Cachorros usam uma parte similar à do cérebro humano para contar

08/01/2020 às 02:002 min de leitura

Pesquisadores da Universidade de Emory descobriram que os cachorros são capazes de processar informações numéricas usando uma parte do cérebro que é similar à dos humanos. Para chegar a esta conclusão, onze cachorros de várias raças diferentes receberam um treinamento especial e foram avaliados usando uma máquina de ressonância magnética funcional.

(Fonte: Universidade de Emory/Reprodução)

A avaliação foi realizada usando diferentes números de pontos em uma tela piscando, e oito dos caninos mostraram uma grande ativação do córtex parietotemporal, uma evidência importante de que a numerosidade é um mecanismo neural compartilhado que remonta a milhões de anos.

"Nosso trabalho não mostra apenas que os cães usam uma parte semelhante do cérebro para processar um número de objetos como os humanos – mas que também não precisam ser treinados para fazer isso", afirmou Gregory Berns, professor de psicologia e autor sênior do estudo. Berns também é o fundador do The Dog Project, a primeira organização a treinar cachorros a permanecerem imóveis em máquinas de ressonância magnética funcional (fMRI) sem  a necessidade de restrição ou sedação.

(Fonte: Henk Vrieselaar/Shutterstock/Reprodução)

Lauren Autlet, autora do estudo, acredita que a capacidade dos cães de perceber a numerosidade é algo que foi conservado ao longo de sua evolução, e pode ter desempenhado um papel importante para evitar predadores ou encontrar comida.

Pesquisas apontam que os lobos passaram a ser domesticados por seres humanos na Eurásia entre 10 mil e 40 mil anos atrás, e as duas espécies passaram a evoluir lado a lado desde então.

O conceito de numerosidade não se baseia em pensamento ou treinamento simbólico e é difundido em várias espécies. No reino animal, ele pode servir para avaliar a quantidade de predadores ou de comida. Mas os humanos usam esse conceito para lidar com o mundo imediato ao seu redor e para muitas outras coisas.

"Um dos motivos de sermos capazes de fazer cálculos e aprender álgebra é porque temos essa habilidade fundamental de numerosidade que compartilhamos com outros animais", disse Aulet. A cientista também afirmou estar interessada em aprender como os seres humanos desenvolveram habilidades cognitivas superiores ao longo do tempo.

Os pesquisadores de Emory acreditam que entender o conceito de numerosidade em outras espécies pode auxiliar no futuro a tratar anormalidades cerebrais e até melhorar sistemas de inteligência artificial.

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