Registro fóssil de ataque de lula tem quase 200 milhões de anos

13/05/2020 às 09:002 min de leitura

Pesquisadores da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, estudaram um fóssil descoberto há dois anos e perceberam que ele evidencia o exato momento do ataque predatório de um Clarkeiteuthis montefiorei, um tipo de lula, contra um Dorsetichthys bechei, um peixe pré-histórico. E a parte mais impressionante é que esse ataque imortalizado tem aproximadamente 200 milhões de anos. 

A descoberta deste fóssil trouxe luz às pesquisas que buscam desvendar quais criaturas habitavam os oceanos e o solo da Terra no passado, e foi apresentada na quarta-feira (06) durante o evento virtual Sharing Geoscience Online, que é um encontro anual da União Europeia de Geociências.

A Costa Jurássica

O fóssil foi descoberto na Costa Jurássica, na Inglaterra, local que leva esse nome justamente pelo alto índice de fósseis da Era Mesozóica, entre 65 milhões e 250 milhões de anos atrás, que são encontrados na região e pertencem aos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. O local foi nomeado, em 2001, Patrimônio Mundial da UNESCO, graças às inúmeras descobertas feitas por lá. 

O ataque predatório fossilizado 

O fóssil estava guardado na British Geological Survey, que fica em Nottingham, e foi recentemente reanalizado por pesquisadores da Universidade Plymouth, da Universidade de Kansas e, também, da empresa The Forge Fossil.

(Fonte: Malcom Hart/Proceedings of the Geologists' Association/Reprodução)(Fonte: Malcom Hart/Proceedings of the Geologists' Association/Reprodução)

Na imagem, é possível ver a lula ao lado esquerdo e a presa do lado direito. Caso seja feito um zoom na vítima, pode-se perceber os braços da Clarkeiteuthis montefiorei, de coloração mais escura, ao redor do pequeno peixe, que está ao centro em cor mais alaranjada.

(Fonte: Malcom Hart/Proceedings of the Geologists' Association/Reprodução)(Fonte: Malcom Hart/Proceedings of the Geologists' Association/Reprodução)

Os pesquisadores envolvidos no trabalho acreditam que esta cena, eternizada em um fóssil, é do período Sinemuriano e, portanto, deve ter entre 190 milhões e 199 milhões de anos. Segundo eles, este fóssil é algo incrível e realmente raro, já que é extremamente difícil conseguir encontrar evidências de ataques predatórios nesse formato.

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