Cientistas desenvolvem planta que brilha no escuro

12/05/2020 às 02:002 min de leitura

Um grupo de cientistas de várias partes do mundo conseguiu desenvolver uma planta com característica até então vista somente em filmes de ficção científica. A nova criação dos pesquisadores é uma planta capaz de brilhar no escuro, assim como aquelas vistas no filme Avatar.

Em 2017, já havia sido criada uma planta com essa capacidade, no entanto a bioluminescência das folhas do agrião utilizado na experiência durou somente 3h30. Agora, o grupo conseguiu fazer com que o brilho da planta durasse todo o seu ciclo de vida.

Fonte: Fox/ReproduçãoFonte: Fox/Reprodução

A bioluminescência é a capacidade que alguns seres vivos têm de emitir sua própria luz. Essa característica é muito presente em seres marinhos, principalmente nos que vivem em grandes profundezas, onde a luz do Sol não chega. No entanto, outros seres vivos, como o vaga-lume, também apresenta esse "talento", que antes dessa experiência nunca tinha sido visto em plantas.

Qualquer planta pode brilhar

A experiência foi realizada com a planta de tabaco por ela ter uma genética relativamente simples e o crescimento das folhas mais acelerado. Entretanto, segundo o projeto que foi liderado pelos doutores Karen Sarkisyan e Ilia Yampolsky, a nova técnica pode ser utilizada praticamente em qualquer tipo de planta por meio da inserção do DNA de alguns cogumelos bioluminescentes.

Fonte: Planta LLC/YouTube/ReproduçãoFonte: Planta LLC/YouTube/Reprodução

A mesma molécula que gera o brilho desses cogumelos, o ácido cafeico, também é encontrado na maioria das plantas. Para ativar o brilho nas plantas, os cientistas tiveram que replicar o ciclo metabólico que envolve o ácido e quatro enzimas.

Durante a experiência, as plantas foram capazes de emitir mais de 1 bilhão de fótons por minuto, o que é bem pouco se formos comparar com uma lâmpada caseira, que emite uma quantidade maior de fótons em apenas 1 segundo.

Também foi registrado que, quanto mais novo o elemento da planta, como as flores, por exemplo, maior é a intensidade do brilho emitido.

Uso comercial

O estudo foi financiado pela startup russa "Planta", a qual revelou que um dos interesses no projeto é a comercialização dos vegetais brilhantes para decoração. Além disso, a empresa adiantou que outras pesquisas estão em desenvolvimento, como plantas que mudam a intensidade do brilho ou até mesmo a cor conforme a interação com o ambiente.

Confira o vídeo divulgado pela startup.

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