A morte deste jovem pode ser uma das mais cruéis da história

01/10/2019 às 10:002 min de leitura

Algumas mortes noticiadas parecem ter saído de lendas urbanas ou filmes de terror, mas aconteceram e continuam acontecendo. Apesar de parecer uma fantasia de mau gosto, entre inúmeros casos terríveis, a morte deste jovem que teve o esqueleto descoberto recentemente perto de uma catedral de Milão, na Itália, pode ser uma das mais cruéis da história.

O caso publicado no Journal of Archaeological Science é chocante. Arqueólogos da Universidade de Milão descobriram o esqueleto medieval de um homem, que parece ter morrido jovem, com idade entre 17 e 20 anos. Segundo os cientistas, a morte parece ter acontecido em algum momento do século 13 por um método de tortura muito doloroso e uma decapitação “malfeita”. O corpo foi enterrado perto de uma catedral de Milão, no Norte italiano.

As primeiras impressões dos arqueólogos são de que o jovem sofreu ferimentos posicionados simetricamente nos braços e pernas, o que sugere lesão intencional. Os pesquisadores levantaram a hipótese, baseados em registros históricos da época, de que a tortura sofrida por ele foi com a utilização da “roda”, conhecida também como “roda de Catherine”.

Foto: ABAP Milano

Relatos de utilização da roda em torturas e mortes são assustadores

A roda foi utilizada na Europa até o início da era moderna como um dispositivo de tortura e para execuções públicas. Em geral, a roda causava o esmagamento e o rompimento sistemático dos membros, além de outros traumatismos.

Alguns relatos contam que os torturadores jogavam a roda de madeira nos membros das pessoas, começando da canela, e após golpear todo o corpo, os membros eram quebrados pelos raios da roda, uma vez que eram presos com uma corda. Há ainda relatos de uso de lâminas, objetos contundentes, fogo, chicotes ou pinças em brasa. Depois, a roda era suspensa em um poste e o corpo da vítima ficava preso a ela por dias e até mesmo semanas, até que finalmente fosse executada.

Foto: Wikimedia Commons

A técnica cruel de tortura era utilizada com mais frequência na morte de acusados de crimes hediondos, mas no Norte da Itália, onde o corpo foi encontrado, também era destinada a pessoas suspeitas de propagarem a peste. “A vítima da roda poderia ter sido considerada diferente por seus contemporâneos e possivelmente essa discriminação pode ter sido a causa de sua morte”, escreveram os pesquisadores.

A análise forense do esqueleto apontou ainda fraturas lineares incomuns na base do crânio. De acordo com os pesquisadores a causa provável dessas marcas foi um forte traumatismo causado por uma “decapitação desajeitada”. Se as hipóteses preliminares forem comprovadas, esse será o primeiro caso documentado no Norte da Itália e provavelmente no mundo, com evidência arqueológica, de tortura e morte sendo causadas pela roda.

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