Musaranho-elefante é redescoberto na África depois de meio século

20/08/2020 às 08:002 min de leitura

Não se deixe enganar pelo nome: o musaranho-elefante é um mamífero bem pequenino, que costuma ter entre 10 centímetros e 30 centímetros e pesar entre 50 gramas e 500 gramas. Sendo um dos mais obscuros de sua espécie, com apenas 39 indivíduos coletados nos últimos anos, achava-se que estava extinto, mas foi redescoberto na África recentemente.

O último registro científico do musaranho-elefante havia sido feito na década de 1970. Desde então, ele foi observado na natureza, mas nunca documentado; agora, um novo exemplar foi encontrado em Djibouti, um país localizado no "chifre" da África. Outra curiosidade é que o musaranho-elefante não pertence à família dos musaranhos nem à dos elefantes, e seu parentesco mais próximo inclui os porcos-da-terra e os peixes-boi.

O animal em questão é o Elephantus revoili, um dos tipos de musaranho-elefante endêmico da Somália. "Não sabíamos quais espécies ocorriam no Djibouti, e, quando vimos a característica diagnóstica de uma pequena cauda tufada, olhamos um para o outro e soubemos que era algo especial", explicou Steven Heritage, do Duke Lemur Center na Universidade Duke (Estados Unidos).

O musaranho-elefante vive entre rochas. (Fonte: Houssein Rayaleh / Reprodução)O musaranho-elefante vive entre rochas. (Fonte: Houssein Rayaleh/Reprodução)

O ecologista e pesquisador Houssein Rayaleh convidou Heritage para uma expedição pelo país africano após ouvir relatos da presença do animal por lá, sendo que as pessoas sequer sabiam que ele estava supostamente extinto. "Para o Djibouti, essa é uma história que destaca a grande biodiversidade do país", analisou Rayaleh.

Foram colocadas mais de 1 mil armadilhas em 12 locais para tentar capturar o animal. A isca era manteiga de amendoim, aveia e fermento. Logo na primeira armação, o musaranho-elefante se sentiu atraído pela guloseima e ao menos 12 indivíduos foram avistados pelos pesquisadores, que conseguiram registros inéditos deles. Também foi observado que não parece haver ameaça ao animal no habitat em que vive, que é distante da agricultura e do desenvolvimento humano, além de ser de difícil acesso.

Os pesquisadores notaram que ele parece existir na mesma quantidade de outros musaranhos-elefantes, com potencial para se estender para a Somália e a Etiópia. Curiosamente, a espécie tem origens no Marrocos e na África do Sul, mostrando que se espalhou por todo o continente em um processo ainda enigmático para os ambientalistas.

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