Esportes
13/10/2020 às 04:00•2 min de leitura
A sonda OSIRIS-REx, da NASA, continua em uma missão para desvendar mistérios e ajudar a contar a história do Bennu, carinhosamente chamado de “asteroide do fim do mundo”. Prestes a coletar amostras de rocha no local, o equipamento já ajudou via observação a responder algumas questões — e trazer muitas outras perguntas — a respeito da rocha espacial.
Novos estudos publicados em revistas como a Science, baseados em dados e imagens de 2019 coletados a partir de escaneamento por infravermelho, mostram que ele é mais complexo do que se imaginava.
Para começar, foi detectada a presença de minerais carbonatados em uma das crateras do Bennu, acompanhados de “caminhos” na superfície que sugerem que água corrente já fez parte do cotidiano do asteroide.
Entretanto, isso provavelmente aconteceu na época em que ele ainda era parte de um ou vários corpos celestes maiores, sejam resquícios de um planeta ou outro asteroide. Em contrase, na superfície, há depósitos de rochas bastante escuras que são porosas, frágeis e fontes ricas de carbono.
Outra surpresa é uma diferença na composição mineral dos hemisférios: a parte norte do asteroide é mais rochosa e irregular, enquanto a sul é arredondada, ainda sem uma explicação para isso. A coloração delas também é curiosa, pois ela se aproxima mais de tons de azul do que de vermelho, como era esperado.
Não há uma explicação para isso até o momento, mas o processo pode ser resultado da interação com ventos solares e colisões com meteoritos de pequeno porte. Vale lembrar que o Bennu é tema frequente de teóricos da conspiração, que identificaram supostos indícios de construções e até traços de vida em fotos divulgadas anteriormente.
Além disso, a gravidade em Bennu foi detalhada por um dos estudos. Ela é bastante fraca e também irregular, sendo muito mais densa no centro da rocha — algo provavelmente explicado por uma rotação muito intensa no início de sua formação.
A próxima etapa da missão da OSIRIS-REx envolve coletar poeira espacial que é liberada do Bennu. O resultado das amostras, entretanto, sairá apenas em 2023, com o retorno da sonda para a Terra. O objetivo dos cientistas não é apenas descobrir mais sobre o asteroide, mas também obter mais pistas sobre o momento de formação do sistema Solar.