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SOFIA detecta primeira molécula de hidreto de hélio do Universo no espaço

23/04/2019 às 04:002 min de leitura

Pela primeira vez o SOFIA (Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha), detectou, recentemente, o primeiro tipo de molécula do Universo formada no espaço. SOFIA não é considerado um satélite ou espaçonave, mas sim um instrumento dentro de uma aeronave que voa alto acima da superfície da Terra e aponta instrumentos para o espaço. Em outras palavras, ele não passa de um telescópio acoplado a um Boeing 747.

Os cientistas acreditam que levou no mínimo 100.000 anos após o Big Bang para hélio e hidrogênio se combinarem e formarem a primeira molécula chamada hidreto de hélio. A formação de HeH+ foi o primeiro passo em um caminho de perplexidade crescente no Universo, ressalta David Neufeld, professor da Universidade John Hopkins e coautor do estudo.  

Fonte: NASA/SOFIA

Encontrar essa molécula no espaço faz jus aos estudos que vêm sendo realizados há anos. Em 1925, por exemplo, ela já estava sendo estudada em laboratório, porém, em seu habitat natural, permanecia além do alcance dos cientistas. Além disso, a descoberta confirmou que uma parte importante da nossa compreensão fundamental da química do universo primitivo está correta. 

A descoberta do SOFIA de hidreto de hélio moderno ocorreu em uma nebulosa planetária, que é um resquício do que já foi uma estrela semelhante ao Sol a 3.000 anos luz da Terra. A nebulosa está próxima da constelação de Cygnus e é chamada de NGC 3027. Com o instrumento correto, foi possível detectá-lo. 

Um dos maiores problemas era as ondas eletromagnéticas emitidas pela molécula que estavam em um alcance anulado pela atmosfera da Terra e, portanto, indetectável do solo. O SOFIA evitou 85% do ruído atmosférico, facilitando ainda mais a descoberta.  

https://www.youtube.com/watch?time_continue=67&v=rRVpyiXvV9g

Com o passar dos anos, o universo primitivo começou a esfriar, e assim, os átomos de hidrogênio interagiram com o hidreto de hélio, levando à criação de hidrogênio molecular, principal responsável pela formação das primeiras estrelas. 

Para decifrar a descoberta, foi necessária uma atualização no receptor alemão do SOFIA, a qual adicionou o canal específico para o hidreto de hélio. Com a presença do hidreto de hélio no espaço, será possível confirmar as crenças sobre a evolução inicial do Universo e tudo o que aconteceu depois do Big Bang. Será que a NASA vai conseguir desvendar esse mistério?

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