Mais de 200 renas morreram de fome em decorrência do aquecimento global

05/08/2019 às 04:122 min de leitura

Não pense que são apenas os ursos-polares que estão morrendo de fome e sofrendo com as consequências do aquecimento global no Ártico. Pesquisadores do Instituto Polar da Noruega revelaram a descoberta de mais de 200 carcaças de renas na ilha de Svalbard que pereceram por conta da falta de alimentos – decorrente da elevação das temperaturas.

Tragédia

De acordo com os pesquisadores, a principal fonte de alimentos desses animais consiste na vegetação que normalmente fica sob a neve. Entretanto, as variações climáticas vêm tornando o acesso a essas plantas bastante mais difícil e, como resultado, as renas não estão conseguindo chegar a elas e consumir os nutrientes de que precisam para sobreviver.

(Fonte: National Post / Siri Uldal / AFP /Getty Images)

Mais precisamente, o aquecimento global vem causando uma intensificação das chuvas na região durante o inverno, e o problema é que a precipitação sobre a neve faz com que se forme uma camada de gelo que, por sua vez, impede que as renas se alimentem. Uma opção consiste na migração para outras regiões e no consumo de alternativas – incluindo algas, como foi o caso das renas de Svalbard –, mas os animais mais jovens, idosos e fracos não conseguem sobreviver a grandes deslocamentos, sendo os primeiros em morrer, e as plantas marinhas, além de não serem muito nutritivas, podem ocasionar problemas digestivos nos animais.

As renas, por sorte, ainda não são animais ameaçados de extinção, mas, por conta das variações decorrentes do aquecimento global, as migrações estão se tornando cada vez mais prevalentes e a tendência é a de que essas criaturas comecem a competir por comida.

(Fonte: National Post / AFP / Elin Vinje Jenssen / Norwegian Polar Institute / Handout)

Segundo os cientistas, eles observaram que os adultos que sobreviveram estão mais magros e mostram ausência de gordura em determinadas partes do corpo, o que indica que eles estão desnutridos, sem falar que o número de fêmeas esperando filhotes caiu. Além disso, sobre os animais mortos, todas as carcaças descobertas mostravam sinais de desnutrição.

Uma taxa de mortalidade nessa proporção só havia sido observada em outra ocasião, após o inverno de 2007-2008, mas, pensando que o Ártico está sofrendo uma elevação das temperaturas equivalentes a quase o dobro da média global, pode que esses episódios comecem a se tornar mais frequentes. Infelizmente.

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