Crianças mais velhas podem disseminar o coronavírus como adultos

22/07/2020 às 03:002 min de leitura

Gestores e governantes de todo o mundo lidam com um mesmo dilema neste momento: reabrir ou não as escolas. Se no início da pandemia as crianças pareciam pouco propícias a contrair e disseminar a covid-19, o que foi usado como argumento para a reabertura em alguns países, um novo estudo sul-coreano sugere que elas podem espalhar a doença assim como os adultos (principalmente as pré-adolescentes). 

O estudo realizado com quase 65 mil pessoas sugere que crianças menores de 10 anos parecem menos propensas a transmitir a covid-19 (é importante lembrar que o risco não é nulo), já as mais velhas (acima de 10 anos) e adolescentes podem disseminar o vírus da mesma maneira que adultos. Os resultados indicaram que, conforme as escolas forem reabrindo, as taxas de infecções terão um aumento entre crianças de todas as idades.

Segundo Ashish Jha, diretor do Instituto Global de Saúde de Harvard, vários, porém pequenos, estudos da Europa e da Ásia mostraram que crianças pequenas são menos propensas a serem infectadas. A nova pesquisa, em contrapartida, "foi feita com muito cuidado, é sistemática e analisa uma população muito grande", disse Jha ao New York Times

Estudo

Os pesquisadores sul-coreanos identificaram as 5.706 primeiras pessoas que relataram sintomas da covid-19 entre janeiro e março, quando as escolas foram fechadas no país. Depois, rastrearam 59.063 pessoas que tiveram contato com elas. Eles testaram todas as que compartilhavam do mesmo domicílio que o paciente, e os sintomáticos que viviam em outras casas. 

Os resultados mostraram um cenário mais preocupante para as crianças mais velhas: além delas terem mais chances de infectar outras pessoas, tendem a reproduzir os hábitos anti-higiênicos das crianças pequenas. 

Especialistas alertam que as escolas com intenção de reabrir devem se preparar para a infecção. Além de implementar o distanciamento físico e a higienização das mãos e máscaras, pesquisadores afirmam que essas instituições também devem testar alunos e funcionários para que possam decidir quando é o melhor momento de fechar e reabrir o estabelecimento. Além disso, devem garantir que as pessoas doentes fiquem em quarentena.

Ainda há mais dúvidas do que certezas nos desafios de reabertura. Alguns países, como a Dinamarca e a Finlândia, reabriram as escolas com sucesso; mas outros, como China, Israel e Coreia do Sul, tiveram de fechá-las novamente. Embora não ofereça respostas definitivas, o novo estudo representa um alerta: a reabertura das escolas pode aumentar os níveis de contaminação comunitária.

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