NASA revisa medições de temperaturas globais e valida tendência de elevação

30/05/2019 às 04:002 min de leitura

A NASA está entre as instituições científicas que se dedicam a monitorar as temperaturas do planeta – e vira e mexe divulga levantamentos assustadores sobre o quanto elas aumentaram nas últimas décadas. Mais especificamente, as medições são conduzidas pelo Instituto Goddard de Estudos Espaciais da agência espacial, mas os levantamentos traziam “incertezas estatísticas”. Entretanto, os dados acabam de passar por revisões e, além de tornarem as séries extremamente precisas e muito mais confiáveis, eles confirmaram a tendência de elevação das temperaturas globais.

Revisão necessária

As temperaturas do planeta começaram a ser registradas em 1880, isto é, há quase 140 anos, e de algumas décadas para cá, o pessoal da NASA, em parceria com a NOAA – Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, agência norte-americana para assuntos relacionados com a meteorologia, os oceanos, a atmosfera e o clima –, começou realizar medições anuais.

Esse trabalho é realizado a partir de dados coletados por 6,3 mil estações meteorológicas, de pesquisa, embarcações e boias que se encontram espalhados por toda a Terra, mas os cientistas responsáveis pelas estimativas sabiam que poderia haver uma pequena margem de erro nas medições – a chamada “incerteza estatística”. Mas, agora, após as informações passarem por revisões, as flutuações foram reduzidas para apenas 0,05 °C para as informações coletadas nas últimas décadas, e para 0,15 °C para dados obtidos há 140 anos.

(Reprodução / Universe Today / NASA)

E mais: o estudo conduzido agora apontou que, de 1880 até hoje, as temperaturas do planeta sofreram uma elevação de 1,1 °C. Além disso, a análise das informações permitiu que os cientistas concluíssem que os 10 anos mais quentes desde que os registros começaram a ser realizados se deram nas últimas 2 décadas, com 2016 batendo a temperatura mais alta dos últimos (quase) 140 anos – seguido pelos anos de 2017, 2015 e 2018.

Só que, além desse levantamento – realizado por meio dos milhares de equipamentos espalhados pelo mundo –, a NASA também coleta dados e faz o monitoramento das temperaturas globais através de outros meios. Um deles é o satélite Aqua, cuja missão principal é a de estudar o ciclo da água e é equipado com um dispositivo que mede a temperatura e umidade atmosféricas, assim como a temperatura do planeta e da superfície dos oceanos, e suas leituras coincidem com o resultado das revisões.

(Reprodução / Universe Today / NASA)

Ademais, a NASA e a NOAA não são as únicas instituições científicas de olho nos termômetros e a mesma tendência de aquecimento global já foi apresentada uma e outra vez. Para piorar, as previsões sobre as consequências da elevação das temperaturas – entre elas, períodos mais longos de estiagem, maior incidência de incêndios florestais, derretimento das regiões polares etc. – também estão se confirmando.

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