
Ciência
03/06/2020 às 10:00•2 min de leitura
Hoje (03), a Coreia do Sul aprovou o uso do antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes infectados com o coronavírus. Segundo o ministério Segurança Alimentar e Médica do país, uma pesquisa do governo sul-coreano apontou que o fármaco é “clinicamente significativo” na redução do tempo de recuperação.
O antiviral foi criado para ser um medicamento de amplo espectro, capaz de interromper a síntese de material genético de vários vírus. Seu uso original era para o combate da ebola, mas o resultados para esta doença não se mostraram muito eficazes.
(Fonte: Ulrich Perrey/Arquivo/AFP/Reprodução)
A Coreia do Sul é considerada modelo na contenção da doença, e agora vai colaborar com a empresa farmacêutica Gilead Sciences — responsável pela fórmula — para importar o remdesivir, porém ainda não informou a quantidade e o preço.
O país foi um dos primeiros, após a China, a ser impactado pela covid-19, mas controlou as infecções com o uso de medidas rígidas e com a colaboração da população. Atualmente, os casos confirmados chegam em 11.590 com 273 mortes, e outros 800 indivíduos permanecem em tratamento.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
As regras criadas pelo governo da Coreia do Sul para a utilização do medicamento determinam que os médicos poderão administrar uma dose por dia, durante cinco dias para pessoas que apresentam sintomas moderados e dez para aqueles que apresentam sintomas mais graves e insuficiência respiratória.
A Gilead também divulgou os resultados de um estudo realizado para examinar a segurança e eficácia do tratamento com o fármaco em pacientes com a covid-19. Os números apontaram uma proporção maior de melhorias clínicas em indivíduos tratados por cinco dias com o remdesivir em comparação com aqueles que não tomaram o remédio.
O governo sul-coreano não foi o único a aprovar formalmente o uso do remdesivir para o combate ao coronavírus. A Índia também tomou a mesma medida neste momento, e em maio, o governo norte-americano também autorizou o uso do medicamento, assim como o Japão. No momento, a Europa está examinando a possibilidade de entrar para esta lista.