Artes/cultura
08/04/2020 às 06:00•2 min de leitura
Última espaçonave do tipo a transitar entre a Terra e a Estação Espacial Internacional (ISS), a Dragon CRS-20 deixou a base na órbita do planeta nesta terça-feira (07), às 9h06 da manhã, marcando o fim de uma era na exploração espacial.
A nave não tripulada fez três operações de reabastecimento da estação e agora encerra seu ciclo, finalizando um contrato da SpaceX com a NASA.
A cápsula é a última a retornar e foi, também, parte da primeira geração que realizou este trajeto — a primeira visitou a estação em outubro de 2012. Nesse último ciclo, a CRS-20 retorna à terra com 1.950 quilos de amostra científicas, equipamentos e outros itens enviados pela ISS para a Terra.
Dragon CRS-20 em órbita
Ao entrar na atmosfera, ela vai cair no Oceano Pacífico, perto da costa de Long Beach, na Califórnia, de onde será resgatada pela equipe da SpaceX. Todo esse trajeto deve durar cerca de três dias.
Agora, a empresa vai substituir esta versão de equipamento por uma mais atualizada e inspirada na Crew Dragon, a espaçonave tripulada da SpaceX.
Crew Dragon
A mudança fará com que as novas cápsulas consigam pousar na ISS, diferentemente da CRS-20, que precisa ser "pinçada" no espaço por uma espécie de braço mecânico conduzido pelos astronautas. A primeira unidade da Crew Dragon fez um voo experimental no ano passado e deve cumprir sua primeira missão tripulada na metade de maio.
As naves da linha Dragon são reconhecidas pela possibilidade de reutilização, sendo que as da primeira geração fazem normalmente três voos cada. As novas naves estão sendo planejadas para realizarem cinco voos cada, assim como os propulsores Falcon 9, que realizam o lançamento das cápsulas.
Além da SpaceX, a NASA trabalha com a Northrop Grumman e com a Sierra Nevada Space System como terceirizados na construção de naves espaciais.