Ciência
22/10/2019 às 13:00•2 min de leitura
No último dia 12 de outubro, o céu em diversas partes do Japão foi tingido de uma forma impressionante e bela com tonalidades que variavam entre violeta, roxo e púrpura. Rapidamente, os moradores começaram a fazer registros do fenômeno e a compartilhar as fotos em suas redes sociais.
Como bem sabemos, a natureza costuma agir de forma muito piedosa e generosa com as pessoas, mas também pode ser imprevisível e altamente destruidora. Ainda assim, conhecendo alguns sinais dados por ela, conseguimos nos proteger melhor de suas reações.
E foi exatamente isso que aconteceu com o céu roxo no Japão: foi a maneira de avisar que o tufão Hagibis já estava chegando.
A ciência chama o evento que leva o céu a ter uma coloração púrpura de dispersão, sendo que nada mais é que um fenômeno climático.
A dispersão ocorre quando partículas minúsculas e moléculas na atmosfera afetam de alguma forma a direção da luz. Normalmente, ela surge em situações de fortes tempestades, pois esses eventos climáticos tendem a retirar da atmosfera as partículas maiores, que são as responsáveis por absorver uma quantidade maior de luz e a fornecer muita umidade.
Com isso, as cores chegam até a superfície da Terra com quase nenhuma interrupção, porém, os comprimentos de onda mais curtos, a exemplo do azul e violeta, tendem a se espalhar por todas as direções por meio das moléculas gasosas do ar, permitindo esses registros incríveis.
Apesar de parecer tudo muito novo, esse fenômeno já ocorreu antes em várias regiões do mundo. Mais recentemente, ele foi verificado na Flórida, em 2018, após a passagem do furacão Michael e também em setembro desse ano com o furacão Dorian.
Esse cenário lindo também trazia a promessa de destruição que iria atingir o país por meio de um dos tufões mais fortes dos últimos anos na região.
Áreas enormes do Norte, Oeste e Leste do Japão foram prejudicadas, 14 mil pessoas ficaram sem água e quase 400 mil casas não tinha energia elétrica. Para ajudar nos resgastes, o governo mobilizou de 27 mil soldados, sem contar as equipes que trabalham nas operações de limpeza.