 às 04:302 min de leitura

Calma lá, meu pequeno gafanhoto. Não pense que será hoje o dia em que você explodirá a sua escola ou o seu escritório para poder dormir até mais tarde amanhã. Respondendo de forma objetiva o título deste artigo: sim, é possível fazer uma bomba atômica na sua própria casa. Ela dificilmente teria o mesmo poder de destruição da Little Boy (arremessada em Hiroshima, no Japão, em 1945), mas seria capaz de causar um estrago dos grandes.

Não há segredo algum no funcionamento de uma bomba nuclear; basta obter uma pequena quantidade de material radioativo que seja “físsil” (ou seja, cujos átomos sejam instáveis e se dividam com facilidade para criar uma reação em cadeia) e dar um jeito de atingi-lo com nêutrons através de um gatilho (que pode ser uma explosão menor, como uma banana de dinamite).

Existem dois “desenhos” famosos para bombas nucleares: o de canhão (no qual os materiais radioativos ficam separados em uma espécie de cano, e, entre eles, está o explosivo-gatilho) e o de implosão (o material fica cercado de explosivos).

Sendo assim, você deve estar se perguntando o motivo pelo qual ainda não vemos terroristas malucos correndo por aí com armas nucleares, certo? Bom, nós dissemos que fazer uma bomba é fácil. No entanto, conseguir os materiais necessários para construí-la é outra história.

Não é mole, não (literalmente)

Os materiais mais utilizados na fabricação de bombas nucleares são o urânio-235 e o plutônio-239 — e você está muito enganado se acha que encontrará qualquer um deles em uma rápida pesquisa no Mercado Livre. Por conta de acordos internacionais e órgãos reguladores, o comércio desses materiais é extremamente controlado, o que impede que cidadãos comuns tenham acesso a esse tipo de item — felizmente!

Você pode até tentar minerar urânio; contudo, mesmo se a sorte lhe permitir encontrar tal material em seu estado bruto, ainda seria necessário aplicar um processo conhecido como “enriquecimento”. Isso é necessário porque o urânio natural contém 99,284% do isótopo 238, que não é físsil, e apenas 0,711% de isótopo 235 — que é o responsável por fazer a mágica acontecer. 

Já o plutônio não precisa ser enriquecido, já que é naturalmente físsil. Porém, sua extração é ainda mais complicada — e nem vamos falar da comercialização. É óbvio que podemos especular que exista um comércio negro de material radioativo em alguns locais do mundo (afinal, eles também são usados para outras finalidades benignas e muitas vezes são descartados de forma indevida), mas, novamente, esse acesso não é nada fácil.

Não tente isso em casa

Para testar a facilidade de se criar uma bomba nuclear caseira, os Estados Unidos fizeram um experimento bem interessante em 1964: eles convidaram dois estudantes de Física recém-graduados (mas sem nenhuma experiência prática com esse tipo de arma) e lhes deram a missão de criar uma bomba usando apenas a literatura acessível publicamente nas livrarias e bibliotecas.

Dois anos depois, a dupla retornou com um explosivo que, de acordo com os cálculos dos próprios EUA, tinha o mesmo poder de destruição da Little Boy. Lembre-se: naquele tempo ainda nem existia internet, e você não podia sair por aí assistindo a tutoriais no YouTube.

No fim das contas, a conclusão é simples: fabricar as bombas é fácil, conseguir os materiais é difícil. Simples assim. E, sinceramente, agora que explicamos tudo direitinho, nós é que queremos perguntar: por qual motivo alguém iria querer fazer uma bomba nuclear caseira? Certamente não seria para fins educacionais...

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